quinta-feira, 28 de junho de 2018

Bom dia evangelho - 29 de junho de 2018


Bom dia evangelho 

29 DE JUNHO DE 2018
SEXTA-FEIRA | 12ª SEMANA COMUM | COR:VERDE | ANO B
Dia Litúrgico: 29 de Junho: São Pedro e São Paulo, apóstolos
Papa saúda um dos novos cardeais. Foto: Daniel Ibáñez / ACI prensa
Vaticano, 28 Jun. 18 / 12:30 pm (ACI).- Um dos acontecimentos mais importantes da Igreja é sempre a celebração de um Consistório para a criação de novos cardeais, como o que foi celebrado neste 28 de junho, na Basílica de São Pedro, em que o Papa Francisco criou 14 novos provenientes de todo o mundo, aos quais convidou a estar sempre a serviço dos outros.
Em sua homilia, o Bispo de Roma convidou a não viver presos em “asfixiantes intrigas” que só secam e ressaltou que “nenhum de nós se deve sentir ‘superior’ a outrem”.
“Nenhum de nós deve olhar os outros de cima para baixo; só podemos olhar assim uma pessoa, quando a ajudamos a levantar-se”, afirmou.
O Papa manifestou que “os momentos importantes e cruciais deixam falar o coração e manifestam as intenções e as tensões que vivem em nós” e “tais encruzilhadas da existência interpelam-nos e fazem surgir questões e desejos nem sempre transparentes do coração humano”.
O Pontífice utilizou o Evangelho para lançar uma mensagem aos novos purpurados e recordou como os discípulos guardavam em seu coração “busca dos primeiros lugares, ciúmes, invejas, intrigas, ajustes e acordos”. De fato, “esta lógica não só desgasta e corrói a partir de dentro as relações entre eles, mas ainda os fecha e envolve em discussões inúteis e de pouca importância”.
Francisco, então, perguntou: “Que adianta ganhar o mundo inteiro, se se fica corroído por dentro? Que adianta ganhar o mundo inteiro, se todos vivem prisioneiros de asfixiantes intrigas que secam e tornam estéril o coração e a missão? Nesta situação – como alguém observou –, poder-se-iam já vislumbrar as intrigas de palácio, mesmo nas cúrias eclesiásticas”.
O Papa convidou a “não se deixarem arruinar e prender por lógicas mundanas que afastam o olhar daquilo que é importante”.
“Deste modo, Jesus ensina-nos que a conversão, a transformação do coração e a reforma da Igreja são feitas, e sempre o devem ser, em chave missionária, pois pressupõem que se deixe de olhar e cuidar dos interesses próprios para olhar e cuidar dos interesses do Pai”.
O Papa acrescentou que a conversão significa superar “nossos egoísmos” e ter plena disponibilidade a “crescer em fidelidade e disponibilidade para abraçar a missão”.
Francisco também solicitou não se tornar “ótimos repelentes” e evitar ter “vistas curtas”. “Quando nos esquecemos da missão, quando perdemos de vista o rosto concreto dos irmãos, a nossa vida fecha-se na busca dos próprios interesses e seguranças”, sublinhou.
Para o Santo Padre, “assim, começam a crescer o ressentimento, a tristeza e a aversão” e “pouco a pouco diminui o espaço para os outros, para a comunidade eclesial, para os pobres, para escutar a voz do Senhor. Deste modo perde-se a alegria, e o coração acaba na aridez”.
O Papa recordou que a Igreja é chamada a “curar” feridas e dar uma “esperança tantas vezes ofendida”.
“O Senhor caminha à nossa frente para nos lembrar uma vez mais que a única autoridade crível é a que nasce de se colocar aos pés dos outros para servir a Cristo”.
“Esta é a mais alta condecoração que podemos obter, a maior promoção que nos pode ser dada: servir Cristo no povo fiel de Deus, no faminto, no esquecido, no recluso, no doente, no toxicodependente, no abandonado, em pessoas concretas com as suas histórias e esperanças, com os seus anseios e decepções, com os seus sofrimentos e feridas”, acrescentou.

