Oração: Ó
Senhor, que amastes Santa Gertrudes com amor eterno, falando ao seu coração,
dá-me ouvidos para escutar Vossa voz, e fé para responder ao Vosso chamado, com
entrega comparável à desta apaixonada do Vosso Santo Coração. Por Cristo Nosso
Senhor. Amém.
Evangelho segundo São Lucas 17,20-25.
Naquele tempo, os fariseus perguntaram a Jesus quando viria o Reino de
Deus e Ele respondeu-lhes, dizendo: «O Reino de Deus não vem de maneira
visível,
nem se dirá: "Está aqui" ou ali"; porque o Reino de Deus está no
meio de vós».
Depois, disse aos seus discípulos: «Dias virão em que desejareis ver um dia do
Filho do homem e não o vereis.
Hão de dizer-vos: "Está ali", ou "Está aqui". Não queirais
ir, nem os sigais.
Pois assim como o relâmpago, que faísca dum lado do horizonte e brilha até ao
lado oposto, assim será o Filho do homem no seu dia.
Mas primeiro tem de sofrer muito e ser rejeitado por esta geração».(Tradução
litúrgica da Bíblia)
São Cirilo
de Jerusalém (313-350) - bispo de Jerusalém, doutor da Igreja - Catequese
batismal n.º 15, 10.19
Acolhamos e esperemos o Senhor!
O verdadeiro Cristo, o Filho único de Deus, não
voltará à terra. Se alguém aparecer no deserto, como uma aparição, não vades ao
seu encontro: «se alguém vos disser: "Eis aqui o Cristo", ou:
"Ei-lo ali!", não acrediteis» (Mc 13,21). De agora em diante, não
olheis para a terra. Porque o Mestre descerá do céu. Não sozinho, como antes,
mas com uma grande companhia, escoltado por miríades de anjos; não
misteriosamente, como a chuva sobre o velo, mas como um relâmpago que brilha
intensamente. Ele próprio disse: «Como o relâmpago surge do oriente e é visível
até ao ocidente, assim será a vinda do Filho do Homem» (Mt 24,27); E ainda: «ao
verem o Filho do Homem a vir sobre as nuvens do céu com poder e grande glória e
enviará os seus anjos, com uma grande trombeta» (Mt 24,30-31). [...] Acolhamos
e esperemos o Senhor que vem do céu sobre as nuvens. Então, soarão as trombetas
dos anjos; os que repousam em Cristo ressuscitarão primeiro; entre os vivos, os
que praticam a piedade serão levados nas nuvens e receberão a recompensa das
suas provações, um tributo mais do que humano, pois terão suportado batalhas
sobre-humanas. Como escreve o apóstolo Paulo: «À ordem dada, à voz do arcanjo e
ao som da trombeta divina, o próprio Senhor descerá do céu, e os mortos em
Cristo ressuscitarão primeiro; em seguida, nós, os vivos, os que tivermos
ficado, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para irmos ao
encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor» (1Tess
4,16-17).
Nascida na Saxônia, em 1256, era
filha de fervorosos pais cristãos. Aos cinco anos de idade foi entregue ao
mosteiro cisterciense de Hefta, onde, descobrindo a vocação religiosa,
permaneceu até a morte. cresceu adquirindo grande cultura cristã. Possuidora de
grande carisma místico tornou-se religiosa consagrada.
Sua vida
contemplativa era sinal de perseverança para as outras religiosas. Aos 25 anos de idade teve a primeira das visões que a introduziu
em elevada vida mística, comparável às de Santa Teresa de Ávila e São João da
Cruz. Tais revelações ela as escreveu no livro "Mensageiro do Divino Amor", importante obra
cristã de teologia mística e praticamente a única fonte sobre a sua vida
diária.
O conteúdo das suas revelações
e visões era o entendimento do amor de Cristo pelos
homens. Dedicava-se à penitência corporal e, especialmente, à meditação da
sagrada Paixão e Morte de Cristo, à oração diante do Sacrário, e à
devoção a Nossa Senhora. O amor à humanidade de Cristo a levou a descobrir a
devoção ao Sagrado Coração de Jesus, antecipando-se assim às
revelações dessa devoção a Santa Maria Alacoque.
Foi eleita abadessa, cargo que
exerceu até o fim de seus dias. Adoeceu e sofreu muitas dores
físicas por mais de 10 anos, falecendo, como num êxtase de amor, em 1301.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR-Revisão e
acréscimos: José Duarte de Barros Filho
Reflexão: A
vida contemplativa foi a vocação de Santa Gertrudes. Relativamente poucos são
chamados a esta vida, e menos ainda às visões e revelações divinas. Contudo, da
oração devota e mais pura destes poucos, muito depende a misericórdia de Deus
para com a humanidade, e mais deveriam ser reconhecidas e valorizadas tais
vocações. É no silêncio e recolhimento que podemos ouvir a Deus, e onde Ele
mais intensamente Se manifesta à nossa alma. Mesmo na vida comum, não podemos
deixar de dedicar o tempo necessário a este encontro íntimo e transformador com
Deus. Caso contrário, a nossa vida espiritual tenderá à superficialidade,
rotina, e, por fim, desinteresse, pois só amamos o que conhecemos, e só bem
conhecemos a Deus no recolhimento da alma.
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