sábado, 30 de setembro de 2023

BOM DIA EVANGELHO - 2. OUTUBRO. 023

 

BOM DIA EVANGELHO


02 DE OUTUBRO DE 2023 - Segunda-feira da 26ª semana do Tempo Comum

Oração a São José : Ó glorioso São José, Pai e protetor das virgens, guarda fiel a quem Deus confiou Jesus, a própria inocência, e Maria, Virgem das virgens! Em nome de Jesus e de Maria, este duplo tesouro que vos foi tão caro, vos suplico que me conserveis livre de toda a impureza, para que, com alma pura e corpo casto, sirva sempre, fielmente, a Jesus e a Maria. Amém.

Evangelho (Lc 9,46-50)

Surgiu entre os discípulos uma discussão sobre qual deles seria o maior. Sabendo o que estavam pensando, Jesus pegou uma criança, colocou-a perto de si e disse-lhes: «Quem receber em meu nome esta criança, estará recebendo a mim mesmo. E quem me receber, estará recebendo Aquele que me enviou. Pois aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior».
Tomando a palavra, João disse: «Mestre, vimos alguém expulsar demônios em teu nome, mas nós lhe proibimos, porque não anda conosco». Jesus respondeu: «Não o proibais, pois quem não é contra vós, está a vosso favor».

«Aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior»Prof. Dr. Mons. Lluís CLAVELL(Roma, Italia)

Hoje, caminho de Jerusalém em direção à paixão, «surgiu entre os discípulos uma discussão sobre qual deles seria o maior» (Lc 9,46). Cada dia os meios de comunicação e também nossas conversas estão cheias de comentários sobre a importância das pessoas: dos outros e de nós mesmos. Esta lógica só humana produz, freqüentemente, desejo de vitoria, de ser reconhecido, apreciado, correspondido, e a falta de paz, quando estes reconhecimentos não chegam.
A resposta de Jesus a estes pensamentos -até mesmo comentários- dos discípulos, lembra o estilo dos antigos profetas. Antes das palavras estão os gestos. Jesus «pegou uma criança, colocou-a perto de si» (Lc 9,47). Depois vem o ensinamento: «aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior» (Lc 9,48). -Jesus, por que custa tanto aceitar que isto não é uma utopia para as pessoas que não estão implicadas no tráfico de uma tarefa intensa, na qual não faltam os golpes de uns contra os outros, e que, com a tua graça, podemos vivê-lo todos? Se o fizéssemos, teríamos mais paz interior e trabalharíamos com mais serenidade e alegria.
Esta atitude é também a fonte da onde brota a alegria, ao ver que outros trabalham bem por Deus, com um estilo diferente do nosso, mas sempre assumindo o nome de Jesus. Os discípulos queriam impedi-lo. Em troca, o Mestre defende aquelas outras pessoas. Novamente, o fato de sentir-nos filhos pequenos de Deus facilita-nos a ter o coração aberto para todos e crescer na paz, na alegria e na gratidão. Estes ensinamentos valeram à Santa Teresinha de Lisieux o titulo de Doutora da Igreja: em seu livro História de uma alma, ela admira o belo jardim de flores que é a Igreja, e está contenta de perceber-se uma pequena flor. Ao lado dos grandes santos -rosas e açucenas- estão as pequenas flores -como as margaridas ou as violetas- destinadas a dar prazer aos olhos de Deus, quando Ele dirige o seu olhar à terra.

Santos Anjos da Guarda

Os Anjos são antes de tudo os mediadores das mensagens da verdade Divina, iluminam o espírito com a luz interior da palavra. São também guardiões das almas dos homens, sugerindo-lhes as directivas Divinas; testemunhas  invisíveis dos seus pensamentos mais escondidos e das suas acções boas ou más, claras ou ocultas, assistem os homens para o bem e para a salvação. São Grégorio Magno diz, que quase cada página da Revelação escrita, atesta a existência dos Anjos. No Novo Testamento aparecem no Evangelho da infância, na narração das tentações do deserto e da consolação de Cristo no Getsemani. São testemunhas da Ressurreição, assistem a Igreja que nasce, ajudam os Apóstolos e transmitem a vontade Divina. Os Anjos preparam o juízo final e executarão a sentença, separando os bons dos maus e formarão uma coroa ao Cristo triunfante. Eles os Anjos,são mencionados mais de trezentas vezes no Antigo Testamento. Além de todas essas referências bíblicas, que por si só justificam o culto especial que os cristãos reservam aos anjos desde os primeiros tempos, é a natureza destes "espíritos puros" que estimula nossa admiração e nossa devoção. Dizia Bozzuet : "Os Anjos oferecem a Deus as nossas esmolas, recolhem até os nossos desejos, fazem valer diante de Deus os nossos pensamentos... Sejamos felizes por ter amigos tão prestáveis, intercessores tão fiéis, intérpretes tão caridosos." Fundamentando a verdade de fé, a Igreja diz-nos que cada cristão, desde o momento do baptismo, é confiado ao seu próprio Anjo, que tem a incumbência de guardá-lo, guiá-lo no caminho do bem, inspirando bons sentimentos, proporcionando a livre escolha que tem como meta Deus, Supremo Bem. A liturgia do dia 29 de setembro, em que celebramos São Miguel, São Gabriel e São Rafael, lembra ao mesmo tempo todos os coros angélicos: os Anjos, os arcanjos, os Tronos, as Dominações que adoram, as Potestades que tremem de respeito diante da Majestade Divina, os céus, as virtudes, os bem-aventurados serafins e os querubins.
O Inicio da celebração da festa distinta para os Santos Anjos da Guarda deu-se no século XVI, universalizada pelo Papa Paulo V, depois de, em 1508, Leão X ter aprovado o novo Ofício composto pelo franciscano João Colombi