ORAÇÃO
 Príncipes dos apóstolos e doutores do Universo, São Pedro e São Paulo, rogai ao Mestre de todas as coisas que dê a paz ao mundo e às nossas almas a sua grande misericórdia. Fazei de nós seguidores fiéis de Jesus e inspirai-nos o zelo missionário. Amém!

EVANGELHO (MT 8,1-4)
 O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.
 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
 Glória a vós, Senhor.
1 Tendo Jesus descido do monte, numerosas multidões o seguiam. 2 Eis que um leproso se aproximou e se ajoelhou diante dele, dizendo: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”. 3 Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero, fica limpo”. No mesmo instante, o homem ficou curado da lepra. 4 Então Jesus lhe disse: “Olha, não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote, e faze a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho para eles”.
 Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
«Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo»
+ Mons. Pere TENA i Garriga Bispo Auxiliar Emérito de Barcelona
(Barcelona, Espanha)
Hoje é um dia consagrado pelo martírio dos apóstolos São Pedro e São Paulo. «Pedro, primeiro predicador da fé; Paulo, mestre esclarecido da verdade» (Prefácio). Hoje é um dia para agradecer à fé apostólica, que é também a nossa, proclamada por estas duas colunas com sua prédica. É a fé que vence ao mundo, porque crê e anuncia que Jesus é o Filho de Deus: «Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!» (Mt 16,16). As outras festas dos apóstolos São Pedro e São Paulo vêem outros aspectos, mas hoje contemplamos aquele que permite nomeá-los como «primeiros predicadores do Evangelho» (Coleta): com seu martírio confirmaram seu testemunho.
Sua fé, e a força para o martírio, não lhes veio de sua capacidade humana. Jesus então lhe disse: Feliz é Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus (cf. Mt 16,17). Igualmente, o reconhecimento “daquele que ele perseguia” como Jesus o Senhor foi claramente, para Saulo, obra da graça de Deus. Em ambos os casos, a liberdade humana que pede o ato de fé se apóia na ação do Espírito.
A fé dos apóstolos é a fé da Igreja, uma, santa, católica e apostólica. Desde a confissão de Pedro em Cesaréia de Felipe, «cada dia, na Igreja, Pedro continua dizendo: ‘Vós sois o Cristo, o Filho do Deus vivo!’» (São Leão Magno). Desde então até nossos dias, uma multidão de cristãos de todas as épocas, idades, culturas e, de qualquer outra coisa que possa estabelecer diferenças entre os homens, proclamou unanimemente a mesma fé vitoriosa.
Pelo batismo e a crisma estamos no caminho do testemunho, isto é, do martírio. É necessário que estejamos atentos ao “laboratório da fé” que o Espírito realiza em nós (João Paulo II), e que peçamos com humildade poder experimentar a alegria da fé da Igreja.
SANTO DO DIA
SÃO PEDRO E SÃO PAULO
A solenidade de São Pedro e de São Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Depois da Virgem Santíssima e de São João Batista, Pedro e Paulo são os santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico. Além do tradicional 29 de junho, há: 25 de janeiro, quando celebramos a Conversão de São Paulo; 22 de fevereiro, temos a festa da Cátedra de São Pedro e 18 de novembro, reservado à Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo.
O martírio de ambos deve ter ocorrido em ocasiões diferentes: São Pedro, crucificado de cabeça para baixo na Colina Vaticana em 64, e São Paulo decapitado na chamada Três Fontes em 67. Mas não há certeza quanto ao ano desses martírios.
São Pedro e São Paulo não fundaram Roma, mas são considerados os "pais de Roma" e considerados os pilares que sustentam a Igreja tanto por sua fé e pregação, como pelo ardor e zelo missionário.
São Pedro é o apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro Papa da Igreja. A ele Jesus disse: "Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja". São Paulo é o maior missionário de todos os tempos, o advogado dos pagãos, o "Apóstolo dos gentios".
No Brasil, em homenagem a São Pedro, fogueiras são acesas, mastros são erguidos com a sua bandeira, fogos são queimados. São Pedro é caracterizado como protetor dos pescadores. A brincadeira do pau-de-sebo está em várias regiões, estando diretamente relacionada com a festividade deste santo.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO Pedro, segurando as chaves, símbolo de seu apostolado como chefe da Igreja, e Paulo, missionário por excelência, são as duas colunas da Igreja, enraizadas no grande fundamento da fé, que é Jesus Cristo. Celebrar a festa destes apóstolos nos permite vislumbrar a aproximação do Reino de Deus, que nasce de nosso envolvimento com a causa do evangelho.
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quarta-feira, 27 de junho de 2018

