terça-feira, 24 de outubro de 2023

BOM DIA EVANGELHO - 25. OUTUBRO. 023

 

BOM DIA EVANGELHO


25 DE OUTUBRO DE 2023 - Quarta-feira da 29ª semana do Tempo Comum

Oração: Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu Vos adoro, louvo e Vos dou graças pelos benefícios que me fizestes. Peço-Vos, por tudo que fez e sofreu o Vosso servo Frei Antônio de Sant'Anna Galvão, que aumenteis em mim a fé, a esperança e a caridade, e Vos digneis conceder-me a graça que ardentemente almejo. Amém.

Evangelho (Lc 12,39-48)

 Naquele tempo, o Senhor disse aos seus discípulos: Ficai certos: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, não deixaria que fosse arrombada sua casa. Vós também ficai preparados! Pois na hora em que menos pensais, virá o Filho do Homem.
Então Pedro disse: Senhor, é para nós ou para todos que contas esta parábola? O Senhor respondeu: Quem é o administrador fiel e atento, que o senhor encarregará de dar à criadagem a ração de trigo na hora certa? Feliz aquele servo que o senhor, ao chegar, encontrar agindo assim! Em verdade, vos digo: ele lhe confiará a administração de todos os seus bens. Ora, se um outro servo pensar: Meu senhor está demorando e começar a bater nos criados e nas criadas, a comer, beber e embriagar-se, o senhor daquele servo chegará num dia inesperado e numa hora imprevista, ele o excluirá e lhe imporá a sorte dos infiéis.
O servo que, conhecendo a vontade do senhor, nada preparou, nem agiu conforme a sua vontade, será chicoteado muitas vezes. O servo, porém, que não conhecendo essa vontade fez coisas que merecem castigo, será chicoteado poucas vezes. Portanto, todo aquele a quem muito foi dado, muito lhe será pedido; a quem muito foi confiado, dele será exigido muito mais!

«Vós também ficai preparados! Pois na hora em que menos pensais, virá o Filho do Homem»

Rev. D. Josep Lluís SOCÍAS i Bruguera(Badalona, Barcelona, Espanha)

Hoje, com a leitura deste fragmento do Evangelho, podemos ver que cada pessoa é um administrador: quando nascemos, nos é dada uma herança nos genes e algumas capacidades para nos realizarmos na vida. Descobrimos que estas potencialidades e a própria vida são dons de Deus, pois nós nada fizemos para consegui-las. É um presente pessoal, único e intransferível e, é isso o que nos confere a nossa personalidade. São os talentos de que o próprio Jesus nos fala (cf. Mt 25,15), as qualidades que devemos fazer crescer durante a nossa existência.
«Pois na hora em que menos pensais, virá o Filho do Homem» (Lc 12,40), Termina dizendo Jesus no primeiro parágrafo. A nossa esperança está na vinda do Senhor Jesus no fim dos tempos; mas agora e aqui também Jesus se faz presente na nossa vida, na simplicidade e na complexidade de cada momento. É hoje quando, com a força do Senhor, podemos viver o seu Reino. Santo Agostinho nos o lembra com as palavras do Salmo 32,12: «Ditosa a nação cujo Deus é o Senhor, para que podamos ser conscientes disso, formando parte desta nação».
«Vós também ficai preparados!» (Lc 12,40), esta exortação representa uma chamada à fidelidade, a qual está subordinada ao egoísmo. Temos a responsabilidade de saber "dar resposta" aos bens que recebemos juntos com a nossa vida. «Conhecendo a vontade do senhor» (Lc 12,47), é aquilo a que chamamos a nossa "consciência" e, é o que nos torna dignamente responsáveis pelos nossos atos. A resposta generosa pela nossa parte à face da humanidade, à face de cada um dos seres vivos, é algo justo e cheio de amor.

Santo Antônio de Sant'Anna Galvão

O brasileiro Antonio de Sant'Anna Galvão, nasceu em 1739, em Guaratinguetá, São Paulo. Quando tinha treze anos, Antônio foi enviado para estudar com os jesuítas. Desse modo, na sua vida estava plantada a semente da vocação religiosa. Aos vinte e um anos, Antônio deixa os jesuítas e ingressa na Ordem Franciscana, no Rio de Janeiro.
Em 1768 foi nomeado pregador e confessor do convento das Recolhidas de Santa Teresa. Entre suas penitentes encontrou a Irmã Helena Maria do Sacramento, que tinha visões sobre a fundação de um novo convento. Apesar das dificuldades, frei Galvão e Irmã Helena fundaram, em fevereiro de 1774, o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência.
Entre dificuldades e perseguições, frei Galvão conseguiu manter e ampliar este convento, construindo inclusive uma igreja anexa ao prédio. Hoje o convento, em São Paulo, é patrimônio cultural da humanidade. Em 1811, a pedido do Bispo de São Paulo, fundou o Recolhimento de Santa Clara em Sorocaba.
Com a saúde enfraquecida recebeu autorização especial para residir no Recolhimento da Providência. Durante sua última enfermidade, Frei Galvão foi morar num pequeno quarto, ajudado pelas religiosas que lhe prestavam algum alívio e conforto. Ele faleceu com fama de santidade em 23 de dezembro de 1822. Ele é considerado padroeiro dos engenheiros, arquitetos e construtores.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão:  Frei Galvão foi chamado "Bandeirante de Cristo", porque tinha na alma a grandeza, o arrojo e fortaleza de um verdadeiro bandeirante. Renunciou a uma brilhante situação no mundo para servir a Jesus Cristo. Cheio do espírito de caridade, não media sacrifícios para aliviar os sofrimentos alheios. Foi considerado santo mesmo já antes de sua morte.

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