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quinta-feira, 28 de setembro de 2023

BOM DIA EVANGELHO - 29. SETEMBRO. 023

 

BOM DIA EVANGELHO


29 DE SETEMBRO  DE 2023 - 29 de setembro: Santos Miguel, Gabriel e Rafael, Arcanjos

Oração: Deus Onipotente, que criastes e constituístes os Santos Anjos para a Vossa glória e Vosso serviço, mas também para nos auxiliar, concedei-nos pela intercessão e ação dos Santos Arcanjos São Miguel, São Rafael e São Gabriel a Vossa proteção, os Vossos avisos e a Vossa cura de alma e corpo, de que necessitamos para chegar a Vós ao fim da jornada desta vida; e que também nós sejamos como anjos na ajuda aos irmãos, particularmente os Vossos Sacerdotes, Bispos e Papas, que pela sua missão própria e condição única de ministrar os Sacramentos, em particular a Eucaristia, nos conduzam santa e retamente para a salvação, como os bons pastores que devem ser. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Jo 1,47-51)

 Naquele tempo, Jesus viu Natanael que vinha ao seu encontro e declarou a respeito dele: Este é um verdadeiro israelita, no qual não há falsidade! Natanael disse-lhe: De onde me conheces? Jesus respondeu: Antes que Filipe te chamasse, quando estavas debaixo da figueira, eu te vi. Natanael exclamou: Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel! Jesus lhe respondeu: Estás crendo só porque falei que te vi debaixo da figueira? Verás coisas maiores que estas. E disse-lhe ainda: Em verdade, em verdade, vos digo: vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem.

«Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem!.» - Cardenal Jorge MEJÍA Arquivista e Bibliotecário de la S.R.I.(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, na festa dos Santos Arcanjos, Jesus manifesta aos seus Apostoles e a todos, a presença dos seus arcanjos e, a relação que com Ele mantêm. Os anjos estão na glória celestial, onde louvam perenemente ao Filho do homem, que é o Filho de Deus. O rodeiam e estão ao seu serviço.
Subir e descer nos lembra o episódio do sono do Patriarca Jacob, quem dormindo sobre uma pedra durante sua viagem à terra de origem de sua família (Mesopotâmia), enxerga aos anjos que descem e sobem por uma misteriosa escada que une o céu e a terra, enquanto Deus mesmo está de pé junto dele e lhe comunica sua mensagem. Reparemos a relação entre a comunicação divina e a presença ativa dos anjos.
Desse modo, Gabriel, Miguel e Rafael aparecem na Bíblia como presentes nas vicissitudes terrenas e levando aos homens -como nos diz São Gregório Magno- as comunicações, por meio de sua presença e, a suas mesmas ações, que mudam decisivamente nossas vidas. Chamam-se, precisamente arcanjos, príncipes dos anjos, porque são enviados para as missões mais importantes.
Gabriel foi enviado para anunciar a Maria Santíssima a concepção virginal do Filho de Deus, que é o princípio de nossa redenção (cf. Lc 1). Miguel luta contra anjos rebeldes e os expulsa do céu (cf. Ap 12). Nos anuncia, desse modo, o mistério da justiça divina, que também exerceu-se em seus anjos quando rebelaram-se e, dá-nos a segurança de sua vitória e a nossa sobre o mal. Rafael acompanha a Tobias júnior, o defende e, o aconselha e cura finalmente ao pai Tobit (cf. Tob). Por essa via, nos anuncia a presença dos anjos junto a cada uno de nós: o anjo que chamamos da Guarda.
Aprendamos desta celebração dos arcanjos que sobem e descem sobre o Filho do homem, que servem a Deus, mas lhe servem em nosso benefício. Dão glória à Trindade Santíssima e, o fazem também servindo-nos. Em conseqüência, vejamos que devoção lhes devemos e, quanta gratidão ao Pai que os envia para nosso bem.

São Miguel, São Gabriel e São Rafael

O mês de setembro tornou-se o mais festivo para os cristãos, pois a Igreja unificou a celebração dos três arcanjos mais famosos da história do catolicismo e das religiões – Miguel, Gabriel e Rafael – para o dia 29 de setembro, data em que se comemorava apenas o primeiro.

Esses três arcanjos representam a alta hierarquia dos anjos-chefes, o seleto grupo dos sete espíritos puros que atendem ao trono de Deus e são seus “mensageiros dos decretos divinos” aqui na terra.

Miguel, que significa “ninguém é como Deus”, ou “semelhança de Deus”, é considerado o príncipe guardião e guerreiro, defensor do trono celeste e do Povo de Deus. Fiel escudeiro do Pai Eterno, chefe supremo do exército celeste e dos anjos fiéis a Deus, Miguel é o arcanjo da justiça e do arrependimento, padroeiro da Igreja Católica. Costuma ser de grande ajuda no combate contra as forças maléficas. É citado três vezes na Sagrada Escritura, que narramos na sua página. O seu culto é um dos mais antigos da Igreja.

