sábado, 20 de maio de 2023

BOM DIA EVANGELHO - 22. MAIO. 023

 

BOM DIA EVANGELHO


22 DE MAIO DE 2023 - Segunda-feira da 7ª semana da Páscoa

Coroação de Nossa Senhora / Mãe das Dores de Juazeiro

REDAÇÃO CENTRAL, 20 Mai. 23 / 08:00 am (ACI).- A coroação de Nossa Senhora no mês de maio é uma tradição no Brasil. Seja em igrejas, escolas ou mesmo nas famílias, fiéis revestem uma imagem da Virgem com um véu, ofertam-lhe flores e colocam uma coroa sobre sua cabeça. Para o assessor teológico da Academia Marial de Aparecida, Vinícius Paiva, trata-se de “uma expressão de amor”.

Oração: Senhor Deus, que sacias a nossa sede de vida infinita através do Vosso próprio Sangue, concedei-nos pela intercessão de Santa Rita de Cássia transformarmos com a Vossa graça os espinhos desta vida em frutos de amor e imensa caridade, para que o bom odor das nossas obras apague o fedor das chagas que produzem os nossos pecados. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Jo 16,29-33): 

Os seus discípulos disseram: «Agora, sim, falas abertamente, e não em figuras. Agora vemos que conheces tudo e não precisas que ninguém te faça perguntas. Por isso acreditamos que saíste de junto de Deus!». Jesus respondeu: «Credes agora? Eis que vem a hora, e já chegou, em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis sozinho. Mas eu não estou só. O Pai está sempre comigo. Eu vos disse estas coisas para que, em mim, tenhais a paz. No mundo tereis aflições. Mas tende coragem! Eu venci o mundo».

«Mas tende coragem! Eu venci o mundo» - Rev. D. Jordi CASTELLET i Sala(Sant Hipòlit de Voltregà, Barcelona, Espanha)

Hoje podemos ter a sensação de que o mundo da fé em Cristo se debilita. Existem várias notícias que vão contra a fortaleza que quereríamos receber de uma vida fundamentada integramente no Evangelho. Os valores do consumismo, do capitalismo, da sensualidade e do materialismo estão em voga e em contra de tudo o que suponha pôr-se em sintonia com as exigências evangélicas. Não obstante, este conjunto de valores e de formas de entender a vida não nos dão nem a plenitude pessoal nem a paz, mas apenas trazem mais mau estar e inquietude interior. Não será por isso que, hoje, as pessoas que vão pela rua enferrujadas, fechadas e preocupadas com um futuro que não vêm nada claro, precisamente porque o hipotecaram ao preço de um carro, de um apartamento ou de umas férias que, de fato, não se podem permitir?
As palavras de Jesus convidam-nos à confiança: «Eu venci o mundo» (Jo 16,33), quer dizer, pela sua Paixão, Morte e Ressurreição alcançou a vida eterna, aquela que não tem obstáculos, aquela que não tem limite e superou todas as dificuldades.
Os de Cristo vencemos as dificuldades tal e como Ele as venceu, apesar de na nossa vida também termos de passar por sucessivas mortes e ressurreições, nunca desejadas mas assumidas pelo próprio Mistério Pascal de Cristo. Por acaso não são “mortes” a perca de um amigo, a separação da pessoa amada, o fracasso de um projeto ou as limitações que experimentamos por causa da nossa fragilidade humana?
Mas «em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou» (Rom 8,37). Sejamos testemunhas do amor de Deus, porque Ele em nós «fez (…) grandes coisas» (Lc 1,49) e deu-nos a sua ajuda para superar todas as dificuldades, inclusivamente a da morte, porque Cristo nos comunica o seu Espírito Santo.

