terça-feira, 30 de maio de 2023

bom dia evangelho - 31 de maio de 2023

 

BOM DIA EVANGELHO


31 de maio: Visitação da Virgem Santa Maria

Inauguração do Caminho de Santa Dulce dos Pobres. Foto: Tatiana Azeviche/Setur-BA.

REDAÇÃO CENTRAL, 29 Mai. 23 / 01:18 pm (ACI).- O Caminho de Santa Dulce dos Pobres, novo roteiro de turismo religioso da cidade Boa Vista do Tupim, na Chapada Diamantina (BA) foi inaugurado no sábado (27). O objetivo é ajudar os peregrinos a conhecer um pouco mais a vida e obra da primeira santa brasileira. O roteiro possui 7,5 quilômetros de peregrinação. Começa no assentamento Nova Cana Brava, em Boa Vista do Tupim e percorre uma área ecológica banhada pelo rio Paraguaçu. Dentro do percurso, há 14 paradas para orações que são motivadas por frases e ensinamentos da irmã Dulce. A peregrinação termina na Praça do Cruzeiro, às margens da barragem Bandeira de Melo, local de devoção a santa.

Oração: Pai de infinita bondade, por Vossa misericórdia e pela intercessão de Santa Camila Batista, sensibilizai as almas para Vós e para a Vossa obra de amor por nós, de modo a que, através da obediência e caridade, atentos à Vossa Palavra e às necessidades dos irmãos, mantenhamos em perfeito estado de conservação o coração e a língua, para com o primeiro acompanhar as pulsações do Vosso, e a segunda só proclame a Vossa verdade e louve a Vossa majestade, que precisa ser reconhecida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Lc 1,39-56)

 Naqueles dias, Maria partiu apressadamente para a região montanhosa, dirigindo-se a uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com voz forte, ela exclamou: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre. Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!».
Maria então disse: «A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que tem planos orgulhosos no coração. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos, e mandou embora os ricos de mãos vazias. Acolheu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre». Maria ficou três meses com Isabel. Depois, voltou para sua casa.

«O menino pulou de alegria no meu ventre» - Mons. F. Xavier CIURANETA i Aymí Bispo Emérito de Lleida(Lleida, Espanha)

Hoje contemplamos o fato da Visitação da Virgem Maria a sua prima Isabel. Tão rapidamente como lhe foi comunicado que tinha sido escolhida por Deus Pai para ser Mãe do Filho de Deus e que sua prima Isabel tinha recebido também o dom da maternidade, caminha decididamente até a montanha para cumprimentar sua prima, para compartilhar com ela o gozo de terem sido agraciadas com o dom da maternidade e para servi-la.
A saudação da Mãe de Deus provoca que o menino, que Isabel leva no seu ventre, pule de entusiasmo dentro das entranhas de sua mãe. A Mãe de Deus, que leva Jesus no seu ventre é causa de alegria. A maternidade é um dom que gera alegria. As famílias alegram-se quando há um anúncio de uma nova vida. O nascimento de Cristo produz certamente «uma grande alegria» (Lc 2,10).
Apesar de tudo, hoje em dia, a maternidade não é devidamente valorizada. Frequentemente colocam-se em primeiro lugar outros interesses superficiais, que são manifestação de comodidade e de egoísmo. As possíveis renúncias que comporta o amor paternal e maternal, assustam a muitos matrimônios que, talvez pelos meios que receberam de Deus, devessem ser mais generosos e dizer “sim” mais responsavelmente a novas vidas. Muitas famílias deixam de ser “santuários da vida”. O Papa São João Paulo II constata que a contracepção e o aborto “têm as suas raízes numa mentalidade hedonista e irresponsável a respeito da sexualidade e pressupõem uma concepção egoísta da liberdade, que vê na procriação um obstáculo ao desenvolvimento da própria personalidade».
Isabel, durante cinco meses, não saía de casa, e pensava: «Isto é o que o Senhor fez por mim» (Lc 1,25). E Maria dizia: «A minha alma glorifica o Senhor (…) porque pôs os olhos na humildade da sua serva» (Lc 1,46.48). A Virgem Maria e Isabel valorizam e agradecem a obra de Deus nelas: a maternidade! É necessário que os católicos reencontrem o significado da vida como um dom sagrado de Deus aos seres humanos.