BOM DIA EVANGELHO - 28.JUNHO.2018


BOM DIA EVANGELHO

28 DE JUNHO DE 2018
Dia Litúrgico: Quinta-feira da 12ª semana do Tempo Comum
Santos 28 de Junho: Santo Ireneu de Lyon, bispo e mártir - COR: VERMELHA - ANO B
Papa Francisco sobre as escadarias para o palco na Audiência Geral. Foto: Vatican Media
Vaticano, 27 Jun. 18 / 09:37 am (ACI).- Os Dez Mandamentos foram o centro de mais uma catequese do Papa Francisco nesta quarta-feira, na Praça de São Pedro, na Audiência Geral, da qual participaram milhares de peregrinos que escutaram o convite a ser primeiramente gratos.
Francisco comentou o início do capítulo sobre os Mandamentos que diz “Eu sou o Senhor, teu Deus” e explicou que neste trecho “há um possessivo, uma relação, pertencemos a ele. Deus não é um estranho: é o teu Deus”.
“Isso ilumina todo o Decálogo e revela também o segredo do agir cristão, porque é a mesma atitude de Jesus”.
Afirmou que “Ele não parte de si, mas do Pai”. “Frequentemente, nossas obras podem ser uma falência quando partimos de nós mesmos e não da gratidão. E quem parte de si mesmo… chega a si mesmo!”.
O Papa disse que, “a vida cristã é, antes de tudo, a resposta grata a um Pai generoso” e assinalou que “os cristãos que seguem somente ‘deveres’ mostram que não têm uma experiência pessoal daquele Deus que é ‘nosso’”.
Enfim, “colocar a lei antes da relação não ajuda o caminho de fé”.
“Como pode um jovem desejar ser cristão se o ponto de partida são obrigações, empenhos, coerência e não a libertação?”, perguntou. “A formação cristã não está baseada na força de vontade, mas no acolhimento da salvação, no desejo de amar. Primeiro salva no Mar Vermelho, depois liberta no Monte Sinai”.
Francisco destacou, então, que ser grato é uma atitude necessária, pois, “para obedecer a Deus é necessário, antes de tudo, recordar seus benefícios”. Mas, “alguém pode dizer que não fez uma verdadeira experiência da libertação de Deus”, é algo “que pode ocorrer”.
Diante disse, convidou a rezar, porque “Deus escuta o lamento”. Em resumo, “não nos salvamos sozinhos, mas de nós pode partir um grito de ajuda” e isso “cabe a nós: pedir para sermos libertados”.
“Este grito é importante, é oração, é consciência daquilo que ainda nos tem oprimido e não está libertado em nós. Deus atende esse grito, porque pode e quer romper nossas correntes”.


ORAÇÃO
Deus, nosso Pai, vós concedestes ao bispo Santo Irineu firmar a verdadeira doutrina e a paz da Igreja; pela intercessão de vosso servo, renovai em nós a fé e a caridade, para que nos apliquemos constantemente em alimentar a união e a concórdia. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!


EVANGELHO (MT 7,21-29)
 O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.
 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
 Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. 22Naquele dia, muitos vão me dizer: ‘Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres? 23Então eu lhes direi publicamente: Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais o mal. 24Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. 26Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!” 28Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, as multidões ficaram admiradas com seu ensinamento. 29De fato, ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da lei. — Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
«Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor! ’, entrará no Reino dos Céus»
Rev. D. Joan Pere PULIDO i Gutiérrez
(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)
Hoje ficamos impressionados com a rotunda afirmação de Jesus: «Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor!’, entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus» (Mt 7,21). Pelo menos esta afirmação pede-nos responsabilidade perante a nossa condição de cristãos, ao mesmo tempo que sentimos a urgência de dar bom testemunho da fé.
Edificar a casa sobre rocha é uma imagem clara, que nos convida a valorizar o nosso compromisso de fé, que não se pode limitar apenas a belas palavras, mas que se deve fundamentar na autoridade das obras, impregnadas pela caridade. Um destes dias de Junho, a Igreja recorda a vida de S. Pelágio, mártir da castidade, no umbral da sua juventude. S. Bernardo ao recordar a vida de Pelágio, diz-nos no seu tratado sobre os costumes e mistérios dos bispos: «A castidade, por muito bela que seja, não tem valor nem mérito sem a caridade. Pureza sem amor é como lâmpada sem azeite; mas diz a sabedoria: Que formosa é a sabedoria com amor! Com aquele amor de que nos fala o Apostolo: o que procede de um coração limpo, de uma consciência reta e de uma fé sincera».
A palavra clara, com a firmeza da caridade, manifesta a autoridade de Jesus que desperta o assombro dos seus concidadãos: «As multidões ficaram admiradas com o seu ensinamento. De fato, ele ensinava como quem tem autoridade, não como os escribas» (Mt 7,28-29). A nossa prece e contemplação de hoje, deve ir acompanhada por uma séria reflexão: como falo e atuo na minha vida de cristão? Como concretizo o meu testemunho? Como concretizo o mandamento do amor na minha vida pessoal, familiar, laboral, etc.? Não são as palavras nem as orações sem compromisso que contam, mas, o trabalho por viver segundo o Projeto de Deus. A nossa oração deveria expressar sempre o nosso desejo de obrar o bem e o nosso pedido de ajuda, uma vez que reconhecemos a nossa debilidade.
— Senhor, que a nossa oração esteja sempre acompanhada pela força da caridade.
SANTO DO DIA
SANTO IRINEU DE LYON
Padre da Igreja, grego de nascimento, filho de pais cristãos, nasceu na ilha de Esmirna no ano 130. Foi discípulo de Policarpo, que tinha sido discípulo de João Evangelista, o que torna muito importante os seus testemunhos doutrinais.
Muito culto e letrado em várias línguas, Irineu foi ordenado por Policarpo, que o enviou para a França, onde havia uma grande população de fiéis cristãos procedentes do Oriente.
Ocupou-se da evangelização e combateu principalmente a heresia dos gnósticos, além das outras que proliferavam nesses primeiros tempos. Obteve êxito na questão da comemoração da festa da Páscoa, unindo a Igreja do Ocidente e do Oriente numa mesma data de comemoração da ressurreição.
A sua obra escrita mais importante foi o tratado "Contra as Heresias", não só pelo lado teológico, onde expôs já pronta a teoria sobre a autoridade doutrinal da Igreja, mas ainda do lado histórico, pois documentou e nos apresentou um quadro vivo das batalhas e lutas de sua época.
Uma perseguição decretada pelo imperador Marco Aurélio atingiu a cidade de Lyon, ocasionando o grande massacre dos cristãos, todos mortos pelo testemunho da fé. Irineu morreu como mártir, no dia 28 de junho de 202.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : Santo Irineu, cujo nome significa "paz", lutou para a preservação da paz e da unidade da Igreja. Era um homem equilibrado e cheio de ponderação. Foi o primeiro a procurar fazer uma síntese do pensamento cristão, cuja influência se faz notar até nossos dias. Sobre o conhecimento de Deus, ele dizia: "A ciência infla, mas a caridade edifica. Com efeito, não há orgulho maior do que se julgar melhor e mais perfeito que o próprio criador, modelador, doador do hálito de vida e do próprio ser. É que alguém não saiba absolutamente nada, sequer um motivo, do porque foram criadas as coisas, e acreditar em Deus, e perseverar no seu amor, do que encher-se de orgulho por motivo desta pretensa ciência e afastar-se deste amor que vivifica o homem”.
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terça-feira, 26 de junho de 2018

