sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Bom dia evangelho
Sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
São Francisco Xavier, Presbítero e Missionário, Memória, I do Saltério (Livro I), Cor Branca
Hoje: Dia Internacional das Pessoas com Deficiência

Santos:
Pedro Crisólogo (450, arcebispo de Ravena, Doutor da Igreja), Santa Bárbara (virgem e mártir), Clemente de Alexandria (215), Marutas (415, Bispo), Hano (1075, arcebispo de Colônia), Osmundo (1099, bispo de Salisbury), Bernardo (1133, bispo de Parma e cardeal), João Damasceno.
Santos: Estes são homens santos que se tornaram amigos de Deus, gloriosos arautos de sua mensagem.

Oração: Ó Deus, que, pela pregação de são Francisco Xavier, conquistastes para vós muitos povos do Oriente, concedei a todos os fiéis o mesmo zelo, para que a santa Igreja possa alegrar-se com o nascimento de novos filhos em toda a terra.. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

L


Salmo Responsorial: 26(27), 1.4.13-14 (+1a)
O Senhor é minha luz e salvação

O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei?

Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor por toda a minha vida; saborear a suavidade do Senhor e contemplá-lo no seu templo.
Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!

Evangelho: Mateus (Mt 9, 27-31)
Dois cegos, crendo em Jesus, são curados
Naquele tempo, 27partindo Jesus, dois cegos o seguiram, gritando: "Tem piedade de nós, filho de Davi!" 28Quando Jesus entrou em casa, os cegos se aproximaram dele. Então Jesus perguntou-lhes: 'Vós acreditais que eu posso fazer isso?" Eles responderam: "Sim, Senhor". 29Então Jesus tocou nos olhos deles, dizendo: "Faça-se conforme a vossa fé". 30E os olhos deles se abriram. Jesus os advertiu severamente: "Tomai cuidado para que ninguém fique sabendo". 31Mas eles saíram e espalharam sua fama por toda aquela região. Palavra da Salvação!

Leituras paralelas: Mt 20, 29-34; Mc 8, 22-26; 10, 46-52; Lc 18, 35-43; Jo 9, 1-41

Comentando o Evangelho
Tem compaixão de nós!
O milagre que beneficiou os dois cegos prenuncia a experiência dos discípulos do Reino, à espera do Senhor. Urge que o próprio Mestre lhes abra os olhos, de modo a poderem discernir sua presença na história humana.
Ter os olhos abertos é sinal de libertação da tirania do egoísmo, que faz o ser humano centrar-se em si mesmo e ser incapaz de perceber a maravilhosa obra de Deus acontecendo a seu redor. Desfeitas as trevas do erro e do pecado, torna-se possível ao discípulo perceber a revelação divina em acontecimentos singelos, imperceptíveis ao olhar puramente humano. Sem perfeita visão espiritual fica-se impossibilitado de reconhecer o Senhor.
A superação da cegueira começa quando o discípulo volta-se confiante para o Senhor, de quem implora compaixão. É a humildade de quem se reconhece carente da misericórdia divina.
Outro pressuposto é a fé. Ela é, em última análise, o princípio de tudo. Porque crê em Jesus, o discípulo deseja ter "olhos" para vê-lo, quer ser curado de sua cegueira, predispõe-se a fazer tudo quanto for necessário para ver realizado o seu desejo, deixa-se tocar por Jesus e sabe aproveitar do encontro com ele.
Jesus sempre está disposto a curar a cegueira de quem o desejar. Afinal, um dos sinais da presença do Messias na história humana, conforme os profetas anunciaram, consiste exatamente na restituição da vista aos cegos. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano B ©Paulinas, 1996]

Oração da Assembleia (Liturgia Diária)
· Fazei, Senhor, que aprendamos a acolher uns aos outros: Senhor, vinde em nosso auxílio.
· Ajudai-nos a reconhecer a vossa ação no mundo.
· Guardai-nos da ganância no trato com a natureza.
· Curai-nos de nossa cegueira para vermos vossa luz brilhar.
· Cumulai-nos de toda alegria e paz em nossa fé.
· (outras intenções)

Oração sobre as Oferendas:
Acolhei, ó Deus, as oferendas que vos trazemos na festa de são Francisco Xavier, a quem o desejo de salvar a todos levou a terras longínquas; concedei que também nós, dando um testemunho eficaz do evangelho, corramos, com nossos irmãos, ao vosso encontro. Por Cristo, nosso Senhor.