Gabriel significa “Deus é meu protetor” ou “homem de Deus”. É o arcanjo anunciador, por excelência, das revelações de Deus e é, talvez, aquele que esteve perto de Jesus na agonia entre as oliveiras. Padroeiro da diplomacia, dos trabalhadores dos correios e dos operadores dos telefones, comumente está associado a uma trombeta, indicando que é aquele que transmite a Voz de Deus, o portador das notícias. Na sua página, descrevemos com detalhes as suas aparições citadas na Bíblia . Além da missão mais importante e jamais dada a uma criatura, que o Senhor confiou a ele: o anúncio da encarnação do Filho de Deus. Motivo que o fez ser venerado, até mesmo no islamismo.

Rafael, cujo significado é “Deus te cura” ou “cura de Deus”, teve a função de acompanhar o jovem Tobias, personagem central do livro Tobit, no Antigo Testamento, em sua viagem, como seu segurança e guia. Foi o único que habitou entre nós, passagem que pode ser lida na página dedicada a ele. Guardião da saúde e da cura física e espiritual, é considerado, também, o chefe da ordem das virtudes. É o padroeiro dos cegos, médicos, sacerdotes e, também, dos viajantes, soldados e escoteiros.

A Igreja Católica considera esses três arcanjos poderosos intercessores dos eleitos ao trono do Altíssimo. Durante as atribulações do cotidiano, eles costumam aconselhar-nos e auxiliar, além, é claro, de levar as nossas orações ao Senhor, trazendo as mensagens da Providência Divina. Preste atenção, ouça e não deixe de rezar para eles.

“Celebrar a festa dos Arcanjos não é simplesmente uma devoção, nem mesmo uma crença em seres espirituais e de luz, como outras denominações religiosas os entendem. A propósito, São Gregório Magno nos lembra que a palavra anjo não indica a natureza, mas a função, o ofício, o serviço de anunciar. Assim, anjos são aqueles que anunciam fatos menores e arcanjos são os portadores das grandes notícias da história da Salvação. Os nomes que os arcanjos recebem – Miguel, Gabriel e Rafael – expressam, pois, uma dimensão da ação poderosa e salvadora de Deus ao longo da história.

“Assim, celebrar os arcanjos é reconhecer a bondade, o cuidado e o carinho que Deus tem para com seu povo. Miguel (Quem como Deus?) é o defensor dos amigos de Deus. É aquele que acompanha os justos e os defende em todas as adversidades e momentos de tentação. Gabriel (Força de Deus) é aquele que, dentre outras missões, foi o encarregado de anunciar a vinda do Messias e seu nascimento. Rafael (Deus cura), por sua vez, acompanhou e protegeu o jovem Tobias ao longo de sua viagem, trazendo também a cura ao seu pai”. (Frei Alberto Eckel)


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quarta-feira, 27 de setembro de 2023

BOM DIA EVANGELHO - 28.9.023


 BOM DIA EVANGELHO


28 DE SETEMBRO DE 2023 - Quinta-feira da 25ª semana do Tempo Comum

Não importa a ideologia do momento, Católicos sempre serão contra o Ab0rt@!!!

Oração: Senhor, Deus da vida, concedei-nos por intercessão de São Venceslau a graça de guerrear contra o mal, pela oração e caridade, e contarmos com a Vossa proteção contra as lançadas das tentações que pretendem governar o território das nossas almas; dignai-Vos igualmente impedir, pela Vossa Misericórdia, a destruição muito possível das nações em conflito, e dos crimes abominavelmente covardes contra os nascituros. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Lc 9,7-9)

 Naquele tempo, o rei Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou confuso, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. Então Herodes disse: «Eu mandei cortar a cabeça de João... Quem será esse homem, sobre quem ouço falar estas coisas?». E procurava ver Jesus.

«Procurava ver Jesus» Rev. P. Jorge R. BURGOS Rivera SBD(Cataño, Porto Rico)

Hoje o texto do Evangelho nos diz que Herodes queria ver Jesus (cf. Lc 9,9). Esse desejo de ver Jesus vem da curiosidade. Falava-se muito de Jesus pelos milagres que ele ia realizando por onde passava. Muitas pessoas falavam dele. A atuação de Jesus trouxe à memória do povo diversas figuras de profetas: Elias, João Batista, etc. Mas, por ser simples curiosidade, esse desejo não transcende. Tal é o fato que quando Herodes vê não lhe causa maior impressão (cf. Lc 23,8-11). Seu desejo se desvanece ao vê-lo cara a cara, porque Jesus se nega a responder suas perguntas. Esse silêncio de Jesus delata Herodes como corrupto e depravado.
Nós, ao igual que Herodes, com certeza sentimos, alguma vez, o desejo de ver Jesus. Mas já não contamos com ele Jesus em carne e osso como nos tempos de Herodes, no entanto contamos com outras presenças de Jesus. Quero ressaltar duas delas.
Em primeiro lugar, a tradição da Igreja fez das quintas-feiras um dia por excelência para ver Jesus na Eucaristia. São muitos os lugares onde hoje está exposto Jesus - Eucaristia. «A adoração eucarística é uma forma essencial de estar com o Senhor. Na sagrada custódia está presente o verdadeiro tesouro, sempre esperando por nós: não está ali por Ele, e sim por nós» (Bento XVI). -Aproxime-se para que lhe deslumbre com sua presença.
Para o segundo caso podemos fazer referência a uma canção popular, que diz: «Conosco está e não o conhecemos». Jesus está presente em tantos e tantos de nossos irmãos que têm sido marginados, que sofrem e não têm ninguém que os queira ver. Na sua encíclica Deus é Amor, diz o Papa Bento XVI: «O amor ao próximo enraizado no amor a Deus é ante tudo uma tarefa para cada fiel, mas é também para toda a comunidade eclesial». Assim, então, Jesus está lhe esperando, com os braços abertos lhe recebe em ambas as situações. Aproxime-se!

