quinta-feira, 14 de março de 2024

bom dia evangelho - 15. março. 024

 

Bom dia evangelho


15 de março de 2024 - Sexta-feira da 4ª semana da Quaresma

Oração: Senhor, concedei-nos, por intercessão de São Clemente Maria Hofbauer, a total confiança em Vós, de modo a, como ele, diariamente iniciarmos o trabalho de purificação das nossas almas com o pouco que temos, e perseverando no empenho e na Fé, alcançarmos o grande objetivo da Salvação, como instrumentos da Vossa caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Jo 7,1-2.10.14.25-30): 

Depois disso, Jesus percorria a Galileia; não queria andar pela Judeia, porque os judeus procuravam matá-lo. Estava próxima a festa dos judeus, chamada das Tendas. Depois que seus irmãos subiram para a festa, Jesus subiu também, não publicamente, mas em segredo.
Lá pelo meio da festa, Jesus subiu ao templo e começou a ensinar. Alguns de Jerusalém diziam: «Não é este a quem procuram matar? Olha, ele fala publicamente e ninguém lhe diz nada. Será que os chefes reconheceram que realmente ele é o Cristo? Mas este, nós sabemos de onde é. O Cristo, quando vier, ninguém saberá de onde é». Enquanto, pois, ensinava no templo, Jesus exclamou: «Sim, vós me conheceis, e sabeis de onde eu sou. Ora, eu não vim por conta própria; aquele que me enviou é verdadeiro, mas vós não o conheceis. Eu o conheço, porque venho dele e foi ele quem me enviou!». Eles procuravam, então, prendê-lo, mas ninguém lhe pôs as mãos, porque ainda não tinha chegado a sua hora.

«Ninguém lhe deitou as mãos, porque ainda não era chegada a sua hora» - Fr. Matthew J. ALBRIGHT(Andover, Ohio, Estados Unidos)

Hoje, o Evangelho permite-nos contemplar a confusão que surgiu quanto à identidade e missão de Jesus Cristo. Quando nos pomos cara a cara com Jesus, há mal-entendidos e conjecturas acerca de quem Ele é, como se cumprem n’Ele, ou não, as profecias do Antigo Testamento e sobre o que Ele fará. As suposições e os preconceitos conduzem à frustração e à ira. Isto sempre foi assim: a confusão à volta de Cristo e dos ensinamentos da Igreja desperta sempre controvérsia e divisões religiosas. O rebanho dispersa-se se as ovelhas não reconhecem o seu pastor!
As pessoas dizem: «Este nós sabemos de onde vem. Do Cristo, porém, quando vier, ninguém saberá de onde seja» (Jo 7,27), e concluem que Jesus não pode ser o Messias porque Ele não corresponde à imagem de “Messias” em que tinham sido instruídos. Por outro lado, sabem que os Príncipes dos Sacerdotes O querem matar, mas ao mesmo tempo vêem que Ele se movimenta livremente sem ser preso. De modo que se perguntam se talvez as autoridades «terão reconhecido verdadeiramente que este é o Cristo» (Jo 7,26).
Jesus atalha a confusão identificando-se a si próprio como o enviado por Ele que é “verdadeiro” (cf. Jo 7,28). Cristo tem consciência da situação, tal como João a retrata, e ninguém lhe deita a mão porque ainda não tinha chegado a hora de revelar plenamente a sua identidade e missão. Jesus desafia as expectativas ao mostrar-se, não como um líder conquistador para derrotar a opressão romana, mas como o “Servo Sofredor” de Isaías.
O Papa Francisco escreveu: «A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira dos que se encontram com Jesus». É urgente que ajudemos os outros a irem mais além das suposições e dos preconceitos sobre quem é Jesus e o que é a Igreja, e ao mesmo tempo facilitar-lhes o encontro com Jesus. Quando uma pessoa consegue saber quem é realmente Jesus, então abundam a alegria e a paz.