Antífona da comunhão:
Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas e as farei repousar, diz o Senhor (Ez 34, 15)

Oração Depois da Comunhão:
Ó Deus, que esta eucaristia acenda em nós o amor que abrasava são Francisco pela salvação das almas, a fim de que, seguindo fielmente a nossa vocação, possamos obter com ele o prêmio dos bons operários. Por Cristo, nosso Senhor.

A igreja celebra hoje
São Francisco Xavier
Francisco Jasso D'Azpilcueta y Javier nasceu na localidade de Castillo Xavier, no Reino de Navarra, na Espanha, no dia 7 de Abril de 1506, no Castelo Solar da família Aguarês y Javier. Dom Juan de Jasso y Javier e Maria D´Aspilcueta eram os seus pais. Dom Juan vivia pouco no castelo, porque era um dos homens mais importantes no reino de Navarra e de muita confiança do Rei. Tinha que se dedicar às atividades políticas em Pamplona e as diplomáticas em Castilla e na França. Nobre conceituado, exerceu inclusive o cargo de embaixador extraordinário junto aos Reis Católicos da Espanha, Fernando e Isabel. Sua família era rica de bens materiais e em títulos honoríficos, gozando de elevada estima e distinção junto ao povo, graças à sua generosidade e demonstrações de sincera amizade, principalmente com aquelas pessoas menos favorecidas. Francisco cresceu junto aos Pirineus, num ambiente de riqueza num ambiente de riqueza e tradição. Desde cedo mostrou uma aguçada inteligência e um crescente interesse em querer estudar e conhecer.
O Castelo de seus pais tinha uma Capela onde Xavier rezava diante da imagem de um grande crucifixo, que segundo afirmam os seus hagiógrafos, aquele CRISTO suou sangue quando ele agonizava e morreu. A imagem foi esculpida em madeira e é um pouco maior que o tamanho natural de um homem, mostrando um suave sorriso na face.
Ele foi educado e modelado por sua mãe. Ela lhe infundiu a piedade e um grande amor a JESUS e MARIA. Seu pai estava quase sempre ausente e seus irmãos andavam ocupados em revoltas e guerras contra Castilla. Sua irmã Magdalena, que foi dama de honra da Rainha Isabel de Castilla, entrou no Mosteiro das Clarissas em Gándia, dois anos antes de seu nascimento. Foi Ana que o ajudou a dar os primeiros passos, mas logo se casou. Seus outros irmãos foram: Maria, Miguel de Javier e Juan de Azpilcueta.
Os Javier reconstruíram e aumentaram a Igreja do povoado. Junto da Igreja construíram uma Abadia, onde viviam em Comunidade um Vigário, dois prelados, um servente e um estudante. A Missa era celebrada diariamente e aos sábados era em honra de Nossa Senhora; segunda-feira era celebrada pelos defuntos; aos domingos e feriados a Missa era solene. Xavier participava dessas Celebrações. Na Igreja tinha uma imagem de Nossa Senhora que era a padroeira da Vila e por isso mesmo era chamada de NOSSA SENHORA DE XAVIER. Era uma escultura do século XIII que representa Nossa Senhora sentada com o Menino Jesus nos braços. Por ordem dos senhores do castelo, as pessoas deviam cantar ou rezar a “Salve Rainha” em todas as solenidades de preceito. Na seqüência dos anos, determinaram que o canto fosse diário, assim que tocasse o sino do castelo. Xavier sempre cantava a “Salve Regina”, em companhia de sua mãe.
O terreno dos Xavier era grande e de tal forma situado, que as estradas tinham que atravessá-lo. Naquela época os rebanhos de ovelhas e de gado, assim como o preparo de queijos, constituíam à base da economia local. Os rebanhos de outros senhores e dos vizinhos, forçosamente tinham que passar pelo terreno do castelo para alcançarem a Vila ou seguirem para outras localidades. Eles vinham por trás dos montes, das montanhas e pela ribeira. Por essa razão a família Xavier instituiu uma taxa a título de indenização, pelo pasto que os animais comiam e danificavam, na base de 5 soldos por um cordeiro. Entretanto, se tentassem passar de contrabando, não querendo pagar a mencionada taxa, os rebanhos eram confiscados pelos senhores do castelo e só eram liberados pelo pagamento de uma indenização de uma ovelha por cada cinco (5) que tentassem passar indevidamente.
Uma vez quando Xavier tinha 13 anos de idade, presenciou quando passaram diversos rebanhos de contrabando. Mas o guarda e seus dois irmãos, que estavam vigilantes no castelo, correram atrás e os fizeram voltar. O guarda reteve 300 ovelhas que correspondiam à indenização. Todavia, em face de um entendimento amistoso, só foram retidas cinco (5) ovelhas.
Em 1516, o relacionamento entre Navarra e Castilla que já não era bom, acabou por se deteriorar e aconteceu a guerra. Os dois irmãos de Xavier lutaram em companhia dos soldados de Navarra, mas no final, venceu Castilla. O Cardeal Cisneros que era o regente, ordenou demolir as fortalezas navarras e entre elas o castelo de Xavier. Quando os dois irmãos regressaram, só encontraram uma montanha de ruínas e uma fazenda desfeita. Seu pai Dom Juan de Jasso que tinha morrido em Outubro de 1515, não teve o desprazer de ver dizimado os seus bens. Xavier tinha 11 anos de idade quando presenciou triste e com lágrimas nos olhos, a demolição do castelo e a ocupação das terras de seus pais, pelo povo. A reconstrução do castelo foi penosa e demandou muitos anos de trabalho.

