Oração: Deus de bondade, que chamaste Daniel Comboni para
levar aos povos sofredores do continente africano sua mensagem de amor, dai-nos
encontrar nos sofredores que estão à nossa volta o rosto do vosso filho Jesus
Cristo. Que vive e reina para sempre. Amém.
Evangelho (Lc 10,38-42):
Naquele
tempo, Jesus entrou num povoado, e uma mulher, de nome Marta, o recebeu em sua
casa. Ela tinha uma irmã, Maria, a qual se sentou aos pés do Senhor e escutava
a sua palavra. Marta, porém, estava ocupada com os muitos afazeres da casa. Ela
aproximou-se e disse: «Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha
com todo o serviço? Manda pois que ela venha me ajudar!». O Senhor, porém, lhe
respondeu: «Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada com muitas coisas. No
entanto, uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será
tirada».
«Marta, Marta! Preocupas-te e andas agitada com muitas coisas. No entanto, uma só é necessária» - Rev. D. Josep RIBOT i Margarit(Tarragona, Espanha)
Hoje, como
em cada dia, podemos aprender do Evangelho. Jesus, convidado na casa de
Betânia, dá-nos uma lição de humanidade: Ele, que amava as pessoas, deixa-se
amar, porque as duas coisas são importantes. Rejeitar as demonstrações de
afecto, de Deus e dos outros, seria um erro grave, de consequências nefastas
para a santidade.
Marta ou Maria? Mas..., por quê confrontar aqueles que tanto se queriam, e que
tanto queriam a Deus? Jesus amava Marta e Maria, e o seu irmão Lázaro, e
ama-nos a cada um de nós.
No caminho da santidade não há duas almas iguais. Todos procuramos amar a Deus,
mas com um estilo e personalidade próprios, sem imitar ninguém. O nosso modelo
está em Cristo e na Virgem. Incomoda-nos a maneira como os outros se relacionam
com Deus? Tentemos aprender da sua piedade pessoal.
«Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha no serviço? Manda,
pois, que ela me venha ajudar!» (Lc 10,40). Servir os outros, por amor a Deus,
é uma honra, não uma carga. Servimos com alegria, como a Virgem a sua prima
Santa Isabel ou nas bodas de Caná, ou como Jesus, no lava-pés na Última Ceia?
«Marta, Marta, preocupas-te e andas agitada com muitas coisas. No entanto, uma
só é necessária» (Lc 10,41-42). Não percamos a paz, nem o bom humor. E para
isso, cuidemos a presença de Deus. «Ficai a saber: escondido nas situações mais
comuns há um quê de santo, de divino, que toca a cada um de vós descobrir
(…);ou sabemos encontrar Nosso Senhor na nossa vida corrente ou nunca O
encontraremos» (São Josemaria).
«Maria escolheu a melhor parte, e essa não lhe será tirada» (Lc 10,42). Deus
quer-nos felizes. Que a nossa Mãe do Céu nos ajude a experimentar a alegria da
entrega.
Daniel
Comboni era italiano. Nasceu
dia 15 de março de 1831, numa família de camponeses
cristãos, humildes e pobres. Devido à condição econômica, eles enviam Daniel para estudar no Instituto dos padres mazzianos,
onde Daniel descobriu sua vocação missionária.
Em 1854 é ordenado sacerdote e três anos depois parte
para a África, junto com mais cinco missionários.
A realidade africana é cruel e choca. As dificuldades
começam no clima insuportável, passam pelas doenças, pobreza, abandono do
povo e terminam com o índice elevado de mortes
entre os jovens companheiros. Mas tudo isso serve de estímulo
para seguir avante, sem abandonar a missão e o entusiasmo. Daniel entrega-se ao trabalho entre os pobres, fazendo da solidariedade seu grande instrumento de
evangelização. Assume o lema "Salvar a África com a
África", um projeto missionário simples e ousado para a época. Padre Comboni pede todo tipo de ajuda espiritual e material à
sociedade europeia. Dedica-se com tanto empenho e ânimo que consegue fundar uma revista de incentivo missionário.
Além disso, fundou em 1867, o Instituto dos Padres
Missionários Combonianos e, em 1872, o Instituto das Irmãs Missionárias Combonianas. Em 1877, Comboni é nomeado Vigário Apostólico da África Central e,
em seguida é também consagrado o primeiro Bispo católico da
África Central. Depois de muito sofrimento no corpo e no
espírito, no dia 10 de outubro de 1881, o Bispo
Comboni morre em meio ao povo africano, rodeado pelos seus religiosos, com a
certeza de que sua obra missionária não morreria.(Colaboração: Padre Evaldo César
de Souza, CSsR)
Reflexão: Daniel Comboni anunciou e testemunhou o Evangelho em tudo aquilo que
fez. Antes de mais, ele sente-se discípulo de Cristo. À semelhança dos
discípulos transfigurados pela virtude do Mestre, também ele vive em coerência
total com «evangelho de Deus», consagrado a um estado de vida totalmente
semelhante ao de Cristo , no serviço aos pobres do continente africano.
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET
– VATICANNEWS.VA
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