segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

BOM DIA EVANGELHO
Segunda-feira, 13 de novembro de 2010
Santa Luzia, Virgem e Mártir, Memória, 3ª do Saltério, Livro I, Cor Litúrgica Vermelha


Hoje: Dia do Deficiente Visual, dia do Marinheiro, dia do Pedreiro, dia do Lapidador e dia Nacional do Forró.

Santos: André (Apóstolo de Jesus, irmão de São Pedro), Arnaldo de Gemblours (abade), Cástulo e Euprépio (mártires), Constâncio de Roma (presbítero), Justina de Constantinopla (virgem, mártir), Maura de Constantinopla (virgem, mártir), Sapor de Beth-Nictor, Isaac de Beth-Seleucia e Companheiros (bispos, mártires), Trojano de Tréguier (bispo), Tugal de Tréguier (abade, bispo), André de Antioquia (agostiniano, bem-aventurado) , Guilherme de Paulo (abade, bem-aventurado), José Marchand (presbítero, mártir do Vietnan, bem-aventurado).

Antífona: Vem, esposa de Cristo, receber a coroa que o Senhor te preparou para a eternidade.

Oração:

Ó Deus, que a intercessão da gloriosa virgem santa Luzia reanime o nosso fervor, para que possamos hoje celebrar o seu martírio e contemplar, um dia, a sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo

Salmo: 24(25), 4bc-5ab.6-7bc.8-9 (R/.4b)
Fazei-me conhecer a vossa estrada, ó Senhor!

Mostrai-me, ó Senhor vossos caminhos, e fazei-me conhecer a vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza porque sois o Deus da minha salvação.
Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e a vossa compaixão que são eternas! De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia e sois bondade sem limites, ó Senhor!
Senhor é piedade e retidão, e reconduz ao bom caminho os pecadores. Ele dirige os humildes na justiça, e aos pobres ele ensina o seu caminho.

Evangelho: Mateus (Mt 21, 23-27)
Donde vinha o batismo de João?
Naquele tempo, 23Jesus voltou ao Templo. Enquanto ensinava, os sumos sacerdotes e os anciãos do povo aproximaram-se dele e perguntaram: "Com que autoridade fazes estas coisas? Quem te deu tal autoridade?"
24Jesus respondeu-lhes: "Também eu vos farei uma pergunta. Se vós me responderdes, também eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. 25Donde vinha o batismo de João? Do céu ou dos homens?" Eles refletiam entre si: "Se dissermos: 'Do céu', ele nos dirá: 'Por que não acreditastes nele?' 26Se dissermos: 'Dos homens', temos medo do povo, pois todos têm João Batista na conta de profeta". 27Eles então responderam a Jesus: "Não sabemos". Ao que Jesus também respondeu: "Eu também não vos direi com que autoridade faço estas coisas". Palavra da Salvação!.
Leituras paralelas: Mc 11, 27-33; Lc 20, 1-8.

Comentando o Evangelho
A consciência da vocação
A maneira incisiva como Jesus falava e a força de suas palavras deixavam confusas as autoridades religiosas da época. Humanamente falando, ele não possuía títulos que pudessem garantir a autoridade de suas palavras. Não pertencia a uma família sacerdotal ou da aristocracia da capital. Não se tinha noticia de ter ele frequentado a escola de algum rabi famoso. Nem constava que tivesse feito estudos especiais que explicassem a origem de seu saber. Por isso, os sumos sacerdotes e os anciãos do povo faziam pairar sobre ele uma espessa sombra de suspeita.
Jesus não teria nenhuma dificuldade de dizer, abertamente, que a fonte de sua autoridade era o Pai. Mas único problema era que seus interlocutores não estavam preparados para receber uma explicação deste calibre. A mentalidade deles era estreita demais para poderem compreender isto. Por conseguinte, ficaram sem resposta.
A situação de Jesus assemelhou-se à dos antigos profetas de Israel. Estes não tinham outra credencial para justificar seu ministério, além da consciência de terem sido chamados por Deus e recebido dele o mandato específico de pregar. Como este tipo de argumento era insuficiente para convencer seus opositores, acabaram sendo perseguidos e, até mesmo, assassinados. Como eles, Jesus não conseguiu convencer seus adversários. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA,Pe. Jaldemir Vitório, ©Paulinas, 1997]

