FOTO: Presença da Congregação de Dom Orione em Novo
Aripuanã
Padre Pedro Júnior Pereira Vila
Nova é sacerdote da Congregação de Dom Orione desde 2008. Atualmente,
juntamente com padre Flaviu Enache, sacerdote orionita romeno, e o religioso
estudante Natanael Cominoti da Conceição, é missionário na cidade de Novo Aripuanã.
Oração: Ó Senhor Deus, que exaltais os humildes e em
sua pequenez deixais brilhar Vossa grandeza e Vosso poder, fazei que, pela
intercessão de São Martinho, possam os enfermos e os moribundos alcançar a
saúde e o consolo, e que o testemunho da sua fé e do seu amor por Vós ilumine o
último dia de nossas vidas. Amém.
Evangelho (Lc 14,1-6):
Num dia de sábado, Jesus
foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. Estes o observavam. Em frente
de Jesus estava um homem que sofria de hidropisia. Tomando a palavra, Jesus
disse aos doutores da Lei e aos fariseus: «Em dia de sábado, é permitido curar
ou não?» Eles ficaram em silêncio. Então Jesus tomou o homem pela mão, curou-o
e o despediu. Depois lhes disse: «Se algum de vós tem um filho ou um boi que
caiu num poço, não o tira logo daí, mesmo em dia de sábado?» E eles não foram
capazes de responder a isso.
«Em dia de sábado, é permitido curar ou não?» - Rev. D. Antoni CAROL i Hostench(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje fixamos nossa atenção na
pergunta aguçada que Jesus faz aos fariseus: «Em dia de sábado, é permitido
curar ou não?» (Lc 14,3), e na significativa anotação que faz são Lucas: «E
eles não foram capazes de responder a isso» (Lc 14,4).
São muitos os episódios evangélicos nos quais o Senhor joga na cara dos
fariseus sua hipocrisia. É notável o empenho de Deus em nos deixar claro até
que ponto lhe desagrada esse pecado –a falsa aparência, o engano vaidoso-, que
situa-se nas antípodas daquele elogio de Cristo a Natanael: «Aí está um
verdadeiro israelita, em quem não há falsidade» (Jo 1,47). Deus ama a
simplicidade de coração, a ingenuidade do espírito e, pelo contrário, rechaça
energicamente o que é emaranhado, o olhar vago, a dupla moral, a hipocrisia.
O significativo da pergunta do Senhor e da resposta silenciosa dos fariseus, é
a má consciência que estes, no fundo, tinham. Diante jazia um doente que
buscava sua cura por Jesus. O cumprimento da Lei judaica –mera atenção à letra
com desprezo ao espírito- e a fátua presunção de sua conduta honorável os leva
a escandalizar-se ante a atitude de Cristo que, levado pelo seu coração
misericordioso, não se deixa amarrar pelo formalismo de uma lei, e quer
devolver a saúde a quem carecia dela.
Os fariseus se dão conta de que sua conduta hipócrita não é justificável e, por
isso, calam. Nesta parte resplandece uma clara lição: a necessidade de entender
que a santidade é seguimento de Cristo –até o enamorar-se plenamente- e não
frio cumprimento legal de uns preceitos. Os mandamentos são santos porque
procedem diretamente da Sabedoria infinita de Deus, mas que é possível vive-los
de uma maneira legalista e vazia, e então se dá a incongruência –autêntico
sarcasmo- de pretender seguir a Deus para terminar indo atrás de nós mesmo.
Deixemos que a encantadora simplicidade da Virgem Maria se imponha nas nossas
vidas.
São Martinho de Lima (ou de Porres)
Martinho de Lima sofreu muito com o preconceito, desde seu nascimento no dia 9 de dezembro de 1579. Filho de um cavalheiro espanhol, Juan de Porres, e de uma ex-escrava negra chamada Ana, o menino foi rejeitado pelo pai e pelos parentes, por ser mulato. Tanto que, na sua certidão de batismo, constou "pai ignorado". -:: Leia aqui mais sobre São Martinho . Aos oito anos de idade, Martinho se tornou aprendiz de barbeiro-cirurgião, mas a vocação religiosa lhe falou mais alto. Entretanto, pelo fato de ser mulato, demorou a ser aceito, e só a muito custo conseguiu entrar como oblato num convento dos dominicanos. Encarregava-se dos mais humildes trabalhos do convento, particularmente o de varrer, e era barbeiro e enfermeiro dos seus irmãos de hábito. Conhecedor profundo de ervas e remédios, devido à aprendizagem que tivera, também socorria todos os doentes pobres e mendigos da região. Martinho recebeu o dom dos milagres, e suas orações chegavam ao êxtase místico. Em atenção às suas virtudes, foi-lhe excepcionalmente concedida a profissão de irmão leigo. Com as esmolas que recebia fundou em Lima um hospital para meninos abandonados e colégio só para o ensino das crianças pobres, o primeiro do Novo Mundo. Morreu aos sessenta anos, no dia 3 de novembro de 1639, após contrair uma grave febre; imediatamente após o seu falecimento, foi honrado e venerado como santo. A sua vida foi marcada pela prática da caridade.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R. - Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: São Martinho, homem cheio do Espírito Santo e
de obras no Amor, conseguia servir a Cristo no próximo. Mendigo por amor aos
mendigos, destacou-se pela humildade, piedade e caridade. Numa sociedade
preconceituosa, manifestou claramente que Deus abençoa especialmente os
humildes de coração, independentemente da sua condição diante dos valores
mundanos.
TJL –
A12.COM – EVANGELI.NET – ACIDIGITAL.COM
Nenhum comentário:
Postar um comentário