São Venceslau

Venceslau, nascido em 907, era filho de Vratislau, regente do ducado da Boêmia (atual República Tcheca), sábio e homem de caráter, e foi educado pela avó, Santa Ludmila, no Catolicismo. O pai morreu em 920 guerreando contra os húngaros, e antes de falecer lhe deixou expressamente o trono, apesar de Venceslau ter apenas 13 anos. A Boa Nova de Cristo tinha chegado há pouco tempo na Boêmia, com São Cirilo e São Metódio, e não possuía ainda raízes fortes; por isso a corte era dividida, e a rainha, Draomira, era pagã, além de cruel e ambiciosa, como seu filho mais novo, Boleslau. A mãe assumiu a regência e iniciou a perseguição aos cristãos, expulsando os missionários católicos e declarando que o Catolicismo não era mais a religião oficial do ducado, e tentou paganizar Venceslau, mas sem sucesso. Os representantes provinciais do ducado, porém, conseguiram estabelecer a vontade de Vratislau, depondo a impopular Draomira, e Venceslau assumiu o governo em 921, com 14 anos. Seu primeiro ato, a conselho da santa avó, foi restabelecer oficialmente o Catolicismo, promovendo a volta de missionários, especialmente monges beneditinos, e construindo igrejas. Com raiva, Draomira contratou assassinos que estrangularam Ludmila com seu próprio véu. Em pouco tempo, Venceslau conquistou a simpatia, confiança e apoio do povo, pela liderança e bondade cristãs; manteve-se casto de corpo e alma, sendo virtuoso e caridoso como poucos príncipes jovens. Rezava durante muitas horas e dedicou cuidado aos pobres, doentes, presos, viúvas e órfãos, a quem pessoalmente ajudava, consolava e transmitia a Fé. Contestado por um opositor, o duque Radislau, que aspirava ao governo, enfrentou o risco de uma guerra fratricida; para evitá-la, propôs decidir a questão num duelo pessoal com ele, aliás muito mais capacitado para o combate do que Venceslau. Radislau aceitou, e quando estava a ponto de acertar o legítimo regente com uma lança, dois anjos apareceram e o mandaram parar. Radislau caiu do cavalo e, ao levantar-se, pediu perdão, jurando fidelidade ao seu senhor, no que foi imediatamente atendido. Seguiu-se um período de paz. Em 929, para evitar uma outra guerra, Venceslau aceitou a soberania das pretensões do império germânico sobre a Boêmia, mantendo porém a sua autoridade no território do ducado. Seus adversários na corte, incluindo sua mãe e seu irmão, irados com esta atitude sábia e diplomática, decidiram matá-lo. Em 28 de setembro de 935, Venceslau foi convidado para a festa de batismo do seu sobrinho, filho de Boleslau, e em determinado momento dirigiu-se sozinho à capela para rezar. Draomira sugeriu então ao filho mais novo que este seria o momento apropriado, e Boleslau matou o irmão com uma espada ou um punhal. Poucos dias depois Draomira morreu tragicamente. Boleslau I, “o Cruel”, assumiu o governo. São Venceslau é padroeiro da Boêmia, da Hungria e da Polônia, bem como dos exércitos tchecos, e herói nacional do seu povo.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

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terça-feira, 26 de setembro de 2023

BOM DIA EVANGELHO - 27 - SETEMBRO - 023

 B0M DIA EVANGELHO


27 DE SETEMBRO 2023 - Quarta-feira da 25ª semana do Tempo Comum


Oração: Senhor Deus, que na Vossa infinita bondade e sabedoria criastes os homens e as mulheres para viverem na alegria da caridade, concedei-nos por intercessão de São Vicente de Paulo a proteção contra os piratas de alma, para que, sendo Vossos escravos, possamos libertar-nos a nós mesmos dos enganos do pecado e auxiliar os irmãos a fazerem o mesmo, na prática da caridade a todas as suas necessidades; e assim, tendo o coração preservado no relicário das virtudes, tenhamos o corpo e a alma incorruptos no Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Lc 9,1-6):

 Jesus convocou os Doze e deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças. Ele os enviou para anunciar o Reino de Deus e curar os enfermos. E disse-lhes: «Não leveis nada pelo caminho: nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas. Na casa onde entrardes, permanecei ali, até partirdes daí. Quanto àqueles que não vos acolherem, ao sairdes daquela cidade, sacudi a poeira dos vossos pés, para que sirva de testemunho contra eles». Os discípulos partiram e percorriam os povoados, anunciando a Boa Nova e fazendo curas por toda parte.

