Bom dia
evangelho
Liturgia Diária
20 de Junho de 2013
20 de Junho de 2013
QUINTA FEIRA – XI
SEMANA DO TEMPO COMUM
(Verde -
Ofício do dia)
Antífona da entrada
- Ouvi, Senhor, a voz
do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não
me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu salvador! (Sl 26,7.9)
Oração do dia
- Ó Deus, força
daqueles que esperam em vós, sede favorável ao meu apelo e, como nada podemos
em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos
querer e agir conforme vossa vontade, seguindo vossos mandamentos. Por nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Salmo
Responsorial: Sl 111,1-2.3-4.7-8 R: 7a
- Vossas obras; ó
Senhor, são verdade e são justiça.R: Vossas obras; ó
Senhor, são verdade e são justiça.
- Eu agradeço a Deus
de todo o coração junto com todos os seus justos reunidos! Que grandiosas são
as obras do Senhor, elas merecem todo o amor e admiração!R: Vossas obras; ó
Senhor, são verdade e são justiça.
- Que beleza e
esplendor são os seus feitos! Sua justiça permanece eternamente! O Senhor bom e
clemente nos deixou a lembrança de suas grandes maravilhas.R: Vossas obras; ó
Senhor, são verdade e são justiça.
- Suas obras são
verdade e são justiça, seus preceitos, todos eles, são estáveis, confirmados
para sempre e pelos séculos, realizados na verdade e retidão.R: Vossas obras; ó
Senhor, são verdade e são justiça.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia,
aleluia.Aleluia, aleluia, aleluia.
- Recebestes um
espírito de adoção, no qual clamamos Aba! Pai! (Rm 8,15)
Aleluia, aleluia,
aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo
Mateus: Mt 6,7-15
- O Senhor esteja
convosco.- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do
Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
- Glória a vós,
Senhor!
- Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos: 7“Quando orardes, não useis muitas palavras,
como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas
palavras. 8Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito
antes que vós o peçais. 9Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus,
santificado seja o teu nome; 10venha o teu Reino; seja feita a tua vontade,
assim na terra como nos céus. 11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12Perdoa
as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. 13E não
nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. 14De fato, se vós perdoardes
aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos
perdoará. 15Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não
perdoará as faltas que vós cometestes”.
- Palavra da salvação.- Glória a vós,
Senhor!
Liturgia comentada
Eis como deveis
rezar... (Mt 6,7-15)
Desde os primeiros
tempos da Igreja, uma das catequeses indispensáveis sempre foi a explicação da
Oração do Senhor, que chamamos de Pai-Nosso. Vamos meditar o comentário de S.
Cipriano de Cartago (+258), bispo e mártir:
“Os preceitos
evangélicos não são outra coisa, senão os ensinamentos de Deus, alicerces onde
se edifica a esperança, bases firmes da fé, alimento para reaquecer o coração,
guias para mostrar o caminho, socorro para obter a salvação. Eles instruem
sobre a terra o espírito dócil dos fiéis para conduzi-los ao Reino dos céus.
Numerosas são as
palavras que Deus quis fazer-nos ouvir pelos profetas, mas quão maiores são
aquelas pronunciadas pelo Filho, aquelas que o Verbo de Deus, que habitava os
profetas, atesta com sua própria voz! Ele já não pede que preparem o caminho
para aquele que vem, mas ele vem em pessoa mostrar-nos e abrir-nos a estrada
para que nós, outrora cegos e imprevidentes, errantes nas trevas da morte, e
agora esclarecidos pela luz da graça, possamos caminhar no caminho da vida, sob
a condução e a direção do Senhor.
Entre outros avisos
salutares e preceitos divinos destinados à salvação de seu povo, o Senhor deu a
forma de oração e nos comprometeu a rezar como ele ensinava. Aquele que deu a
vida também ensinou a rezar, com a mesma benevolência pela qual nos deu todo o
resto. Assim, quando nós falamos ao Pai com a oração que seu Filho nos ensinou,
somos ouvidos mais facilmente.
