quinta-feira, 31 de outubro de 2024

BOM DIA EVANGELHO - 01 DE NOVEMNRO DE 2024

 

BOM DIA EVANGELHO

01 DE NOVEMBRO DE 2024 - Todos os santos – solenidade

A Solenidade de Todos os Santos é um momento especial na vida da Igreja, onde fazemos memória não apenas dos santos canonizados, mas também de todos os que, em sua vida, buscaram viver a santidade e a fidelidade a Deus. Esta celebração nos convida a refletir sobre a universalidade da santidade, a comunhão dos santos e a intercessão deles por nós, que nos inspira a seguir o exemplo de vida cristã autêntica, além de recorrermos a eles em nossas dificuldades. A Liturgia deste dia é rica em significados e nos oferece uma oportunidade de renovação espiritual, para não perdermos de vista o chamado que Deus nos faz para a santidade de vida. (Dom Antonio Carlos Rossi Keller - Bispo de Frederico Westphalen (RS)

Oração: Deus de amor e de bondade, dai-nos a alegria de celebrar, numa única festa, os méritos e a glória de todos os Santos. Favorecei vosso povo com a intercessão dos Vossos santos e santas e guia-nos sempre nos caminhos da paz. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.

Livro do Apocalipse 7,2-4.9-14.

Eu, João, vi um anjo que subia do Nascente, trazendo o selo do Deus vivo. Ele clamou em alta voz aos quatro anjos a quem foi dado o poder de causar dano à terra e ao mar:
«Não causeis dano à terra, nem ao mar, nem às árvores, até que tenhamos marcado na fronte os servos do nosso Deus».
E ouvi o número dos que foram marcados: cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel.
Depois disto, vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro, vestidos com túnicas brancas e de palmas na mão.
E clamavam em alta voz: «A salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro».
Todos os anjos formavam círculo em volta do trono, dos anciãos e dos quatro seres vivos. Prostraram-se diante do trono, de rosto por terra, e adoraram a Deus,
dizendo: «Ámen! A bênção e a glória, a sabedoria e a ação de graças, a honra, o poder e a força ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Ámen!».
Um dos anciãos tomou a palavra e disse-me: «Esses que estão vestidos de túnicas brancas, quem são e de onde vieram?».
Eu respondi-lhe: «Meu Senhor, vós é que o sabeis». Ele disse-me: «São os que vieram da grande tribulação, os que lavaram as túnicas e as branquearam no sangue do Cordeiro».

Livro dos Salmos 24(23),1-2.3-4ab.5-6.

R/ Esta é a geração dos que procuram o Senhor.

Do Senhor é a Terra e o que nela existe,
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre as águas.

Quem poderá subir à montanha do Senhor?
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração puro,
que não invocou o seu nome em vão.

Este será abençoado pelo Senhor
e recompensado por Deus, seu Salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
que procuram a face de Deus.

1.ª Carta de São João 3,1-3.

Caríssimos: Vede que admirável amor o Pai nos consagrou em nos chamar filhos de Deus. E somo-lo de facto. Se o mundo não nos conhece, é porque não O conheceu a Ele.
Caríssimos, agora somos filhos de Deus e ainda não se vê o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Jesus Se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque O veremos tal como Ele é.
Todo aquele que tem nele esta esperança torna-se puro como Ele é puro.

Evangelho segundo São Mateus 5,1-12a.

Naquele tempo, ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou-Se. Rodearam-no os discípulos,
e Ele começou a ensiná-los, dizendo:
«Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os humildes, porque possuirão a Terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados sereis quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós.
Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa».(Tradução litúrgica da Bíblia)

São João-Maria Vianney (1786-1859) - presbítero, Cura de Ars - Temos de ser santos ou réprobos - O cristão deve ser santo