Oração da Assembleia (Liturgia Diária)
Pela Igreja, comprometida com a verdade que vem do evangelho. Atendei nosso prece, Senhor.
Pelos ministros da Igreja, responsáveis pela divulgação da palavra de Deus, rezemos.
Pelas famílias que se empenham em manter a unidade e a harmonia, rezemos.
Pelos professores que são promotores de valores humanos e cristãos, rezemos.
Pelos doentes e sofredores que perseveram na busca de dias melhores, rezemos.
(outras intenções)

Oração sobre as Oferendas:
Aceitai, ó Deus, nossa humilde homenagem na comemoração da virgem santa Luzia e concedei-nos, por esta oblação puríssima, manter acesa em nossos corações a chama do vosso amor. Por Cristo, nosso Senhor.

Antífona da comunhão:
A virgem prudente escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada. (Lc 10, 42)

Oração Depois da Comunhão:
Nutridos pelo pão do céu, imploramos, ó Deus, vossa clemência, para que, alegrando-nos com a festa de santa Luzia, possamos alcançar perdão para os nossos pecados, graça e proteção para nossas vidas e finalmente a glória eterna. Por Cristo, nosso Senhor.

A IGREJA CELEBRA HOJE
Santa Luzia
Não há dúvida que Santa Luzia foi uma das santas mais veneradas em toda a antiguidade. Poucas são, contudo, as notícias realmente históricas que chegaram até nós desta mártir siciliana.
A Passio, ou narrativa do martírio desta santa, embora não contemporânea aos acontecimentos de sua vida, é antiquíssima. Com certeza foi escrita entre os séculos V e VI e se refere a documentos ou tradições anteriores.
Segundo este documento, Santa Luzia pertencia a uma rica e nobre família cristã de Siracusa, na Itália. Recebeu primorosa educação cristã de modo que se sentiu dominada pelo amor a Cristo emitindo, desde cedo, o voto de perpétua virgindade.
Ficando órfã de pai, sua mãe desejava que Luzia contraísse matrimônio com um jovem de distinta família, mas pagão. Na sua perplexidade, Luzia pediu que lhe fosse concedido um prazo de tempo para melhor amadurecer sua resolução de castidade pela oração. Entretanto, a mãe adoeceu, sem que houvesse esperança de recuperar a saúde.
A conselho de Luzia, fizeram uma romaria ao túmulo de Santa Águeda, na cidade de Catânia, célebre pelos milagres com que Deus glorificava a santa mártir. Depois de ter passado algum tempo em oração, Luzia teve uma visão: Apareceu-lhe a mártir Águeda, dizendo: "Que deseja de mim, querida irmã? Tua mãe está restabelecida graças à tua fé. Como Deus se dignou glorificar a cidade de Catânia por causa do meu martírio, assim Siracusa será célebre por ti, porque por tua virgindade preparaste agradável morada a Deus em teu coração".
Luzia encontrou a mãe completamente curada. Voltaram para Siracusa e aí surgiu novamente a proposta de casamento que ela recusou terminantemente.
Prevendo uma vingança e o martírio, Luzia distribuiu seus pobres e se preparou para o que viesse com fervorosa oração. que nutria a esperança de casar com Luzia, tendo notícia da recusa e do gesto em favor dos pobres, transformou o amor denunciou-a, perante o governador Pascásio, de dois crimes: cumprido a palavra e de ser cristã e, portanto, desprezadora dos deuses nacionais.
Perante o juiz que lhe intimava a sacrificar aos deuses e manter a palavra do casamento, Luzia respondeu: "Nem uma, nem outra coisa farei. Adoro a um só Deus verdadeiro, e a ele prometi amor e fidelidade". O processo continuou com ameaças, intimidações, inclusive, de ser levada a lugares de pecado, ao que a santa respondeu firmemente: "Quem vive casta e santamente é templo do Espírito Santo. Sem a minha vontade a virtude nada sofrerá. Podes, à força, pôr incenso nas minhas mãos, para que o ofereça aos ídolos; de nada vale, porque Deus, que conhece os corações, não me julgará pelo que fiz coagida. Mesmo que não possa resistir à força, minha virtude receberá dupla coroa".
A tradição fala que Luzia previu o próximo fim das perseguições, como de fato aconteceu logo depois de sua morte. Aplicaram-lhe horríveis tormentos. Por último, foi decapitada. A data de sua morte parece historicamente certa: dia 13 de dezembro de 303.
Em escavações no cemitério cristão de Siracusa foi encontrado um epitáfio do século IV nestes termos: "Eusquia, a irrepreensível, viveu santa e pura cerca de quinze anos; morreu na festa de Santa Luzia, a qual não pôde ser louvada como merece".
O culto desta santa espalhou-se por toda a Itália e mais tarde por toda a Europa, inclusive na Rússia. Só em Roma, havia vinte Igrejas dedicadas ao seu nome e foi uma das quatro virgens, junto com as Santas Inês, Cecília e Águeda, que gozavam de ofício próprio e cujos nomes tiveram o privilégio de serem invocados no cânon da santa missa.
Santa Luzia é invocada como protetora contra as doenças dos olhos. Provavelmente esta conexão se deve ao fato de que o nome de Luzia, em latim, se liga à palavra luz. Os olhos são elementos indispensáveis para a visão da luz. [O SANTO DO DIA, Dom Servilio Conti, ©Vozes, 1997]