A caminho de paris
Em Sanguesa e em Pamplona na Espanha, Xavier tinha recebido do capelão as primeiras lições de gramática e latim. Deste modo estava preparado para entrar na Universidade. Sonhava em ser um homem sábio, ganhar muito dinheiro e reabilitar a sua família. Nesta época, com 19 anos de idade, tinha boa estatura e excelente conformação física, seu rosto sempre alegre e jovial, irradiava simpatia e inocência. Um dia do mês de Outubro de 1525, acompanhado por um servente, atravessou os Pirineus a cavalo a caminho de Paris, para estudar na Sorbona. Era uma célebre Universidade onde estavam cerca de 4 mil alunos de todas as partes do mundo, inclusive árabes e persas. Os estudantes eram repartidos em 50 colégios maiores, edificados nas estreitas e úmidas ruas do bairro latino, as margens do rio Sena. Esses Colégios formavam a Universidade. Eram autônomos e cada um tinha os seus próprios professores.

Colégio de santa bárbara
Xavier ficou no Colégio de Santa Bárbara que era protegido pelo Rei de Portugal. Deixou o traje de aristocrata e colocou a roupa de universitário. Professores e alunos levantavam às 4 horas da manhã. Eram acordados por um jovem com uma sineta na mão, que percorria todos os dormitórios. Depois de rezar as orações matinais iam para as salas de aula, iluminadas pela luz de candelabros. A primeira aula começava às 5 horas. Todos se assentavam no chão que era forrado com palha no inverno e feno fresco no verão. Em continuação, os estudantes iam para a Santa Missa e depois para o café da manhã no refeitório. Aos estudantes mais jovens serviam para comer um pãozinho, um copo com água, mais a metade de um peixe defumado (arenque) e um ovo cozido. Os maiores recebiam um arenque inteiro e dois ovos cozidos, além de um pouco de vinho e um guisado (ensopado) com verduras e queijo. Entre as 8 horas e 10 horas da manhã, aconteciam mais três aulas e logo depois, tinha uma hora de "exercícios físicos". Às 11 horas era servido o almoço. Estudantes e professores, sentavam-se um ao lado do outro em longas mesas no refeitório. Durante o almoço era lido trechos da Sagrada Escritura ou da Vida de algum Santo. Em seguida vinha o recreio. Das 15 horas às 17 horas aconteciam as aulas da tarde. O Jantar era servido às 18 horas e logo após um pequeno intervalo de descanso, era feito um resumo dos estudos realizados durante aquele dia. Em seguida aconteciam as orações da noite e às 21 horas, ouvia-se o toque de silêncio. Dormiam em colchões de palhas.
As Terças-feiras e Quintas-feiras os estudantes descansavam. Eram conduzidos a uma ilha no rio Sena para praticarem esportes. Xavier era um dos campeões. Todos os professores levavam um bastão para castigar os estudantes que não quisessem participar. Em algumas oportunidades este tipo de procedimento suscitou até rebelião por parte de alguns alunos.
Conheceu Pedro Fabro, um jovem admirável! Tinha sido pastor de ovelhas nas montanhas e aos 12 anos de idade fez o voto de castidade. Respeitava e amava o SENHOR e sempre estava disponível para tecer um filial e carinhoso comentário sobre nossa MÃE SANTÍSSIMA. Xavier teve a sorte de se hospedar com ele no mesmo quarto. E este acontecimento foi providencial, porque o gênio tranquilo de Fabro livrou Xavier com seu gênio impulsivo, de graves perigos. Isto porque, com índole independente, Xavier fugia do Colégio à noite em companhia de outros companheiros, em busca de aventuras. Anos mais tarde ele mesmo revelou: “Inocentes aventuras de rapazes, sem qualquer consequência, porque na realidade ele nunca tinha pecado contra a castidade”.
Ainda em Santa Bárbara andava um antipático estudante de nome Calvino, muito falante e cheio de novidades, que estava contagiando muitos alunos com heresias contra a religião. Este foi o Calvino que mais tarde, ajudou a implantar a Reforma Protestante na Europa.

