Oração: Ó Deus, Pai todo misericórdia, ao recordarmos a memória de santa
Maria Bertilla, nós vos pedimos que, seguindo seus passos na caminhada rumo ao
Reino definitivo, possamos nos dedicar sempre mais no serviço generoso à sua
Igreja na pessoa dos nossos irmãos mais abandonados e necessitados. Por Cristo
Nosso Senhor. Amém.
Evangelho
segundo São Lucas 12,1-7.
Naquele tempo, a multidão afluía aos milhares, a ponto de se atropelarem
uns aos outros. E Jesus começou a dizer, em primeiro lugar para os seus
discípulos: «Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.
Não há nada encoberto que não venha a descobrir-se, nem há nada oculto que não
venha a conhecer-se.
Por isso, tudo o que tiverdes dito às escuras será ouvido à luz do dia e o que
tiverdes dito aos ouvidos, nos aposentos interiores, será proclamado sobre os
telhados.
Digo-vos a vós, meus amigos: não temais os que matam o corpo e depois nada mais
podem fazer.
Vou mostrar-vos a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem
poder para lançar na Geena. Sim, Eu vos digo, a esse é que deveis temer.
Não se vendem cinco passarinhos por duas moedas? Contudo, nenhum deles é
esquecido diante de Deus.
Mais ainda, até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais.
Valeis mais do que todos os passarinhos». -(Tradução litúrgica da Bíblia)
São João Eudes (1601-1680) - presbítero, pregador, fundador de institutos religiosos O Reino de Jesus, II, 30
«Confiai-Lhe todas as vossas preocupações, porque Ele cuida de vós» (1Pd
5,7)
O nosso amorosíssimo Salvador assegura-nos em
várias passagens das suas Sagradas Escrituras que tem um cuidado e uma
vigilância constantes em relação a nós, que nos traz e sempre nos trará ao
colo, no seu coração e nas suas entranhas (cf Is 46,3-4). E não Se contentou em
dizê-lo uma ou duas vezes, mas di-lo e repete-o cinco vezes na mesma passagem.
E noutra passagem diz-nos que, mesmo que fosse possível encontrar uma mãe que
se esquecesse do filho que teve nas suas entranhas, Ele nunca Se esquecerá de
nós (cf Is 49,15-16); que nos escreveu na palma da sua mão, para nos ter sempre
diante dos olhos (cf Is 49,17); que quem nos fere, fere a pupila dos seus olhos
(cf Zc, 2,12); que não devemos preocupar com o necessário para viver e para
vestir, que Ele sabe bem que precisamos de tudo isso e cuida de nós (cf Mt
6,31-34); que contou todos os cabelos da nossa cabeça (cf Mt 10,30) e que não
perderemos um só (cf Lc 21,18); que seu Pai nos ama como O ama a Ele, e que Ele
nos ama como seu Pai O ama (cf Jo 15,9; 17,26); que quer que estejamos onde Ele
estiver (cf Jo 17,24), ou seja, que descansemos com Ele no seio e no coração do
Pai (cf Jo 1,2).
Santa Maria Bertilla Boscardin
ANA FRANCISCA nasceu em 06 de outubro de 1888, na cidade de Vicenza, na
Itália. Os pais eram simples camponeses e sua infância transcorreu entre o
estudo e os trabalhos do campo, rotina natural dos filhos e filhas de
agricultores dessa época.
Aos dezessete anos mudou o modo de encarar a vida e ingressou no convento das
Irmãs Mestras de Santa Dorotéia dos Sagrados Corações, quando adotou o nome de Maria Bertilla. Durante seu período de
formação religiosa estudou também enfermagem, de modo que pôde tratar os
doentes com ciência e fé. Teve uma existência de união com Deus
no silêncio, no trabalho, na oração e na obediência.
Tinha apenas vinte e dois anos de idade quando teve que enfrentar em seu
próprio corpo a marca de um tumor. Logo foi operada e antes que
pudesse se recuperar totalmente, já estava aos pés dos seus doentes outra vez.
Não descansava nunca, mesmo diante das humilhações pessoais que precisava
enfrentar.
Naquela época estourou a Primeira Guerra Mundial e Irmã Maria Bertilla
surpreendeu com sua incansável disposição e solidariedade de religiosa e
enfermeira, no tratamento dos feridos de guerra. Porém, sua
doença se agravou e aos trinta e quatro anos sofreu a segunda cirurgia. Não
resistiu e morreu no dia 20 de outubro de 1922. - (Colaboração: Padre Evaldo
César de Souza, CSsR)
Reflexão: Uma
simples camponesa pôde demonstrar, com suas atitudes diárias, que mesmo sem
êxtases, sem milagres, sem grandes feitos, o ser humano traz em si a santidade
e a marca de Deus em sua vida. Modelo de recolhimento e de oração, durante a
vida teve uma profunda união com Deus, no silêncio e no trabalho. Se vivermos
com pureza e fé, a graça divina vai se manifestar em cada detalhe da nossa
vida, da mesma forma que se manifestou na vida de Maria Bertilla.
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