«Sede santos, porque Eu sou santo» (Lv 19,2), diz-nos o Senhor. Porque é que Deus nos dá este mandamento? Porque somos seus filhos e, se o Pai é santo, os filhos também devem ser santos. Só os santos podem ter a esperança de ir gozar da presença de Deus, que é a própria santidade. De facto, ser cristão e viver em pecado é uma contradição monstruosa. O cristão deve ser santo. Sim, esta é a verdade que a Igreja não cessa de nos repetir; e, a fim de a gravar no nosso coração, apresenta-nos um Deus infinitamente santo santificando uma multidão infinita de santos, que parecem dizer-nos: «Lembrai-vos, cristãos, de que estais destinados a ver Deus e a possuí-lo; mas só tereis esta felicidade na medida em que tiverdes reconstituído em vós, durante a vossa vida mortal, a sua imagem, as suas perfeições e, sobretudo, a sua santidade, sem a qual ninguém O verá». E, se a santidade de Deus parece estar acima das nossas forças, consideremos as almas bem-aventuradas, a multidão de criaturas de todas as idades, sexos e condições que foram submetidas às mesmas misérias que nós, expostas aos mesmos perigos, sujeitas aos mesmos pecados, atacadas pelos mesmos inimigos, cercadas pelos mesmos obstáculos. O que elas fizeram, também nós podemos fazê-lo; não temos desculpa para nos dispensarmos de trabalhar para a nossa salvação, isto é, para sermos santos [...]. Concluamos dizendo que, se quisermos, podemos ser santos, porque Deus nunca nos recusará a sua graça para nos ajudar a sê-lo. Ele é nosso Pai, nosso Salvador e nosso amigo. Ele deseja ver-nos livres dos males desta vida e quer encher-nos de toda a espécie de bens, depois de nos ter dado, já neste mundo, imensas consolações, que são um antegosto das do Céu, que vos desejo.

Todos os santos

"Vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do Trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão" (Ap 7,9). A visão narrada por são João Evangelista, no Apocalipse, fala dos santos aos quais é dedicado o dia de hoje.

Na festa de “todos os santos” a Igreja não pretende lembrar somente dos santos conhecidos e oficialmente canonizados, mas de todos aqueles que estão nos Céus, de todos aqueles que só Deus conhece a santidade (as almas do Purgatório ainda não participam desta glória). A Igreja nesse dia comemora todos os homens e mulheres que já alcançaram a glória eterna e por isso mesmo intercedem por nós a todo o momento. De fato, todos os homens e mulheres que durante a vida serviram a Deus e foram obedientes ao ensinamento de Jesus Cristo são santos diante de Deus, ainda que seus nomes não sejam oficialmente coletados em listas canônicas. Lembremo-nos de que entre eles estão crianças, jovens, adultos, anciãos; religiosos e leigos; reis e mendigos; doutos e ignorantes; ricos e pobres… ou seja, não há qualquer situação humana que impeça a santidade, por isso é possível – e mais que desejável! – que nos esforcemos para alcançar a santificação que Deus nos propõe. A celebração começou no século III na Igreja do Oriente e ocorria no dia 13 de maio. A festa de Todos os Santos ocorreu pela primeira vez em Roma, no dia 13 de maio de 609 quando o Papa Bonifácio IV transformou o templo de Partenon, dedicado a todos os deuses pagãos do Olimpo, em uma igreja em honra à Virgem Maria e a todos os Santos. Oficialmente a mudança do dia da festa de Todos os Santos, de 13 de maio para o dia primeiro de novembro, só foi decretada em 1475, pelo do Papa Xisto IV. Mas o importante é que a solenidade de todos os Santos enche de sentido a homenagem de todos os finados, que ocorre no dia seguinte.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R. - Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: Nós também podemos ser santos. Quando trabalhamos com ânimo no dia a dia. Quando suportamos com espírito forte as dores e os problemas de nossa vida, entregando tudo às mãos da Providência divina. Quando rezamos com amor e devoção de forma regular e cotidiana. É necessário que peçamos a Deus o dom da santidade! Finalmente, devemos ter aquele grande amor pelas coisas de Deus, por Cristo, por Maria e pelos homens.

