Oração: Deus Pai de Bondade, dai-nos alegria de vos servir na pessoa dos mais
pobres e sofredores, tendo como exemplo o apostolado do beato Eduardo Poppe.
Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Mt 5,1-12):
Vendo as multidões, Jesus subiu à montanha e sentou-se. Os discípulos
aproximaram-se, e ele começou a ensinar: «Felizes os pobres no espírito, porque
deles é o Reino dos Céus. Felizes os que choram, porque serão consolados.
Felizes os mansos, porque receberão a terra em herança. Felizes os que têm fome
e sede da justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque
alcançarão misericórdia. Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.
Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Felizes os
que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
Felizes sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem
todo mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque é grande a vossa
recompensa nos céus. Pois foi deste modo que perseguiram os profetas que vieram
antes de vós».
«Felizes os pobres no espírito» - Rev. D. Àngel CALDAS i Bosch(Salt, Girona, Espanha)
Hoje, com a proclamação das Bem-aventuranças, Jesus
nos faz notar que frequentemente somos uns desmemoriados e que atuamos como
crianças, pois as brincadeiras fazem esquecer certas obrigações. Jesus temia
que a grande quantidade de “boas noticias” que nos tem dado —quer dizer, de
palavras, gestos e silêncios— se diluísse em nossos pecados e preocupações.
Lembra, na parábola do Semeador, a imagem do grão de trigo sufocado nos
espinhos? Por isso São Mateus introduz as Bem- aventuranças como princípios fundamentais,
para que não as esqueçamos nunca. É um resumo da Nova Lei apresentada por
Jesus, como uns pontos básicos que nos ajudam a viver de maneira cristã.
As bem-aventuranças estão destinadas a todo o mundo. O Mestre não só ensina aos
discípulos que o rodeiam, nem exclui a nenhum tipo de pessoa, ele apresenta uma
mensagem universal. Agora bem, destaca as disposições que devemos ter e a
conduta moral que nos pede. Embora a salvação definitiva não aconteça neste
mundo, e sim no outro, enquanto vivemos na terra devemos mudar nossa
mentalidade e transformar nossa maneira de valorizar as coisas. Devemos
acostumar-nos a ver o rosto de Cristo que chora nas pessoas que choram, nas que
querem viver sem a palavra e, nos mansos de coração, nos que fomentam as ânsias
de santidade, nos que tomaram uma “determinada determinação”, como dizia Santa
Teresa de Jesus, para ser semeador da paz e alegria.
As bem-aventuranças são o perfume do Senhor participando na historia humana.
Também na sua e na minha. Os dois últimos versículos incorporam a presença da
Cruz, pois convidam à alegria quando as coisas ficam difíceis humanamente
falando por causa de Jesus e do Evangelho. E é que, enquanto a coerência da
vida cristã seja firme, então, facilmente virá a persecução de mil maneiras
diferentes, entre as dificuldades e contrariedades inesperadas. O texto de São
Mateus é claro: então «Alegrai-vos e exultai, porque é grande a vossa
recompensa nos céus. Pois foi deste modo que perseguiram os profetas que vieram
antes de vós» (Mt 5,12).
Eduardo
João Maria Poppe
nasceu na cidade de Moerzeke, na Bélgica no dia 18 de dezembro de 1890. Filho de Dèsirè, padeiro, e
Josefa, ele era um dos onze filhos. Criado em uma família piedosa e
trabalhadora, um irmão tornou-se padre e cinco irmãs eram freiras. Eduardo desde cedo sentiu um chamado para o sacerdócio. Seu
pai morreu em janeiro de 1907 e ele queria assumir os negócios da família, mas
sua mãe insistiu que ele continuasse seus estudos. Ele ingressou no seminário em
Leuven na Bélgica, em 13 de março de 1912. Serviu como
enfermeiro no campo de batalha durante a Primeira Guerra Mundial, durante a
qual a sua saúde se debilitou. Foi ordenado em 1º de maio de
1916, teve seu ministério voltado para os pobres, crianças e moribundos;
ensinou catecismo, fundou associações eucarísticas e lutou contra a
secularização da vida em sua cidade. Com a saúde ainda
prejudicada, ele foi transferido para a zona rural de Moerzeke, na Bélgica,
onde atuou de 1918 a 1922 como reitor de uma comunidade religiosa. Ele sofreu um ataque cardíaco em 11 de maio de 1919 e passou sua
recuperação estudando, orando e escrevendo centenas de artigos e milhares de
cartas contra o marxismo, o secularismo e o materialismo. Eduardo
desenvolveu uma devoção a Santa Teresinha do Menino Jesus, visitando seu túmulo
em 1920 e adotando seu “pequeno caminho”. Ele organizou professores em
uma campanha de evangelização, e sua casa se tornou um centro de organização,
oração e renascimento espiritual. Começou a servir como diretor
espiritual dos seminaristas que prestavam serviço militar em outubro de 1922. Sofreu outro ataque cardíaco em 1º de janeiro de 1924, e sua saúde
piorou rapidamente, mas trabalhou incansavelmente nos meses
restantes, encorajando os leigos e seminaristas. Eduardo morreu de um derrame na
manhã de 10 de junho de 1924 enquanto se preparava para se vestir e cuidar dos
negócios. Recebeu a Unção dos Enfermos e contemplou uma imagem
do Sagrado Coração de Jesus enquanto morria. O Papa João Paulo II o
beatificou em 1999 e o nomeou "Pedagogo da Eucaristia".( Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão:
O Beato tinha uma grande devoção à Virgem Maria e é um guia para a nossa
vida cristã. Seu amor pela Eucaristia era expresso não só nos livros que
escreveu, mas especialmente no serviço aos mais abandonados. Oremos com fervor
ao Senhor para que envie trabalhadores para a messe e que nossos projetos de
evangelização cheguem sempre ao bom êxito.
FONTE: A12.COM – EVANGELI.NET – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG
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