Santa Camila Batista da Varano

Camila, nascida em 1458, era filha ilegítima do Duque de Camerino, na Itália, gerada antes do seu casamento com Joana Malatesta. A madrasta a acolheu com amor, e Camila cresceu na corte, bela, inteligente, de espírito vivo, caridosa e piedosa. Gostava de cantar e dançar, e tinha dom para a filosofia e teologia. Ainda criança, ouvindo uma pregação sobre a Paixão de Jesus, fez um voto de toda sexta-feira derramar ao menos uma lágrima recordando os Seus sofrimentos; mas isto era difícil de conciliar com sua vida divertida, e ela se sentia mal por toda a semana quando não conseguia chorar esta lágrima. Adolescente, recebeu e interessou-se pelas atenções de um pretendente, mas um sermão na Quaresma a inclinou para Deus; e com o auxílio de Frei Francisco de Urbino começou a amadurecer sua vocação religiosa, contra a qual na verdade relutou. A família, especialmente o pai, desejava para ela um casamento de vantagens políticas para o ducado. Mas Camila recusou, e após sete meses de grave doença, compreendeu o chamado de Deus e se decidiu pela vida religiosa. Em 1481, com 23 anos, finalmente entrou no mosteiro das Irmãs Pobres de Santa Clara de Urbino, adotando o nome de Irmã Batista. Fez os votos definitivos em 1843, e redigiu “As Recordações de Jesus”, registrando as instruções e admoestações de Jesus que Dele recebera ainda no palácio paterno. No ano seguinte, seu pai constrói um mosteiro em Camerino, movido por saudades, e Irmã Batista, com outras oito irmãs, nele funda uma nova comunidade de clarissas, sob a regra própria de Santa Clara e não das urbinistas. Ali foi humilde, servindo atentamente às necessidades das irmãs; várias vezes foi eleita abadessa, e viveu anos de intensas experiências místicas centradas na Paixão e Morte de Cristo, mas também com visões de Nossa Senhora, Santa Clara e dos anjos. Entre 1488 e 1490, sofreu grande crise espiritual, e escreveu livros. "As Dores Mentais de Jesus na Sua Paixão", de 1488, serviu como guia de meditação para grandes santos, e deve ter sido baseado nas revelações que o Senhor dignou-Se a lhe mostrar sobre todos os tormentos da Sua agonia. Seu confessor, Beato Domenico de Leonessa, a instruiu a escrever sua autobiografia, chamada “A vida Espiritual”, redigida em 1491. Outras obras se seguiram, como “Instruções ao Discípulo”, dirigida ao sacerdote franciscano João de Fano. Em 1501, os tumultos políticos na Itália da época atingiram Camerino. O devasso Papa Alexandre VI excomunga o pai de Camila, Júlio, por interesses políticos, e seu general, César Borgia (que inspirou o livro “O Príncipe” de Maquiavel, por causa da sua infame conduta), prende Júlio e seus três irmãos. Camila e outra irmã clarissa, parente dos Varano, fogem refugiadas para Fermo, e depois seguem a pé para Atri, onde são recebidas pela duquesa Isabel Piccolomini. Também conseguem escapar a mãe de Camila, seu irmão mais novo João Maria e seu sobrinho Sigismundo. Em 1503 Júlio e irmãos foram assassinados, mas após a morte de Alexandre VI e portanto com o fim do apoio a César Borgia, os Colonna e o papa Júlio II ajudaram João Maria a retomar Camerino. A abadessa Camila Batista perdoou os inimigos, retornando à cidade. Em 1505 retorna a Fermo para fundar um mosteiro clarissiano por ordem do Papa. Em 1511 morre sua amada mãe adotiva, Joana Malatesta. A triste decadência dos costumes eclesiásticos, nesta época, que aliás serviriam em parte como motivo para a heresia protestante de Martinho Lutero em 1517, levava Irmã Batista a um tão grande desejo de correção na Igreja que, de acordo com uma irmã, não conseguia dormir nem comer, ficando por isso gravemente doente. Em 1521, vai a São Severino, nas Marcas, para fundar um novo mosteiro. Ficou conhecida como reformadora da Ordem de Santa Clara por observar com radicalidade a sua Regra, por exemplo cultivando com empenho a pobreza pessoal e comunitária. Por esta época, escreveu “A Pureza do Coração”, a pedido de um religioso, um itinerário de perfeição a partir da sua experiência de vida. Irmã Batista escreveu em Latim e majoritariamente no seu dialeto da Umbria, um legado místico famoso e notável pela originalidade, espiritualidade e linguagem vividamente pictórica. Por isso foi considerada uma das maiores eruditas do seu tempo e admirada por São Filipe Néri e Santo Afonso. Contribuiu também para a instituição dos Capuchinhos, intercedendo ao Papa Clemente VIII em favor da aprovação deste ramo franciscano em 1524; o beato Mateus de Bascio, seu fundador, antes de ser frade havia sido protegido dos Varano. Em 1524, na festa de Corpus Christi, 31 de maio, irmã Batista faleceu em decorrência da peste que assolou a Itália. A exumação do corpo, 30 anos depois, o revelou em perfeito estado de conservação. Nova exumação em 1593 expôs a língua ainda fresca e vermelha.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

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