«Jesus convocou os Doze e deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças» - Rev. D. Jordi CASTELLET i Sala(Vic, Barcelona, Espanha)

Hoje vivemos tempos em que novas doenças mentais alcançam difusões inesperadas, como nunca tinha havido no curso da história. O ritmo de vida atual impõe estresse às pessoas, corrida para consumir e aparentar mais do que o vizinho, tudo isso acompanhado de fortes doses de individualismo, que constroem uma pessoa isolada do resto dos mortais. Essa solidão a que muitos se vêem obrigados por conveniências sociais, pela pressão laboral, por convenções escravizantes, faz com que muitos sucumbiam à depressão, às neuroses, às histerias, às esquizofrenias ou outros desequilíbrios que marcam profundamente o futuro daquela pessoa.
«Reunindo Jesus os Doze apóstolos, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para curar enfermidades» (Lc 9,1). Transtornos, esses, que podemos identificar no mesmo Evangelho como doenças mentais.
O encontro com Cristo, pessoa completa e realizada, dá um equilíbrio e uma paz capazes de serenar os ânimos e de fazer a pessoa se reencontrar com ela mesma, dando claridade e luz em sua vida, bom para instruir e ensinar, educar os jovens e os idosos e, encaminhar as pessoas pelo caminho da vida, aquela que nunca haverá de murchar-se.
Os Apóstolos «partiram, pois, e percorriam as aldeias, pregando o Evangelho e fazendo curas por toda parte» (Lc 9,6). Essa é também nossa missão: viver e meditar o Evangelho, a mesma palavra de Jesus, a fim de permitir que ela penetre no nosso penetrar interior. Assim, pouco a pouco, poderemos encontrar o caminho a seguir e a liberdade a realizar. Como escreveu são João Paulo II, «a paz deve realizar-se na verdade (...); deve realizar-se em liberdade».
Que seja o próprio Jesus Cristo, que nos chamou à fé e à felicidade eterna, quem nos encha de sua esperança e amor, Ele que nos deu uma nova vida e um futuro inesgotável.

São Vicente de Paulo

São Vicente de Paulo nasceu em uma terça-feira de Páscoa, em 24 de abril de 1581, na aldeia de Pouy, na Gasconha. Como era então frequente, Vicente foi batizado no mesmo dia de seu nascimento. Era o terceiro filho do casal João de Paulo (Jean de Paul) e Bertranda de Moras (Bertrande de Moras), camponeses profundamente católicos. Seus seis filhos receberam o ensino religioso em casa através de Bertranda.

Desde cedo destacou-se pela notável inteligência e devoção. Fez seus primeiros estudos em Dax, onde após 4 anos, se tornou professor. Isto lhe permitiu concluir os estudos de teologia na Universidade de Toulouse. Foi ordenado sacerdote, aos dezenove anos, em 23 de setembro de 1600.

Ordenou-se padre e logo passou pela primeira provação: uma viúva que gostava de ouvir as suas pregações, ciente de que ele era pobre, deixou para ele sua herança - uma pequena propriedade e determinada importância em dinheiro, que estava com um comerciante em Marselha.

No retorno desta viagem a Marselha, em 1605, o navio em que se encontrava foi atacado por piratas turcos. Vicente sobreviveu ao ataque, mas foi feito prisioneiro. Os turcos o conduziram a Túnis, onde foi vendido como escravo para um pescador, depois para um químico; com a morte deste, foi herdado pelo sobrinho do químico, que o vendeu para um fazendeiro, um renegado, que antes era católico e, com medo da escravidão, adotara a religião muçulmana. Ele tinha três esposas: uma era turca e esta, ouvindo os cânticos do escravo, sensibilizou-se e quis saber o significado do que ele cantava. Ciente da história, ela censurou o marido por ter abandonado uma religião que para ela parecia tão bonita. O patrão de Pe. Vicente arrependeu-se e propôs a ele uma fuga para a França, que só se realizou dez meses depois, já em 1607.

Eles atravessaram o Mar Mediterrâneo em uma pequena embarcação e conseguiram chegar à costa francesa. De Aigues-Mortes foram para Avinhão, onde encontraram o Vice-Legado do Papa. Vicente voltou à condição de padre e o renegado abjurou publicamente, retornando à Igreja Católica. Vicente e o renegado ficaram vivendo com o Vice-Legado e, quando este precisou viajar a Roma, levou-os em sua companhia. Durante a estada na cidade, Pe. Vicente frequentou a universidade e se formou em Direito Canônico. E o renegado foi admitido em um mosteiro, onde se tornou monge.

O Papa precisou mandar um documento sigiloso para o Rei Henrique IV da França e Pe. Vicente foi escolhido como fiel depositário. Devido a sua presteza, o Rei Henrique IV nomeou-o Capelão da Rainha Margarida de Valois, a rainha Margot. Pe. Vicente era encarregado da distribuição de esmolas aos pobres e fazia visitas aos enfermos no hospital de caridade em nome da rainha. Após o assassinato de Henrique IV da França, em 1610, São Vicente passou um ano na Sociedade do Oratório, fundada pelo Cardeal Pierre de Bérulle. Mais tarde, padre Bérulle foi nomeado Bispo de Paris e indicou Vicente de Paulo para vigário de Clichy, subúrbio de Paris.