Santa Rita de Cássia

Margarita Lotti nasceu em 1381 na periferia de Roccaporena, perto de Cássia, região da Úmbria na Itália. Era filha única, e foi apelidada de “Rita”. Seus pais eram humildes camponeses, iletrados, mas ensinaram-lhe a Fé e lhe proporcionaram uma boa educação num colégio dos agostinianos, em Cássia. Ela ouvia histórias dos santos, e desenvolveu a devoção à Nossa Senhora, São João Batista, Santo Agostinho e São Tolentino, aos quais escolheu como protetores. Criança, manifestou vocação religiosa, mas obedecendo aos pais casou-se em 1385. Seu marido, Paolo Ferdinando de Mancino, revelou-se agressivo, violento, alcoólatra e infiel. Mas sua paciência, resignação, caridade e orações acabaram por convertê-lo ao longo do tempo, e de tal forma que outras mulheres casadas vinham se aconselhar com ela. Mas os desmandos da vida anterior de Paolo deixaram inimizades sérias, e ele foi assassinado. Rita perdoou os culpados – chegando a abrigá-los em casa, para que não fossem presos. Os dois filhos do casal, porém, tinham desejos de vingança. Rita pediu a Deus que desistissem, mas que se isto fosse impossível, os levasse antes de matarem alguém. De fato, ambos ficaram gravemente doentes, incuráveis, e neste período ela conseguiu que se convertessem e perdoassem o assassino paterno. Dentro de um ano, ambos faleceram, sem cometer o crime. Viúva, Rita, aos 36 anos, pediu admissão no Mosteiro de Santa Maria Madalena de Cássia, das agostinianas. Mas foi recusada, pois as religiosas temiam por sua segurança, sendo Rita viúva de um homem assassinado, e assim talvez perseguida. Rita rezou aos seus protetores, e afinal as famílias envolvidas na morte de Paolo fizeram as pazes, e enfim ela conseguiu entrar na vida consagrada. Durante o noviciado, a superiora, testando a humildade de Rita, deu-lhe a incumbência de regar um tronco seco de videira. Milagrosamente, esta planta, ainda hoje, produz uvas que de sabor especial, amadurecidas em novembro. Rita tornou-se uma monja exemplar, de obediência humilde e total às regras da Ordem, dedicando-se à oração, penitências, jejuns, e zelo nos trabalhos. E não deixou de cuidar dos enfermos, assistir aos pobres e visitar os idosos, o que a levou, junto com algumas outras religiosas, a ser conhecida pela caridade também fora do mosteiro. Durante a Quaresma de 1443, ouvindo um sermão magnífico sobre a Paixão de Jesus, que enfatizava a Sua coroação de espinhos, Rita desejou participar dos Seus sofrimentos. Em oração diante de um crucifixo, um espinho da coroa da imagem desprendeu-se e cravou-se na sua testa: esta ferida ali permaneceu até a sua morte, 14 anos depois. O estigma lhe provocava muitas enfermidades e exalava mau odor, de modo que ela tinha que ficar isolada das irmãs. Já muito enferma, ela pediu a Jesus um sinal de que seus filhos estavam no Céu. Recebeu então primeiro uma rosa, depois um figo, de sua antiga casa em Roccaporana, em pleno e rigoroso inverno. Por fim, faleceu em 22 de maio de 1457, aos 76 anos, desaparecendo o estigma na sua testa; os sinos começaram a repicar sozinhos. Uma irmã, Catarina Mancini, paralítica de um braço, ficou curada ao abraçá-la no leito de morte. Seu corpo passou a exalar um perfume de rosas, que perdura até hoje, na urna em que está depositado, incorrupto, na igreja do mosteiro. Santa Rita de Cássia é invocada como Advogada dos impossíveis, e protetora das esposas e mães maltratadas pelos maridos. Também é padroeira das cidades de Cássia, em Minas Gerais, e de Santa Cruz, no Rio Grande do Norte, Brasil (onde há uma estátua sua de 56 metros de altura, uma das maiores estátuas católicas do mundo); é igualmente considerada Madrinha dos Sertões no país.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: Não é importante, nesta vida, que tenhamos o corpo incorrupto, mas sim a alma. Alma incorrupta é quela que ama a Deus e ao próximo por amor a Ele. E para isso não há limites, pois, parafraseando Santo Agostinho, o limite do amor é amar sem limites. Santa Rita não mediu esforços: para obedecer, uma das mais difíceis virtudes, pois obediência significa fazer a vontade de outro contrariamente à própria, o que mortifica a natureza humana que recebeu de Deus a liberdade; perdoou as violências do marido e contra ele, incluindo o assassinato; preferiu, por verdadeiro amor, a morte física dos próprios filhos, a que se perdessem no inferno – e perder um filho é tão grande dor que Nossa Senhora dela não foi poupada; perseverou diante de todos os obstáculos que o mundo e o diabo colocaram diante da sua vocação religiosa; praticou de modo iminente a caridade para com todos os necessitados; e por tudo isso, fez florir o que era estéril, na Comunhão com Cristo. Não à toa foram uvas de sabor especial que brotaram “impossivelmente” por seu trabalho, pois é o vinho da parreira que se transforma, na ação divina, no Sangue Eucarístico de Jesus. A que ponto desejamos participar, como ela, da Paixão do Senhor? Em cada vocação particular, está a potencialidade para a santidade, já que esta é a vontade de Deus para cada um de nós.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET- ACIDIGITAL.COM

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