Jesus tinha anunciado
que viria a hora em que os verdadeiros adoradores adorariam o Pai em espírito e
verdade (cf. Jo 4,23), e ele cumpriu o prometido, de modo que, tendo recebido o
Espírito e a verdade por sua ação santificante, nós adorássemos em espírito e
verdade pela tradição de seu ensinamento. De fato, pode haver oração mais
espiritual do que esta que nos foi legada por Cristo, que nos enviou seu
Espírito? Existe um modo mais verdadeiro de rezar ao Pai que este que saiu da
boca do Filho que é Verdade?
Rezemos, pois, irmãos
bem-amados, como Deus nosso Senhor nos ensinou. Afetuosa e familiar é a oração
em que imploramos a Deus com as palavras de Deus, e atingimos seus ouvidos pela
oração de Cristo. Quando rezamos, que o Pai reconheça as palavras de seu Filho.
E esteja também em nossos lábios aquele que habita em nossos corações!
E como nós o temos
como advogado junto ao Pai, para os nossos pecados (cf. 1Jo 2,1), quando,
pecadores, suplicamos por nossas faltas, façamos ressoar as palavras de nosso
advogado. E já que está dito que tudo o que pedirmos ao Pai, em seu nome, ele
nos dará (cf. Jo 16,23), com maior segurança obteremos o que pedimos em nome de
Cristo, se o fizermos com sua própria oração!”
Orai sem cessar: “Tu
és meu Pai, meu Deus!” (Sl 89,27)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Santo do DiaMargarida Ebner
Margarida pertencia à família Ebner, muito rica e respeitada, da aristocracia alemã. Ela entrou no Mosteiro de Maria Santíssima em Medingen, da diocese de Augusta, e tinha apenas quinze anos de idade quando vestiu o hábito dominicano.
Depois, de 1314 até 1326, sofreu diversas e graves enfermidades, as quais quase a levaram ao fim da vida. Mais tarde, por causa da guerra, a comunidade monástica dispersou-se e Margarida voltou para a casa paterna, na qual continuou a viver totalmente reclusa, dedicada à oração e à penitência.
Quando tudo retornou ao normal, ela voltou para a clausura daquele mesmo mosteiro. Em 1332, conheceu o sacerdote Henrique Susso, hoje também santo, que logo se tornou o seu diretor espiritual. As duras provações físicas por que passou lhe proporcionaram adquirir os dons das revelações, das visões e das profecias. Tanto assim que ela escreveu em seu diário que no dia 1o de novembro de 1347 foi recebida em matrimonio espiritual por Jesus.
Margarida Ebner foi, sem dúvida, a figura central do movimento espiritual alemão dos "amigos de Deus". A sua espiritualidade segue o ano litúrgico e concentra-se na pessoa de Jesus Cristo.
O seu diário espiritual, escrito de 1312 até 1348, que chegou até os nossos dias, revela a vida humilde, devotada, caritativa e confiante em Deus de uma religiosa provada por muitas penas e doenças. Ela que viveu e morreu no amor de Deus, fiel na certeza de encontrar-se em plena comunhão com seu Filho Jesus, como sempre dizia: "Eu não posso separar-me de ti em coisa alguma". A beleza dessa alma inocente foi toda interior.
A santa humanidade de Jesus foi o divino objeto da sua constante e amorosa contemplação e nela reviveu os vários mistérios no exercício da virtude, no holocausto ininterrupto dela mesma, no sofrimento interno e externo, todo aceito e ofertado com Jesus, para Jesus e em Jesus. Margarida Ebner morreu no dia 20 de junho de 1351, no Mosteiro de Medingen, onde foi sepultada.
Sem dúvida, entre os grandes místicos dominicanos do século XIV, brilha a suave figura desta religiosa de clausura que conquistou o apelido de "Imitadora Fiel da Humanidade de Jesus". Em 1979, o papa João Paulo II ratificou o seu culto com sua beatificação, cuja festa "ad imemorabili" o mundo católico reverencia no dia do seu trânsito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário