BOM DIA EVANGELHO
Quarta-feira, 15 de junho de 2011
11ª Semana do Tempo Comum, Ano Impar, 3ª do Saltério (Livro III), cor Litúrgica Verde
Hoje: Semana do Migrante
Santos: Vito, Germana Cousin, Líbia, Joana Mance, Landelino (ex-bandido do Artois, convertido), Hesíquio (mártir no Danúbio inferior), Dulas (mártir da Ásia Menor), Guido (popular nos países francos e germânicos), Abraão (monge persa)9).
Oração: Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Salmo: 111 (112), 1-2.3-4.9 (R/1a)
Feliz aquele que respeita o Senhor!
Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos!
Haverá glória e riqueza em sua casa, e permanece para sempre o bem que fez. Ele é correto, generoso e compassivo, como luz brilha nas trevas para os justos.
Ele reparte com os pobres os seus bens, permanece para sempre o bem que fez, e crescerão a sua glória e seu poder.
Evangelho: Mateus (Mt 6, 1-6.16-18)
Esmola, oração, jejum, tudo sem ostentação
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1"Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus. 2Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 3Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4de modo que, a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa.
5Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 6Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa.
16Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo: Eles já receberam a sua recompensa. 17Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18para que os homens não vejam que tu estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa". Palavra da Salvação!
Comentário o Evangelho
A verdadeira piedade
A relação do ser humano com Deus acontece através de gestos concretos. A piedade bíblica valorizava, de modo especial, três práticas de piedade: a esmola, a oração e o jejum. A esmola manifesta a abertura de coração para o próximo, especialmente, para quem é pobre e depende da misericórdia alheia para sobreviver. Orar é entrar em comunhão com Deus, como superação dos limites humanos e como projeção para o Absoluto. O jejum coloca-se no nível da relação do ser humano consigo mesmo, evidenciando a capacidade de manter, sob controle, as próprias paixões, os próprios sentimentos e, até mesmo, os instintos.
Jesus ensinou a seus discípulos uma maneira diferente de praticar a piedade, maneira que ele chamou de justiça. Tudo deve ser feito com a máxima discrição: a esmola deve ser dada sem ostentação; a oração verdadeira, feita no recesso do próprio quarto, de modo a ser Deus a única testemunha; o jejum, dissimulado com banhos e perfumes para se evitar toda aparência de abatimento. Quem age assim, é visto por Deus, que se dá conta de tudo, até mesmo do que se passa em segredo.
Jesus não aboliu as práticas de piedade. Pelo contrário, deu-lhes uma impostação nova. Esse é o modo concreto de vivê-las na perspectiva da justiça do Reino. A verdadeira piedade é, pois, um caminho excelente de encontro com Deus e com os irmãos. [O EVANGELHO DO DIA. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1998]
Para sua reflexão: Tal como na maioria das religiões, as boas obras quer dizer justiça, ou seja, a observância das três práticas fundamentais: a esmola, a oração e o jejum, desde que feitas sem ostentação. Jesus critica os que fazem grande exibição de sua caridade, através da esmola, por meio da imagem da trombeta sendo tocada. Hoje em dia isso infelizmente ainda ocorre, por exemplo, quando grandes campanhas de arrecadação de alimentos são destinadas às crises localizadas, como se o povo carente só necessitasse do alimento nesses períodos pontuais, uma vez que a fome pode está sempre às portas dos mais necessitados praticamente o ano todo. Para muitos, o que vale é a repercussão da mídia! Sobre a oração o comportamento a ser evitado é fazer um espetáculo público de si mesmo na oração, afinal ela não é dirigida a outro pecador, mas a Deus em favor do primeiro e das necessidades pessoais e comunitárias, sem alarde, mas com muita fé. Já sobre o jejum havia dias especiais designados para essa prática no calendário judaico e os fariseus piedosos jejuavam dois dias por semana. O que se critica não é o jejum em si, é claro, mas da forma como é feito através de uma exibição hipócrita. Aqui segue-se o exemplo da oração: o jejum é destinado a Deus, de forma discreta e com plena fé. O que o Evangelho do dia sugere é que melhoremos a qualidade das nossas práticas de fé para que Deus possa nos atender. Paz e Bem!
A igreja celebra hoje
São Vito
Conhecido no Brasil também como São Guido.
