domingo, 16 de junho de 2024

BOM DIA EVANGELHO - 17 DE JUNHO DE 2024

 

BOM DIA EVANGELHO


17 DE JUNHO DE 2024 - Segunda-feira da 11ª semana do Tempo Comum

Oração: São Ranieri de Pisa, vós que durante toda a vida realizastes curas e conversões e que ainda hoje atende às preces dos que vos procuram, peço vossa intercessão por todos aqueles a quem amamos, para que encontrem o caminho da cura, da conversão, da libertação. Assim seja. Amém!

Evangelho (Mt 5,38-42): 

«Ouvistes que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’. Ora, eu vos digo: não ofereçais resistência ao malvado! Pelo contrário, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda! Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! Se alguém te forçar a acompanhá-lo por um quilômetro, caminha dois com ele! Dá a quem te pedir, e não vires as costas a quem te pede emprestado».

«Não ofereçais resistência ao malvado» - Rev. D. Joaquim MESEGUER García(Rubí, Barcelona, Espanha)

Hoje, Jesus nos ensina que o ódio se supera no perdão. A lei de talião era um progresso, pois limitava o direito de vingança a uma justa proporção: só podes fazer ao próximo o que ele te tem feito a ti, caso contrário, cometerias uma injustiça; isto é o que significa o ditado de «olho por olho, dente por dente». Mesmo assim, era um progresso limitado, já que Jesus Cristo no Evangelho afirma a necessidade de superar a vingança com o amor; assim Ele o expressou mesmo quando, na cruz, intercedeu por seus carrascos: Jesus dizia: «Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!» (Lc 23,34).
No entanto, o perdão deve acompanhar-se com a verdade. Não perdoamos somente porque nos vemos impotentes ou complexados. Com frequência se tem confundido com a expressão “pôr o outro lado do rosto” com a ideia da renúncia a nossos direitos legítimos. Não é isso. Pôr o outro lado do rosto quer dizer denunciar e interpelar a quem o tem feito com um gesto pacífico, mas decidido, a injustiça que se cometeu; é como dizer-lhe: «Batestes num lado meu rosto, queres, bater também no outro? Você esta de acordo com essa maneira de proceder?» Jesus respondeu com serenidade ao criado insolente do sumo sacerdote: «Jesus replicou-lhe: “Se falei mal, mostra em que falei mal; e se falei certo, por que me bates?» (Jo 18,23).
Vemos, pois, qual deve ser a conduta do cristão: não procurar revanche, mas manter-se firme; estar aberto ao perdão e dizer as coisas claramente. Certamente não é uma arte fácil, mas é a única maneira de frear a violência e manifestar a graça divina a um mundo frequentemente carente de graça. São Basílio nos aconselha: «Obedecei e esquecei as injurias e as ofensas que venham do próximo. Podemos ver os diversos nomes que teremos um e outro; a ele o chamarão colérico e violento, e a vocês mansos e pacíficos. Ele se arrependerá um dia de sua violência, e vocês não se arrependerão nunca de sua mansidão.

São Ranieri de Pisa

Ranieri nasceu em Pisa, na Itália, no ano de 1118. Seus pais, de famílias ricas, decidiram ajudar seu único filho nos estudos, confiando esta missão a Dom Enrico. Ranieri, era dotado para a música e para o canto, preferia a diversão e o lazer aos estudos e compromissos. Ele passou a juventude negligenciando os ensinamentos de seus pais e os de Dom Enrico. Aos 19 anos, porém, Ranieri decidiu mudar radicalmente de vida. A partir do encontro que teve com um eremita chamado Alberto, que veio da Córsega e se estabeleceu no mosteiro de São Vito, levou-o a abraçar com convicção a fé cristã e a colocar-se ao serviço de Deus, tendo recebido o convite de Deus para ir para a Terra Santa, partiu sem demora. Aos 23 anos decidiu viver na pobreza absoluta: desfez-se de todas as riquezas e deu-as aos pobres e necessitados. Sua única preocupação era imitar seu mestre, Jesus Cristo, da melhor maneira possível. Vestindo o manto de penitente dado a todos os peregrinos que iam ao monte Calvário, o pilórico, passou um longo período entre os eremitas na Terra Santa, onde realizou numerosos milagres. Fazia longos jejuns, normalmente abstendo-se de comer todos os dias da semana, exceto às quintas-feiras e aos domingos. A renúncia e o serviço total a Deus permitiram-lhe vencer as numerosas tentações que o maligno nunca lhe deixou escapar nos 13 anos de permanência na Terra Santa. Voltando a Pisa em 1154 já rodeado pela fama de santidade, continuou fazendo milagres também na sua cidade natal. Ranieri morreu sete anos após seu retorno da Terra Santa, na sexta-feira, 17 de junho de 1161. Leigo, como muitos santos daquele século, Ranieri foi lembrado pelos pisanos também pelo hábito do santo de dar pão e água abençoados a quem a ele se dirigia, razão pela qual o cônego Benincasa chamou o santo "Ranieri dall'Acqua". = Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:

Celebramos hoje a vida de um homem que, depois de tantas desventuras, encontrou o caminho da santidade ao unir-se profundamente a Jesus Cristo e aos mais pobres. Ranieri, cuja vida destacou-se pelos dons de cura, foi muito mais que um simples milagreiro. Sua presença entre os pobres e sofredores foi o grande testemunho que ele nos deixou. Possamos também nós encontrar no serviço ao próximo o objetivo da nossa vida.

TJL – ACIDIGITAL.COM – EVAN GELI.NET – A12.COM

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