Bom dia evangelho
Quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Oitava do Natal, Quarta Semana do Saltério, Livro I, cor Litúrgica Branca
Hoje: Dia Internacional da Biodiversidade
Hoje a Igreja celebra : S. Tomás Becket, bispo, mártir, +1170, Alberto de Gambron (abade), Calisto, Félix e Bonifácio (mártires de Roma), Davi (profeta e rei do Antigo Testamento), Domingos, Vítor, Primiano, Liboso, Saturnino, Crescêncio, Segundo e Honorato (mártires da África), Ebrulfo de Ouche (abade), Geraldo de Fontenelle (abade), Marcelo (abade da abadia de Akimetes, que significa “gente que não dorme”), Trofimo (primeiro bispo de Arles), Pedro de Montboissier (abade, bem-aventurado), William Howard (mártir, bem-aventurado)
Antífona: Deus amou tanto o mundo, que lhe deu o seu próprio Filho: quem nele crê não perece, mas possui a vida eterna (Jo 3, 16)
Oração: Ó Deus invisível e todo-poderoso, que dissipastes as trevas do mundo com a vinda da vossa luz, volvei para nós o vosso olhar, a fim de que proclamemos dignamente a maravilhosa natividade do vosso Filho unigênito. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Salmo: 95(96), 1-2a.2b-3.5b-6 (R/.11a)
O céu se rejubile e exulte a terra!
1Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! 2aCantai e bendizei seu santo nome!
2bDia após dia anunciai sua salvação, 3manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios!
5bFoi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus: 6diante dele vão a glória e a majestade, e o seu templo, que beleza e esplendor!
Evangelho: Lucas (Lc 2, 22-35)
Luz para iluminar as nações
22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na lei do Senhor: "Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor". 24Foram também oferecer o sacrifício - um par de rolas ou dois pombinhos - como está ordenado na lei do Senhor.
25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o messias que vem do Senhor. 27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29"Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel". 33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele.
34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: "Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma". Palavra da Salvação!
Comentário o evangelho
Palavras proféticas
A cerimônia de apresentação do menino Jesus no templo e o cumprimento dos preceitos religiosos, referentes aos primogênitos, trouxe surpresas para a família de Nazaré. As palavras do velho Simeão, nome que significa "Deus ouviu", tinham sabor profético e serviram para que Maria e José desde logo tomassem consciência da real identidade e missão de seu filho Jesus.
Como o profeta do passado, Jesus estava destinado a ser "luz para iluminar todos os povos". Seu testemunho de vida e sua pregação haveriam de dissipar as trevas do erro e oferecer um acesso seguro para o Pai. Ninguém mais precisaria vagar em busca de Deus, correndo o risco de cair nas armadilhas da idolatria e das falsas religiosidades.
Entretanto, o menino Jesus haveria de ser um "sinal de contradição e causa de queda e de elevação de muitos em Israel". Pondo às claras as maquinações perversas dos inimigos de Deus, provocaria reações violentas por parte das forças do anti-Reino. Ao "desvendar os pensamentos de muitos corações" não permitiria que o mal assumisse aparência de bem, a injustiça se acobertasse com a capa da justiça, nem que a mentira passasse por verdade.
Sendo assim, ao mesmo tempo em que seria motivo de crescimento e descoberta do verdadeiro rosto de Deus para uns, levaria outros a se revelarem muito mais malignos do que à primeira vista pareciam. Nisto consistiria o "sinal de contradição". [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano A, ©Paulinas, 1997]
Felicidade não depende do que nos falta, mas do bom uso que fazemos do que temos. (Tomas hardy)
Sagrada Família
O projeto de Deus para a redenção de toda a humanidade tem como centro a encarnação do seu Filho como homem vivendo entre nós. Quis que seu amado Filho fosse o exemplo de tudo. Por isso ele foi acolhido no seio de uma verdadeira família. Uma humilde, boa e honrada família, ligada pela fé e os bons costumes. Ele escolheu, seus anjos agiram e a Sagrada Família foi constituída.
Deus Pai enviou Jesus com a natureza divina e a natureza humana: o Verbo encarnado, trazendo a sua redenção para todos os seres humanos. Ou seja: a salvação do ser humano somente se dá através de Jesus, quem crer e seguir terá a vida eterna no Reino de Deus.
Assim,Jesus nasceu numa verdadeira família para receber tudo o que necessitava para crescer e viver, mesmo sendo muito pobre. Teve o amor dos pais unidos pela religião, trabalhadores honrados, solidários com a comunidade, conscientes e responsáveis por sua formação escolar, cívica, religiosa e profissional. Maria, José e Jesus são o símbolo da verdadeira família idealizada pelo Criador.
