domingo, 17 de setembro de 2023

BOM DIA EVANGELHO - 18 . STEMBRO. 023

 

BOM DIA EVANGELHO


18 DE SETEMBRO DE 2023 - Segunda-feira da 24ª semana do Tempo Comum

Oração: Deus Pai de bondade e sabedoria, que tudo provê para a salvação de cada alma, concedei-nos por intercessão de São José de Cupertino a sua grandiosa humildade e completa obediência, na total confiança da Vossa Providência em nossas vidas, de modo a que, sem nos abalarmos com as dificuldades e provações, façamos perseverantemente com amor e simplicidade o bem ao próximo, para podermos ser elevados ao êxtase infinito da plena Comunhão Convosco. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Lc 7,1-10):

 Quando terminou de falar estas palavras ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum. Havia um centurião que tinha um servo a quem estimava muito. Estava doente, à beira da morte. Tendo ouvido falar de Jesus, o centurião mandou alguns anciãos dos judeus pedir-lhe que viesse curar o seu servo. Quando eles chegaram a Jesus, recomendaram com insistência: «Ele merece este favor, porque ama o nosso povo. Ele até construiu uma sinagoga para nós».
Jesus foi com eles. Quando já estava perto da casa, o centurião mandou alguns amigos dizer-lhe: «Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. Por isso, nem fui pessoalmente ao teu encontro. Mas dize uma palavra, e meu servo ficará curado. Pois eu, mesmo na posição de subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens, e se ordeno a um: ‘Vai!’, ele vai; e a outro: ‘Vem!’, ele vem; e se digo a meu escravo: ‘Faze isto!’, ele faz».
Ao ouvir isso, Jesus ficou admirado. Voltou-se para a multidão que o seguia e disse: «Eu vos digo que nem mesmo em Israel encontrei uma fé tão grande». Aqueles que tinham sido enviados voltaram para a casa do centurião e encontraram o servo em perfeita saúde.

«Eu vos digo que nem mesmo em Israel encontrei uma fé tão grande»

Fr. John A. SISTARE(Cumberland, Rhode Island, Estados Unidos)

Hoje somos confrontados com uma questão interessante. Porque o Centurião do Evangelho não foi pessoalmente ter com Jesus, mas preferiu mandar mensageiros com o pedido de cura para seu servo? O Centurião nos responde essa pergunta na passagem do Evangelho. «[...] nem fui pessoalmente ao teu encontro. Mas dize uma palavra, e meu servo ficará curado». (Lc 7,7).
O Centurião possuía a virtude da fé, acreditava que Jesus poderia fazer esse milagre se estivesse de acordo com sua divina vontade. A fé permitiu ao Centurião acreditar que onde quer que Jesus esteja, ele poderia curar o servo doente. O Centurião acreditava que nenhuma distância poderia impedir ou deter o Cristo de fazer sua obra de salvação.
Em nossas próprias vidas, somos chamados a ter esse mesmo tipo de fé. Há momentos em que somos tentados a pensar que Jesus está distante e não ouve nossas orações. Entretanto, a fé ilumina nossas mentes e corações, para que acreditemos que Jesus está sempre ao nosso lado para nos ajudar. Em verdade, a presença curativa de Jesus na Eucaristia é um lembrete de que Jesus está sempre conosco. Santo Agostinho, com os olhos da fé, acreditava nesta realidade: «O que vemos é o pão e o cálice; isso é o que nossos olhos nos mostram. Mas o que nossa fé nos obriga a aceitar é que o pão é o Corpo de Cristo e o cálice é o Sangue de Cristo».
A Fé ilumina nossas mentes para que possamos enxergar a presença de Cristo em nosso meio. Como o Centurião, dizemos, «Não sou digno de que entreis em minha morada» (Lc 7,6). Da mesma forma, nos humilhamos diante de Nosso Senhor e Salvador e Ele ainda se aproxima para nos curar. Deixemos Jesus entrar em nossa alma, em nossa morada, para curar e fortalecer nossa fé para que possamos continuar nosso caminho em direção à Vida Eterna.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Sabemos, pelas obras que são fruto da caridade, se a fé é viva ou morta. A fé viva é excelente porque, estando unida à caridade e vivificada por ela, é firme e constante. Faz muitas e boas obras, pelas quais merece ser louvada dizendo: "Oh, que fé tão grande!» (S. Francisco de Sales) - «O nosso tempo requer cristãos que cresçam na fé através da familiaridade com a Sagrada Escritura e os sacramentos. Pessoas que sejam quase um livro aberto que narra a experiência da vida nova no Espírito» (Bento XVI) - «Antes de mais, a fé é uma adesão pessoal do homem a Deus. Ao mesmo tempo, e inseparavelmente, é o assentimento livre a toda a verdade revelada por Deus (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº

São José Copertino

José Maria Desa nasceu em1603, no vilarejo de Cupertino, província de Lecce, reino de Nápoles, na atual Itália. A família, muito piedosa, vivia em situação miserável, pois o pai havia sido envolvido na falência de um conhecido a quem emprestara dinheiro. Às vésperas de seu nascimento, a família perdeu até os poucos móveis que possuía e foi despejada da casa, e assim ele nasceu, de modo semelhante a Jesus, numa estrebaria. Nesta situação, desde criança teve que trabalhar para auxiliar no sustento familiar. Chegou a iniciar a escola, mas uma úlcera gangrenosa o afastou dos estudos por cinco anos. De toda a forma, sua saúde foi muito fraca na infância e adolescência, várias vezes com risco de vida, e não possuía boa coordenação motora nem muita inteligência.