Milagres de Deus pela intercessão de Xavier
Chegou a uma aldeia pagã e perguntou: “Por qué no sois cristianos?” Responderam-lhe que o rei lhes proibia. Informado que uma mulher estava quase morta, foi a sua cabana. Um dos jovens que trouxe de Goa conversou com a mulher e ensinou-lhe os princípios da religião em seu idioma. Depois lhe perguntou se ela queria ser cristã. Diante da resposta afirmativa da mulher, Xavier a batizou e ela ficou curada instantaneamente. Toda a família dela se converteu. A notícia espalhou ligeiro. O rei, diante daquela realidade, autorizou que se tornassem cristãos todos que espontaneamente desejassem. Em outra cabana acontecia o velório de um menino que tinha morrido afogado num poço. O Santo chegou, ajoelhou ao lado dele, rezou e depois fez sobre a criança o sinal da cruz, dizendo: “En nombre de JESUCRISTO te mando que te levantes vivo.” O menino levantou-se diante do espanto de todos. Xavier entregou-o a sua mãe.


Morte de São Francisco Xavier
Enrijecido pela febre não desanimava, sempre olhava para ver se o chinês vinha. Conversando com Antônio decidiu hospedar-se no navio “Santa Cruz”, porque a cabana estava muito fria e sem qualquer conforto. Contudo, só permaneceu uma noite no navio, não suportou o balanço da embarcação pelas ondas do mar. Assim que amanheceu, voltou a terra trazendo um agasalho e algumas amêndoas. Seu corpo parecia uma brasa acesa por causa da febre. Um português amigo levou-o para a sua cabana e o sangrou. O Santo desmaiou e depois começou a delirar: “MÃE DE DEUS tem misericórdia de mim... JESUS, Filho de Davi, tem misericórdia de mim.” E assim permaneceu durante seis horas aproximadamente. A febre continuava forte. Dias após perdeu a fala. Antônio disse posteriormente: “Parecia que NOSSO SENHOR queria leva-lo rapidamente e preparei-me para permanecer na companhia dele. De quarta-feira quando agravou o seu estado, até sábado quando faleceu, muito pouca alimentação ele acolheu. Observei que na madrugada de sábado dia 3 de Dezembro de 1552 ele ficou olhando fixamente o crucifixo. Ao amanhecer, mantinha-se na mesma posição. Depois fez um movimento como se quisesse abrir os braços, mas mantinha o crucifixo seguro em sua mão direita junto ao peito. Estando somente eu e ele, aproximei uma lâmpada para iluminar melhor a sua face, e então, ele entregou sua alma a DEUS. Sua missão estava encerrada.”
Uma paz celestial envolveu o seu rosto. Naquele momento, CRISTO levava para o Céu a alma de seu Santo Apóstolo das Índias e do Japão. Tinha 46 anos de idade e havia percorrido mais de 120.000 quilômetros pelos caminhos mais difíceis e perigosos, conquistando corações para o SENHOR. Em vida, quem olhava o seu rosto simpático e sorridente, ou se aproximasse dele, sentia o calor de sua alegria interior e de sua bondade. Quando pregava o Evangelho, mais que os seus argumentos, convencia por sua santidade, pelo seu exemplo de homem e por um caráter firme, fiel e uma poderosa força de intercessão junto ao CRIADOR. Através de Xavier, DEUS realizou impressionantes milagres para provar que ele era um Apóstolo do SENHOR.
