❝A Ave-Maria é um beijo carinhoso que damos em nossa Mãe do
Céu. Ela devolve os beijos. Quantas vezes a saudarmos, tantas vezes ela
devolverá nossas saudações. Se lhe fizermos mil saudações, mil vezes ela
responderá.
Enquanto Maria vos sustenta, não cais; enquanto
vos protege, não temeis; enquanto vos conduz, não vos fatigais; e, sendo-vos
propícia, chegareis ao porto da salvação❞.
─ São Bernardo de Claraval
Oração: Deus todo-poderoso, que
destes ao mártir Santo André Kim Taegon e companheiros a graça de sofrer pelo
Cristo, ajudai também a nossa fraqueza, para que possamos viver firmes em nossa
fé, como eles não hesitaram em morrer por vosso amor. Por Cristo nosso Senhor.
Amém!
Evangelho (Lc 7,31-35):
Naquele tempo, disse
Jesus: «Com quem, então, vou comparar as pessoas desta geração? Com quem são
parecidas? São parecidas com crianças sentadas nas praças, que gritam umas para
as outras: Tocamos flauta para vós e não dançastes! Entoamos cantos de luto e
não chorastes!. Veio João Batista, que não come, nem bebe vinho, e dizeis: Tem
um demônio!. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: É um comilão e
beberrão, amigo de publicanos e de pecadores!. Ora, a sabedoria é reconhecida
graças a todos os seus filhos».
«Com quem, então, vou comparar as pessoas desta geração?» - Rev. D. Xavier SERRA i Permanyer(Sabadell, Barcelona, Espanha)
Hoje, Jesus constata a dureza de
coração das pessoas de seu tempo, especialmente os fariseus, tão seguros de si
mesmos que não há quem os converta. Não se calam nem diante de João Batista,
«que não comia pão, nem bebia vinho» (Lc 7,33), e o acusavam de possuir um
demônio; tampouco se calam diante do Filho do homem, «que come e bebe»,
acusando-o de comilão e bêbedo e, «amigo de publicanos e pecadores» (Lc 7,34).
Atrás dessas acusações se escondem seu orgulho e arrogância: ninguém lhes vai
dar lições; não aceitam a Deus, senão que fazem seu próprio Deus, um Deus que
não os mova de suas comodidades, privilégios e interesses.
Nós também temos esse perigo. Quantas vezes criticamos tudo: se a Igreja diz
isso, por que diz isso, se diz o contrário... E até mesmo, poderíamos criticar
nos referindo a Deus ou aos outros. No fundo, talvez inconscientemente,
queremos justificar nossa preguiça e falta de desejo de uma verdadeira
conversão, justificar nossa comodidade e falta de docilidade. Disse São
Bernardo: «Há algo mais lógico que não ver as próprias chagas, especialmente se
as tapou com a finalidade de não poder vê-las? Disso resulta que, ainda que
outro as ache, defenda com teimosia que não são chagas, deixando que seu
coração se abandone a palavras falsas».
Deixemos que a Palavra de Deus chegue ao nosso coração e nos converta, nos
mude, nos transforme com sua força. Mas para isso, peçamos o dom da humildade.
Somente o humilde pode aceitar a Deus; e permitir que se aproxime de nós, que
como publicanos e pecadores necessitamos que nos cure. Ai daquele que creia que
não necessita do médico! O pior para um doente é acreditar-se sadio, porque o
mal avançará e nunca será medicado. Todos estamos doentes de morte, e somente
Cristo pode nos salvar, sejamos ou não conscientes disso. Demos graças ao
Salvador, acolhendo-o como tal!
Pensamentos para o Evangelho de hoje: « Não todos
podem perceber a sabedoria em toda sua perfeição. A todos, não obstante, se
lhes infunde, segundo sua capacidade, o espírito de sabedoria, com tal que
tenham fé. Se acreditar, posse o espírito de sabedoria» (Santo Ambrósio) - «Fara
bem nos perguntar_ como quero ser salvado? Da minha forma? Ou do modo divino,
ou seja, na via de Jesus?» (Francisco) -«(...) A fé e a prática do Evangelho
conferem a cada qual uma experiencia da vida “em Cristo” que o ilumina e o
torna capaz de avaliar as realidades divinas e humanas, segundo o Espírito de
Deus. Assim, o Espírito Santo pode servir-Se dos mais humildes para iluminar os
sábios e os mais elevados em dignidade» (Catecismo da Igreja Católica, n° 2038)
Santo André Kim Taegon e companheiros
André Kim
Taegon foi o primeiro sacerdote mártir da
Coreia que morreu em 1846. E com ele, há o testemunho de fé, selado
com o supremo sacrifício da vida, de milhares de homens e mulheres
varridos pela onda de perseguições que atingiu a Coreia nos séculos XVIII e
XIX.
Santo André nasceu em 1821, em
uma família convertida e muito fervorosa, tanto que seu pai transformou sua
casa em igreja doméstica, onde se
reuniam muitos fiéis para ser batizados. Ele respirava a fé, desde criança. Vale ressaltar que a evangelização da Coreia foi feita
inicialmente pelos leigos, pois não havia padres naquela época. Os
leigos batizados transmitiram a fé e formaram fervorosas comunidades de vida
cristã.
Tais
episódios, porém, fortaleceram ainda mais a sua fé, a ponto de ir a Macau para
receber a ordenação sacerdotal. Ao regressar à Coreia como diácono, em 1844,
Santo André procurou corajosamente os membros dispersos do seu rebanho,
que foram obrigados a manter em segredo a sua identidade. Ajudou padres
missionários estrangeiros que entravam secretamente no país para ministrar ao
seu povo.
Santo André suportou grandes
dificuldades por causa do Evangelho, incluindo uma longa caminhada pela neve,
onde caiu exausto no chão e correu o risco de morrer congelado. Porém, ele ouviu uma voz dizendo: “Levante-te, caminha!” o
que lhe deu forças para continuar a sua missão.
Obteve
resultados extraordinários em seu apostolado, até quando foi descoberto e
preso, por tentar enviar documentações e testemunhos para a Europa. Padre
André Kim Taegon foi martirizado em 16 de setembro de 1846.
O Papa João Paulo II em 1984,
em Seul, canonizou o Padre André Kim Taegon e os 102 companheiros mártires.(Colaboração: Nathália Lima)
Reflexão: Santo André Kim Taegon é um exemplo da paixão pela evangelização
e da disposição de suportar as adversidades por causa do Evangelho. A sua vida
inspira-nos a perseverar na vocação de sermos missionários, de evangelizar a
família, os amigos, falar de Jesus com o coração cheio de alegria e força.
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