Oração: “Beata Teresa de Calcutá, tu permitiste ao sedento amor de Jesus
na Cruz tornar-se uma chama viva dentro de ti. Chegaste a ser luz do Seu amor
para todos. Obtém do coração de Jesus… (pedir aqui a graça). Ensina-me a deixar
Jesus penetrar e possuir todo o meu ser, tão completamente que a minha vida
também possa irradiar a Sua luz e amor para os outros. Amém”.
Evangelho
segundo São Lucas 4,31-37.
Naquele tempo, Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e ali
ensinava aos sábados.
Todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque falava com autoridade.
Encontrava-se então na sinagoga um homem que tinha um espírito de demónio
impuro, que bradou com voz forte:
«Ah! Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Eu
sei quem Tu és: o Santo de Deus».
Disse-lhe Jesus em tom severo: «Cala-te e sai desse homem». O demónio, depois
de o ter arremessado para o meio dos presentes, saiu dele sem lhe fazer mal
nenhum.
Todos se encheram de assombro e diziam entre si: «Que palavra esta! Ordena com
autoridade e poder aos espíritos impuros e eles saem!».
E a fama de Jesus espalhava-se por todos os lugares da região.(Tradução litúrgica da Bíblia)
Diádoco de Foticeia (c. 400-?) - Bispo - Cem capítulos sobre o conhecimento, 78-80, na Filocalia
«Cala-te e sai desse homem»
O batismo, banho de santidade, lava as manchas do
pecado, mas não altera a dualidade da nossa vontade, nem impede que os
espíritos do mal nos combatam ou nos enredem nas suas ilusões. [...] Mas a
graça de Deus tem a sua morada nas profundezas da alma, ou seja, no
entendimento. Com efeito, diz-se que a filha do rei e as donzelas suas amigas
«são conduzidas entre júbilo e regozijo e dão entrada no palácio do rei» (Sl
44,16), não se mostrando aos demónios. Quando nos recordamos de Deus com
fervor, sentimos brotar o desejo do divino no fundo do nosso coração; mas,
nessa altura, os espíritos malignos atacam os sentidos corporais e aí se
ocultam, aproveitando o relaxamento da carne. [...] Desta forma, o nosso
interior rejubila continuamente na lei do Espírito (cf Rom 7,22), como diz o
divino apóstolo Paulo, mas os sentidos da carne desejam deixar-se levar pela propensão
para os prazeres [...]. «A luz brilha nas trevas e as trevas não se apoderaram
dela» (Jo 1,5) [...]: o Verbo de Deus, verdadeira luz, no seu incomensurável
amor pelo Homem, considerou oportuno manifestar-Se à criação em carne e osso,
acendendo em nós a luz do seu conhecimento divino. O espírito do mundo não
acolheu o desígnio de Deus, isto é, não O reconheceu. [...] No entanto, como
maravilhoso teólogo, o evangelista João acrescenta: «A Palavra era a luz
verdadeira, que ilumina todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo e o
mundo por meio dela surgiu; mas o mundo não a conheceu. Veio para o que era
seu, mas os seus não a acolheram. Mas a todos quantos a receberam deu-lhes
poder de se tornarem filhos de Deus» (9-12). [...] Quando diz que o mundo não
recebeu a verdadeira luz, o evangelista não se refere a Satanás, que é estranho
a essa luz, visto que a rejeitou desde o início. Com esta afirmação, São João
acusa justamente os homens que compreendem os poderes e as maravilhas de Deus,
mas, devido ao seu coração obscurecido, não querem aproximar-se da claridade do
seu conhecimento.
Santo do dia:
Santa Teresa de Calcutá -
Agnes Gonxha Bojaxhiu nome
de batismo da que ficou mundialmente conhecida por Madre Teresa de Calcutá, nasceu na Albânia
(então Macedónia) em 1910 e tornou-se cidadã indiana, em 1948. Prémio Nobel da
Paz em 1979. Oriunda de uma família católica, aos doze anos já estava
determinada a ser missionária. Começou por fazer votos na congregação das Irmãs
de Nossa Senhora do Loreto, aos 18 anos, na Irlanda, onde viveu. A sua vida na
Índia começou como professora. Só ao fim de dez anos sentiu necessidade de
criar a congregação das Irmãs da Caridade e dedicar a sua longa vida aos pobres abandonados
e mais desprotegidos de Calcutá. Entre as suas prioridades estava matar a fome
e ensinar a ler aos "mais pobres entre os pobres", bem como a
leprosos, portadores de SIDA e mulheres abandonadas. Depois do Prémio Nobel, em
1979, passou a ser muito conhecida e as casas das Irmãs da Caridade contam-se
hoje por centenas nos mais diversos países do Mundo. O seu exemplo de dedicação
sem temer contrair doenças contagiosas, a sua vida exemplar, sempre na sua fé
católica deram-lhe, em vida, a certeza de que era santa. Foi beatificada em
2003. O Papa Francisco declarou-a formalmente santa em 4 de setembro de 2016,
depois de a Congregação para a Causa dos Santos reconhecer por unanimidade a
cura extraordinária, em 2008, do brasileiro Marcílio Andrino que se encontrava
em coma devido a abcessos no cérebro e hidrocefalia.
Tjl – a12.com – evangeli.net –
evangelhoquotidiano.org – acidigital.com
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