De Berlim, o apelo dos líderes religiosos para que caiam
os muros que dividem os povos
Oração: Ó Deus, que por intermédio de Santo Alberto
nos destes uma forma de vida evangélica, para conseguirmos de modo perfeito a
caridade, concedei-nos que, por sua intercessão, vivamos consagrados a Jesus
Cristo e sejamos fiéis em servi-lo até a morte. Por nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Evangelho (Jo 3,13-17)
Naquele tempo, disse Jesus
a Nicodemos: «Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu: o Filho do
Homem. Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também será levantado
o Filho do Homem, a fim de que todo o que nele crer tenha vida eterna. De fato,
Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele
crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao
mundo, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele».
«A fim de que todo o que nele crer tenha vida eterna» - Rev. D. Antoni CAROL i Hostench(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho é uma
profecia, isto é, uma olhada no espelho da realidade que nos introduz em sua
verdade, mais além do que nos dizem nossos sentidos: a Cruz, a Santa Cruz de
Jesus Cristo, é o Trono do Salvador. Por isso, Jesus afirma que «deve que ser
levantado o Filho do homem» (Jo 3,14).
Bem sabemos que a cruz era o suplício mais atroz e vergonhoso de seu tempo.
Exaltar a Santa Cruz não deixaria de ser um cinismo se não fosse porque ai está
o Crucificado. A cruz, sem o Redentor, é simples cinismo; com o Filho do Homem
é a nova árvore da sabedoria. Jesus Cristo, «oferecendo-se livremente à paixão»
da Cruz abriu o sentido e o destino de nosso viver: subir com Ele à Santa Cruz
para abrir os braços e o coração ao Dom de Deus, num intercâmbio admirável.
Também aqui nos convém escutar a voz do Pai desde o céu: «Este é meu Filho
(...), em quem me comprazo» (Mc 1,11). Encontrarmos crucificados com Jesus e
ressuscitar com Ele: Eis aqui o porquê de tudo! Há esperança, há sentido, há
eternidade, há vida! Nós os cristãos não estamos loucos quando na Vigília
Pascal, de maneira solene, quer dizer, no Pregão Pascal, cantamos, louvando o
pecado original: «Oh!, Culpa tão feliz, que tem merecido a graça de tão grande
Redentor», que com sua dor tem impresso sentido à mesma dor.
«Olhai a árvore da cruz, foi sacrificado o Salvador do mundo: vem e adoremos»
(Liturgia da sexta-feira Santa). Se conseguirmos superar o escândalo e a
loucura de Cristo crucificado, não há nada mais que adorá-lo e agradecer-lhe
seu Dom. E procurar decididamente a Santa Cruz em nossa vida, para termos a
certeza de que, «por Ele, com Ele e Nele», nossa doação será transformada, nas
mãos do Pai, pelo Espírito Santo, em vida eterna: «Derramada por vós e por
muitos para o perdão dos pecados».
Santo Alberto, Patriarca de Jerusalém.
Alberto Avogadro nasceu na Itália por volta do ano 1149, serviu como Patriarca Latino de Jerusalém de 1204 a 1214. Ele teve um papel importante na defesa da Terra Santa para manter a presença cristã em Jerusalém. É conhecido por ter escrito a regra de vida dos carmelitas. Entrou para os cônegos da Santa Cruz de Mortara, chegando a ser prior-geral da Congregação em 1180. Foi ordenado bispo de Bobbio em 1184 e de Vercelli em 1191. Era muito querido e estimado por todos e já tinha fama de santidade pelo dom que tinha de estabelecer a paz entre os que estavam em desavenças. Quando o Patriarca de Jerusalém morreu, os bispos, príncipes e o povo, foram unânimes em escolher Santo Alberto como bispo de Jerusalém. O Papa Inocêncio III teve que insistir muito para que aceitasse este cargo. O argumento usado pelo papa foi definitivo: a Palestina sofria uma pressão fortíssima por parte dos muçulmanos e era preciso ter entre os católicos alguém com carisma e disciplina de "mão forte", pois havia o risco do desaparecimento do cristianismo naquela região. Embarcou para a Terra Santa no ano 1205. Assim que chegou à Terra Santa, fez sua morada na vertente do Monte Carmelo. Em pouco tempo ele conseguiu reconduzir o povo para a fé, ganhando o respeito tanto dos cristãos como dos árabes muçulmanos. Durante o período em que foi patriarca de Jerusalém reuniu todos os eremitas do Monte Carmelo, redigindo ele mesmo as Regras para a comunidade. Brocardo, então prior dos carmelitas, pediu ao Patriarca Alberto que lhes desse uma norma de vida. Santo Alberto a escreveu, tornando-se assim no Legislador da Ordem do Carmo. Por isso, e apesar de não ter sido carmelita, a Ordem do Carmo o representa nas suas imagens vestido de carmelita e com a Regra na mão. Morreu em 14 de setembro de 1214, assassinado pelo administrador do Hospital do Espírito Santo, ao qual ele havia primeiro advertido e depois afastado de suas funções, por suas crueldades. Santo Alberto conduzia uma procissão, e foi morto na frente de todos.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: Santo Alberto em sua magnitude era admirado
por todos. Em toda sua trajetória mostrou-se sábio, corajoso e coerente em seus
princípios e virtudes. Sua fé em Cristo o ajudou a tomar decisões nas horas
difíceis mesmo sabendo que poderia se prejudicar. O verdadeiro cristão sabe
entregar a sua vida nas mãos de Deus e fazer a sua parte na construção de uma
sociedade mais justa e fraterna.
TJL – ACIDIGITAL.COM – EVANGELI.NET – A12.COM
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