Bom dia evangelho
Dia 7 de Janeiro - Terça-feira
SEMANA DA
EPIFANIA (Branco, Prefácio da Epifania ou do Natal Ofício do dia)
Folia de Reis / Foto: Wikimedia / Domínio público (CC BY-SA 4.0)
EDAÇÃO CENTRAL, 04 Jan. 20 / 05:00 am (ACI).- Após o Natal, por diversas cidades do Brasil vários
grupos de Folia de Reis saem batendo de porta em porta, cantando, levando a
alegria pela Boa Nova do nascimento do Senhor e recordando a visita dos Reis
Magos ao Menino Jesus.
Trata-se de uma
tradição que, mais do que apenas parte do folclore nacional, é uma grande
demonstração da religiosidade popular e também é conhecida como Festa dos
Santos Reis.
A Folia de Reis
costuma ter início logo após a celebração do nascimento de Jesus e segue até o
dia 6 de janeiro, quando a Igreja celebra
a Solenidade da Epifania (manifestação) do Senhor. No
Brasil, quando esta data cai durante a semana, a celebração é transferida para
o domingo, assim, neste ano será celebrada em 5 de janeiro.
Esta é uma
tradicional festa trazida pelos colonizadores portugueses no século XVIII e que
ainda se mantém viva em diversas cidades e estes tradicionais grupos podem
receber também outros nomes como Terno de Reis ou Reisado.
Conforme recordou o
Bispo emérito de Bauru (SP), Dom Caetano Ferrari, em um artigo por ocasião
desta celebração em 2018, “as folias são festejos populares de tradição
religiosa existente entre nós, sobretudo no interior”.
“Revestem-se de
grande beleza, com músicas, cantos, orações, recitação dos Evangelhos,
especialmente das passagens que relatam o nascimento de Jesus, em Belém, desde
o anúncio do anjo Gabriel, passando naturalmente pela vinda dos Reis Magos, a
fuga da Sagrada Família ao Egito e a sua volta do exílio e a infância de Jesus”,
acrescentou.
A Folia de Reis
reúne cantadores e instrumentistas, usando suas roupas coloridas e com a
tradicional bandeira que identifica o grupo. Eles percorrem as ruas, como uma
forma de remeter ao percurso feito pelos Magos até encontrarem o Menino Jesus.
Ao pararem nas
casas, estes grupos costumam se apresentar em torno do presépio, cantando
canções em louvor a Jesus e aos Santos Reis.
“As folias caminham
de casa em casa, fazendas, vilas, bairros, convidando os fiéis a descobrirem a
estrela da graça que leva a Deus como o fizeram os Reis do Oriente”, assinalou
Dom Ferrari.
Por sua vez, em um
artigo de 2016 no qual aborda a origem e tradição do Dia de Santos Reis, o
professor e coordenador do Curso de Jornalismo na Faculdade Canção Nova, João
Rangel, explicou que a Folia de Reis conta com diferentes figuras que formam o
grupo, sendo o líder o Capitão, que carrega a Bandeira.
Há outros membros
cantam e tocam seus instrumentos musicais, como violas, violões, caixas,
pandeiros, também enfeitados com fitas e tecidos coloridos. O grupo ainda é
antecedido pelo palhaço, com suas roupas coloridas, máscara e uma espada ou
varinha de madeira. “É ele o responsável por abrir passagem para a Folia”,
conta o artigo.
Em relação a este
último, Dom Ferrari explicou que há também um significado específico, pois os
palhaços “distraem os carrancudos soldados de Herodes, para facilitar a fuga da
Sagrada Família ao Egito”.
Outro elemento que
demonstra a religiosidade da Folia, conforme explicou Rangel, são as cores,
pois cada uma “possui o seu próprio simbolismo”. Assim, “rosa, amarelo e azul,
podem representar a Virgem Maria; branco e vermelho, o Espírito
Santo”.
Ainda de acordo com
a tradição popular, o Dia dos Santos Reis é considerado pelos fiéis como a data
para desmontar suas árvores de Natal e o presépio.