bom dia evangelho - 27.junho.2018


Bom dia evangelho

27 DE JUNHO DE 2018
QUARTA-FEIRA | 12ª SEMANA COMUM | COR:VERDE | ANO B
Papa fala diante dos participantes da Assembleia. Foto: Vatican Media
Vaticano, 25 Jun. 18 / 05:00 pm (ACI).- O Papa Francisco convidou a “considerar a qualidade ética e espiritual da vida em todas as suas fases” e recordou que “há uma vida humana concebida, uma vida em gestação, uma vida que nasceu, uma vida pequena, uma vida de adolescente, uma vida adulta, uma vida envelhecida e consumada, e existe a vida eterna”.
O Santo Padre fez esta afirmação durante o seu discurso aos participantes da XXIV Assembleia Geral da Pontifícia Academia para a Vida, na qual, como assinalou o Papa, “o tema da vida humana estará dentro do amplo contexto do mundo globalizado em que vivemos hoje”.
Francisco foi além e assegurou que “existe a vida que é família e comunidade, uma vida que é invocação e esperança. Com também existe a vida humana frágil e doente, ofendida, marginalizada, descartada. É sempre vida humana”.
Por isso, sublinhou a importância de comprometer-se com a vida em todos os contextos, porque, “quando entregamos as crianças à privação, os pobres à fome, os perseguidos à guerra, os idosos ao abandono, não fazemos nós mesmos o trabalho ‘sujo’ da morte? De onde vem o trabalho sujo da morte? Vem do pecado”. “Excluindo o outro do nosso horizonte, a vida se fecha em si mesma e se torna bem de consumo”.
Deste modo, manifestou a necessidade de cultivar uma visão global da bioética que desative “a cumplicidade com o trabalho sujo da morte, sustentado pelo pecado”.
“Esta bioética não se moverá a partir da doença e da morte para decidir o sentido da vida e definir o valor da pessoa. Mas, pelo contrário, se moverá a partir da profunda convicção da dignidade irrevogável da pessoa humana, assim como Deus ama, a dignidade de cada pessoa, em cada fase e condição da sua existência, na busca de formas de amor e de cuidado com que se deve tratar a sua vulnerabilidade e fragilidade”.
Assim, em primeiro lugar, essa bioética global “será uma modalidade específica para desenvolver a perspectiva da ecologia integral”.
“Em segundo lugar, uma visão integral da pessoa, trata-se de articular com mais claridade todas as ligações e as diferenças fundamentais da vida humana universal e que nos envolvem a partir do nosso corpo”.
O Papa destacou a necessidade de “prosseguir com um discernimento meticuloso das complexas diferenças fundamentais da vida humana: do homem e da mulher, da paternidade da maternidade, da filiação e da fraternidade, a sociabilidade e também de todas as diferentes idades da vida”.
“A Bioética Global, portanto, requer um discernimento profundo e objetivo do valor da vida pessoal e comunitária, que deve ser protegida e promovida também nas condições mais difíceis. Também devemos afirmar com força que sem o apoio adequado de uma proximidade humana responsável, nenhuma regulamentação jurídica e nenhuma ajuda técnica são suficientes para garantir condições e contextos que correspondam à dignidade da pessoa”.
Por último, assinalou que “a cultura da vida deve direcionar com mais seriedade o olhar à ‘questão séria’ do seu destino final”.
“É preciso nos interrogarmos mais profundamente sobre o destino último da vida, capaz de restaurar a dignidade e significado ao mistério das suas afeições mais profundas e sagradas. A vida do homem, encantadora e frágil, remete além de si mesma: nós somos infinitamente mais do que aquilo que podemos fazer para nós mesmos”, assegurou.

ORAÇÃO Ó Virgem do Perpétuo Socorro, Santa Mãe do Redentor, socorre o teu povo. Concede a todos a alegria de caminhar para o futuro numa consciente e ativa solidariedade com os mais pobres, anunciando de modo novo e corajoso o Evangelho de teu Filho, fundamento e cume de toda a convivência humana que aspira a uma paz justa e duradoura.

Mateus 7,15-20
Aleluia, aleluia, aleluia.
Ficai em mim e eu em vós ficarei, diz Jesus; quem em mim permanece há de dar muito fruto (Jo 15,4s). 
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
7 15 Disse Jesus: “Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores.
16 Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinhos e figos dos abrolhos?
17 Toda árvore boa dá bons frutos; toda árvore má dá maus frutos.
18 Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má, bons frutos.
19 Toda árvore que não der bons frutos será cortada e lançada ao fogo.
20 Pelos seus frutos os conhecereis”.

Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
FALAR E AGIR
O discípulo do Reino sabe compaginar, perfeitamente, palavra e ação. Sua vida decorre de sua pregação, a ponto de seu testemunho de vida ser o melhor atestado da veracidade de suas palavras. Caso contrário, atuaria na comunidade como um falso profeta. A falsidade, neste caso, poderia acontecer de duas formas. A primeira consistiria em desconectar vida e pregação. A outra se dá, quando alguém cultiva uma virtude aparente, sem consistência. É o que se chama hipocrisia. Por fora, dá mostras de ser virtuoso, quando, de fato, é um grande perverso.
A comunidade cristã não está isenta de ver-se às voltas com pessoas deste tipo. Jesus alertou os discípulos e lhes indicou um critério para verificar a autenticidade das palavras do pregador cristão: observar se ele as pratica. De nada valem suas palavras bonitas, bem expressadas e convincentes, se não são vividas por quem as anuncia. Será preciso acautelar-se de tais pregadores, pois dizem, mas não fazem. Se, pelo contrário, a vida do pregador cristão corresponde à sua pregação, aí sim, será prudente dar-lhe ouvidos, pois "toda árvore boa só dá bons frutos".
Com este critério, os discípulos estavam aptos para precaver-se dos lobos infiltrados na comunidade.
SANTO DO DIA
NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO
Hoje, fazemos memória de Maria, mãe de Jesus, com o nome de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Este título chega entre nós através de um ícone, uma pintura de caráter religioso-místico, que data do período bizantino. Não sabemos quem foi o autor da pintura.
A história do ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro ficou conhecida a partir do século XV, quando esta pintura foi levada da ilha de Creta para Roma e colocada na igreja de São Mateus, onde foi venerada por três séculos. Destruída a igreja de São Mateus, a célebre imagem permaneceu escondida até que, pela providência de Deus, foi descoberta e devolvida ao culto popular.
Em 1866, por ordem do Papa Pio IX, o ícone foi confiado aos cuidados dos Missionários Redentoristas. Atualmente, o ícone missionário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro se encontra na Igreja de Santo Afonso, em Roma.
O centro da pintura não é Nossa Senhora e sim Jesus. Para se chegar a essa conclusão, basta traçar duas linhas imaginárias, uma ao longo do braço de Maria que forma um ângulo que aponta para o Menino. O mesmo indica os dois dedos de Maria, isto é, apontam para a cabeça do Menino Jesus. Isto mostra que o centro é Jesus Cristo, portanto é um ícone cristocêntrico. Maria é, assim, "aquela que indica o caminho", ou como é mais conhecida: "a via de Cristo".
Nota-se também o olhar significante de Maria, isto é, o seu olhar está direcionado a quem olha o quadro e, ao mesmo tempo, a sua cabeça indica seu Filho Jesus. Deve-se observar a sandália do Menino que está desatada e mostra seu pé. Conforme a tradição oriental, mostrar a planta do pé é dizer que se é homem. Assim, esta cena indica que Jesus mostra a planta do seu pé para dizer que ele é verdadeiramente homem.
Outro ponto importante a se observar, se refere às cores das vestes e seus significados. No quadro Maria se veste com túnica vermelha e manto azul. E o Menino se veste de túnica verde com faixa vermelha e manto ocre. Na simbologia oriental, verde e vermelho significam divindade. O azul e o ocre significam humanidade.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
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segunda-feira, 25 de junho de 2018

