Oração: Querido
Santo Antônio, tu que és o protetor dos enamorados, olha para mim, para a minha
vida, para os meus anseios. Defende-me dos perigos, afasta de mim os fracassos,
as desilusões, os desencantos. Fazei com que eu seja realista, confiante, digno
e alegre. Que eu encontre um amor que me agrade, seja trabalhador, virtuoso e
responsável. Que eu saiba caminhar para o futuro e para a vida a dois com as
disposições de quem recebeu de Deus uma vocação sagrada e um dever social. Que
meu amor seja feliz e sem medidas. Que todos os enamorados busquem a mútua
compreensão, a comunhão de vida e o crescimento na fé. Assim seja. Amém!
Evangelho (Mt 5,20-26):
«Eu vos digo: Se vossa justiça não for maior
que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus.
Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar deverá responder no
tribunal’. Ora, eu vos digo: todo aquele que tratar seu irmão com raiva deverá
responder no tribunal; quem disser ao seu irmão ‘imbecil’ deverá responder
perante o sinédrio; quem chamar seu irmão de ‘louco’ poderá ser condenado ao
fogo do inferno.
Portanto, quando estiveres levando a tua oferenda ao altar e ali te lembrares
que teu irmão tem algo contra ti, deixa a tua oferenda diante do altar e vai
primeiro reconciliar-te com teu irmão. Só então, vai apresentar a tua oferenda.
Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto ele caminha contigo para o
tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao
oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. Em verdade, te digo: dali não
sairás, enquanto não pagares o último centavo».
«Se vossa justiça não for maior
(...) não entrareis no Reino dos Céus» - P. Julio César RAMOS González SDB(Mendoza,
Argentina)
Hoje, Jesus nos convida a ir além do que pode viver
qualquer simples cumpridor da lei. Ainda, sem cair na concreção das más ações,
muitas vezes o costume endurece o desejo da procura da santidade, moldando-nos
de forma acomodatícia à rotina do comportar-se bem e, nada mais. São João Bosco
costumava repetir: «O bom, é inimigo do ótimo». Ai é onde nos alcança a Palavra
do Mestre, que nos convida a fazer coisas “maiores” (cf. Mt 5,20), que partem
de uma atitude diferente. Coisas maiores, que paradoxalmente, passam pelas
menores, pelas pequenices. Encolerizar-se, menosprezar e renegar do irmão não
são adequadas para o discípulo do Reino, que foi chamado a ser —nada mais e
nada menos— que sal da terra e luz do mundo (cf. Mt 5,13-16), desde a vigência
das bem aventuranças (cf. Mt 5,3-12).
Jesus, com autoridade, muda a interpretação do preceito negativo ‘Não matar’
(cf. Ex 20,13) pela interpretação positiva da profunda e radical exigência da
reconciliação, colocada —para maior ênfase— em relação com o culto. Assim, não
há oferenda que sirva quando «te lembrares que teu irmão tem algo contra ti»
(Mt 5,23). Por isso, importa arrumar qualquer pleito, porque caso contrário a
invalidez da oferenda se voltará contra ti (cf. Mt 5,3-26).
Tudo isto, só o pode mobilizar um grande amor. São Paulo nos dirá: «De fato os
mandamentos: ‘Não cometerás adultério’, ‘Não matarás’, ‘Não roubarás’, ‘Não
cobiçarás’, e qualquer outro mandamento, se resumem neste: ‘Amarás o próximo
como a ti mesmo’. O amor não faz nenhum mal contra o próximo. Portanto, o amor
é o cumprimento perfeito da Lei» (Rom 13,9-10). Peçamos ser renovados no dom do
amor —até no mínimo detalhe— para com o próximo e, nossa vida será a melhor e
mais autêntica oferenda a Deus.
Santo Antônio de Pádua
Santo Antônio de Pádua era português, nascido na cidade de Lisboa em
1195. De família muito rica e da nobreza, ingressou muito jovem na Ordem
dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Fez seus estudos
filosóficos e teológicos em Coimbra e foi lá também que se ordenou sacerdote
aos seus 24 anos de idade. Nesse tempo, ainda estava vivo
Francisco de Assis e os primeiros frades dirigidos por ele chegavam a Portugal.
Empolgado com o estilo de vida e de trabalho dos franciscanos,
ingressou na Ordem Franciscana e logo foi enviado para pregar no
Marrocos. Na Ordem, vestiu o hábito dos franciscanos e
tomou o nome de Antônio, pois seu nome de batismo era Fernando de Bulhões y
Taveira de Azevedo Entretanto, seu destino não parecia ser o
Marrocos. Por causa de algumas desventuras, Antônio
acabou desembarcando na Ilha da Sicília e de lá rumou para Assis, a
fim de se encontrar com seu inspirador e fundador
da Ordem: Francisco. Com apenas vinte e seis anos de idade, foi
eleito Provincial dos franciscanos do norte da Itália, mas não ficou nesta
função por muito tempo. Seu desejo era pregar e rumou
pelos caminhos da Itália setentrional, praticando a caridade,
catequizando o povo simples, dando assistência espiritual aos enfermos e
excluídos e até mesmo organizando socialmente essas comunidades. Pregava contra as novas formas de corrupção nascidas do luxo
e da avareza dos ricos e poderosos das cidades, onde se disseminaram filosofias
heréticas. Após as pregações da Quaresma de 1231, sentiu-se cansado e esgotado.
Precisava de repouso. Resolveram levá-lo para Pádua, mas Antônio faleceu na
viagem. Era dia 13 de junho de 1231 e Antônio tinha apenas 36
anos de idade. Ele é venerado popularmente por ser protetor dos casamentos e
dos pobres. No Brasil, ele é homenageado numa das festas mais alegres e
populares, ocorridas no mês de junho. Antônio é também conhecido
pelos seus milagres, tanto que sua canonização ocorreu onze meses após sua
morte em 30 de maio de 1232. = Colaboração: Padre Evaldo César de Souza,
CSsR
Reflexão: Homem de oração, Santo Antônio se tornou santo
porque dedicou toda a sua vida para os mais pobres e para o serviço de Deus.
Diversos fatos marcaram a vida deste santo, mas um em especial era a devoção à
Maria. Em sua pregação e em sua vida, a figura materna de Maria estava
presente. Santo Antônio encontrava em Maria além do conforto a inspiração de
vida. O seu culto tem sido objeto de grande devoção popular e é difundido por
todo o mundo.
FONTE: A12.COM – EVANGELI.NET – ACIDIGITAL.COM
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