O papa Francisco fecha a Porta Santa no final do Ano Jubilar da Misericórdia na basílica de São Pedro em 20 de novembro de 2016 / ACI Prensa - Vaticano, 22 Mai. 23 / 12:30 pm (ACI).- Enquanto Roma e o Vaticano se preparam para receber quase 35 milhões de pessoas para o Ano Jubilar da Esperança de 2025, uma assistente experiente de Jubileus anteriores deu alguns conselhos para uma peregrinação frutífera. "Uma peregrinação tão massiva quanto a de um ano jubilar deve ser uma experiência espiritual única e maravilhosa", disse Joan Lewis à CNA, agência em inglês da EWTN.
Oração: Ó Deus, que sois a Verdade, e
que pela Tradição, a qual precede e dá suporte à própria Bíblia, Vos
manifestastes, concedei-nos por intercessão de São Vicente de Lérins sermos
como ele peregrinos de reto caminhar nesta vida, abandonando os exércitos
mundanos para combater o Bom Combate; e a graça de livrar a Igreja dos falsos
profetas atuais, para que não se percam em confusão os Vossos filhos: mas
suscitai a clareza e a santidade nos Vossos fiéis, de modo a crerem no que já ensinastes
e que não mudará, rejeitando firmemente as seduções mentirosas dos lobos que se
apresentam em pele de ovelha. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e
Nossa Senhora. Amém.
Evangelho (Jo 17,11b-19):
Naquele tempo, Jesus alçando os olhos ao céu,
disse: «Pai Santo, guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que eles
sejam um, como nós somos um. Quando estava com eles, eu os guardava em teu
nome, o nome que me deste. Eu os guardei, e nenhum deles se perdeu, a não ser o
filho da perdição, para se cumprir a Escritura.
»Agora, porém, eu vou para junto de ti, e digo estas coisas estando ainda no
mundo, para que tenham em si a minha alegria em plenitude. Eu lhes dei a tua
palavra, mas o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como eu não sou do
mundo. Eu não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do maligno. Eles
não são do mundo, como eu não sou do mundo. Consagra-os pela verdade: a tua
palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, eu também os enviei ao
mundo. Eu me consagro por eles, a fim de que também eles sejam consagrados na
verdade».
«Que tenham em si a minha alegria em plenitude» - Fr. Thomas LANE(Emmitsburg, Maryland, Estados Unidos)
Hoje, vivemos em um mundo que não sabe como ser
verdadeiramente feliz com a felicidade que vem de Jesus, um mundo que procura a
alegria de Jesus nos lugares errados e da maneira errada. Procurar a felicidade
sem Jesus leva somente à infelicidade ainda mais profunda. É só ver as novelas
na TV, há sempre alguém em apuros. As novelas na TV nos mostram a miséria de
uma vida sem Deus.
Mas queremos viver o dia de hoje com a alegria de Jesus. Jesus orou ao Pai em
nosso Evangelho de Hoje, «digo estas coisas estando ainda no mundo, para que
tenham em si a minha alegria em plenitude» (Jo 17,13). Percebamos que Jesus
quer que sua alegria seja completa em nós. Ele quer que sejamos plenos de
alegria. Isto não quer dizer que não teremos cruzes, porque «o mundo os odiou, porque
eles não são do mundo» (Jo 17,14), mas Jesus espera que vivamos com sua alegria
independentemente do que o mundo pensa de nós. A alegria de Jesus deve nos
permear até o mais íntimo de nosso ser, enquanto os rugidos superficiais de um
mundo sem Deus não devem nos penetrar.
Hoje então vivamos a alegria de Jesus. Como podemos adquirir mais e mais dessa
alegria de Jesus? Obviamente dele mesmo. Jesus é o único que nos dá a
verdadeira alegria que está ausente no mundo, como podemos ver nas novelas de
TV. Jesus disse, «Se permanecerdes em mim, e minhas palavras permanecerem em
vós, pedi o que quiserdes, e vos será dado» (Jo 15,7). Então passemos tempo a
cada dia em oração com as palavras de Jesus nas Escrituras, comamos e
consumamos as palavras de Jesus nas Escrituras, deixemos que elas sejam nosso
alimento, para que sejamos saciados com a alegria que vem de Jesus: «Ao início
do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande idéia, mas o encontro
com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte» (Bento
XVI).