Viveu no século III e morreu em 303.
Santo considerado padroeiro do epilépticos e um dos santos mais populares da Idade Média. De acordo com a lenda, ele era filho de um senador na Sicília. Um dedicado cristão ele foi levado com a idade de 12 anos para o governador da Sicília que tentou sem sucesso para que ele abandonasse a sua fé. São Vito fugiu então para Lucária com Santa Crescencia e São Modestus. Eventualmente capturados em Roma eles foram torturados e supostamente libertados por um anjo. Eles teriam retornado a sua terra natal onde morreram em paz.
Outra versão diz que eles forma martirizados no reinado do Imperador Dioclécio (que reinou de 284 a 305). As duas versões são dúbias, mas o que se sabe com certeza é que existiram definitivamente três mártires com o nome deles em Lucária e que o culto a São Vito é muito antigo, sendo conhecido na Alemanha no inicio da Idade Média. Subseqüentemente seu culto foi ganhando adeptos devido aos vários milagre atribuídos a São Vito.
Ele é um dos "Quatorze Santos Ajudantes" ou Quatorze Santos Auxiliares e é invocado como padroeiro dos epilépticos e diz a tradição que ele conseguiu curar uma doença terrível de origem genética, que no passado se chamava doença de São Guido, "Dança de São Guido" , muito comum até os meados do século XX, que hoje não se vê mais.
Alguns estudiosos acham que o terrível “Mal de Parkison” é na verdade uma forma moderna da "Doença de São Guido".
Por que Deus é um ser escondido?
Dom Aloísio Roque Oppermann , scj, Arcebispo de Uberaba - MG
Como a vida seria diferente se Deus fosse uma divindade “a ser tocada com as mãos”. Seria a evidência. Não precisaríamos de provas sobre a sua existência. Neste sonho bastaria fazer-lhe um pedido, para sermos atendidos mais do que de repente. Temos um inimigo? O Poderoso logo o afastaria. Temos dívidas? O socorro mágico aconteceria antes do pôr do sol. Somos acometidos por uma doença? Feito o pedido de cura, num piscar de olhos o mal estaria superado.
Mas Deus é um Ser que confia na inteligência humana. O homem pode chegar a Deus a duras penas, às apalpadelas. “Como cegos vamos tateando como quem não enxerga” (Is 59, 10). Isso nos dá ocasião para expressarmos fé, que é um ato meritório, por depender de nossa livre vontade. O delírio fantasioso, acima descrito, seria um puro “encantamento”. Seríamos obrigados a crer. Assim como a Providência dispôs, baseamo-nos numa intuição muito forte de que este Ser Poderoso tem que existir, e lhe devemos profundo respeito. E com amor nos consideramos profundamente ligados a Ele.
Quem é que nunca chega a Deus? Os que não são capazes de dobrar os joelhos, vale dizer, quem é um soberbo de coração. Também não alcançam essa fé salvadora, os perversos que praticam o mal. “Os pecadores não ficarão de pé na assembléia dos justos” (Sl 1, 5). Também os devassos, os que vivem atolados nos prazeres sexuais desenfreados, não chegarão lá. “Felizes os puros de coração porque verão a Deus” (Mt 5, 8). O mesmo se diga sobre aqueles que se apegam por demais aos bens materiais. “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16, 13). Além do mais, um grande auxílio para o encontro, na fé, com o Deus verdadeiro, é a inteligência. Podemos em toda a parte ver os “rastos” do Eterno, mesmo sem jamais vê-lo neste mundo. Isso aconteceu com o coordenador do projeto Genoma Humano. O cientista Francis Collins entrou ateu no projeto e saiu como um homem de fé convicta. No entanto eu quero lhe dar, amigo leitor, a chave que abre os caminhos mais misteriosos da existência humana. É o melhor modo de se aproximar do Ser amoroso por excelência. É se encontrar com Cristo. Este nós o vimos e tocamos com as mãos. Ele é o revelador do rosto do Pai, porque Ele relata o que viu.. [Fonte: CNBB]
A crise é um precioso aviso que recebemos do universo, alertando-nos de
que é necessário mudar alguma coisa. (Alberto Suárez)
tjl@-www.acidigital.com-www.vatican.vt-www.paulinas.org.br-www.mundocatolico.org.br
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