domingo, 12 de novembro de 2023

BOM DIA EVANGELHO - 13. NOVEMBRO. 023

 

BOM DIA EVANGELHO


13 DE NOVEMBRO  DE 2023 - Segunda-Feira da 32ª semana do Tempo Comum

Acolhimento e empatia: as experiências do coordenador da Basílica de São Francisco

O brasileiro frei Rafael Normando, atual coordenador da Basílica de São Francisco em Assis, na Itália, é um dos participantes do II Encontro Internacional para Reitores de Santuários no Vaticano. Em entrevista ao Vatican News, o frade franciscano enfatizou a importância do acolhimento empático aos peregrinos e a responsabilidade de proporcionar a cada pessoa uma experiência que pode marcar toda a sua trajetória de vida.

Bianca Fraccalvieri e Thulio Fonseca - Vatican News

Frei Rafael Normando, brasileiro e atual coordenador da Basílica de São Francisco de Assis, santuário mundialmente conhecido, é um dos participantes do II Encontro Internacional para Reitores e Colaboradores de Santuários, realizado de 9 a 11 de novembro na Sala Paulo VI, no Vaticano. O frei, originário de Brasília-DF, compartilhou suas experiências e perspectivas em uma entrevista ao Vatican News.

Oração: Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de São Diogo de Alcalá, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em Vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Evangelho (Lc 17,1-6)

Jesus disse a seus discípulos: «É inevitável que surjam ocasiões de pecado, mas ai daquele que as provoca! Seria melhor para ele ser atirado ao mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço, do que fazer cair um só desses pequenos. Cuidado, portanto!
»Se teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, perdoa-lhe».
Os apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta a nossa fé!» O Senhor respondeu: «Se tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria».

«Se pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti (...) perdoa-lhe » - Rev. D. Pedro-José YNARAJA i Díaz(El Montanyà, Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho nos fala de três temas importantes. Em primeiro lugar, da nossa atitude perante as crianças. Se em outras ocasiões elogiaram a infância, nesta somos advertidos do mal que podemos ocasionar-lhes.
Escandalizar não é alvoroçar ou estranhar, como às vezes se entende; a palavra grega usada pelo evangelista foi “skandalon”, que significa objeto que faz tropeçar ou escorregar, uma pedra no caminho ou uma casca de banana, para ficar mais claro. Devemos respeitar as crianças e, «É inevitável que surjam ocasiões de pecado, mas ai daquele que as provoca!» (cf. Lc 17,1). Jesus lhe anuncia um castigo tremendo e o faz com uma imagem muito eloquente. Ainda se encontram na Terra Santa pedras de moinhos antigas; é uma espécie de grandes diabolôs (são parecidas também, em tamanho maior, aos colares que se colocam no pescoço aos traumatizados). Introduzir a pedra no escandalizador e tira-la na água expressa um terrível castigo. Jesus utiliza uma linguajem quase de humor negro. Pobres de nós se danamos as crianças! Pobres de nós se os iniciamos no pecado! E há muitas formas de prejudicá-los: mentir, ambicionar, triunfar injustamente, se dedicar a necessidades que satisfarão sua vaidade... 
Em segundo lugar, o perdão. Jesus nos pede que perdoemos tantas vezes como seja necessário e, ainda no mesmo dia, se o outro está arrependido, apesar de que nos magoe a alma: «Se teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se arrepender, perdoa-lhe» (Lc 17,3). O termômetro da caridade é a capacidade de perdoar.
Em terceiro lugar, a fé: Mais que uma riqueza do entendimento (no sentido meramente humano), é um “estado de ânimo”, fruto da experiência de Deus, de poder obrar contando com sua confiança. «A fé é o início da verdadeira vida», diz São Inácio de Antioquia. Quem age com fé consegue coisas assombrosas, assim a expressa o Senhor ao dizer: «Se tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria» (Lc 17,6).

São Diogo de Alcalá

Diogo nasceu em Alcalá do Porto, em Sevilha, por volta do ano de 1400. Filho de pais muito pobres e simples, viveu como monge eremita, em penitência e oração. Alimentava-se somente com os produtos da pequena horta que cultivava e se vestia remendando os panos que o povo lhe dava em troca de pequenos trabalhos artesanais. Por ser muito considerado, atraiu muitos doadores, e, para manter melhor o recolhimento optou por fazer-se franciscano. Frei Diogo trabalhava como porteiro e cozinheiro no convento. Privava-se do seu próprio pão para dá-lo aos mendigos, e aconteceu de encontrar a cesta dos pães cheia de rosas; este milagroso carinho de Deus para com ele foi diversas vezes retratado em pinturas, incluindo várias de Murillo. Em 1441, Diogo foi enviado como missionário às Ilhas Canárias. Seu trabalho dedicado valeu-lhe o cargo de superior da ordem, embora fosse apenas irmão leigo. Mas sua atuação em prol dos indígenas não era bem vista pelos colonizadores, que os mantinham como escravos, e tornaram sua atuação difícil a ponto de ter que voltar para a Espanha, em 1449. No ano seguinte ficou retido em Roma por causa de uma grave epidemia, e neste período dedicou-se a cuidar dos doentes, com grande caridade e utilizando os dons carismáticos de cura que possuía. De volta à Espanha, recomeçou o trabalho de porteiro e cozinheiro em vários mosteiros, sendo o último deles o de Alcalá de Henares, onde faleceu em 12 de novembro de 1463.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR- Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho)


Reflexão:  São Diogo é um dos santos mais populares da Espanha e das Américas. De fato, seu nome em Espanhol, Diego, deu origem à famosa cidade norte americana, San Diego. Nele encontramos a humildade, simplicidade, caridade, desejo de estar com Deus e de servir ao próximo, que formam a essência da vida cristã, virtudes estas exercidas em quaisquer circunstâncias e local, desde superior a porteiro, em grandes cidades civilizadas ou ilhas incultas com população idólatra. Santos são os exemplos que a Igreja nos propõe: em casa, em viagem, no trabalho, no lazer, na escola, pais, filhos, vizinhos, colegas, amigos, desconhecidos, necessitados… somos chamados a viver as mesmas virtudes de San Diego.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS. VA

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