BOM DIA EVANGELHO
30 DE MAIO DE 2023 - Terça-feira da 8ª semana do Tempo Comum
REDAÇÃO
CENTRAL, 29 Mai. 23 / 06:00 am (ACI).-
A Igreja celebrou
ONTEM (29) a festa de são Paulo VI, pontífice autor da encíclica Humanae
Vitae, que foi canonizado pelo papa Francisco em 14 de outubro de
2018.
Antes de sua canonização, a festa do então beato Paulo VI era
celebrada em 26 de setembro. Entretanto, após ser declarado santo, a
Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos divulgou decreto sobre a
inscrição da celebração de São Paulo VI no Calendário Romano Geral,
estabelecendo como data o dia sua ordenação sacerdotal, 29 de maio.
São Paulo VI é o papa autor da encíclica Humanae Vitae, a
visionária encíclica sobre a defesa da vida e da família, e quem concluiu o
Concílio Vaticano II, iniciado em 1962 por são João XXIII.
Giovanni Battista Montini nasceu na Lombardia (Itália), em 26 de
setembro de 1897, e faleceu em Castel Gandolfo, em 6 de agosto de 1978, após um
pontificado de 15 anos iniciado em 1963.
Oração: Senhor Deus, que sempre
combateis por nós, concedei-nos por intercessão de Santa Joana d’Arc expulsar
de nossas vidas a invasão das tentações e pecados, que de Vós nos afastam, e
pretendem nos dominar com falsas promessas de bens deturpados; pois só Vos
ouvindo, e obedecendo à Palavra que ensinas é que restauraremos Vosso reinado
na alma e poderemos participar da Vossa corte celestial. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.
Evangelho (Mc 10,28-31):
Pedro começou a dizer-lhe: «Olha, nós
deixamos tudo e te seguimos». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: todo aquele
que deixa casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e campos, por causa de mim e do
Evangelho, recebe cem vezes mais agora, durante esta vida — casas, irmãos,
irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições — e, no mundo futuro, vida
eterna. Muitos, porém, que são primeiros, serão últimos; e muitos que são
últimos serão primeiros».
«Todo aquele que deixa casa, por causa de mim e do Evangelho, recebe cem
vezes mais agora, durante esta vida ,e, no mundo futuro, vida eterna» - Rev. D.
Jordi SOTORRA i Garriga(Sabadell, Barcelona, Espanha)
Hoje, como aquele amo que ia todas as manhãs à
praça procurar trabalhadores para a sua vinha, o Senhor procura discípulos,
seguidores, amigos. A sua chamada é universal. É uma oferta fascinante! O
Senhor dá-nos confiança. Mas põe uma condição para ser seus discípulos,
condição essa que nos pode desanimar: temos que deixar «casa, irmãos, irmãs,
mãe, pai, filhos e campos, por causa de mim e do evangelho» (Mc 10,29).
Não há contrapartida? Não haverá recompensa? Isto aporta algum benefício?
Pedro, em nome dos Apóstolos, recorda ao Maestro: «Nós deixamos tudo e te
seguimos» (Mc 10,28), como querendo dizer: que ganharemos com tudo isto?
A promessa do Senhor é generosa: «recebe cem vezes mais agora, durante esta
vida (…); e, no mundo futuro, vida eterna» (Mc 10,30). Ele não se deixa ganhar
em generosidade. Mas acrescenta: «com perseguições». Jesus é realista e não
quer enganar. Ser seu discípulo, se o formos de verdade, nos trarão
dificuldades, problemas. Mas Jesus considera as perseguições e as dificuldades
como um prêmio, pois nos fazem crescer, se as soubermos aceitar e vive-las como
uma ocasião para ganhar maturidade e responsabilidade. Tudo aquilo que é motivo
de sacrifício assemelha-nos a Jesus Cristo que nos salva pela sua morte em
Cruz.
Estamos sempre a tempo para revisar a nossa vida e aproximar-nos mais de Jesus
Cristo. Estes tempos, todo o tempo permitem-nos —através da oração e dos
sacramentos— averiguar se entre os discípulos que Ele procura estamos nós, e
veremos também qual deve ser a nossa resposta a esta chamada. Ao lado de
respostas radicais (como a dos Apóstolos) há outras. Para muitos, «deixar casa,
irmãos, irmãs, mãe…» significará deixar tudo aquilo que nos impeça de viver em
profundidade a amizade de Jesus Cristo e, como consequência, ser-lhe seus
testemunhos perante o mundo. E isso é urgente, não achas?
Santa Joana d'Arc - Localização: França
Joana nasceu no vilarejo de Domrémy, Ducado de
Lorena, França, em 1412. Era filha de camponeses, demonstrando desde a
infância muita piedade; gostava da contemplação e das celebrações
litúrgicas, interessando-se pelo Catecismo e Doutrina Católica, embora
analfabeta – assinava o nome com uma cruz. Trabalhava em casa e às
vezes com as ovelhas do pai. Aos
13 anos começou a ter experiências místicas, ouvindo as vozes que
identificou mais tarde como sendo as do Arcanjo São Miguel, Santa
Catarina de Alexandria e Santa Margarida de Antioquia. O anjo dizia
que ela deveria socorrer o rei da França. Os pais pensaram que a menina
estivesse enlouquecendo. Neste
período, a França, um dos maiores países católicos do mundo,
mas dividida internamente e sofrendo decadência moral e religiosa, lutava
na chamada Guerra dos Cem Anos (1337-1453) contra a invasora
Inglaterra, que reivindicava o trono francês. Aos 17 anos, Joana,
orientada pelas vozes celestes, entendeu que deveria encontrar o legítimo rei
francês, Carlos VII, e trabalhar para a sua coroação (Henrique V da
Inglaterra, neste período da guerra, tinha mais comando do país, e seu filho
Henrique VI, então ainda um menino, veio a ser coroado rei da Inglaterra em
1429 e rei da França em 1431), bem como liderar os exércitos para combater
os ingleses e expulsá-los da França. Obviamente, o
processo de uma camponesa iletrada chegar ao rei não foi simples, mas por
fim ela o conseguiu em 1429. Para testar o que se dizia dela, que era
enviada por Deus, Carlos VII disfarçou-se e um impostor foi colocado em seu
lugar, com todo o aparato real. Joana, que nunca tinha visto a face de
Carlos, sem se importar com o falso regente procurou e encontrou entre os
presentes o legítimo monarca, dirigindo-se a ele e apresentando sua missão
divina. Isto impressionou a todos, mas só após muitos testes, e a
evidência de que ela conhecia coisas que só lhe poderiam ter sido
reveladas por Deus, o rei concordou em seguir as suas orientações. Joana, sempre vestida como um homem, tanto
para não chamar a atenção dos adversários como para não
provocar o desejo dos combatentes, passou a comandar os exércitos
franceses. Sua presença disciplinava os soldados, e ela exigia deles um
comportamento digno e orações: as prostitutas que acompanham a
soldadesca foram expulsas, o jogo e a bebida proibidos; os soldados
passaram a ter acesso aos Sacramentos e à Santa Missa, confessando e
comungando antes das batalhas. O carisma sobrenatural de Joana impunha
respeito e animava os soldados, que a viam como um ser angelical. Jamais
a desrespeitaram. Foi-lhe
infundido um conhecimento militar que não possuía, e, montada num
cavalo, com um estandarte trazendo as imagens de Jesus e Nossa Senhora
em uma mão e uma espada na outra, que entretanto nunca usou, ela
não apenas organizava as ações, como participava na vanguarda das batalhas. Sua
primeira ação militar foi debelar o cerco que os ingleses faziam na cidade de
Orleans. Seguiram-se várias campanhas, nas quais nem sempre os
generais a obedeciam totalmente. Ainda assim sucederam-se as vitórias
francesas, até que no vale de Loire os ingleses perderam 2.200 soldados e seu
comandante foi preso. Isto permitiu a Carlos chegar à cidade de Reims,
onde finalmente foi coroado, em julho de 1429. A
guerra continuou, sempre a favor da França, na qual restavam ainda poucas
regiões invadidas. Mas o rei não foi verdadeiramente grato a Joana.
Contrariamente à vontade dela, insistiu para que participasse na reconquista de
Paris. No cerco de Compiègne, em 1430, Joana foi capturada à
traição pelos borgonheses, colaboradores dos ingleses, que a receberam em
troca de dinheiro. Foi
então montado um processo iníquo, grotesco e ilegal contra ela,
conduzido por Pedro Cauchon, um bispo traidor membro do Conselho Inglês em
Rouen, e que agiu como “autoridade” inquisitorial. Sem qualquer auxílio, do rei
ou advogados, a que tinha direito e que lhe foi negado, ela enfrentou
todo tipo de acusações, sob maus tratos e pressões, num proceder cada vez mais
arbitrário e contrário às leis – pois, divinamente inspirada, a tudo
respondia com exatidão, de modo que por mais que a tentassem confundir,
não conseguiam que desse motivos para nenhuma condenação. Durante
quatro semanas, presa numa cadeia de ferro e humilhada constantemente,
Joana manteve-se fiel às suas razões e missão divina; por proteção
divina, sua virgindade foi mantida. Por fim, sem mais argumentos, foi
condenada por usar roupas masculinas – as de quando capturada em batalha – e
sob a alegação de bruxaria, por dizer que ouvia vozes divinas na ordem para
restaurar o reinado francês: o tribunal “interpretou” tais vozes como
demoníacas e a condenou à fogueira. Foi executada a 30 de maio de 1431,
com 19 anos, numa praça pública de Rouen, afirmando até o final a
veracidade das vozes e da sua missão divina. Depois
da sua morte, os ingleses continuaram perdendo a guerra, definida com a
derrota em Castillon, 1453. Apenas Calais permaneceu como posse
inglesa continental, mas também foi capturada em 1558. O
Papa Calisto III, a pedido dos pais de Joana, reviu seu processo 20
anos depois, constatando a sua completa injustiça, e a reabilitando
publicamente. Joana d’Arc foi canonizada, reconhecida como Mártir da Pátria e
da Fé e proclamada padroeira da França.(Colaboração:
José Duarte de Barros Filho)
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