terça-feira, 5 de setembro de 2023

BOM DIA EVANGELHO 6.SETEMBRO.023

 

BOM DIA EVANGELHO


06 DE SETEMBRO DE 2023 - Quarta-feira da 22ª semana do Tempo Comum

Oração: “Jesus, que eu faça tudo com amor, seja o trabalho que for. Dá-me essa graça.”

Evangelho (Lc 4,38-44):

 Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo, com muita febre. Intercederam a Jesus por ela. Então, Jesus se inclinou sobre ela e, com autoridade, mandou que a febre a deixasse. A febre a deixou, e ela, imediatamente, se levantou e pôs-se a servi-los. Ao pôr-do-sol, todos os que tinham doentes, com diversas enfermidades, os levavam a Jesus. E ele impunha as mãos sobre cada um deles e os curava. De muitas pessoas saíam demônios, gritando: «Tu és o Filho de Deus!». Ele os repreendia, proibindo que falassem, pois sabiam que ele era o Cristo.
De manhã, bem cedo, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam e, tendo-o encontrado, tentavam impedir que ele as deixasse. Mas ele disse-lhes: «Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus também a outras cidades, pois é para isso que fui enviado». E ele ia proclamando pelas sinagogas da Judéia.

«Ele impunha as mãos sobre cada um deles e os curava. De muitas pessoas saíam demônios, gritando» - Rev. D. Antoni CAROL i Hostench(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, nos encontramos ante um claro contraste: as pessoas que procuram Jesus e Ele que cura toda “doença” (começando pela sogra de Simão Pedro); à vez, «de muitas pessoas saíam demônios, gritando» (Lc 4,41). Quer dizer: bem e paz, por um lado; mal e desespero, pelo outro.
Não é a primeira ocasião que aparece o demônio “saindo”, isto é, fugindo da presença de Deus entre gritos e exclamações. Lembremos também o endemoninhado de Gerasa (cf. Lc 8,26-39). Surpreende que o próprio demônio “reconheça” a Jesus e que, como no caso daquele de Gerasa, é ele mesmo quem sai ao encontro de Jesus (isso sim, muito raivoso e incomodado porque a presença de Deus incomodava a sua vergonhosa tranqüilidade).
Tantas vezes nós também pensamos que encontrar-nos com Jesus nos atrapalha! Atrapalha-nos ter que ir à Missa no domingo; perturba-nos pensar que faz muito que não dedicamos um tempo à oração; sentimos vergonha dos nossos erros, em lugar de ir ao Médico da nossa alma para pedir-lhe simplesmente perdão... Pensemos se não é o Senhor quem tem que vir a nos encontrar, pois nós mesmos nos fazemos rogar para deixar a nossa pequena “caverna” e sair ao encontro de quem é o Pastor das nossas vidas! Isto se chama, simplesmente, tibieza.
Tem um diagnóstico para isto: atonia, falta de tensão na alma, angustia, curiosidade desordenada, hiperatividade, preguiça intelectual com as coisas da fé, pusilanimidade, vontade de estar só consigo mesmo... E existe também um antídoto: deixar de se olhar a sim mesmo e se por mãos à obra. Fazer o pequeno compromisso de dedicar um momento cada dia a olhar e escutar a Jesus (o que se entende por oração): Jesus o fazia, pois «de manhã, bem cedo, Jesus saiu e foi para um lugar deserto» (Lc 4,42). Fazer o pequeno compromisso de vencer o egoísmo numa pequena coisa cada dia pelo bem dos outros (isto se chama amar). Fazer o pequeno-grande compromisso de viver cada dia em coerência com nossa vida Cristã.

São Zacarias

São Zacarias era de origem grega, estabelecido na Calábria, seu pai chamava-se Policrônio. Seu nome significa “o Senhor lembra”. Em 741, foi eleito Papa e sucedeu a Gregório III. Foi eleito por unanimidade apenas cinco dias depois do falecimento de seu predecessor. Devido às necessidades da Cristandade naquele tempo, Deus teve pressa com ele. São Zacarias foi o último dos papas gregos e também o último Papa a comunicar oficialmente sua eleição à corte imperial e ao patriarca de Constantinopla. Por meios da diplomacia pessoal, restabeleceu relações pacíficas com os lombardos no norte da Itália. Ele se dedicou totalmente às coisas da igreja: cuidava dos arquivos, restaurou os templos romanos, cuidou da agricultura e ainda beneficiou a abadia de Monte Casino, onde os dois viviam como monges. Zacarias, pode se dizer, foi um bom Papa e morreu em março de 752, aos 73 anos, depois de onze anos de pontificado. Sua memória é celebrada em 22 de março.

Reflexão: Em quase todas as culturas da história existe uma consciência de classe e a cultura judaica da época de Jesus não era exceção. A classe superior daquela estrutura social era constituída pelos descendentes de Arão, o sacerdócio oficial. Naquele tempo, havia cerca de 20.000 deles em Jerusalém e arredores e, lamentavelmente, muitos eram orgulhosos, preconceituosos, extremamente indulgentes e egocêntricos, religiosos só naquelas questões exteriores que poderiam impressionar outras pessoas. Um exemplo típico é o sacerdote da parábola do bom samaritano. Ele se achava bom demais para ajudar uma pobre vítima de assalto e roubo. Contudo, havia alguns que eram diferentes e, entre eles, estava um velho sacerdote chamado Zacarias, cujo nome significa “o Senhor Se lembra”. Uma vez que a lei de Moisés prescrevia que um sacerdote só poderia se casar com uma mulher de excelente reputação, Zacarias tinha escolhido como esposa a filha de outro sacerdote. Não só ela era descendente de Arão, mas também tinha o mesmo nome que a esposa deste, Eliseba ou Isabel, que significa “o juramento de Deus”. Seus nomes ganhariam um novo sentido antes que o sol se pusesse sobre sua vida conjunta.

TJL – A112.COM – EVANGELI.NET – ACIDIGITAL.COM

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