De acordo com o
calendário litúrgico da Igreja Católica Romana, o Tempo do Natal tem início na
véspera da Solenidade do Natal de Nosso Senhor e continua até o primeiro
domingo depois da Festa da Epifania, no começo de janeiro. Durante este período
são celebradas pela Igreja as festas da Apresentação do Senhor, da Sagrada
Família, de Santa Maria Mãe de Deus, da Epifania e do Batismo de Jesus.
Oração: Senhor, que destes a São Raimundo de Peñafort a
virtude de uma admirável misericórdia para com os pecadores e os prisioneiros,
dignai-vos, por sua intercessão, quebrar as cadeias dos nossos pecados para
podermos cumprir livremente a vossa vontade. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Marcos
6,34-44
Aleluia,
aleluia, aleluia.
O Espírito do Senhor repousa sobre mim e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho (Lc 4,18).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 6 34ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se dela, porque era como ovelhas que não têm pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas.
35A hora já estava bem avançada quando se achegaram a ele os seus discípulos e disseram: "Este lugar é deserto, e já é tarde.
36Despede-os, para irem aos sítios e aldeias vizinhas a comprar algum alimento".
37Mas ele respondeu-lhes: "Dai-lhes vós mesmos de comer". Replicaram-lhe: "Iremos comprar duzentos denários de pão para dar-lhes de comer?"
38Ele perguntou-lhes: "Quantos pães tendes? Ide ver". Depois de se terem informado, disseram: "Cinco, e dois peixes".
39Ordenou-lhes que mandassem todos sentar-se, em grupos, na relva verde.
40E assentaram-se em grupos de cem e de cinqüenta.
41Então tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, abençoou-os, partiu-os e os deu a seus discípulos, para que lhos distribuíssem, e repartiu entre todos os dois peixes.
42Todos comeram e ficaram fartos.
43Recolheram do que sobrou doze cestos cheios de pedaços, e os restos dos peixes.
44Foram cinco mil os homens que haviam comido daqueles pães.
Palavra da Salvação.
O Espírito do Senhor repousa sobre mim e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho (Lc 4,18).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 6 34ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se dela, porque era como ovelhas que não têm pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas.
35A hora já estava bem avançada quando se achegaram a ele os seus discípulos e disseram: "Este lugar é deserto, e já é tarde.
36Despede-os, para irem aos sítios e aldeias vizinhas a comprar algum alimento".
37Mas ele respondeu-lhes: "Dai-lhes vós mesmos de comer". Replicaram-lhe: "Iremos comprar duzentos denários de pão para dar-lhes de comer?"
38Ele perguntou-lhes: "Quantos pães tendes? Ide ver". Depois de se terem informado, disseram: "Cinco, e dois peixes".
39Ordenou-lhes que mandassem todos sentar-se, em grupos, na relva verde.
40E assentaram-se em grupos de cem e de cinqüenta.
41Então tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, abençoou-os, partiu-os e os deu a seus discípulos, para que lhos distribuíssem, e repartiu entre todos os dois peixes.
42Todos comeram e ficaram fartos.
43Recolheram do que sobrou doze cestos cheios de pedaços, e os restos dos peixes.
44Foram cinco mil os homens que haviam comido daqueles pães.
Palavra da Salvação.
Comentário
do Evangelho
A PARTILHA SEM LIMITES
Um dos temas centrais da pregação e da vida de Jesus foi o da partilha. Sua vida definiu-se como partilha contínua da palavra e do poder que lhe fora confiado pelo Pai. Seu ensinamento consistia em comunicar aos ouvintes um tesouro de sabedoria, levando-os a superar uma visão estreita e deturpada da Palavra de Deus. E, ao operar milagres, partilha de vida, condividia, com as multidões, a força vivificadora recebida do Pai.