São Clemente Maria Hofbauer

João Evangelista Hofbauer, nascido e batizado a 26 de dezembro de 1751, nasceu em Tasswitz, pequena aldeia rural da Morávia, na atual República Tcheca. Ficou conhecido também pelo seu nome moraviano, Pavel ("João"). Nono dos 12 filhos de uma família humilde, muito simples e pobre. Seu pai era açougueiro. Ainda criança, adorava rezar o rosário com a família, chamando-a para isso; foi um fervoroso devoto de Nossa Senhora. Seu pai morreu quando ele tinha apenas 6 anos de idade; a mãe então segurou um crucifixo diante dele, e disse: “De agora em diante, Ele é seu pai. Cuide para que você nunca O aflija pelo pecado”. Quando jovem, não pôde frequentar muito a escola, mas cedo começou a estudar Latim, o que fez até aos 14 anos de idade. Em 1767 foi enviado para uma padaria, a aprender a profissão de padeiro, e em 1770 foi trabalhar na padaria de um mosteiro Premonstratense, o mosteiro dos Monges Brancos em Kloster Bruck. Nesta época, por causa da guerra, havia fome e muitos desabrigados, que procuravam ajuda no mosteiro. João trabalhou dia e noite para socorrê-los. Ali também pôde estudar. Mas não sentiu afinidade com a Ordem, e em 1771, seguiu para um local retirado em Mühlfrauen, vivendo como eremita e tomando o nome de Clemente Maria. Não ficou lá muito tempo, voltando ao seu ofício de padeiro, em Viena, Áustria. Na famosa padaria onde estava, conheceu duas senhoras ricas e piedosas, que se ofereceram para pagar seus estudos eclesiásticos, pois sendo pobre não conseguia custeá-los. Iniciou a universidade, estudando Filosofia, e logo discerniu que não era esta a sua vocação. Em 1784, em peregrinação a Roma com um estudante amigo, Tadeu Huebl, chegaram ao mosteiro Redentorista recentemente instalado em São julião, no Monte Esquilino, onde foram recebidos. Decidiram entrar para a vida religiosa e ficaram como candidatos. Após breve noviciado, foram ordenados em março de 1785, em Alatri. Clemente estava com 34 anos, e com Tadeu voltou a Viena, onde pretendia estabelecer uma casa da Congregação. Mas o imperador José II da Áustria, anticlerical, estabeleceu leis que inviabilizavam o projeto. Deslocaram-se então para Varsóvia, na Polônia, onde lhes foi confiada a igreja de São Beno (ou Benone), abandonada como o estado da fé dos paroquianos: indiferentes e tíbios, sem instrução religiosa ou vida sacramental. Alarmado com esta situação, Clemente iniciou, com Tadeu e mais seis irmãos, uma intensa atividade pastoral, a “Missão Perpétua”, um programa diário de pregações, instruções, confissões e devoções, que atraíram multidões. Explicitavam, assim, o seu carisma, associados, congregados, para serem instrumentos da Redenção, redentoristas. Clemente era um "leão no púlpito" e um "cordeiro no confessionário", dizendo com clareza a verdade nos sermões, mas acolhendo os penitentes como pai carinhoso. Ficou também conhecido como o “padre que benzia terços”, por sua imensa devoção mariana, e chamava o Rosário de sua “biblioteca”, explicando que por essa devoção conseguia tudo que pedia a Deus. Seus 20 anos de atividade na Polônia provocaram uma gigantesca transformação, duradoura e eficaz, atraindo inclusive numerosos candidatos à vida religiosa. Tal êxito, em boa parte, foi por causa do mesmo recurso que utilizaria depois em Viena: a valorização da beleza da liturgia e das cerimônias, que estimulavam o senso do sagrado. Fundou também um orfanato, em 1787, que funcionou até 1808, quando Napoleão Bonaparte, numa época de restrições religiosas, pressionou para que os redentoristas fossem expulsos da Polônia. A igreja de São Beno foi fechada e os 40 redentoristas que lá moravam foram presos por um mês até serem exilados. Com sofrimento, mas resignação cristã, Clemente viu na situação um sinal da Providência. De volta a Viena, São Clemente já no ano seguinte trabalhou como capelão de um hospital, para atender aos soldados feridos na invasão napoleônica à cidade. Por seu zelo, o arcebispo pediu-lhe para cuidar de uma pequena Igreja dos italianos, onde ficou por quatro anos, até ser nomeado capelão do convento das Irmãs Ursulinas, em julho de 1813. Suas pregações atraíram milhares de pessoas, em especial jovens e intelectuais, artistas e pessoas ricas. Toda semana acontecia uma grande conversão. Clemente deseja expandir a Congregação, solicitando permissão para estabelecer os redentoristas na Áustria, mas as políticas maçônicas anticlericais de então o impediam, tanto antes em Varsóvia como agora em Viena. Acabou por isso sendo proibido de pregar e ameaçado de expulsão. Mas o Papa Pio VII, resistindo à pressão, concedeu que fosse fundada uma comunidade redentorista na Áustria. A permissão, contudo, só chegou no dia da sua morte. De toda a forma, foi a partir da Província Austríaca que a Congregação se expandiu para todo o mundo. Após 12 anos renovando a vida cristã da Áustria, sobretudo de Viena, São Clemente morreu nesta mesma cidade, no dia 15 de março de 1820. É considerado o segundo fundador e principal propagador da Congregação Redentorista. Recebeu o título de Apóstolo de Viena, sendo seu patrono, e também dos padeiros.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

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