Oração:
Ó Santa Catarina Labouré,
escolhida como mensageira da vontade de Nossa Senhora, obtende-nos de Deus
servir ao próximo com amor, humildade e constância, e a confiança plena e
tranquila nos desígnios do Pai e no favor de Maria Santíssima. Por Jesus Cristo
Nosso Senhor. Amém.
Evangelho segundo São
Lucas 21,5-11.
Naquele tempo, comentavam alguns que o Templo estava ornado com belas
pedras e piedosas ofertas. Jesus disse-lhes:
«Dias virão em que, de tudo o que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra:
tudo será destruído».
Eles perguntaram-Lhe: «Mestre, quando sucederá isto? Que sinal haverá de que
está para acontecer?».
Jesus respondeu: «Tende cuidado; não vos deixeis enganar, pois muitos virão em
meu nome e dirão: "Sou eu"; e ainda: "O tempo está
próximo". Não os sigais.
Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis: é preciso que
estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim».
Disse-lhes ainda: «Há de erguer-se povo contra povo e reino contra reino.
Haverá grandes terramotos e, em diversos lugares, fomes e epidemias. Haverá
fenómenos espantosos e grandes sinais no céu».(Tradução litúrgica da Bíblia)
Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942) - carmelita, mártir, co-padroeira da Europa - A oração da Igreja
«Louvai a Deus no seu santuário.
[...] Tudo o que respira louve o Senhor!» (Sl 150, 1.6)
Já na Antiga Aliança havia uma
certa compreensão do carácter eucarístico da oração. A prodigiosa construção da
Tenda da Aliança (cf Ex 25s), tal como, mais tarde, a do Templo de Salomão (cf
1Rs 5-6), é imagem de toda a Criação agrupando-se em torno do seu Senhor para O
adorar e servir. [...] Da mesma forma que, segundo a narração da criação, o céu
foi desdobrado como um toldo (cf Sl 104 [103],2), assim também a Tenda era
constituída por painéis de tecido; do mesmo modo que as águas que estavam sob o
firmamento foram separadas das que estavam por cima (cf Gn 1,7), assim também o
véu do Templo separava o santo dos santos dos espaços envolventes. [...] O
candelabro de sete braços era igualmente símbolo dos luzeiros do céu, tal como
cordeiros e pássaros representavam a abundância de seres vivos que habitam as
águas, o solo e os ares. E, do mesmo modo que a terra foi confiada ao homem (cf
Gn 1,28), cabia ao sumo sacerdote permanecer no santuário (cf Lv 21,10s). [...]
Em lugar do Templo de Salomão, Cristo edificou um templo de pedras vivas (cf
1Pe 2,5), a comunhão dos santos, no centro do qual Ele permanece como sumo
sacerdote eterno e sobre cujo altar é Ele próprio o sacrifício oferecido
eternamente. E toda a criação participa desta liturgia: os frutos da terra, a
ela associados em misteriosa oferenda, assim como as flores, as lâmpadas, as
tapeçarias e o reposteiro do Templo, o sacerdote consagrado, a unção e a bênção
da casa de Deus. Nem sequer os querubins, cujas figuras esculpidas montavam
guarda ao santo dos santos, estão ausentes: agora, são os monges que,
semelhantes aos anjos, não cessam de louvar a Deus dia e noite, na terra como
no céu. [...] Os seus cânticos de louvor convidam desde a aurora toda a criação
a enaltecer em uníssono o Senhor: montanhas e colinas, rios e cursos de água,
mares e terra firme e tudo o que neles habita, nuvens e ventos, chuva e neve,
todos os povos da terra, homens de todas as raças e condições, habitantes do
Céu, todos os santos e anjos de Deus (cf Dn 3,57-90). [...] Queiramos associar-nos,
na nossa liturgia, a este louvor eterno de Deus. E quem somos nós? Não são
apenas os religiosos regulares [...], é todo o povo cristão.
Catarina Labouré nasceu numa aldeia da Borgonha, França, em 2 de maio de 1806. Nesta numerosa família de pobres camponeses, ela desde os nove anos teve que assumir o cuidado dos irmãos menores, por causa do falecimento prematuro da mãe. Mais tarde, abril de 1930, com permissão do pai, entra no noviciado das Filhas da Caridade, Congregação fundada por São Vicente, voltada para a assistência dos pobres, doentes, crianças e idosos. Em 19 de julho do mesmo ano, Nossa Senhora lhe aparece a primeira vez; na noite de 27 de novembro, na Sua terceira e última aparição, a Virgem lhe apresenta uma imagem, dizendo: “Manda cunhar uma medalha por este modelo; as pessoas que a trouxerem com fé e devoção receberão grandes graças”. Dois anos depois, após severo inquérito canônico para verificar a autenticidade das aparições, o arcebispo de Paris autorizou a fabricação das medalhas. Na imagem desta medalha de Nossa Senhora das Graças, raios saem de Suas mãos para a Terra, sendo, segundo a Virgem, “… o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que as pedem”. Só no período de quatro anos, foram cunhadas 20 milhões de cópias, pois, como disse o Papa Pio XII, “...desde o primeiro momento, [esta medalha] foi instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, proteções e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo a chamou desde logo medalha milagrosa. Após o noviciado, Irmã Catarina foi enviada a um asilo em Paris, para cuidar dos idosos e doentes. Durante 46 anos trabalhou nos serviços mais humildes e desprezíveis, lavando, cozinhando, limpando os velhos enfermos, sempre com amor. Durante toda a sua vida, ninguém, exceto o seu confessor, soube que ela era a vidente da revelação de Nossa Senhora, fato notabilizado somente após a sua morte em 31 de dezembro de 1876, aos 70 anos de idade. Seu corpo, exumado em 1933, permanecia incorrupto, mesmo a cor dos olhos; está hoje num caixão de cristal sob o altar das aparições, no Santuário da Medalha Milagrosa, Rue du Bac, Paris. Canonizada, sua festa foi colocada no dia da última aparição, 27 de novembro.
Reflexão: “Mas, quando deres esmola, não saiba tua mão
esquerda o que faz a direita” (Mt 6,3). A caridade deve ser praticada sem
alarde, sem vanglória, mas somente com o espírito de amor a Deus e ao próximo.
Santa Catarina não quis ser conhecida como uma privilegiada de Deus, agraciada
com o contato direto e particular da Virgem Maria, nem que o bem praticado no
seu trabalho fosse reconhecido e admirado. Ao contrário, tudo o que nela foi
exaltado revelou-se quando já não poderia receber nenhum retorno terreno, pois
a verdadeira glorificação é obra somente de Deus. Certamente é questão da mais
rasa justiça reconhecer o valor do próximo, mas a vaidade pelo que fazemos
corretamente contradiz a razão, já que fazer o melhor possível aquilo que
devemos fazer é o mínimo diante de Deus; de fato, é Ele mesmo que nos dá as
graças, dons e condições sem as quais nada teríamos nem poderíamos fazer. A
prática da caridade traz a felicidade e a paz por si mesma, e a recompensa
infinita no Céu.
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG
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