Os portugueses do barco “Santa Cruz” vieram prestar-lhe uma homenagem de despedida. Antônio, ajudado por dois mulatos colocou o corpo do Santo num rústico caixão de madeira e levou-o num barco, para o outro lado do porto. Colocaram bastante cal no ataúde para apodrecer rapidamente o corpo e o enterraram. Eles queriam apodrecer o corpo porque seria mais fácil levar somente os ossos, quando fossem transporta-lo de volta. Passaram-se três meses. O navio “Santa Cruz” iniciou os preparativos para retornar a Málaca. Antônio conversou com o capitão da embarcação e foram desenterrar o corpo de Xavier para leva-lo. Quando desenterraram e abriram o caixão, ficaram surpresos e admirados, não tinha cheiro algum e o corpo estava perfeito, como se estivesse dormindo. Colocaram-no num caixão melhor, fecharam e untaram com breu e o embarcaram no “Santa Cruz”.
Em Málaca o povo recebeu o corpo do Santo com grande fervor e entusiasmo. E ele agradeceu aquelas homenagens intercedendo em favor daquela gente. Existia na cidade uma grande mortalidade causada por uma febre maligna. Com a chegada do corpo do Santo, o “andaço” da febre desapareceu e a mortalidade cessou imediatamente. Um enfermo beijou a mão do Santo e ficou instantaneamente curado. O SENHOR realizou muitos milagres, atendendo as suplicas do povo que rezava diante do corpo de Xavier, pedindo a sua eficaz intercessão junto a DEUS.
Depois o levaram para Goa. Lá também sua chegada foi comemorada com muitas honrarias e festividades. O seu corpo é conservado incorrupto na Igreja do Bom Jesus, onde recebe diariamente a devoção dos fieis.
Xavier foi canonizado no dia 12 de Março de 1622. O Papa Benedito XIV em 1748 outorgou-lhe o título de Patrono do Oriente. Em 1904, o Papa Pio X deu-lhe o título de Patrono da Propagação da Fé e Patrono Universal das Missões. O Papa Pio XI proclamou Francisco Xavier juntamente com Santa Teresinha do Menino Jesus, padroeiro universal das missões. Foi considerado o maior de todos os missionários, sendo chamado “O Gigante da História das Missões”.
Mesmo depois do falecimento de Xavier, os Jesuítas durante dois séculos continuaram partindo de Goa para evangelizar o Oriente.
Ele foi o grande Apóstolo dos tempos modernos, como São Paulo foi o notável Apóstolo nos tempos antigos. Missionário de valor especial, hoje nos deixa admirados com suas obras portentosas. Foi o grande conquistador do Oriente que abriu caminho para um exército de missionários, porque verdadeiramente ele despertou o espírito missionário na cristandade. Dizia o Jesuíta Araoz, "Xavier com suas cartas não fazia menos frutos na Espanha e Portugal, do que nas Índias com sua pregação direta". Suas cartas maravilhosas eram copiadas e enviadas por todas as partes. São Ignácio de Loyola as multiplicava! João III Rei de Portugal, queria que as cartas de Francisco fossem lidas em todas as Igrejas, porque elas suscitavam as vocações missionárias e revelava o extraordinário exemplo de sua vida para as pessoas.
Afirmam os hagiógrafos de Francisco Xavier, que em todas as sextas-feiras de Janeiro a Dezembro de 1552, o seu último ano de vida, aquele Crucifixo do Castelo de Xavier em Navarra, derramou sangue das preciosas chagas de JESUS. Subitamente parou de derramar sangue após o dia 3 de Dezembro de 1552, quando ele morreu. Aquele sangue sagrado do SENHOR, coagulado nas suas Chagas no Crucifixo, é admirado e venerado até hoje, por uma avalanche de peregrinos vindos de todas as partes do mundo.
Fonte (textos completos): http://www.geocities.com/novaes01/index35.htm (02/12/2005)
Somente o amor que se faz dom pode transformar nosso planeta. (João XXIII)
tjl@ - www.paulinas.org.br




Nenhum comentário:

Postar um comentário