Os santos rejuvenescem e já não são responsáveis apenas por remotos
milagres. Carlo Acutis ascendeu ao altar dos
beatos, o primeiro passo para sua santificação, vestindo calças jeans e tênis
Nike. O jovem, que morreu aos 15 anos vítima de uma leucemia repentina, foi
beatificado em Assis, Itália, abrindo a possibilidade de se tornar o primeiro santo
millenial. A suposta ascensão aos céus de um garoto que adorava comunicação,
informática e redes sociais se conecta plenamente com uma geração de católicos
afastada inevitavelmente de alguns dos mitos da santificação. O “influencer de
Deus” ou “padroeiro da Internet”, como é conhecido pelos milhares de devotos
que já o seguiam antes da cerimônia de beatificação, inaugura uma nova era no
culto a ídolos católicos
Oração: Senhor Deus e nosso Pai, que sempre nos quer educar na Verdade,
concedei-nos por intercessão de Santa Jacinta Marescotti a permanente coragem
do arrependimento e conversão sinceras, a graça de resistir aos apelos do
mundo, e a humildade de cumprirmos fielmente todas as nossas tarefas. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo e Maria, Vossa Mãe, que em tudo foram obedientes a Vós.
Amém
Evangelho (Mc 5,21-43):
Jesus
passou novamente para a outra margem, e uma grande multidão se ajuntou ao seu
redor. Ele estava à beira-mar. Veio então um dos chefes da sinagoga, chamado
Jairo. Vendo Jesus, caiu-lhe aos pés e suplicava-lhe insistentemente: «Minha
filhinha está nas últimas. Vem, impõe as mãos sobre ela para que fique curada e
viva!». Jesus foi com ele. Uma grande multidão o acompanhava e o apertava de
todos os lados.
Estava aí uma mulher que havia doze anos sofria de hemorragias e tinha padecido
muito nas mãos de muitos médicos; tinha gastado tudo o que possuía e, em vez de
melhorar, piorava cada vez mais. Tendo ouvido falar de Jesus, aproximou-se, na
multidão, por detrás e tocou-lhe no manto. Ela dizia: «Se eu conseguir tocar na
roupa dele ficarei curada». Imediatamente a hemorragia estancou, e a mulher
sentiu dentro de si que estava curada da doença. Jesus logo percebeu que uma
força tinha saído dele e, voltando-se para a multidão, perguntou: «Quem tocou
na minha roupa»? Os discípulos disseram: «Tu vês a multidão que te aperta, e
ainda perguntas: ‘Quem me tocou? ’». Ele olhava ao redor para ver quem o havia
tocado. A mulher, tremendo de medo ao saber o que lhe havia acontecido, veio,
caiu-lhe aos pés e contou toda a verdade. Jesus então disse à mulher: «Filha, a
tua fé te salvou. Vai em paz e fica livre da tua doença».
Enquanto ainda estava falando, chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga
dizendo: «Tua filha morreu. Por que ainda incomodas o mestre?». Jesus ouviu a
notícia e disse ao chefe da sinagoga: «Não tenhas medo, somente crê». Ele não
permitiu que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e seu irmão João.
Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a agitação, pois
choravam e lamuriavam muito. Entrando na casa, ele perguntou: «Por que essa
agitação, por que chorais? A menina não morreu, ela dorme». E começaram a
zombar dele. Afastando a multidão, levou consigo o pai e a mãe da menina e os
discípulos que o acompanhavam. Entrou no lugar onde estava a menina. Pegou a
menina pela mão e disse-lhe: «Talitá cum!(que quer dizer: «Menina, eu te digo, levanta-te»).
A menina logo se levantou e começou a andar — já tinha doze anos de idade.
Ficaram extasiados de tanta admiração. Jesus recomendou com insistência que
ninguém soubesse do caso e falou para que dessem de comer à menina.
«Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e fica livre da tua doença» - Rev. D. Francesc PERARNAU i Cañellas(Girona, Espanha)
Hoje o Evangelho apresenta-nos
dois milagres de Jesus que nos falam da fé de duas pessoas bem diferentes.