TJL – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG.= - A12.COM – EVANGELI.NET

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

BOM DIA EVANGELHO - 31. OUTUBRO. 024

 

BOM DIA EVANGELHO

31 DE OUTUBRO DE 2024 - Quinta-feira da 30ª semana do Tempo Comum

Oração: Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santo Afonso Rodrigues, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Evangelho (Lc 13,31-35):

 Naquela hora, alguns fariseus aproximaram-se e disseram a Jesus: Sai daqui, porque Herodes quer te matar. Ele disse: Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia chegarei ao termo. Entretanto, preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã, pois não convém que um profeta morra fora de Jerusalém.
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os pintainhos debaixo das asas, mas não quiseste! Vede, vossa casa ficará abandonada. Eu vos digo: não mais me vereis, até que chegue o tempo em que digais: Bendito aquele que vem em nome do Senhor.

«Jerusalém, Jerusalém! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, mas não quiseste!» - Rev. D. Àngel Eugeni PÉREZ i Sánchez(Barcelona, Espanha)

Hoje podemos admirar a firmeza de Jesus no cumprimento da missão encomendada pelo Pai do céu. Ele não se deteve por nada: Eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã (Lc 13,32). Com esta atitude, o Senhor marcou a pauta de conduta que ao longo dos séculos seguiriam os mensageiros do Evangelho ante as persecuções: não dobrar-se ante o poder temporário. Santo Agostinho disse que, em tempo de persecuções, os pastores não devem abandonar os fiéis: nem os que sofrerão o martírio nem os que sobreviverão como o Bom Pastor, que quando vê que vem o lobo, não abandona o rebanho, senão que o defende. Mas visto o fervor com que todos os pastores da Igreja se dispunham a derramar o seu sangue, indica que o melhor será jogar a sorte quem dos clérigos se entregarão ao martírio e quais se porão a salvo para logo cuidarem dos sobreviventes.
Na nossa época, com freqüência, nos chegam notícias de persecuções religiosas, violências tribais ou revoltas étnicas em países do Terceiro Mundo. As embaixadas ocidentais aconselham aos seus concidadãos que abandonem a região e repatriem o seu pessoal. Os únicos que permanecem são os missioneiros e as organizações de voluntários, porque para eles pareceria uma traição abandonar os seus em momentos difíceis.
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os pintainhos debaixo das asas, mas não quiseste! (Lc 13,34-35). Esse lamento do Senhor produz em nós, os cristãos do século XXI, uma tristeza especial, devido ao sangrento conflito entre judeus e palestinos. Para nós, essa região do Próximo Oriente é a Terra Santa, a terra de Jesus e de Maria. E o clamor pela paz em todos os países deve ser mais intenso e sentido pela paz em Israel e Palestina.

Santo Afonso Rodrigues

Afonso Rodrigues nasceu na Espanha, em 25 de julho de 1532. Pertencia à uma família pobre e profundamente cristã. Após viver uma sucessão de fatalidades pessoais, Afonso encontrou seu caminho na fé. A primeira provação foi a morte do pai. Diante da ausência paterna, Afonso assumiu os negócios da família. Com 23 anos Afonso casou-se e o seu matrimônio gerou dois filhos. Mas aí veio a segunda provação: sua esposa adoeceu gravemente e faleceu. Em seguida seus filhos também faleceram. A perda da família fez Afonso descuidar-se dos negócios. Afonso entrou então numa profunda crise espiritual. Retirado na própria casa, rezou e meditou muito e resolveu dedicar sua vida completamente à serviço de Deus servindo os semelhantes. Ingressou como irmão leigo na Companhia de Jesus em 1571 e um noviciado de sucesso, foi enviado para trabalhar no colégio de formação de padres jesuítas na ilha de Maiorca. No colégio exerceu somente a simples e humilde de porteiro, por quarenta e seis anos. Se materialmente não ocupava posição de destaque, espiritualmente era dos mais engrandecidos entre os irmãos. Recebera dons especiais e muitas manifestações místicas o cercavam, como visões, previsões, prodígios e cura. Ele é padroeiro dos porteiros.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: A Companhia de Jesus gerou missionários santos que deixaram a assinatura dos jesuítas na história da evangelização e na história da humanidade. Figuras ilustres que se destacaram pela relevância de suas obras sociais cristã em favor das minorias pobres e marginalizadas, cujas contribuições ainda florescem no mundo todo. Santo Afonso Rodrigues é um desses grandes homens.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG

terça-feira, 29 de outubro de 2024

BOM DIA EVANGELHO - 30. OUTUBRO. 024

 

BOM DIA EVANGELHO


30 DE OUTUBRO DE 2024 - Quarta-feira da 30ª semana do Tempo Comum

Oração: São Marcelo, fostes soldado dos homens e te converteste, por meio do martírio, em soldado para Cristo Jesus. Olhai por nós que enfrentamos tantas situações nas quais precisamos de coragem para seguir a Deus com firmeza, dando testemunho de sua onipotência e grandeza. Rogai por nós, para que também sejamos soldados do Rei de reis. Que assim seja, Amém!