Sua mãe procurou dar-lhe uma formação básica, a partir das histórias da vida dos santos, como São Francisco. Surgiu nele, então, o desejo de ser religioso, e sacerdote. Aos 16 anos, pediu admissão na Ordem dos Frades Franciscanos Conventuais, no convento de “Grottella”. Mas sua falta de instrução não o permitiu ficar, e voltou a trabalhar. Ele insistiu, procurando os Franciscanos Reformados, sendo novamente rejeitado pela formação deficiente, e, depois, os Capuchinhos de Martina Franca; ali, os frades tentaram dar-lhe diversos trabalhos, mas, além da pouca instrução e capacidade de aprendizado, seus primeiros êxtases místicos faziam com que deixasse cair no chão o que tivesse em mãos, quebrando frequentemente louças e objetos do convento, a um ponto que tornou-se oneroso. Os capuchinhos o dispensaram, e ele teve que retirar o hábito franciscano, o que, comentou posteriormente, foi como se lhe tivessem arrancado a pele.

Com o passar do tempo, José chegara à maioridade, e o Supremo Tribunal de Nápoles decidiu que ele deveria então trabalhar sem remuneração, para pagar a dívida do pai, já falecido. Na prática, isto era uma sentença de escravidão, e José pediu auxílio aos frades da “Grottella”, que não lhe recusaram a ajuda. Foi-lhe dado o trabalho de cuidar de uma mula. Com o tempo, os frades observaram, em meio às suas limitações, uma verdadeira piedade e vida de oração, santidade, austeridade, total obediência e dons sobrenaturais, e o admitiram no convento.

Esforçou-se por estudar com o auxílio da comunidade e, após imensas dificuldades e gigantesca força de vontade, fez o exame para o diaconato. Recomendou-se inteiramente à Nossa Senhora, por Quem tinha enorme devoção, sabendo perfeitamente que não possuía condições naturais de ser aprovado. O bispo que o arguiu pediu-lhe para comentar uma passagem do Evangelho – na Providência Divina, a única que ele conhecia bem e sobre a qual podia falar com profundidade…

Três anos depois, em 1628, no exame para o sacerdócio, novamente recorreu a Nossa Senhora. O bispo interrogou vários candidatos, descobrindo-os particularmente bem preparados, e, sem arguir os demais, entre os quais José, aprovou-os a todos. A Providência colocou o analfabeto José no presbiterato, como era da Sua vontade.

A ordenação não modificou a extraordinária humildade de José, que sabiamente reconhecia suas limitações e se autodenominava de “irmão burro”. Fazia os serviços mais simples, limpando o chão, lavando a louça, tratando dos animais, e se dedicava ao cuidado dos pobres. E recebeu o dom da ciência infusa, ou seja, por inspiração divina, falava com profunda sabedoria a respeito de qualquer tópico da Teologia. Ensinava que devíamos preparar o coração “para oferecer a Cristo a inteligência, a memória e a vontade”.

Além disso, outros dons se manifestaram: curas milagrosas de diversas doenças, predições, levitação simplesmente ao pronunciar os nomes de Jesus e Maria e êxtases nos momentos de oração, particularmente quando celebrava a Missa (numa ocasião, em levitação, suas mãos ficaram por cima do fogo de duas tochas, mas passado o momento, não havia sinal de queimaduras); percebia o que se passava nas almas das pessoas e as orientava. Logo a sua santidade e conhecimentos extraordinários atraíram multidões, e mesmo nobres e graduados religiosos o procuravam para consulta.

Mas os milagres motivaram o início de um exagerado e inconveniente fanatismo popular, e por fim surgiram até calúnias de que suas ações eram de origem diabólica. Por isso foi denunciado ao Tribunal da Santa Inquisição, que o convocou para investigação. No mosteiro de São Gregório Armênio, diante dos juízes, José levitou, provando sua inocência. Por sábia prudência, contudo, o Santo Ofício determinou o seu isolamento, de modo a não assustar ou confundir os fiéis, evitando assim interpretações erradas e poupando o convento do assédio que perturbava a paz dos frades.

Assim, José foi enviado em 1653 de Assis para conventos em Petra Rúbia, depois para Fossombrone, locais cada vez mais retirados, e finalmente para Ósimo, em 1656. Ai devia ficar afastado mesmo da comunidade, que porém recorreu ao Papa para tê-lo de volta a Assis. Mas o pontífice Alexandre VII lhes respondeu: “Não, basta-lhes um São Francisco em Assis”.

José tudo aceitou com humildade e obediência, sem revolta ou murmuração. Ali continuou sua vida humilde e de serviço aos pobres, e de modo especial culminou sua vida religiosa com a celebração da Sagrada Eucaristia. Faleceu em 18 de setembro de 1663, com 60 anos, e imediatamente começaram as peregrinações ao seu túmulo, com milhares de graças alcançadas por sua intercessão. Em Cupertino, sobre a estrebaria onde nasceu, foi construído um santuário a ele dedicado.

É o padroeiro dos estudantes em dificuldades, e, por suas levitações, padroeiro também dos paraquedistas e aviadores.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

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