Tanto Jairo —um dos chefes da sinagoga— quanto aquela mulher doente mostram uma
grande fé: Jairo tem a certeza de que Jesus pode curar a sua filha, enquanto
aquela boa mulher confia em que um mínimo de contato com a roupa de Jesus será
suficiente para ficar liberada de uma doença grave. E Jesus, porque são pessoas
de fé, concede-lhes o favor que buscavam.
A primeira foi a mulher, aquela que pensava não era digna de que Jesus lhe
dedicara tempo, aquela que não se atrevia a incomodar o Mestre nem a aqueles
judeus tão influentes. Sem fazer barulho, aproxima-se e, tocando a borla do
manto de Jesus, "arranca" sua cura e ela em seguida o nota em seu
corpo. Mas Jesus, que sabe o que aconteceu, quer lhe dizer umas palavras:
«Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e fica livre da tua doença» (Mc 5,34).
A Jairo, Jesus pede-lhe uma fé ainda maior. Como já Deus tinha feito com
Abraham no Antigo Testamento, pedirá uma fé contra toda esperança, a fé das
coisas impossíveis. Comunicaram-lhe a Jairo a terrível notícia que sua filha
acabara de morrer. Podemo-nos imaginar a grande dor que sentia nesse momento, e
talvez a tentação da desesperação. E Jesus, que o ouviu, lhe diz: «Não tenhas
medo, somente crê» (Mc 5,36). E como aqueles patriarcas antigos, crendo contra
toda esperança, viu como Jesus devolvia-lhe a vida a sua amada filha.
Duas grandes lições de fé para nós. Desde as paginas do Evangelho, Jairo e a
mulher que sofria hemorragias, juntamente com tantos outros, falam-nos da
necessidade de ter uma fé imóvel. Podemos fazer nossa aquela bonita exclamação
evangélica: «Eu creio, Senhor, ajuda-me na minha falta de fé» (Mc 9,24).
Quando a pessoa é bonita, rica, além de nobre, pensa poder ter tudo. Assim também pensava Clarice, filha dos príncipes Marescotti de Vignanello: desde criança, sonhava ter uma vida confortável e um bom casamento, mas estes não eram os planos do Senhor para ela. No entanto, achava que seria possível: conheceu um jovem marquês, Capizucchi, do qual se apaixonou. Mas, muito cedo, coube-lhe o destino de se casar com sua irmã mais nova, Ortênsia. - De adolescente obstinada a uma grande Santa - Jacinta viveu assim por 15 anos, apesar dos seus escândalos. Depois, adoeceu seriamente e entendeu que o Senhor, paciente, a aguardava no sofrimento da doença. E o invocou: "Ó Deus, eu vos suplico, dai sentido à minha vida, dai-me esperança, dai-me a salvação"! Tendo-se restabelecido da enfermidade, pediu perdão às coirmãs e se despojou de tudo. - Os 24 anos seguintes da sua existência foram anos de privações e de doação ao próximo, sobretudo aos pobres e enfermos. Graças à ajuda financeira dos velhos amigos, conseguiu dirigir da clausura as obras de dois institutos de assistência social: os “Sacconi” – assim eram chamados os coirmãos, que usavam sacos de estopa durante seu serviço – os enfermeiros que ajudavam os doentes; e os “Oblatos de Maria”, que levavam conforto aos idosos e abandonados. Tudo o que recebia, oferecia aos pobres. Seu exemplo levou muitos a retornarem à fé, da qual tinham se distanciado. -Morte em odor da santidade - Jacinta faleceu em 1640 e, imediatamente, foi venerada pelo povo como Santa, especialmente entre os que haviam sido grandes pecadores e, depois, convertidos pela graça. Durante o velamento, todos queriam levar um pedaço da sua roupa como relíquia. Por isso, seu corpo teve que ser revestido três vezes. O Papa Pio VII presidiu à sua canonização em 1807. .(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
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