Evangelho (Lc 13,22-30):

 Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. Alguém lhe perguntou: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” Ele respondeu: ”Esforçai-vos por entrar pela porta estreita. Pois eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: ‘Senhor, abre-nos a porta! ’. Ele responderá: ‘Não sei de onde sois’. Então começareis a dizer: ‘Comemos e bebemos na tua presença, e tu ensinaste em nossas praças! ’. Ele, porém, responderá: ‘Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim, todos vós que praticais a iniqüidade! ’ E ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas, no Reino de Deus, enquanto vós mesmos sereis lançados fora. Virão muitos do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. E assim há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão último».

«Tempo Comum, Semana XXX, quarta-feira» -Rev. D. Lluís RAVENTÓS i Artés(Tarragona, Espanha)

Hoje, a caminho de Jerusalém, Jesus se detém um momento e alguém aproveita para perguntar: «Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?» (Lc 13,23). Talvez, ao escutar a Jesus, aquele homem se inquietou. Realmente, o que Jesus ensina é maravilhoso e atrativo, mas as exigências que admite já não são tão de seu agrado. Mas, e se vivesse o Evangelho à sua vontade, com una “moral a la carte”?, que probabilidades teria de se salvar?
Assim pois, pergunta: «Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?» Jesus não aceita esta sugestão. A salvação é uma questão muito séria como para ser resolvida mediante um cálculo de probabilidades. DEUS «não quer que ninguém se perca, e sim que todos se convertam» (2Pe 3,9).
Jesus responde: «Esforçai-vos por entrar pela porta estreita. Pois eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. ‘Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: ‘Senhor, abre-nos a porta! ’. Ele responderá: ‘Não sei de onde sois’.» (Lc 13,24-25). Como podem ser ovelhas de seu rebanho se não seguem ao Bom Pastor, nem aceitam o Magistério da Igreja? «Ele, porém, responderá: ‘Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim, todos vós que praticais a iniquidade! E ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas, no Reino de Deus, enquanto vós mesmos sereis lançados fora.» (Lc 13,27-28).
Nem Jesus, nem a Igreja temem que a imagem de Deus Pai seja manchada ao revelar o mistério do inferno. Como afirma o Catecismo da Igreja, «as afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja a propósito do inferno são um chamado à responsabilidade com a qual o homem deve usar sua liberdade em relação com seu destino eterno. Constituem ao mesmo tempo um rápido chamado à conversão» (n. 1036).
“Deixemos de brincar de espertos” e de fazer cálculos. Preocupemo-nos por entrar pela porta estreita, voltando a começar tantas vezes quantas sejam necessária, confiados em sua misericórdia «Todo isso, que te preocupa de momento — diz são Josemaria — importa más o menos — O que importa absolutamente é que seja feliz, que te salves».

São Marcelo

São Marcelo foi um centurião romano que viveu durante o século III, também foi casado e pai de doze filhos. A história proporciona pouca informação sobre sua vida e conversão, porém sabemos que no ano 298 foi martirizado por defender a fé em Jesus Cristo e em Deus como nosso único Deus verdadeiro. Durante a celebração das festas que comemoravam o nascimento do Imperador Valério, São Marcelo fez uma confissão pública da fé cristã. Querendo testemunhar sua conversão, jogou no chão a espada de centurião e o ramo de videira que simbolizava o rango militar ao qual pertencia. Nesta ocasião recusou a oferecer sacrifícios aos deuses pagãos. Esta manifestação explícita de adesão ao cristianismo custou a vida de São Marcelo, que foi sentenciado pelo prefeito pretório Aurélio Agricolano e levado ao martírio, sofrendo decapitação na cidade de Tânger em Marrocos. Reflexão: Nos inícios do cristianismo era comum escutar aos fiéis dizendo que o sangue dos mártires é semente de novos cristãos. São Marcelo nos oferece o testemunho desta certeza esperançadora. Peçamos a Deus que este exemplo de coragem fortaleça nossa fé e nos faça capazes de defender o que amamos, sem temer as consequências e seguros da alegria maior que é a amizade com Jesus que nos abraça com o Pai e o Espírito Santo.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