Vicente fundou a Confraria do Rosário e todos os dias visitava os doentes. Atendendo a um pedido de padre Berulle, partiu e foi ser o preceptor dos filhos do general das galés e residir no Palácio dos Gondi. Naquele período, a Marinha francesa estava em expansão e, para resolver o problema da mão-de-obra necessária para o remo, era costume a condenação às galés por delitos comuns. Vicente empenhou-se nesta missão, lutando por mais dignidade para estes prisioneiros, que viviam em condições sub-humanas. No trabalho em favor dos condenados às galés chegou até a se colocar no lugar de um deles para libertá-lo. As propriedades da família dos Gondi eram muito grandes e Pe. Vicente e a senhora de Gondi faziam visitas às famílias que residiam nestas propriedades. Foi assim que o Pe. Vicente percebeu como era necessária a confissão deste povo. Na missa dominical, ele fazia com o povo a confissão comunitária. Conseguiu outros padres para as confissões, pois eram muitos os que queriam esse sacramento. Pe. Vicente esteve nas terras da família Gondi por cinco anos. Foi a Paris e, mais tarde, a pedido do Pe. Berulle, voltou para a casa dos Gondi por mais oito anos.

Sua piedade heróica conferiu-lhe o cargo de Capelão Geral e Real da França. Vendo o abandono espiritual dos camponeses, fundou a Congregação da Missão, que são os Padres Lazaristas, para evangelização do "pobre povo do interior". A Congregação da Missão demorou de 1625 até 12 de janeiro de 1633 para receber a Bula do Papa Urbano VIII, reconhecendo-a.

Em 1643, Luís XIII pediu para ser assistido, em seu leito de morte, por Vicente, tendo morrido em seus braços. A seguir foi nomeado pela Regente Ana d'Áustria, de quem era o confessor, para o Conselho de Consciência (para assuntos eclesiásticos dessa Regência).[3]

Num apelo que o padre Vicente fez durante sermão em Châtillon, nasceu o movimento das Senhoras Damas da Caridade (Confraria da Caridade). A primeira irmã de caridade foi a camponesa Margarida Nasseau, que contou com a orientação de Santa Luísa de Marillac e que, mais tarde, estabeleceu a Confraria das Irmãs da Caridade, atuais Filhas da Caridade. De apenas quatro irmãs no começo, a Confraria conta, hoje, com centenas delas. Foi também ele o responsável pela organização de retiros espirituais para leigos e sacerdotes, através das famosas conferências das terças-feiras (Confraria de Caridade para homens).

Inspirado por seu amor a Deus e aos pobres, Vicente de Paulo foi o criador de muitas obras de amor e caridade. Sua vida é uma história de doação aos irmãos pobres e de amor a Deus. Existem diversas biografias suas, mas sabemos que nenhuma delas conseguirá descrever com total fidelidade o amor que tinha por seus irmãos necessitados. Muitos acham que a maior virtude de São Vicente é a caridade, mas sua humildade suplantava essa virtude. Sempre buscava o bem da Igreja. São Vicente de Paulo foi um pai dos Pobres e um reformador do clero. Basta dizer que a Associação dos Filhos de Maria, hoje Juventude Mariana Vicentina, criada a pedido da Virgem Maria que apareceu a Santa Catarina Labouré na noite de 18 de julho de 1830, e as Conferências Vicentinas, fundadas por Antônio Frederico Ozanam e seus companheiros, em 23 de abril de 1833, foram inspiradas por ele. Espalhadas no mundo inteiro, vivem permanentemente de seus exemplos e ensinamentos.

Segundo São Francisco de Sales, Vicente de Paulo era o "padre mais santo do século". Faleceu em 27 de setembro de 1660 e foi sepultado na capela-mãe da Igreja de São Lázaro, em Paris. Foi canonizado pelo Papa Clemente XII em 16 de junho de 1737. Em 12 de maio de 1885 é declarado patrono de todas as obras de caridade da Igreja Católica, por Leão XIII.

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segunda-feira, 25 de setembro de 2023

BOM DIA EVANGELHO - 26.SETEMBRO. 023

 

BOM DIA EVANGELHO


26 DE SETEMBRO DE 2023 - Terça-feira da 25ª semana do Tempo Comum

 Oração: Pai santo, que nos curastes pelas chagas de Jesus, concedei-nos pela intercessão de São Cosme e São Damião o não nos afogarmos nas falsidades desta vida, resistindo às flechas das tentações e apedrejamento espiritual e moral tão típicos dos nossos dias, mas que abrasados sim pelo fogo do Espírito Santo, demos graças a Deus por sermos considerados dignos de sofrer em qualquer medida pelo Cristo. Pelo mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Lc 8,19-21)

 Naquele tempo, sua mãe e seus irmãos vieram ter com ele, mas não podiam se aproximar, por causa da multidão. Alguém lhe comunicou: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem te ver. Ele respondeu: Minha mãe e meus irmãos são estes aqui, que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.

«Minha mãe e meus irmãos são estes aqui, que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática» - Rev. D. Xavier JAUSET i Clivillé(Lleida, Espanha)

