segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Bom dia evangelho
Dia 31 de Outubro — Segunda-feira
31ª Semana Comum -Em ação de graças - 39B -(Cor Verde)

Encerramos o mês missionário e de Nossa Senhora. Por isso, hoje queremos dar graças ao Pai por tudo que recebemos de sua bondade e conseguimos realizar em nossa fé. Experimentamos a riqueza da graça divina e a força da união na Comunidade. Fomos convidados para a festa do Reino, e o sim dado a esse convite encheu-nos de uma paz sem fim. Por isso, entoemos nossa ação de graças por todas as coisas que o Senhor permitiu-nos viver e experimentar em nossa vida. Que o Senhor Deus da vida continue a ser nossa experiência de vida.

Oração
Pai, coloca no meu coração um amor desinteressado e gratuito, que saiba ser generoso sem esperar outra recompensa a não ser a que vem de ti.

Antífona de Entrada (Ef 5,19-20)
Cantai e salmodiai ao Senhor em vossos corações, dai sempre graças a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.

Livro de Salmos 69(68),30-31.33-34.36-37.
Mas a mim, triste e aflito,
que a tua salvação, ó Deus, me restabeleça.
Louvarei, com cânticos, o nome de Deus;
hei de glorificá-lo com acções de graças.
Que os humildes vejam isto e se alegrem,
e os que buscam a Deus se encham de coragem,
O Senhor escuta os necessitados
e não despreza o seu povo cativo.
Deus há-de salvar Sião, reconstruirá as cidades de Judá;
os cativos ali habitarão e tomarão posse dela.
Os seus servos hão-de recebê-la em herança,
e os que amam o seu nome serão os seus moradores.

Convide os pobres
Evangelho segundo S. Lucas 14,12-14.
Naquele tempo, disse Jesus a um dos principais fariseus que O tinha convidado para uma refeição: «Quando deres um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus parentes, nem os teus vizinhos ricos; não vão eles também convidar-te, por sua vez, e assim retribuir-te.
Quando deres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos.
E serás feliz por eles não terem com que te retribuir; ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos.»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do Evangelho
Sejam convidados os excluídos
Jesus encontrava-se à mesa de um dos chefes dos fariseus que o convidara, em um sábado. Após ter curado um hidrópico que entre os convidados se encontrava, Jesus faz uma advertência aos comensais sobre a disputa pelos primeiros lugares. Em seguida dirige-se a este chefe fariseu. Entre as elites, quando alguém oferece um almoço ou jantar aos amigos comumente o faz para afirmar seu prestígio, consolidar seus laços com um grupo privilegiado, procurando estabelecer relações sociais vantajosas para seu enriquecimento. Nesta perspectiva, os convidados são pessoas de posses e de prestígio. Assim também acontecia com o chefe dos fariseus. O ensino de Jesus, dirigido àquele chefe dos farisseus, significa uma subversão completa nestes critérios de valor. Quando se der um banquete, que sejam convidados os excluídos, os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. A perspectiva não é a da busca de um proveito próprio ou de uma recompensa imediata, mas sim de servir, comunicar e promover a vida. O banquete oferecido aos pobres significa inseri-los no usufruto dos bens da criação, na partilha das riquezas, e no resgate de sua dignidade. Assim alcança-se a bem-aventurança, com a participação na vida eterna comunicada por Deus. (José Raimundo Oliva)

A igreja celebra hoje
Santo Afonso Rodrigues
A Companhia de Jesus gerou padres e missionários santos que deixaram a assinatura dos jesuítas na história da evangelização e na história da humanidade. Figuras ilustres que se destacaram pela relevância de suas obras sociais cristãs em favor das minorias pobres e marginalizadas, cujas contribuições ainda florescem no mundo todo.
Entretanto de suas fileiras saíram também santos humildes e simples, que pela vida entregue a Deus e servindo exclusivamente ao próximo, mostraram o caminho de felicidade espiritual aos devotos e discípulos. Valorosos personagens quase ocultos, que formam gerações e gerações de cristãos e, assim, sedimentam a sua obra no seio das famílias leigas e religiosas.
Um dos mais significativos desses exemplos é o irmão leigo Afonso Rodrigues, natural de Segóvia, Espanha. Nascido em 25 de julho de 1532, pertencia a uma família pobre e profundamente cristã. Após viver uma sucessão de fatalidades pessoais, Afonso encontrou seu caminho na fé.
Tudo começou quando Afonso tinha dezesseis anos. Seu pai, um simples comerciante de tecidos, morreu de repente. Vendo a difícil situação de sua mãe, sozinha para sustentar os onze filhos, parou de estudar. Para manter a casa, passou a vender tecidos, aproveitando a clientela que seu pai deixara.
Em 1555, aconselhado por sua mãe, casou e teve dois filhos. Mas novamente a fatalidade fez-se presente no seu lar. Primeiro, foi a jovem esposa que adoeceu e logo morreu; em seguida, faleceram os dois filhos, um após o outro. Abatido pelas perdas, descuidou dos negócios, perdeu o pouco que tinha e, para piorar, ficou sem crédito.
Sem rumo, tentou voltar aos estudos, mas não se saiu bem nas provas e não pôde cursar a Faculdade de Valência.
Afonso entrou, então, numa profunda crise espiritual. Retirado na própria casa, rezou, meditou muito e resolveu dedicar sua vida completamente a serviço de Deus, servindo aos semelhantes. Ingressou como irmão leigo na Companhia de Jesus em 1571. E foi um noviciado de sucesso, pois foi enviado para trabalhar no colégio de formação de padres jesuítas em Palma, na ilha de Maiorca, onde encontrou a plena realização da vida e terminou seus dias.
No colégio, exerceu somente a simples e humilde função de porteiro, por quarenta e seis anos. Se materialmente não ocupava posição de destaque, espiritualmente era dos mais engrandecidos entre os irmãos. Recebera dons especiais e muitas manifestações místicas o cercavam, como visões, previsões, prodígios e cura.
E assim, apesar de porteiro, foi orientador espiritual de muitos religiosos e leigos, que buscavam sua sabedoria e conselho. Mas um se destacava. Era Pedro Claver, um dos maiores missionários da Ordem, que jamais abandonou os seus ensinamentos e também ganhou a santidade. Outro foi o missionário Jerônimo Moranto, martirizado no México, que seguiu, sempre, sua orientação.
Afonso sofreu de fortes dores físicas durante dois anos, antes de morrer em 31 de outubro de 1617, lá mesmo no colégio. Foi canonizado em 1888, pelo papa Leão XIII, junto com são Pedro Claver, seu discípulo, conhecido como o Apostolo dos Escravos. Santo Afonso Rodrigues deixou uma obra escrita resumida em três volumes, mas de grande valor teológico, onde relatou com detalhes a riqueza de sua espiritualidade mística. A sua festa litúrgica é comemorada no dia de sua morte.
Santo Afonso Rodrigues -1532

Nenhum comentário:

Postar um comentário