BOM DIA EVANGELHO - 29.OUTUBRO.024

 

BOM DIA EVANGELHO

29 DE OUTUBRO DE 2024 - Terça-feira da 30ª semana do Tempo Comum

Oração: Onipotente e poderoso Senhor, que destes a São Narciso muita luz para guiar o rebanho de Cristo na cidade de Jerusalém, mandai o vosso Espírito Santo para nos guardar e mostrar os caminhos que levam a vós. E pela intercessão de São Narciso, concedei-nos a graça que vos imploramos. Por Cristo Jesus Nosso Senhor, Amém.

Evangelho (Lc 13,18-21): 

Naquele tempo, Jesus dizia: A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo? É como um grão de mostarda que alguém pegou e semeou no seu jardim: cresceu, tornou-se um arbusto, e os pássaros do céu foram fazer ninhos nos seus ramos. Jesus disse ainda: Com que mais poderei comparar o Reino de Deus? É como o fermento que uma mulher pegou e escondeu em três porções de farinha, até tudo ficar fermentado.

«A que é semelhante o Reino de Deus» - Rev. D. Francisco Lucas MATEO Seco(Pamplona, Navarra, Espanha)

Hoje, os textos da liturgia, mediante duas parábolas, põem diante de nossos olhos uma das características próprias do Reino de Deus: é algo que cresce lentamente - como um grão de mostarda - mas que chega a ser grande ao ponto de oferecer refúgio às aves do céu. Assim o manifestava Tertuliano: Somos de ontem e enchemos tudo!. Com essa parábola, Nosso Senhor exorta à paciência, à fortaleza e à esperança. Essas virtudes são particularmente necessárias a aqueles que se dedicam à propagação do Reino de Deus. É necessário saber esperar a que a semente plantada, com a graça de Deus e com a cooperação humana, vá crescendo, aprofundando suas raízes na boa terra y elevando-se pouco a pouco até converter-se em árvore. Faz falta, em primeiro lugar, ter fé na virtualidade -fecundidade-contida na semente do Reino de Deus. Essa semente é a Palavra; é também a Eucaristia, que se semeia em nós mediante a comunhão. Nosso Senhor Jesus Cristo se comparou a si mesmo com : verdade, em verdade vos digo; se o grão de trigo, caído na terra, não morrer, fica só; se morrer produz muito fruto;(Jn 12,24).
O Reino de Deus prossegue Nosso Senhor, é semelhante, é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha e toda a massa ficou levedada (Lc 13,21). Também aqui se fala da capacidade que tem a levedura de fazer fermentar toda a massa. Assim sucede com : o resto de Israel, de que se fala no Antigo Testamento: o resto salvará e fermentará a todo o povo. Seguindo com a parábola, só é necessário que o fermento esteja dentro da massa, que chegue ao povo, que seja como o sal capaz de preservar da corrupção e de dar bom sabor a todo alimento (cf. Mt 5,13). Também é necessário dar tempo para que a levedura realize seu labor.
Parábolas que animam a paciência e a esperança; parábolas que se referem ao Reino de Deus e à Igreja, e que se aplicam também ao crescimento deste mesmo Reino em cada um de nós.