bom dia evangelhio - 26.junho.2018

Bom dia evangelho

26 DE JUNHO DE 2018
TERÇA-FEIRA | 12ª SEMANA COMUM | COR:VERDE | ANO B
Papa Francisco se encontra com jovens com deficiência grave. Foto: Vatican Media.
Vaticano, 25 Jun. 18 / 09:05 am (ACI).- O Papa Francisco visitou de surpresa na tarde de ontem um projeto que atende pessoas com deficiências graves em Roma.
Segundo informações da Sala de Imprensa da Santa Sé, o Papa Francisco fez uma visita surpresa à Fundação ‘Durante e Dopo di Noi’ (Durante e depois de nós) e à Cooperativa Osa (Trabalhadores da saúde associados).
Ambas as organizações têm um projeto chamado “Durante e dopo di Noi. Casa OSA”.
O projeto busca melhorar a qualidade de vida e autonomia das pessoas com deficiências graves.
A visita surpresa do Papa Francisco, na qual estiveram presentes mais de 200 internos, durou cerca de duas horas. Confira também: Sexta-feira da Misericórdia: Visita surpresa do Papa Francisco a pessoas com deficiência https://t.co/tPydm9WXHy — ACI Digital (@acidigital) 22 de setembro de 2017

ORAÇÃO
 Querido Deus e Pai, pela intercessão de São Vígilio, criai em nós o gosto pelo trabalho de evangelização e fazei de nós verdadeiros apóstolos da Boa Nova do Evangelho. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!

EVANGELHO (MT 7,6.12-14)
 O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.
 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
 Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 6“Não deis aos cães as coisas santas, nem atireis vossas pérolas aos porcos; para que eles não as pisem com o pés e, voltando-se contra vós, vos despedacem. 12Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas. 13Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele! 14Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida! E são poucos os que o encontram”!  Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
«Entrai pela porta estreita»
Diácono D. Evaldo PINA FILHO (Brasilia, Brasil)
Hoje, o Senhor nos faz três recomendações. A primeira, «Não deis aos cães o que é santo, nem jogueis vossas pérolas diante dos porcos» (Mt 7,6), contrastes em que “bens” são associados a “pérolas” e ao “que é santo”; e “cães e porcos” ao que é impuro. São João Crisóstomo ensina que «nossos inimigos são iguais a nós quanto à natureza, mas não quanto à fé». Apesar dos benefícios terrenos serem concedidos igualmente aos dignos e indignos, não é assim quanto às graças espirituais”, privilégio daqueles que são fiéis a Deus. A correta distribuição dos bens espirituais implica em zelo pelas coisas sagradas.
A segunda é a chamada “regra de ouro” (cf. Mt 7,12) , que compendia tudo o que a Lei e os Profetas recomendaram, tal como ramos de uma única árvore: o amor ao próximo pressupõe o Amor a Deus e, dele resulta.
Fazer ao próximo o que se deseja seja feito conosco implica na transparência de ações para com o outro, no reconhecimento de sua semelhança a Deus, de sua dignidade. Por que razão nós desejamos o Bem para nós mesmos? Porque o meio de identificação para ser profundamente reconhecidos é a união com o Criador. Sendo o Bem, para nós, o único meio para a vida em plenitude, é inconcebível sua ausência na nossa relação com o próximo. Não há lugar para o bem onde prevaleça a falsidade e prepondere o mal.
Por fim, a “porta estreita”... O Papa Bento XVI nos pergunta: «O que significa esta ‘porta estreita’? Por que muitos não conseguem entrar por ela? Trata-se de uma passagem reservada a alguns eleitos?» Não! A mensagem de Cristo «nos é dirigida no sentido de que todos podem entrar na vida. A passagem é ‘estreita’, mas aberta a todos; ‘estreita’ porque exigente, requer compromisso, abnegação, mortificação do próprio egoísmo».