O milagre realizado em benefício de uma multidão faminta que o escutava, numa região deserta, foi uma lição de partilha. Os cinco pães e dois peixes eram uma porção insignificante de alimento para uma quantidade tão grande de gente. Quem os possuía, foi desafiado a colocá-los à disposição dos demais. Sem este gesto inicial de partilha, não teria havido milagre. O grupo dos discípulos de Jesus também foi desafiado a superar sua carência pessoal de alimento. E, assim, cada pessoa recebeu um pedaço de pão. Se algum pedaço de pão tivesse caído em mãos egoístas, aí o milagre deixaria de acontecer. O fato de serem cerca de cinco mil homens os que comeram e de ter sobrado doze cestos cheios de pedaços de pão e restos de peixe sublinha a infinita capacidade de partilha daquele grupo. Não importa a quantidade de alimento disponível, quando a capacidade de partilha é ilimitada. Problema é quando os bens deste mundo caem em mãos que não sabem partilhar.
Um dos temas centrais da pregação e da vida de Jesus foi o da partilha. Sua vida definiu-se como partilha contínua da palavra e do poder que lhe fora confiado pelo Pai. Seu ensinamento consistia em comunicar aos ouvintes um tesouro de sabedoria, levando-os a superar uma visão estreita e deturpada da Palavra de Deus. E, ao operar milagres, partilha de vida, condividia, com as multidões, a força vivificadora recebida do Pai.
O milagre realizado em benefício de uma multidão faminta que o escutava, numa região deserta, foi uma lição de partilha. Os cinco pães e dois peixes eram uma porção insignificante de alimento para uma quantidade tão grande de gente. Quem os possuía, foi desafiado a colocá-los à disposição dos demais. Sem este gesto inicial de partilha, não teria havido milagre. O grupo dos discípulos de Jesus também foi desafiado a superar sua carência pessoal de alimento. E, assim, cada pessoa recebeu um pedaço de pão. Se algum pedaço de pão tivesse caído em mãos egoístas, aí o milagre deixaria de acontecer. O fato de serem cerca de cinco mil homens os que comeram e de ter sobrado doze cestos cheios de pedaços de pão e restos de peixe sublinha a infinita capacidade de partilha daquele grupo. Não importa a quantidade de alimento disponível, quando a capacidade de partilha é ilimitada. Problema é quando os bens deste mundo caem em mãos que não sabem partilhar.
Santo do Dia
São Raimundo de Peñafort
Raimundo era um
fidalgo espanhol descendente dos reis de Aragão. Nasceu em 1175 e desde muito
pequeno interessou-se pela vida religiosa e pelos estudos. Foi um ótimo
professor de artes e direito e nunca deixou de cuidar das pessoas mais pobres.
Em 1220 foi
ordenado sacerdote e escolhido vigário geral da diocese de Barcelona. Depois
foi convocado para servir em Roma a pedido do Papa Gregório IX, do qual foi
confessor cerca de oito anos. Estando ao lado do papa o exortava para que
recebesse os pobres com a mesma dignidade com que acolhia os mais ricos.
Não aceitou ser
ordenado bispo por considerar-se indigno do cargo. Na mesma época ajudou Pedro
Nolasco, que também seria santo, a redigir as constituições da nascente Ordem
das Mercês para a Redenção dos Cativos.
Com a chegada dos
dominicanos em Barcelona, Raimundo volta para sua terra natal e torna-se um
religioso dominicano, chegando depois a ser superior da Ordem na Espanha. Neste
cargo foi zeloso e amigo de todos seus súditos.
Por inspiração, aos
setenta anos, Raimundo voltou ao ensino. Fundou dois seminários onde o ensino
era dado em hebraico e árabe, para atrair judeus e mouros ao Cristianismo.
Raimundo de Peñafort morreu com cem anos, em janeiro de 1275.(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão:
Amor a Deus, preparação pessoal e
zelo pelo próximo foram marcas registradas da vida de São Raimundo de Peñafort.
Estes três elementos juntos são certamente a base de uma vida cristã digna e
frutuosa. Que tal fazer de nossa vida uma profunda experiência de amor a Deus e
aos irmãos?
tjl@ - acidigital.com – a12.com
– domtotal.com
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