São Narciso

A tradição da Igreja celebra neste dia a São Narciso de Jerusalém, a quem se atribui muitos milagres e o fato de ter falecido aos 116 anos de idade. Foi bispo de Jerusalém no final do século II e é recordado como um homem de Deus, que viveu uma espiritualidade adornada pela humildade, a pureza e o espírito de penitência. Fez um trabalho admirável na evangelização dos pagãos, amou com ternura os pobres e doentes. Presidiu o Concílio onde se decidiu que a Páscoa devia cair no domingo. Conta-se que foi também na véspera de uma festa de Páscoa, que Narciso transformou água em azeite para acender as lamparinas da igreja que estavam secas. Narciso foi caluniado, sob juramento, por três homens e embora perdoasse seus detratores, o inocente Bispo preferiu se retirar para o isolamento de um deserto. Segundo a história, os caluniadores sofreram terríveis castigos. Depois de algum tempo Narciso reapareceu e foi aclamado novamente como bispo da cidade.(Colaboração: Yara Fonseca)

Reflexão: Sob a intercessão de São Narciso queremos pedir hoje por todos os bispos, para que possam encontrar no seu testemunho a coragem e perseverança necessária para cumprir o ministério episcopal. Peçamos ao bom Deus que iluminados pelo Espírito eles sejam sinal de unidade do Povo de Deus a eles confiado.

TJL – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG -A12.COM – EVANGELI.NET

domingo, 27 de outubro de 2024

bom dia evangelho - 28 de outubro de 2024

 

BOM DIA EVANGELHO

28 DE OUTUBRO DE 2024 - 28 de outubro: São Simão e São Judas, apóstolos

Imagem acima: Catedral Cristo Rey - MG

Oração: Senhor Jesus, Tu escolheste S. Judas entre os teus Apóstolos e fizeste dele, para o nosso tempo, o Apóstolo das causas desesperadas. Agradeço-Te por todos os benefícios que me concedeste por sua intercessão e peço-Te que me concedas a Tua graça nesta vida para que possa participar um dia, na Tua glória, na alegria eterna. Amém.

Evangelho (Lc 6,12-19):

Naqueles dias, Jesus foi à montanha para orar. Passou a noite toda em oração a Deus. Ao amanhecer, chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, aos quais deu o nome de apóstolos: Simão, a quem chamou Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado zelote; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que se tornou o traidor.
Jesus desceu com eles da montanha e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e uma grande multidão de gente de toda a Judéia e de Jerusalém, e do litoral de Tiro e Sidônia. Vieram para ouvi-lo e serem curados de suas doenças. Também os atormentados por espíritos impuros eram curados. A multidão toda tentava tocar nele, porque dele saía uma força que curava a todos

«Jesus foi à montanha para orar» - Rev. D. Albert TAULÉ i Viñas(Barcelona, Espanha)

Hoje contemplamos um dia inteiro da vida de Jesus. Uma vida que tem duas vertentes claras: a oração e a ação. Se a vida do cristão há de imitar a vida de Jesus, não podemos prescindir de ambas as dimensões. Todos os cristãos, inclusive aqueles que têm se consagrado à vida contemplativa, temos de dedicar uns momentos à oração e outros à ação, ainda que varie o tempo que dediquemos a cada uma. Até os monges e as freiras de clausura dedicam bastante tempo de sua jornada a um trabalho. Em contrapartida, os que somos mais seculares, se desejamos imitar Jesus, não deveríamos nos mover numa ação desenfreada sem ungi-la com a oração. Ensina-nos São Jerónimo: «Embora o Apóstolo mandou-nos que orássemos sempre, (...) convém que destinemos umas horas determinadas a esse exercício».
É que Jesus precisava de longos momentos de oração em solitário quando todos dormiam? Os teólogos estudiam qual era a psicologia de Jesus homem: até que ponto tinha acesso direto à divindade e até que ponto era «homem semelhante em tudo a nós, menos no pecado» (He 4,5). Na medida que o consideremos mais cercano, sua prática de oração será um exemplo evidente para nós.
Assegurada já a oração, só nos fica imitá-lo na ação. No fragmento de hoje, vemo-lo organizando a Igreja, quer dizer, escolhendo os que serão os futuros evangelizadores, chamados a continuar sua misão no mundo. «Ao amanhecer, chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, aos quais deu o nome de apóstolos» (Lc 6,13). Depois encontramo-lo curando todo tipo de doença. «A multidão toda tentava tocar nele porque dele saía uma força que curava a todos» (Lc 6,19), diz-nos o evangelista. Para que nossa identificação com Ele seja total, unicamente nos falta que também saia de nós uma força que cure a todos, o que só será possível se estamos inseridos Nele, para que demos muitos frutos (cf. Jn 15,4)

