Antífona da entrada: Senhor, se levardes em conta as nossas faltas,
quem poderá subsistir? Mas em vós encontra-se o perdão, Deus de Israel
(129,3s).
Oração do dia
Ó Deus, sempre nos preceda e acompanhe a vossa
graça, para que estejamos sempre atentos ao bem que devemos fazer. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
A palavra do Senhor é viva e eficaz: ela julga os pensamentos e as intenções do coração (Hb 4,12).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 11 37 enquanto Jesus falava, pediu-lhe um fariseu que fosse jantar em sua companhia. Ele entrou e pôs-se à mesa.
38 Admirou-se o fariseu de que ele não se tivesse lavado antes de comer.
39 Disse-lhe o Senhor: "Vós, fariseus, limpais o que está por fora do vaso e do prato, mas o vosso interior está cheio de roubo e maldade!
40 Insensatos! Quem fez o exterior não fez também o conteúdo?
41 Dai antes em esmola o que possuís, e todas as coisas vos serão limpas".
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
UM CASO DE
INSENSATEZ
Certas atitudes dos fariseus deixavam Jesus irritado. Entre elas, a preocupação exagerada com a pureza ritual, sem a correspondente pureza do coração. Nem o dever de "boa educação" impedia o Mestre de denunciar esta perigosa defasagem. Assim, o fariseu que o convidara para almoçar em sua casa recebeu a merecida censura, por querer impor-lhe seus esquemas.
O anfitrião considerou grave o fato de Jesus não ter lavado as mãos, antes de pôr-se à mesa. Os fariseus eram escrupulosos na observância desse rito. Procuravam evitar qualquer contato contaminador, e multiplicavam as abluções para ver-se livres de eventuais impurezas.
No pensar de Jesus, esta preocupação toca apenas o nível exterior, sem atingir o interior do ser humano, onde se decide a salvação. De que adianta ter as mãos asseadas, e as louças e talheres bem lavados, se o coração está cheio de maldade? A piedade baseada neste descompasso, de forma alguma poderá agradar a Deus. É pura insensatez! Quem age assim, ilude-se, pois, todos seus esforços de mostrar-se justo diante de Deus tornar-se-ão inúteis.
Na perspectiva de Jesus, o verdadeiro processo de purificação começa no interior do ser humano, superando o egoísmo que o impede de ser bondoso com os seus semelhantes, e crendo na fraternidade. Uma vez purificado o coração, tudo o mais se torna puro.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Certas atitudes dos fariseus deixavam Jesus irritado. Entre elas, a preocupação exagerada com a pureza ritual, sem a correspondente pureza do coração. Nem o dever de "boa educação" impedia o Mestre de denunciar esta perigosa defasagem. Assim, o fariseu que o convidara para almoçar em sua casa recebeu a merecida censura, por querer impor-lhe seus esquemas.
O anfitrião considerou grave o fato de Jesus não ter lavado as mãos, antes de pôr-se à mesa. Os fariseus eram escrupulosos na observância desse rito. Procuravam evitar qualquer contato contaminador, e multiplicavam as abluções para ver-se livres de eventuais impurezas.
No pensar de Jesus, esta preocupação toca apenas o nível exterior, sem atingir o interior do ser humano, onde se decide a salvação. De que adianta ter as mãos asseadas, e as louças e talheres bem lavados, se o coração está cheio de maldade? A piedade baseada neste descompasso, de forma alguma poderá agradar a Deus. É pura insensatez! Quem age assim, ilude-se, pois, todos seus esforços de mostrar-se justo diante de Deus tornar-se-ão inúteis.
Na perspectiva de Jesus, o verdadeiro processo de purificação começa no interior do ser humano, superando o egoísmo que o impede de ser bondoso com os seus semelhantes, e crendo na fraternidade. Uma vez purificado o coração, tudo o mais se torna puro.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
SÃO CALISTO
I
(VERMELHO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)
Oração do dia: Ouvi, ó Deus, com bondade, as preces do vosso povo e
dai-nos o auxílio do papa são Calisto, cujo martírio hoje celebramos. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
"Todo pecado
pode ser perdoado pela Igreja, cumpridas as devidas penitências." A frase conclusiva
é do papa Calisto I, ao se posicionar no combate às idéias heréticas, surgidas
dentro do clero, que iam contra a Igreja. Calisto
entendia muito bem de penitência. Na Roma do século II, ele nasceu num
bairro pobre e foi escravo. Depois, liberto, sua sina de sofrimento continuou.
Trabalhando para um comerciante, fracassou nos negócios e foi obrigado a
indenizar o patrão, mas decidiu fugir, indo refugiar-se em Portugal.
Encontrado, foi deportado para a ilha da Sardenha e punido com trabalhos
forçados. Porém foi nessa prisão que sua vida se iluminou. Nas minas da
Sardenha, ele tinha contato direto com os cristãos que também cumpriam penas
por causa da sua religião. Ao vê-los heroicamente suportando o desterro, a
humilhação e as torturas sem nunca perder a fé e a esperança em Cristo, Calisto
se converteu. Depois de alguns anos, os cristãos foram indultados e Calisto
retornou à vida livre, indo estabelecer-se na cidade de Anzio, onde adquiriu
reconhecimento dos cristãos, como diácono. Quando o papa Zeferino assumiu o
governo da Igreja, chamou o diácono para trabalhar com ele. Deu a Calisto
várias missões executadas com sucesso. Depois o nomeou responsável pelos cemitérios
da Igreja. Chamados de catacumbas, esses cemitérios subterrâneos da via Ápia,
em Roma, tiveram importância vital para os cristãos. Além de ali enterrarem
seus mortos, as catacumbas serviam, também, para cerimônias e cultos,
principalmente durante os períodos de perseguição. Calisto começou suas
escavações, organizou-as e valorizou-as. Nelas mandou construir uma capela,
chamada Cripta dos Papas, onde estão enterrados quarenta e seis pontífices e
cerca de duzentos mil mártires das perseguições contra os cristãos. Com a morte
do papa Zózimo, o clero e o povo elegeram Calisto para substituí-lo, mas ele
sofreu muita oposição por causa de sua origem humilde de escravo. Hipólito, um
dos grandes teólogos do catolicismo e pensadores da época, era o principal deles.
Hipólito tinha um entendimento diferente sobre a Santíssima Trindade e desejava
que determinados pecados não fossem perdoados. Entretanto o papa Calisto I
manteve-se firme na defesa da Igreja, rompendo com Hipólito e seus seguidores,
respondendo a questão com aquela frase conclusiva. Anos depois, Hipólito
reconciliar-se-ia com a Igreja, tornado-se mártir da Igreja por não negar sua
fé em Cristo. O papa Calisto I governou por seis anos. Nesse período, concluiu
o trabalho nas catacumbas romanas, conhecidas, hoje, como as catacumbas de são
Calisto. Em 222, ele se tornou vítima da perseguição, foi espancado e, quase
morto, jogado em um poço. No local, agora, acha-se a igreja de Santa Maria, em
Trastevere, que guarda o seu corpo, em Roma.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. -
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. -
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
tjl@ - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/
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