Hoje, lemos uma formosa passagem do Evangelho. Jesus não ofende, de modo algum, a Sua Mãe, já que Ela é a primeira a escutar a Palavra de Deus e dela nasce Aquele que é a Palavra. E, simultaneamente, Ela é a que mais perfeitamente cumpriu a vontade de Deus: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1,38), responde ao anjo na Anunciação.
Jesus revela-nos de que precisamos, também nós, para chegar a ser seus familiares: Aqueles que ouvem...(Lc 8,21) e, para ouvir é necessário que nos aproximemos, tal como os seus familiares, que chegaram até onde Ele estava, mas não podiam aproximar-se por causa da multidão. Os familiares esforçam-se por se aproximar, seria conveniente que nos perguntássemos se lutamos e procuramos vencer os obstáculos que encontramos na hora de nos aproximarmos da Palavra de Deus. Dedico, todos os dias, uns minutos a ler, escutar e meditar a Sagrada Escritura? S. Tomás de Aquino recorda-nos que: é necessário que meditemos continuamente a Palavra de Deus(...) ; esta meditação ajuda fortemente na luta contra o pecado.
E, finalmente, cumprir a Palavra de Deus. Não basta escutar a Palavra; é necessário cumpri-la, se queremos ser membros da família de Deus. Temos de pôr em prática aquilo que nos diz! Por isso será bom que nos perguntemos se só obedeço quando aquilo que se me pede me agrada ou é relativamente fácil, e, pelo contrário, quando há que renunciar ao bem-estar, ao bom nome, aos bens materiais ou ao tempo disponível para o descanso..., ponho a Palavra entre parêntesis até que cheguem melhores tempos. Peçamos à Virgem Maria que escutemos como Ela e cumpramos a Palavra de Deus para andarmos assim no caminho que conduz à felicidade duradoura.

Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Ó Filho Único e Verbo de Deus, sendo imortal, vos dignastes por nossa salvação encarnar-vos da Santa Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, vós que sem mudança vos tomastes homem e fostes crucificado, ó Cristo Deus, que por vossa morte esmagaste a morte, sois Um da Santíssima Trindade, glorificado com o Pai e o Espirito Santos, salvai-nos!» (São João Crisóstomo) - «Só no Verbo que se fez carne, cujo amor se cumpre na cruz, a obediência é perfeita» (Benedito XVI) - «Pela fé, o homem submete completamente a Deus a inteligência e a vontade; com todo o seu ser, o homem dá assentimento a Deus revelador. A Sagrada Escritura chama «obediência da fé» a esta resposta do homem a Deus revelador (cf. Rom 1,5)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 143)

São Cosme e São Damião

Cosme e Damião nasceram na cidade de Egéia, na Arábia, por volta do ano 260. Eram provavelmente gêmeos, e foram muito bem formados espiritualmente pela mãe. Foram estudar ciências e medicina na Síria, então um destacado centro de estudos. Optando pela Medicina, dedicaram-se e distinguiram-se não só pela técnica e conhecimento, mas também pela ação espiritual e caridade na cura dos doentes.

De fato, evangelizavam através da profissão, esta de si mesma direcionada ao bem do próximo; e curavam não só o corpo como a alma, obtendo muitas conversões. Num mundo paganizado e materialista, chamavam também a atenção por não cobrarem pelos atendimentos, chegando a ficarem conhecidos como “anárgiros”, isto é, “sem prata” em Grego.

Os irmãos viveram na época da perseguição aos cristãos do imperador romano Dioclesiano. O seu sucesso despertava a inveja em falsos curandeiros, além da intolerância oficial, e acabaram sendo denunciados e presos, tanto por feitiçaria (pois diversas curas eram obtidas pela ação milagrosa de Deus, através das suas intercessões) e por viverem e divulgarem uma religião proibida pelo governo.

Interrogados pelo juiz Lísias, na Cilícia (na Ásia Menor, atualmente correspondente quase toda à Turquia), confirmaram ser católicos: “Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo, e pelo Seu poder. Ele é.” Intimados a abjurarem da Fé e falarem aos pacientes somente sobre os deuses romanos, recusaram-se e foram condenados a morrer.

Primeiro apedrejamento, depois flechadas, e fogo, nada os matou, continuavam incólumes. Procuraram afogá-los, mas anjos os salvaram. Durante esses eventos, ambos davam graças a Deus por serem considerados dignos de sofrerem pelo Cristo, e muitos dos seus pacientes que não haviam se convertido antes, diante desses milagres, o fizeram. Por fim faleceram, decapitados, com certeza no início do século IV, talvez em 303.

A fama destes santos se espalhou rapidamente, e entre 526 e 530 foi edificada uma basílica em sua honra, em Roma. Esta solenidade aconteceu em 26 de dezembro, que passou a ser a data da sua festa. Eles são citados no Cânon da Missa, e padroeiros dos médicos, das faculdades de Medicina, dos farmacêuticos e das parteiras.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

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sábado, 23 de setembro de 2023

BOM DIA EVANGELHO - 25. SETEMBRO. 023

 

BOM DIA EVANGELHO


25. DE SETEMBRO DE 2023 - Segunda-feira da 25ª semana do Tempo Comum

Evangelho (Lc 8,16-18):

 «Ninguém acende uma lâmpada para escondê-la debaixo de uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama; ela é posta no candelabro, a fim de que os que entram vejam a claridade. Ora, nada há de escondido que não venha a ser descoberto. Nada há de secreto que não venha a ser conhecido e se tornar público. Olhai, portanto, a maneira como ouvis! Pois a quem tem será dado, e a quem não tem, até aquilo que julga ter lhe será tirado!».