São Judas Tadeu

Judas, apóstolo que celebramos hoje, era natural de Caná da Galiléia, na Palestina. O seu pai, Alfeu, era irmão de São José; a mãe, Maria Cléofas, prima irmã de Maria Santíssima. Portanto, Judas era primo irmão de Jesus e irmão de Tiago, chamado o Menor, também discípulo de Jesus.
No evangelho de Mateus, vemos que Judas Tadeu foi escolhido por Jesus. Na ceia, Judas Tadeu perguntou a Jesus: "Mestre, por que razão deves manifestar-te a nós e não ao mundo?" Jesus lhe respondeu que a verdadeira manifestação de Deus está reservada para aqueles que o amam e guardam a sua palavra. Também faz parte do Novo Testamento a pequena Carta de São Judas, a qual traz os fundamentos para perseverar no amor de Jesus e adverte contra os falsos mestres.
Após ter recebido o dom do Espírito Santo, Judas Tadeu iniciou sua pregação na Galiléia. Depois foi para a Samaria e próximo do ano 50, tomou parte no primeiro Concílio, em Jerusalém. Em seguida, continuou a evangelizar na Mesopotâmia, Síria, Armênia e Pérsia, onde encontrou Simão, e passaram a viajar juntos.
O apóstolo Judas Tadeu se tornou um mártir da fé. Os sacerdotes pagãos furiosos mandaram assassinar o apóstolo, a golpes de bastões, lanças e machados. Tudo teria acontecido no dia 28 de outubro de 70. Sua imagem traz até hoje a palavra de Deus e um machadinho, símbolo de seu martírio.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: São Bernardo de Claraval assegura que “entre os devotos de S. Judas, poucos há que não tenham recebido provas especiais da sua assistência nas doenças, nos assuntos mais difíceis e mesmo no desespero, nos temores, nos desgostos, nas calúnias, na pobreza, na miséria, e nas ocasiões em que toda a esperança humana parecia perdida”. É invocado como o santo dos desesperados e aflitos, das causas sem solução ou perdidas.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

BOM DIA EVANGELHO - 25 DE OUTUBRO DE 2024

 

BOM DIA EVANGELHO

25 DE OUTUBRO DE 2024 - Sexta-feira da 29ª semana do Tempo Comum

Oração: Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu Vos adoro, louvo e Vos dou graças pelos benefícios que me fizestes. Peço-Vos, por tudo que fez e sofreu o Vosso servo Frei Antônio de Sant'Anna Galvão, que aumenteis em mim a fé, a esperança e a caridade, e Vos digneis conceder-me a graça que ardentemente almejo. Amém.

Evangelho (Lc 12,54-59):

Naquele tempo, Jesus dizia também às multidões: Quando vedes uma nuvem vinda do ocidente, logo dizeis que vem chuva. E assim acontece. Quando sentis soprar o vento sul, logo dizeis que vai fazer calor. E assim acontece. Hipócritas! Sabeis avaliar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis avaliar o tempo presente? Por que não julgais por vós mesmos o que é justo? Quando, pois, estás indo com teu adversário apresentar-te diante do magistrado, procura resolver o caso com ele enquanto ainda a caminho. Senão ele te levará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e o oficial de justiça te jogará na prisão. Eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo.

«Como é que não sabeis avaliar (...) o tempo presente? Por que não julgais por vós mesmos o que é justo»

Rev. D. Frederic RÀFOLS i Vidal(Barcelona, Espanha)