A única diferença, que a tornou a "Sagrada Família", foi a sua abnegação, a aceitação e a adesão ao projeto de Deus, com a entrega plena às suas disposições. Mesmo assim,não perderam sua condição humana, imprescindível para que todas as profecias se cumprissem.
A família residiu em Nazaré até que Jesus estivesse pronto para desempenhar sua missão.
Lá, Jesus aprendeu a andar, correr, brincar, comer, rezar, cresceu, estudou, foi aprendiz e auxiliar de seu pai adotivo, José, a quem amava muito e que por ele era muito amado também. Foi um filho obediente à mãe, Maria, e demonstrou isso já bem adulto, e na presença dos apóstolos, nas bodas de Caná, quando, a pedido de Maria, operou o milagre do vinho.
Quando o Messias começou a trilhar os caminhos, aldeias e cidades, pregando o Evangelho, era reconhecido como o filho de José, o carpinteiro da Galiléia. Até ser identificado como o Filho de Deus aguardado pelo povo eleito, Jesus trabalhou como todas as pessoas fazem. Conheceu as agruras dos operários, suas dificuldades e o suor necessário para ganhar o pão de cada dia.
Essa família é o modelo de todos os tempos. É exemplar para toda a sociedade, especialmente nos dias de hoje, tão atormentada por divórcios e separações de tantos casais, com filhos desajustados e todos infelizes. A família deve ser criada no amor, na compreensão, no diálogo, com consciência de que haverá momentos difíceis e crises formais. Só a certeza e a firmeza nos propósitos da união e a fé na bênção de Deus recebida no casamento fará tudo ser superado. Pedir esse sacramento à Igreja é uma decisão de grande responsabilidade, ainda maior nos novos tempos, onde tudo é passageiro, fútil e superficial.
Esta celebração serve para que todas as famílias se lembrem da humilde Sagrada Família, que mudou o rumo da humanidade. Ela representa o gesto transcendente de Deus, que se acolheu numa família humana para ensinar o modo de ser feliz: amar o próximo como a nós mesmos. A Igreja comemora a festa da Sagrada Família em data móvel, no domingo após o Natal, ou, alternativamente, no dia 29 de novembro.
Junto à lapinha
Dom Aldo Pagotto, Arcebispo Metropolitano da Paraíba
Jesus: hoje celebramos o teu natal, memorial da encarnação do Filho de Deus feito homem. Entanto a referência cristã do Natal se esvazia, mas, queremos avivar seu verdadeiro significado no nosso coração. Nossos veteranos reuniam toda a família em torno da tua lapinha. Conhecedores dos autênticos valores da vida, transmitiam para os mais novos o sentido do teu mandamento de amor reconciliador.
Falar a respeito dos valores da família era a principal mensagem do Natal. Ensinavam que a vida é feita de sacrifícios e que nem sempre a vida é como a gente pensa e quer. Aprendíamos com eles a viver a vida de forma coerente, estudando e trabalhando. Vida simples, honesta, leal. Junto à lapinha, palavras de preces misturavam-se às lágrimas de gratidão a Deus e aos abraços de carinho e respeito, uns pelos outros.
A expressão de bem querença dispensava exterioridades frívolas, disfarçando uma vida artificial, entupida de fofocas, vaidades e blefes. No Natal agradeciam a Deus e lhe pediam saúde para trabalhar e, com a sua bênção, conservar a unidade na família. Era tudo o que eles pediam a Deus!
Essa cena que se repetiu por vários anos preenchia o desejo do nosso coração. Crianças, jovens, adultos oravam de mãos dadas. Lágrimas de gratidão e saudades pelos que se foram. Éramos felizes sem as imposições de um mundo consumista. Gerações e gerações cultivaram a felicidade de se ter uma família. O grande valor referencial era a família, não a moda.
Sentimos saudades dos natais de outrora junto às nossas raízes familiares. Gente humilde, íntegra. Que estejam na luz da tua bondade, estando presentes em nossa vida por outra forma, que somente tu sabes. Por isso nós te agradecemos Senhor Jesus, pequenino grande!
Jesus: tua lapinha evoca o sentimento solidário, representado pelos pobres e ricos, pastores, reis magos. Nossos avós ensinaram a não discriminar ninguém nem julgar pelas aparências. Jesus: abre nossas mãos e nosso coração que por vezes se fecham em atitudes de egoísmo grosseiro. Isso provoca um remorso insuportável. Tu que vieste para todos e não rejeitas ninguém, abate o muro das discriminações pessoais e sociais.
Faze-nos compreender a pobreza de espírito. Desapega nosso coração de tanta coisa de que não precisamos. Tua que és a Luz envia o teu Espírito sobre a humanidade espantando as trevas dos ciúmes, invejas, vinganças, rivalidades. Uma fagulha do teu amor infinito pode abrasar o coração do teu povo. Revigora as nossas raízes familiares! Que aceitemos somar pela força construtiva do amor e do trabalho. Amém!
Quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Oitava do Natal, Quarta Semana do Saltério, Livro I, cor Litúrgica Branca
Hoje: Dia Internacional da Biodiversidade
Hoje a Igreja celebra : S. Tomás Becket, bispo, mártir, +1170, Alberto de Gambron (abade), Calisto, Félix e Bonifácio (mártires de Roma), Davi (profeta e rei do Antigo Testamento), Domingos, Vítor, Primiano, Liboso, Saturnino, Crescêncio, Segundo e Honorato (mártires da África), Ebrulfo de Ouche (abade), Geraldo de Fontenelle (abade), Marcelo (abade da abadia de Akimetes, que significa “gente que não dorme”), Trofimo (primeiro bispo de Arles), Pedro de Montboissier (abade, bem-aventurado), William Howard (mártir, bem-aventurado)
Antífona: Deus amou tanto o mundo, que lhe deu o seu próprio Filho: quem nele crê não perece, mas possui a vida eterna (Jo 3, 16)
Oração: Ó Deus invisível e todo-poderoso, que dissipastes as trevas do mundo com a vinda da vossa luz, volvei para nós o vosso olhar, a fim de que proclamemos dignamente a maravilhosa natividade do vosso Filho unigênito. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Salmo: 95(96), 1-2a.2b-3.5b-6 (R/.11a)
O céu se rejubile e exulte a terra!
1Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! 2aCantai e bendizei seu santo nome!
2bDia após dia anunciai sua salvação, 3manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios!
5bFoi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus: 6diante dele vão a glória e a majestade, e o seu templo, que beleza e esplendor!
Evangelho: Lucas (Lc 2, 22-35)
Luz para iluminar as nações
22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na lei do Senhor: "Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor". 24Foram também oferecer o sacrifício - um par de rolas ou dois pombinhos - como está ordenado na lei do Senhor.
25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o messias que vem do Senhor. 27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29"Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel". 33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele.
34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: "Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma". Palavra da Salvação!
Comentário o evangelho
Palavras proféticas
A cerimônia de apresentação do menino Jesus no templo e o cumprimento dos preceitos religiosos, referentes aos primogênitos, trouxe surpresas para a família de Nazaré. As palavras do velho Simeão, nome que significa "Deus ouviu", tinham sabor profético e serviram para que Maria e José desde logo tomassem consciência da real identidade e missão de seu filho Jesus.
Como o profeta do passado, Jesus estava destinado a ser "luz para iluminar todos os povos". Seu testemunho de vida e sua pregação haveriam de dissipar as trevas do erro e oferecer um acesso seguro para o Pai. Ninguém mais precisaria vagar em busca de Deus, correndo o risco de cair nas armadilhas da idolatria e das falsas religiosidades.
Entretanto, o menino Jesus haveria de ser um "sinal de contradição e causa de queda e de elevação de muitos em Israel". Pondo às claras as maquinações perversas dos inimigos de Deus, provocaria reações violentas por parte das forças do anti-Reino. Ao "desvendar os pensamentos de muitos corações" não permitiria que o mal assumisse aparência de bem, a injustiça se acobertasse com a capa da justiça, nem que a mentira passasse por verdade.
Sendo assim, ao mesmo tempo em que seria motivo de crescimento e descoberta do verdadeiro rosto de Deus para uns, levaria outros a se revelarem muito mais malignos do que à primeira vista pareciam. Nisto consistiria o "sinal de contradição". [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano A, ©Paulinas, 1997]
Felicidade não depende do que nos falta, mas do bom uso que fazemos do que temos. (Tomas hardy)
Sagrada Família
O projeto de Deus para a redenção de toda a humanidade tem como centro a encarnação do seu Filho como homem vivendo entre nós. Quis que seu amado Filho fosse o exemplo de tudo. Por isso ele foi acolhido no seio de uma verdadeira família. Uma humilde, boa e honrada família, ligada pela fé e os bons costumes. Ele escolheu, seus anjos agiram e a Sagrada Família foi constituída.
Deus Pai enviou Jesus com a natureza divina e a natureza humana: o Verbo encarnado, trazendo a sua redenção para todos os seres humanos. Ou seja: a salvação do ser humano somente se dá através de Jesus, quem crer e seguir terá a vida eterna no Reino de Deus.
Assim,Jesus nasceu numa verdadeira família para receber tudo o que necessitava para crescer e viver, mesmo sendo muito pobre. Teve o amor dos pais unidos pela religião, trabalhadores honrados, solidários com a comunidade, conscientes e responsáveis por sua formação escolar, cívica, religiosa e profissional. Maria, José e Jesus são o símbolo da verdadeira família idealizada pelo Criador.
A única diferença, que a tornou a "Sagrada Família", foi a sua abnegação, a aceitação e a adesão ao projeto de Deus, com a entrega plena às suas disposições. Mesmo assim,não perderam sua condição humana, imprescindível para que todas as profecias se cumprissem.
