domingo, 7 de janeiro de 2024

BOM DIA EVANGELHO - 8. JANEIRO. 024

 

Bom dia, EVANGELHO


08 DE JANEIRO DE 2024 - O Batismo do Senhor (B)

Oração: Senhor, pelo exemplo e intercessão de São Severino, concedei-nos a graça de jamais guardar avaramente os dons que nos destes para a nossa salvação, mas que sinceramente arrependidos dos nossos pecados, sejamos sempre capazes de distribuir com os irmãos, principalmente os mais necessitados, o pão material e espiritual que diariamente nos dais em Vossa bondade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Pão da Vida, e Nossa Senhora, através da Qual O recebemos. Amém.

Evangelho (Mc 1,7-11):

 Ele proclamava: «Depois de mim vem aquele que é mais forte do que eu. Eu nem sou digno de, abaixando-me, desatar a correia de suas sandálias. Eu vos batizei com água. Ele vos batizará com o Espírito Santo». Naqueles dias, Jesus veio de Nazaré da Galiléia e foi batizado por João, no rio Jordão. Logo que saiu da água, viu o céu rasgar-se e o Espírito, como pomba, descer sobre ele. E do céu veio uma voz: «Tu és o meu Filho amado; em ti está meu pleno agrado».

«Tu és o meu Filho amado; em ti está meu pleno agrado» - Mons. Salvador CRISTAU i Coll Obispo de Terrassa(Barcelona, Espanha)

Hoje, solenidade do Batismo do Senhor, termina o ciclo de das festas de Natal. Diz o Evangelho que João tinha se apresentado no deserto e «predicava um batismo de conversão para o perdão dos pecados» (Mc 1,4). As pessoas iam escutá-lo, confessavam seus pecados e se batizavam por ele no rio Jordão. E entre aquelas pessoas se apresentou também Jesus para ser batizado.
Nas festas de Natal vimos como Jesus se manifestava aos pastores e aos magos que, chegando desde Oriente, o adoraram e lhe ofereceram seus dons. De fato, a vida de Jesus ao mundo é para manifestar o amor de Deus que nos salva.
E lá, no Jordão, aconteceu uma nova manifestação da divindade de Jesus: o céu se abriu e ele Espírito Santo, em forma de uma pomba descendia em sua direção e se ouviu a voz do Pai: «Tu és o meu Filho amado; em ti me comprazo.» (Mc 1,11). É o Pai do céu neste caso e o Espírito Santo quem o manifesta. É Deus mesmo que nos revela quem é Jesus, seu Filho amado.
Mas não era uma revelação só para João e os judeus. Era também para nós. O mesmo Jesus, o Filho amado do Pai, manifestado aos judeus no Jordão, se manifesta continuamente a nós a cada dia. Na Igreja, na oração, nos irmãos, no Batismo que recebemos e que nos fez filhos do mesmo Pai.
Preguntamos, pois: —Reconheço sua presença, seu amor em minha vida? —Vivo uma verdadeira relação de amor filial com Deus? Disse o Papa Francisco: «O que Deus quer do homem é uma relação “pai-filho”, acaricie, e diga: ‘Eu estou contigo’».
Também a nós o Pai do céu, no meio de nossas lutas e dificuldades, nos diz: «Tu és o meu Filho amado; em ti está meu pleno agrado».

São Severino

Um discípulo de São Severino, Eugipo, foi também seu biógrafo, mas não soube precisar seu nascimento; pela língua e cultura, provavelmente seria de uma colônia romana do norte da África. Outras informações são mais precisas, como a ida para o Egito e a Síria, ainda jovem, em busca da vida monástica. Em 440, aproximadamente, foi para as regiões do rio Danúbio, hoje Áustria e porções da antiga Iuogoslávia. Ali havia muitas colônias romanas, em parte cristãs, mas ameaçadas pelos invasores bárbaros: hunos, ostrogodos e hérulos. Dedicou-se especialmente à pregação da penitência e da conversão, no intuito de pacificar os bárbaros e reerguer as comunidades cristãs. Para isso estabeleceu-se próximo a Viena, numa choupana, compartilhada com outro eremita. Também cuidou caridosamente dos pobres, dos doentes e dos prisioneiros, conseguindo a libertação de muitos escravos dos bárbaros. Com isso, acabou por ser reconhecido e respeitado até mesmo pelos invasores. Conta-se que, diante de um período de fome, o povo lhe pediu ajuda, e sua orientação foi justamente a penitência e a caridade para obter a misericórdia de Deus. Ao mesmo tempo, publicamente condenou a atitude de certa viúva muito rica que estocava víveres para vendê-los a preços altos aos carentes. Ela se arrependeu e distribuiu os alimentos aos pobres. Mudou-se para Viena a pedido da população e dos governantes, fundando então um mosteiro, o primeiro de vários outros; seus discípulos vieram a se tornar seus maiores auxiliares, na evangelização e nas obras de caridade. O rei Odoacro, dos hérulos, o visitou no mosteiro, revelando a intenção de invadir a Itália. Foi dissuadido pela conversa firme e doce de Severino, e, após a morte deste, em 8 de janeiro de 482, o mesmo rei, preocupado com a possibilidade de suas relíquias serem profanadas por novos invasores, as remeteu para um mosteiro beneditino em Nápoles, na Itália. É considerado o apóstolo da Áustria e das regiões banhadas pelo rio Danúbio.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: Penitência e caridade (como nos pede insistentemente Nossa Senhora em Suas aparições), firmeza e doçura no apostolado (como age e ensina a agir o Espírito Santo)... nada mais atual do que a experiência de vida deste santo do século V para a atualidade, e para o futuro da humanidade. Os frutos de conversão que assim se obtêm fazem com que a barbárie dos nossos próprios corações, e a de outros, sejam transformadas no zelo não apenas com a vida dos irmãos, mas também com a memória das relíquias, materiais e espirituais, que a Igreja nos dá nos ensinamentos de Deus e especialmente no sacrifício Eucarístico, cuja “memória” é tornar efetivamente presente o sacrifício do Calvário em cada Missa. A preparação destas virtudes, também nos ensina São Severino: oração e recolhimento, mesmo que não necessariamente num mosteiro.

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