Oração: Oremos para que, como São Teófilo, possamos buscar
a verdade e defender nossa fé de maneira firme e inteligente. Que possamos
seguir seu exemplo de comprometimento com Deus, buscando sempre aprofundar
nosso conhecimento das Escrituras e fortalecer nossa espiritualidade. Que São
Teófilo interceda por nós junto ao Pai Celestial, para que possamos ser luzes
no mundo, compartilhando a mensagem do Evangelho com amor e sabedoria, assim
como ele fez em sua vida dedicada a Cristo. Amém.
Evangelho (Lc 11,15-26)
Naquele tempo, depois de que Jesus expulsou um demônio, alguns disseram:
É pelo poder de Beelzebu, o chefe dos demônios, que ele expulsa os demônios.
Outros, para tentar Jesus, pediam-lhe um sinal do céu.
Mas, conhecendo seus pensamentos, ele disse-lhes: Todo reino dividido
internamente será destruído; cairá uma casa sobre a outra. Ora, se até Satanás
está dividido internamente, como poderá manter-se o seu reino? Pois dizeis que
é pelo poder de Beelzebu que eu expulso os demônios. Se é pelo poder de Beelzebu
que eu expulso os demônios, pelo poder de quem então vossos discípulos os
expulsam? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes. Mas, se é pelo dedo de
Deus que eu expulso os demônios, é porque o Reino de Deus já chegou até vós.
Quando um homem forte e bem armado guarda o próprio terreno, seus bens estão
seguros. Mas, quando chega um mais forte do que ele e o vence, arranca-lhe a
armadura em que confiava e distribui os despojos. Quem não está comigo é contra
mim; e quem não recolhe comigo, espalha. Quando o espírito impuro sai de
alguém, fica vagando por lugares áridos, à procura de repouso. Não o
encontrando, diz: Vou voltar para minha casa de onde saí. Chegando aí, encontra
a casa varrida e arrumada. Então ele vai e traz outros sete espíritos piores do
que ele, que entram e se instalam aí. No fim, o estado dessa pessoa fica pior
do que antes.
«Alguns disseram: É pelo poder
de Beelzebu, o chefe dos demônios, que ele expulsa os demônios»
Rev. D. Josep PAUSAS i Mas(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)
Hoje, contemplamos comovidos como Jesus é ridiculamente culpado de
expulsar demônios: É pelo poder de Beelzebul, o chefe dos demônios, que ele
expulsa os demônios (Lc 11,15). É difícil imaginar um bem maior, expulsar,
afastar das almas ao diabo, o instigador do mal e, ao mesmo tempo, escutar a
acusação mais grave fazê-lo, precisamente, pelo poder do próprio diabo. É
realmente uma incriminação gratuita, que manifesta muita cegueira e inveja por
parte dos acusadores do Senhor. Hoje em dia, também, sem perceber, eliminamos
de raiz o direito que os outros têm a discrepar, a serem diferentes e, a terem
suas próprias posições contrárias e, incluso, opostas às nossas.
Quem o vive fechado em um dogmatismo político, cultural ou ideológico,
facilmente menospreza ao que discrepa, desqualificando todo seu projeto e
negando-lhe competência e, inclusive honestidade. Em tal caso, o adversário
político ou ideológico transforma-se no inimigo pessoal. O confronto degenera
em insulto e agressividade. O clima de intolerância e mútua exclusão violenta
pode, então, nos conduzir à tentação de eliminar de alguma maneira a quem se
nos apresenta como inimigo.
Nesse clima é fácil justificar qualquer atentado contra pessoas, inclusive, os
assassinatos, se o morto não é dos nossos. Quantas pessoas sofrem hoje com esse
ambiente de intolerância e rechaço mútuo que freqüentemente se respira nas
instituições públicas, nos locais de trabalho, nas assembléias e confrontos
políticos!
Entre todos devemos criar as condições e um clima de tolerância, respeito mútuo
e confronto leal no qual seja possível ir achando caminhos de diálogo. Os
cristãos, longe de endurecer e sacralizar falsamente nossas posições
manipulando a Deus e identificando-o com nossas próprias posturas, devemos
seguir a este Jesus que quando seus discípulos pretendiam que impedisse que
outros expulsaram demônios em nome dele, os corrigiu dizendo-lhes: Não o
proibais, pois quem não é contra vós, está a vosso favor(Lc 9,50). Todo o
inumerável coro de pastores reduz-se ao Corpo de um só Pastor (Santo
Agostinho).
São Teófilo, Bispo de Antioquia
São Teófilo, Bispo de Antioquia, é celebrado no dia 13 de outubro como um dos notáveis líderes da Igreja primitiva. Sua biografia é rica em eventos significativos que refletem a importância de sua figura. Nascido em meados do século II, Teófilo se tornou bispo de Antioquia, uma das mais influentes cidades cristãs da época. Ele desempenhou um papel crucial na defesa e expansão da fé cristã, enfrentando desafios teológicos e perseguições em um período de grande instabilidade religiosa. Teófilo foi um prolífico autor, e suas obras teológicas desempenharam um papel fundamental na explicação e defesa da fé cristã perante um mundo pagão. Sua contribuição mais notável foi a obra "Ad Autolycum" onde argumentou a favor da fé cristã com base na racionalidade e na moralidade, buscando convencer os céticos por meio da lógica e da moral. Além disso, São Teófilo também fez contribuições importantes para a liturgia e o desenvolvimento da igreja em Antioquia. A espiritualidade de São Teófilo era profundamente enraizada na oração, na contemplação e na busca constante pela verdade divina. Ele enfatizava a importância da fé racional e do conhecimento profundo das Escrituras como meio de fortalecimento espiritual.
Reflexão:
Seu legado é uma lembrança
perene da necessidade de manter uma fé robusta, baseada em uma compreensão
sólida e em um compromisso fervoroso com Deus. Sua influência perdura na
teologia cristã e na defesa da fé até os dias de hoje.
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – ACIDIGITAL.COM
– VATICANNEWS.VA
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