domingo, 19 de novembro de 2023

BOM DIA EVANGELHO - 20. NOVEMBRO DE 2023

 

BOM DIA EVANGELHO


20 DE NOVEMBRO  DE 2023 - Segunda-feira da 33ª semana do Tempo Comum

Oração: Deus, nosso Rei e Senhor, pela intercessão de Santo Edmundo, dai-nos a graça do soberano governo de nós mesmos, para que assim nos ofereçamos inteiramente às flechas do Seu divino Amor, e sejamos capazes de Vos permanecer fiéis mesmo diante das maiores dificuldades. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Evangelho (Lc 18,35-43):

 Naquele tempo, quando Jesus se aproximou de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmola. Ouvindo a multidão passar, perguntou o que estava acontecendo. Disseram-lhe: «Jesus Nazareno está passando». O cego então gritou: «Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!» As pessoas que iam na frente mandavam que ele ficasse calado. Mas ele gritava mais ainda: «Filho de Davi, tem compaixão de mim!» Jesus parou e mandou que lhe trouxessem o cego. Quando ele chegou perto, Jesus perguntou: «Que queres que eu te faça?» O cego respondeu: «Senhor, que eu veja». Jesus disse: «Vê! A tua fé te salvou». No mesmo instante, o cego começou a enxergar de novo e foi seguindo Jesus, glorificando a Deus. Vendo isso, todo o povo deu glória a Deus».

«A tua fé te salvou» - Rev. D. Antoni CAROL i Hostench(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje o cego Bartimeu (cf. Mc 10,46) dá-nos toda uma lição de fé, manifestada com franca simplicidade perante Cristo. Quantas vezes nos seria útil repetir a mesma exclamação de Bartimeu!: «Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!» (Lc 18,37). É tão proveitoso para a nossa alma sentir-nos indigentes! O fato é que o somos, mas, infelizmente, poucas vezes o reconhecemos de verdade. E..., claro está: fazemos o ridículo. São Paulo adverte-nos: «Que tens que não tenhas recebido? Mas, se recebeste tudo que tens, por que, então, te glorias, como se não o tivesses recebido?» (1Cor 4,7).
Bartimeu não tem vergonha de se sentir assim. Em não poucas ocasiões, a sociedade, a cultura do politicamente correto querem fazer-nos calar: com Bartimeu não o conseguiram. Ele não se encolheu. Apesar de o «mandarem ficar calado, (...) ele gritava mais ainda: Filho de Davi, tem compaixão de mim!» (Lc 18,39). Que maravilha! Apetece dizer: —Obrigado, Bartimeu, por esse exemplo.
E vale a pena fazê-lo como ele, porque Jesus ouve. E ouve sempre!, Por mais confusão que alguns organizem à nossa roda. A confiança simples -sem preconceitos- de Bartimeu desarma Jesus e rouba-lhe o coração: «Mandou que lhe trouxessem o cego e (...) perguntou-lhe: «Que queres que eu te faça?» (Lc 18,40-41). Perante tanta fé, Jesus não anda com rodeios! E Bartimeu também não: «Senhor, que eu veja!». (Lc 18,41). Dito e feito: «Vê! A tua fé te salvou» (Lc 18,42). Assim, pois, —a fé, se é forte, defende toda a casa— (Santo Ambrósio), quer dizer, tudo pode.
Ele é tudo; Ele dá-nos tudo. Então, que outra coisa podemos fazer perante Ele, se não lhe dar uma resposta de fé? E esta resposta de fé equivale a deixar-se encontrar por este Deus que —movido pelo afeto de Pai— nos procura sempre. Deus não se impõe, mas passa frequentemente muito perto de nós: aprendamos a lição de Bartimeu e ... Não o deixemos passar ao largo!

Santo Edmundo

Há três santos com o nome de Edmundo, todos ingleses. Hoje faz-se memória do mais antigo, do século IX, cristão, filho do rei da Saxônia educado na Inglaterra. Aos 14 anos de idade, tornou-se rei, num período dos mais trágicos da Inglaterra, devastada constantemente pelos bárbaros dinamarqueses, que invadiam e saqueavam seus vilarejos. Em 869, estes bárbaros realizaram uma grande invasão nos domínios do rei Edmundo, o qual, para defender o povo e o reino, reuniu seu pequeno exército e os combateu. Os dinamarqueses, melhor armados e em maior número, aprisionaram Edmundo. Foi-lhe oferecida a possibilidade de manter a vida e a coroa, caso renegasse a fé e se proclamasse vassalo dos invasores. Por duas vezes, o rei corajosamente rejeitou a proposta. Por isso morreu transpassado por flechas, no dia 20 de novembro de 870.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR(Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: A defesa da fé católica custou a vida de muitos homens e mulheres ao longo da História. Nunca este sacrifício deixou de dar frutos, pois o sangue dos mártires irriga a vida da Igreja e faz brotar continuamente novos missionários para a propagação da Boa Nova. Tal situação ainda se verifica atualmente, em muitos lugares do globo. O rei Edmundo, jovem e governando por poucos anos, teve a maturidade de fé para defender como pôde a sua pátria, e mais ainda a sua integridade religiosa. Não se deixou enganar por vantagens materiais passageiras e duvidosas, pois quem cede no espírito em tempo cederá também no corpo, e por seu martírio ofereceu ao seu povo maior riqueza do que qualquer espaço territorial. Trocar a Terra, pelo Céu, é adquirir o mais precioso reinado.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA

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