A família residiu em Nazaré até que Jesus estivesse pronto para desempenhar sua missão.
Lá, Jesus aprendeu a andar, correr, brincar, comer, rezar, cresceu, estudou, foi aprendiz e auxiliar de seu pai adotivo, José, a quem amava muito e que por ele era muito amado também. Foi um filho obediente à mãe, Maria, e demonstrou isso já bem adulto, e na presença dos apóstolos, nas bodas de Caná, quando, a pedido de Maria, operou o milagre do vinho.
Quando o Messias começou a trilhar os caminhos, aldeias e cidades, pregando o Evangelho, era reconhecido como o filho de José, o carpinteiro da Galiléia. Até ser identificado como o Filho de Deus aguardado pelo povo eleito, Jesus trabalhou como todas as pessoas fazem. Conheceu as agruras dos operários, suas dificuldades e o suor necessário para ganhar o pão de cada dia.
Essa família é o modelo de todos os tempos. É exemplar para toda a sociedade, especialmente nos dias de hoje, tão atormentada por divórcios e separações de tantos casais, com filhos desajustados e todos infelizes. A família deve ser criada no amor, na compreensão, no diálogo, com consciência de que haverá momentos difíceis e crises formais. Só a certeza e a firmeza nos propósitos da união e a fé na bênção de Deus recebida no casamento fará tudo ser superado. Pedir esse sacramento à Igreja é uma decisão de grande responsabilidade, ainda maior nos novos tempos, onde tudo é passageiro, fútil e superficial.
Esta celebração serve para que todas as famílias se lembrem da humilde Sagrada Família, que mudou o rumo da humanidade. Ela representa o gesto transcendente de Deus, que se acolheu numa família humana para ensinar o modo de ser feliz: amar o próximo como a nós mesmos. A Igreja comemora a festa da Sagrada Família em data móvel, no domingo após o Natal, ou, alternativamente, no dia 29 de novembro.
Junto à lapinha
Dom Aldo Pagotto, Arcebispo Metropolitano da Paraíba
Jesus: hoje celebramos o teu natal, memorial da encarnação do Filho de Deus feito homem. Entanto a referência cristã do Natal se esvazia, mas, queremos avivar seu verdadeiro significado no nosso coração. Nossos veteranos reuniam toda a família em torno da tua lapinha. Conhecedores dos autênticos valores da vida, transmitiam para os mais novos o sentido do teu mandamento de amor reconciliador.
Falar a respeito dos valores da família era a principal mensagem do Natal. Ensinavam que a vida é feita de sacrifícios e que nem sempre a vida é como a gente pensa e quer. Aprendíamos com eles a viver a vida de forma coerente, estudando e trabalhando. Vida simples, honesta, leal. Junto à lapinha, palavras de preces misturavam-se às lágrimas de gratidão a Deus e aos abraços de carinho e respeito, uns pelos outros.
A expressão de bem querença dispensava exterioridades frívolas, disfarçando uma vida artificial, entupida de fofocas, vaidades e blefes. No Natal agradeciam a Deus e lhe pediam saúde para trabalhar e, com a sua bênção, conservar a unidade na família. Era tudo o que eles pediam a Deus!
Essa cena que se repetiu por vários anos preenchia o desejo do nosso coração. Crianças, jovens, adultos oravam de mãos dadas. Lágrimas de gratidão e saudades pelos que se foram. Éramos felizes sem as imposições de um mundo consumista. Gerações e gerações cultivaram a felicidade de se ter uma família. O grande valor referencial era a família, não a moda.
Sentimos saudades dos natais de outrora junto às nossas raízes familiares. Gente humilde, íntegra. Que estejam na luz da tua bondade, estando presentes em nossa vida por outra forma, que somente tu sabes. Por isso nós te agradecemos Senhor Jesus, pequenino grande!
Jesus: tua lapinha evoca o sentimento solidário, representado pelos pobres e ricos, pastores, reis magos. Nossos avós ensinaram a não discriminar ninguém nem julgar pelas aparências. Jesus: abre nossas mãos e nosso coração que por vezes se fecham em atitudes de egoísmo grosseiro. Isso provoca um remorso insuportável. Tu que vieste para todos e não rejeitas ninguém, abate o muro das discriminações pessoais e sociais.
Faze-nos compreender a pobreza de espírito. Desapega nosso coração de tanta coisa de que não precisamos. Tua que és a Luz envia o teu Espírito sobre a humanidade espantando as trevas dos ciúmes, invejas, vinganças, rivalidades. Uma fagulha do teu amor infinito pode abrasar o coração do teu povo. Revigora as nossas raízes familiares! Que aceitemos somar pela força construtiva do amor e do trabalho. Amém!
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