Roguemos ao Senhor que realizou a salvação universal com sua morte e ressurreição que nos reúna a todos no Banquete da vida eterna.
«Entrai pela porta estreita»
+ Rev. D. Lluís ROQUÉ i Roqué (Manresa, Barcelona, Espanha)
Hoje, Jesus nos faz três recomendações importantes. Não obstante, centraremos nossa atenção na última: «Entrai pela porta estreita!» (Mt 7,13), para conseguir a vida plena e sermos sempre felizes, para evitar cair na perdição e deparar-nos condenados para sempre.
Se der uma olhada ao seu redor e à sua própria existência, facilmente comprovará que tudo quanto vale, custa, e tendo certo nível elevado está sujeito à recomendação do Mestre: como disseram os Pais da Igreja, com grande profundidade, «pela cruz se cumprem todos os mistérios que contribuem à nossa salvação» (São Joao Crisostomo). Uma vez, no leito da sua agonia, uma anciã que tinha sofrido muito em sua vida, me disse: «Padre, quem não saboreia a cruz, não deseja o céu; sem cruz não há céu».
Tudo o que foi dito contradiz a nossa natureza caída, mesmo que tenha sido redimida. Por isso, além de nos enfrentarmos com o nosso natural modo de ser, é preciso ir contra a corrente do ambiente do bem estar, que se fundamenta no materialismo e no incontrolável gozo dos sentidos, que buscam —a preço de deixar de ser— ter mais e mais, obter o máximo prazer.
Seguindo a Jesus —que disse «Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não caminha nas trevas, mas terá a luz da vida» (Jo 8,12)—, nos damos conta que o Evangelho não nos condena a uma vida obscura, aborrecida e infeliz, ao contrario, pois nos promete e nos dá a felicidade verdadeira. É só repassar as Bem-aventuranças e olhar àqueles que, depois de entrar pela porta estreita, foram felizes e fizeram a outros afortunados, obtendo —pela sua fé e esperança Naquele que não decepciona—a recompensa da abnegação: «receberá muitas vezes mais no presente e, no mundo futuro, a vida eterna» (Lc 18,30). O “sim” de Maria está acompanhado da humildade, da pobreza, da cruz, mas também pelo premio à fidelidade e à entrega generosa.
SANTO DO DIA
SÃO VIGÍLIO
Vigílio nasceu em Roma e vivia com a família na belíssima região montanhosa trentina. Ele foi consagrado Bispo de Trento e tinha autoridade por todo o norte da Itália. Ele foi o terceiro Bispo desta diocese e parte importante desse território ainda não estava evangelizada.
Vigílio se engajou de corpo e alma para combater e erradicar o paganismo de sua região. Para auxiliá-lo, recebeu mais três sacerdotes missionários, Sisínio, Martiro e Alessandro, todos vindos do Oriente. Assim, os trabalhos avançavam pois percorriam todas as localidades pregando e catequizando a população.
Ele se tornou respeitado pelo seu estilo humilde e servil, pelo caráter reto e justo e por sua amizade e caridade sem distinção. Desta forma, Vigílio conseguiu a conversão de muitas aldeias e cidades pagãs; por outro lado, fez muitos inimigos. Depois de dez anos de trabalho missionário, uma tragédia ocorreu: os três missionários, auxiliares de Vigílio, foram mortos e queimados.
Mesmo diante dessa fatalidade, Vigílio não mudou seu comportamento. Humildemente, perdoou as pessoas que cometeram estas atrocidades e recolheu as relíquias dos mártires missionários, enviando-as para Constantinopla e Milão.
Segundo uma antiga tradição, ele teria sido martirizado com coices de cavalo. O bispo Vigílio morreu no dia 26 de junho de 405.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : O santo de hoje nos inspira à vocação missionária. A igreja é chamada ao serviço de pregação da Palavra de Deus. Este é um de seus maiores desafios: levar aos homens e mulheres a Boa Nova do evangelho de Jesus Cristo. São Vigílio, de acordo com a mentalidade de sua época, soube levar às nações pagãs a beleza de se ter Cristo como referência em nossa vida. Nos dias de hoje, onde a violência e a injustiça são tão gritantes, ainda é preciso elevar a voz e proclamar que a paz e a justiça são possíveis e desejáveis para a humanidade.
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