«Ela é posta no candelabro, a fim de que os que entram vejam a claridade » - Rev. D. Joaquim FONT i Gassol(Igualada, Barcelona, Espanha)

Hoje, este Evangelho tão breve é rico em temas que chamam a nossa atenção. Em primeiro lugar, “dar luz”: tudo é evidente aos olhos de Deus! Segundo grande tema: as Graças estão encadeadas, a fidelidade a uma atrai as outras: «Gratia pro Gratia» (Jo 1,16).
Luz para os que entram na Igreja! Desde há séculos, as mães cristãs ensinaram os seus filhos na intimidade, com palavras expressivas, mas sobretudo com a “luz” do seu bom exemplo. Também semearam, com a típica candura popular e evangélica, comprimida em muitos provérbios, plenos de sabedoria e, ao mesmo tempo, de fé. Um deles é o seguinte: «Iluminar e não defumar». São Mateus diz-nos: «…onde ela brilha para todos os que estão em casa. Assim também brilhe a vossa luz diante das pessoas, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus (Mt 5,15-16).
O nosso exame de consciência, no final de cada dia, pode comparar-se ao trabalho do lojista, que verifica a caixa para ver o fruto do seu trabalho. Não começa por perguntar: Quanto perdi? Antes, pelo contrário: Quanto ganhei? E imediatamente: Como poderei ganhar mais amanhã, que posso fazer para melhorar? A revisão do nosso dia acaba com uma acção de graças e, por contraste, com um acto de dor amoroso. Dói-me não ter amado mais, e espero cheio de confiança, começar amanhã o novo dia para agradar mais a Nosso Senhor, que sempre me vê, e me acompanha e me ama tanto. Quero proporcionar mais luz e diminuir o fumo do fogo do meu amor.
Nos serões familiares, os pais e os avós forjaram – e continuam a forjar – a personalidade e a piedade das crianças de hoje e dos homens de amanhã. Vale a pena! É urgente! Maria, Estrela da Manhã, Virgem do amanhecer que precede a Luz do Sol-Jesus, guia-nos e dá-nos a mão. «Oh, Virgem ditosa! É impossível que se perca aquele em quem pões o teu olhar» (Santo Anselmo).

Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Senhor Jesus Cristo, nosso dulcíssimo Salvador, dignai-vos iluminar, tu próprio, as nossas lâmpadas, para que brilhem incessantemente no vosso templo e iluminem as nossas trevas» (São Columbano, Abade) - «Uma vela só pode dar luz se a chama a consumir. Seria inútil se a sua cera não alimentasse o fogo. Deixai que Cristo arder em vós, mesmo que por vezes isso implique sacrifício e renúncia» (Benedito XVI) -«Existe uma ligação orgânica entre a nossa vida espiritual e os dogmas. Os dogmas são luzes no caminho da nossa fé: iluminam-no e tornam-no seguro. Por outro lado, se a nossa vida for reta, a nossa inteligência e nosso coração estarão abertos para acolher a luz dos dogmas da fé» (Catecismo da Igreja Católica, nº 89)

          

São Firmino : Firmino (Firmin) nasceu pelo final do século III em Pompaelo (atual cidade de Pamplona, na Espanha). Sua família era pagã, e seu pai um senador do império romano. Foram todos convertidos por São Saturnino, bispo de Toulouse, França, quando ele esteve na Espanha. Firmino ficou sob a educação do sacerdote Honesto até os 17 anos, e já era conhecido como bom pregador quando, então, seguiu para Toulouse, a completar sua formação com o bispo Honorato.

Logo foi ordenado sacerdote, iniciando seu trabalho na região de Navarra, em Pamplona, onde conseguiu muitas conversões; por isso Honorato o sagrou como o primeiro bispo da cidade, aos 24 anos. Depois de bem organizar a diocese, sagrou outro bispo em seu lugar e foi como missionário para o norte da França. Numa época de perseguição aos cristãos, até os pagãos ficavam admirados de ver a sua coragem em pregar o Evangelho, expondo-se à prisão e à morte. De fato, acabou preso em Lisieux, e quando sua condenação parecia certa, o governador morreu, e ele foi solto.

Dedicou-se novamente à pregação corajosa nas Gálias, atual França, em várias regiões, como Aquitânia, Auvergne, Anjou, etc., e com tal sucesso que ficou conhecido como “Apóstolo das Gálias”, convertendo milhares de pessoas. Suas conversões mais famosas, na cidade de Beuvais, são as de Arcádio e Rômulo, que o perseguiam implacavelmente, procurando desmoralizá-lo. Mas a firmeza na Fé, os milagres que operava, as pregações, santidade e bondade de Firmino lhes tocaram as almas, bem como a Graça de Cristo, e diante das evidências eles pediram o Batismo.

Por fim Firmino foi para Samobriva Ambianorum, atual Amiens, onde estava muito intensa a perseguição religiosa, e de onde foi feito o primeiro bispo. Obteve ali tantas conversões que os magistrados responsáveis, Lôngulo e Sebastião, temendo ser acusados de negligência na repressão aos católicos, mandaram prendê-lo e, com medo de uma revolta popular no futuro julgamento, também decapitá-lo discretamente na prisão, espalhando a notícia que morrera por causa de um ataque cardíaco. A execução foi feita no dia 25 de setembro, num ano entre 290 e 303.

São Firmino é patrono de Amiens, Lesaka, da diocese de Pamplona, e co-patrono de Navarra junto com São Francisco Xavier. Também é padroeiro dos tanoeiros, barqueiros, viticultores e padeiros, e invocado contra as doenças.

As tradicionais festas de Pamplona em 7 de julho, as Sanfermines, de fama internacional, incluem a procissão de São Firmino, pela manhã, e os encierros, corridas de touros soltos num percurso de aproximadamente 850 metros nas ruas da cidade, acompanhados por homens que se arriscam junto com eles, até chegarem na arena. Antes de participarem, os corredores pedem ajuda a São Firmino, cantando em frente a uma sua imagem na Cuesta de Santo Domingo, uma rua inclinada onde as corridas começam.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

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