Vicente era um soldado romano do século V que, na França, abandonou a desregrada vida no exército para "espantar a banalidade e a soberba de sua vida e dedicar-se somente a Deus na humildade cristã". Para isso dirigiu-se a um dos principais mosteiros da época, na ilha de Lérins (hoje, Santo Honorato) no Mar Mediterrâneo, próximo a Cannes. Foi ordenado sacerdote, adotando o nome de Peregrinus (peregrino). Pelas suas qualidades de caráter e austeridade monástica, acabou sendo eleito abade. Nesta função, promoveu grande reforma, transformando o mosteiro num centro de cultura e espiritualidade, de onde surgiram bispos e santos de grande importância para a evangelização da França. Sendo um profundo conhecedor das Sagradas Escrituras e de larga cultura humanística, destacou-se como teólogo e escritor famoso, em cujos textos brilham o estilo apurado, o vigor, e a clareza e precisão de pensamento. Polemizou com Santo Agostinho sobre livre-arbítrio, predestinação e necessidade da Graça. Sua obra, de enorme difusão, tem repercussão até os dias atuais, e entre outros temas, como Cristologia e Trindade, oferece argumentos claros contra as heresias do arianismo, pelagianismo e donatismo. Seu livro mais famoso é justamente o Commonitorium ("Manual de Advertência aos Hereges", ou “Tratado para Reconhecer a Antiguidade e Universalidade da Fé Católica Contra as Profanas Novidades dos Hereges”) de 434, que estabelece critérios básicos para se viver integralmente a mensagem evangélica, e combate o pelagianismo. “Commonitorium” ou “conmonitorium” é uma palavra muito usada como título de obras daquela época, e significa notas ou apontamentos de auxílio à memória, sem a intenção de se compor um tratado exaustivo. Realmente, através de exemplos da Tradição e da História da Igreja, Vicente quis tornar acessível a todos os fiéis, de todos os tempos, os critérios para diferenciar a verdade do erro e conservar intacta a Santa Doutrina. Trata-se simplesmente de manter a fidelidade à Tradição viva da Igreja: o católico deve crer quod semper, quod ubique, quod ab ómnibus, “só e tudo quanto foi crido sempre, por todos e em todas as partes” isto é, deve-se considerar por verdadeiro na Fé aquilo que sempre e por toda parte foi aceito por certo na Igreja. Este conceito é como que uma definição do seja a Tradição, e muitos Papas, e Concílios, confirmaram com sua autoridade a imutável validez desta regra de Fé. Por este motivo, o Commonitorium é plenamente atual, útil para esclarecer as confusões doutrinais desde as heresias antigas, passando pelo protestantismo e chegando até a crise modernista; ele traz respostas para os riscos do ceticismo e do relativismo teológico. O Commonitorium é de fato uma joia da literatura patrística, uma obra prima com regras claras e fáceis para a perfeição cristã e orientação para a verdadeira Fé, e por isso chamado por São Roberto Belarmino de “livro todo de ouro”, uma das obras mais reproduzidas da História***. São Vicente de Lérins faleceu no seu mosteiro, em 450 ou pouco antes. É considerado um farol de ortodoxia da Igreja, o teólogo, pensador e escritor mais importante da França no século V. ***O leitor interessado pode facilmente descarregar este opúsculo de 33 páginas gratuitamente, da internet.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão:Num momento
histórico em que qualquer coisa “tradicional” é considerada sem valor e tratada
pejorativamente (ainda que, certamente, muitas tradições mundanas sejam de fato
desprezíveis), e a própria Tradição da Igreja venha sendo contestada de forma
agressiva e por caminhos inimagináveis, parece mais do que recomendável
reproduzir os pensamentos de São Vicente de Lérins que há mais de 15 séculos
servem de orientação doutrinal, pois de resto a Verdade – Deus (“Eu sou o
Caminho, a Verdade e a Vida”, disse Jesus, cf. Jo 14,6) é mesmo imutável. Isso
não significa que a Verdade – Deus! – é estagnada e incapaz de lidar com as
novidades humanas, mas sim que para A entendermos e segui-La, devemos nos
aprofundar Nela, não desvirtuá-La segundo interesses paritculares. São Vicente
já denunciava a este respeito, isto é, das confusões doutrinárias: a causa
delas é “… a introdução de crenças humanas no lugar do dogma vindo do céu.” Por
isso, ensina: “… é próprio da humildade e da responsabilidade cristã não
transmitir a quem nos suceda nossas próprias opiniões, mas conservar o que tem
sido recebido de nossos maiores.”; “Todo cristão que queira desmascarar as
intrigas dos hereges que brotam ao nosso redor, evitar suas armadilhas e
manter-se íntegro e incólume em uma fé incontaminada, deve, com a ajuda de
Deus, apetrechar sua fé de duas maneiras: com a autoridade da lei divina antes
de tudo, e com a tradição da Igreja Católica.”; “… o verdadeiro e autêntico
católico é o que ama a verdade de Deus e à Igreja, Corpo de Cristo; aquele que
não antepõe nada à religião divina e à fé católica: nem a autoridade de um
homem, nem o amor, nem o gênio, nem a eloquência, nem a filosofia; mas que
desprezando todas estas coisas e permanecendo solidamente firme na fé, está
disposto a admitir e a crer somente o que a Igreja sempre e universalmente tem
crido.”; E, citando São Paulo: “Meus irmãos, eu vos peço que tomeis cuidado com
os que provocam divisões e escândalos em contradição com a doutrina que
aprendestes. Evitai-os. Esta gente não serve a Cristo, Nosso Senhor, mas ao
próprio estômago. Eles seduzem os corações simples com frases belas e
adulações.” (Rm 16,17-18); “Pois bem, mesmo se nós próprios, mesmo se um anjo
descido do céu vos anunciasse um Evangelho diferente daquele que vos
anunciamos, maldito seja! Já vos dissemos e agora repito: se alguém vos
anunciar um Evangelho diferente daquele que recebestes, maldito seja!” (Gl
1,8-9). Não se enganem os católicos. Cristo mesmo deixou claro, “Tomai cuidado
para que ninguém vos engane; porque muitos virão invocando Meu nome. Dirão: ‘Eu
sou o Messias’, e enganarão a muitos”, e “Muitos falsos profetas surgirão e não
vão ser poucos os arrastados para o erro” (cf. em Mt 24,4-14. Recomenda-se
vivamente ao leitor que reveja toda esta passagem). Só na Tradição da Igreja,
que remonta a Cristo e não aos homens, está a Verdade, e, como advertiu o Apóstolo
das Gentes, não se deve seguir ninguém, sequer apóstolo ou anjo, que dela se
afaste. A Igreja tem por obrigação, sim, estar atenta aos sinais dos tempos,
mas é somente o imutável Espírito Santo que na sã Doutrina a dirige. O que
estiver em desacordo com isso não vem de Deus.
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – ACIDIGITAL.COM
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