Dicas de como lidar com uma pessoa cega
Respeito, educação e carinho são a chave para um bom relacionamento
1. Procure não encarar a cegueira como desgraça. Não sinta pena do deficiente visual; a educação especial e a reabilitação permitem superar muitas dificuldades.
2. A cegueira é uma deficiência sensorial, não é uma doença. Você já viu alguém 'pegar' surdez?
3. É de extrema indelicadeza chamar um deficiente visual de 'cego', ou 'ceguinho'. Ninguém gosta de ser rotulado. Você gostaria de ser chamado de 'gordo', ou de 'baixinho'?
4. Se a pessoa com deficiência visual estiver acompanhada, não se limite a falar apenas com seu companheiro, para se comunicar com ela. Dirija-se diretamente a ela, identifique-se e faça um contato físico: toque ligeiramente seu braço ou seu ombro, mostrando que está se dirigindo a ela. Também não é o caso de falar aos berros. O fato de ela não retribuir seu olhar não significa que não possa manter uma conversação normal.
5. Às vezes as pessoas evitam usar palavras como 'ver', 'olhar', 'cegueira' etc. quando conversam com pessoas com deficiência visual. Não há motivo para isso.
6. Os portadores de deficiência visual não são criaturas puras, sem interesse pelas coisas deste mundo. Eles se interessam por tudo que interessa a você, desfrutando das coisas a seu modo.
7. Não pense que todos os deficientes visuais têm dons artísticos, em particular musicais. Muitos são tão musicais quanto eu ou você: sabem tocar bem uma campainha!
8. Não pense que os cegos têm um sexto sentido ou alguma outra compensação pela perda da visão. Eles apenas desenvolvem recursos latentes em todos nós. Você, com o mesmo treinamento, será tão 'extraordinário' quanto eles! 9. É preconceituoso achar que as pessoas com deficiência visual só podem desempenhar determinadas profissões. Atualmente, eles são analistas de sistemas, digitadores, operadores de telemarketing, psicólogos, montadores de peças etc., profissões que exigem escolaridade e treinamento equivalentes aos que se requer das demais pessoas.
10. Não gesticule nem aponte, pois isso não significa nada para o portador de deficiência visual. Diga: "O cinzeiro está a sua frente"; "A cadeira está atrás de você". Ao indicar direções, tome como referência a posição dele, e não a sua.
11. Em ambientes desconhecidos, ou em situações novas, ofereça ao deficiente visual o maior número possível de informações, para que ele se oriente e se localize, sabendo o que está acontecendo. Evite que ele passe momentos de tensão e desconforto.
12. O deficiente visual não precisa adivinhar quem está falando com ele; sua memória auditiva é boa, mas é impossível se lembrar de todas as vozes. Você também não se lembra do rosto de todos a quem foi apresentado. Identifique-se quando o encontrar e despeça-se dele quando sair.
13. Se encontrar uma pessoa cega sozinha, pergunte se ela quer ajuda e qual é a forma mais adequada. Mas, não se ofenda se seu oferecimento for recusado: nem sempre as pessoas com deficiência precisam de auxílio. Às vezes, uma determinada atividade pode ser executada melhor sem assistência.
14. Mantenha o caminho por onde passa um deficiente visual limpo e desimpedido: objetos fora de lugar podem causar acidentes.
15. Para mostrar onde está uma cadeira, basta colocar a mão do deficiente visual no encosto da mesma: ele vai saber onde ela está e vai se sentar sem problemas.
16. Um deficiente visual não é de responsabilidade exclusivamente sua, mas de toda a sociedade. E, acima de tudo, deve ser responsável por si mesmo. Não faça tudo por ele, como se fosse um bebê ou um incapaz.
17. Não é preciso dar comida na boca da pessoa com deficiência visual. Descreva os alimentos servidos, faça o prato para ela e explique onde está a comida no prato. Ela pode falhar algumas vezes, mas se arranjará sozinha.
18. A pessoa cega pode não saber que há manchas, rasgos ou um pequeno desalinho em suas roupas ou sapatos. Avise-a, mas de modo discreto, evitando desencadear comentários maldosos.
19. Se você encontrar um deficiente visual parado na calçada, não o puxe nem empurre, forçando-o a atravessar a rua. Pergunte antes se ele quer.
20. Nunca puxe ou empurre a pessoa deficiente visual. Ofereça seu braço; pelo movimento de seu corpo, ela vai perceber se você está virando à direita ou à esquerda etc.
21. Não siga a pessoa portadora de deficiência visual, pensando em evitar problemas. O cego, quando está sozinho, está alerta, com os outros sentidos aguçados; ele pode perceber sua presença e se irritar com isso, perdendo a concentração.
22. Em uma escada, coloque a mão dele sobre o corrimão, se houver. Caso contrário, dê o braço a ele ou algumas dicas a respeito da estrutura da escada.
23. Não empurre ou levante a pessoa com deficiência visual para entrar no ônibus. Coloque sua mão sobre a alça externa vertical e ela subirá sozinha. Dentro do ônibus, ela pode preferir ficar de pé.
24. Quando você estiver no ponto do ônibus e chegar um deficiente visual pedindo para avisar quando sua condução chegar, não se esqueça de fazê-lo. Caso seu ônibus chegue antes, avise outras pessoas; se não houver mais ninguém, avise o portador de deficiência, pois ele confiou em você.
25. Quando uma pessoa portadora de deficiência visual for entrar ou sair de um carro, preste muita atenção antes de bater a porta, para não prender os dedos dela: eles são preciosos!
26. Nem todos os cegos são pessoas carentes. Não ofenda: só dê dinheiro se a pessoa for tão pobre que precise pedir ajuda.
27. Se você conhece pessoas portadoras de deficiência visual ou que tenham membros da família com essa deficiência e que estejam em idade reprodutiva, oriente-as para procurar um serviço de aconselhamento genético. Essa é a única forma de saber se há possibilidade de ter filhos com essa deficiência.
28. Se você conhece um bebê com problemas visuais, oriente a família para levá-lo a uma clínica ou escola especializada o mais cedo possível. Não se deve esperar que ele cresça para receber tratamento adequado. Quanto mais cedo for atendido, maiores chances terá de superar suas dificuldades.
Fonte: http://www.jornalismo.ufsc.br
Para enxergar basta abrir os olhos, mas para ver é preciso fechá-los. (Frei Anselmo Fracasso)



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