Hoje, Jesus quer que levantemos os olhos para o céu. Esta manhã, depois de três dias de chuva persistente, o céu apareceu luminoso e claro num dos dias mais esplêndidos deste outono. Vamos entendendo o tema das mudanças do tempo, já que agora os meteorologistas são quase da família. Pelo contrário, custa-nos mais a entender em que tempo estamos ou vivemos: «Sabeis avaliar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis avaliar o tempo presente?». (Lc 12,56). Muitos dos que escutavam Jesus perderam uma oportunidade única na História de toda a Humanidade. Não viram em Jesus o Filho de Deus. Não perceberam o tempo, a hora da salvação.
O Concílio Vaticano II, na Constituição Gaudium et Spes (n. 4), atualiza o Evangelho de hoje: «Pesa sobre a Igreja o dever permanente de escutar a fundo os sinais dos tempos e interpretá-los à luz do Evangelho (...)». É preciso, portanto, conhecer e compreender o mundo em que vivemos e as suas esperanças, as suas aspirações, o seu modo de ser, frequentemente dramático.
Quando vemos a história, não nos custa muito assinalar as ocasiões perdidas pela Igreja por não ter descoberto o momento que então se vivia. Mas, Senhor: «Quantas ocasiões não teremos perdido agora por não descobrir os sinais dos tempos ou, o que significa o mesmo, por não viver e iluminar a problemática atual com a luz do Evangelho? Por que não julgais por vós mesmos o que é justo?» (Lc 12,57), continua a recordar-nos hoje Jesus.
Não vivemos num mundo de maldade, ainda que também haja bastante. Deus não abandonou o seu mundo. Como recordava São João da Cruz, habitamos uma terra onde andou o próprio Deus e que ele encheu de formosura. Santa Teresa de Calcutá captou os sinais dos tempos, e o tempo, o nosso tempo, entendeu santa Teresa de Calcutá. Que ela nos estimule. Não deixemos de olhar para o alto, sem perder de vista a terra

Santo Antônio de Sant'Anna Galvão (Guaratinguetá (SP)

O brasileiro Antonio de Sant'Anna Galvão nasceu em 1739, em Guaratinguetá, São Paulo. Quando tinha treze anos, Antônio foi enviado para estudar com os jesuítas. Desse modo, na sua vida estava plantada a semente da vocação religiosa. Aos vinte e um anos, Antônio deixa os jesuítas e ingressa na Ordem Franciscana, no Rio de Janeiro.
Em 1768 foi nomeado pregador e confessor do convento das Recolhidas de Santa Teresa. Entre suas penitentes encontrou a Irmã Helena Maria do Sacramento, que tinha visões sobre a fundação de um novo convento. Apesar das dificuldades, frei Galvão e Irmã Helena fundaram, em fevereiro de 1774, o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência.
Entre dificuldades e perseguições, frei Galvão conseguiu manter e ampliar este convento, construindo inclusive uma igreja anexa ao prédio. Hoje o convento, em São Paulo, é patrimônio cultural da humanidade. Em 1811, a pedido do Bispo de São Paulo, fundou o Recolhimento de Santa Clara em Sorocaba.
Com a saúde enfraquecida, recebeu autorização especial para residir no Recolhimento da Providência. Durante sua última enfermidade, Frei Galvão foi morar num pequeno quarto, ajudado pelas religiosas que lhe prestavam algum alívio e conforto. Ele faleceu com fama de santidade em 23 de dezembro de 1822. Ele é considerado padroeiro dos engenheiros, arquitetos e construtores.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.)

Reflexão: Frei Galvão foi chamado “Bandeirante de Cristo”, porque tinha na alma a grandeza, o arrojo e fortaleza de um verdadeiro bandeirante. Renunciou a uma brilhante situação no mundo para servir a Jesus Cristo. Cheio do espírito de caridade, não media sacrifícios para aliviar os sofrimentos alheios. Foi considerado santo mesmo já antes de sua morte.

A12.COM – EVANGELI.NET – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

BOM DIA EVANGELHO - 24. OUTUBRO. 024

 

BOM DIA EVANGELHO

24 DE OUTUBRO DE 2024 - Quinta-feira da 29ª semana do Tempo Comum

Oração: Deus, nosso Pai, Santo Antônio Maria Claret foi inflamado pelo fogo do vosso Espírito Santo. À todos procurou levar a mensagem do Reino segundo as exigências de seu tempo. Senhor, saibamos nós também responder aos desafios de nosso tempo, extraindo do Evangelho a inspiração para o nosso agir e pensar. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

Carta aos Efésios 3,14-21.

Irmãos: Eu dobro os joelhos diante do Pai,
de quem recebe o nome toda a paternidade nos Céus e na Terra,
para que Se digne, segundo as riquezas da sua glória, armar-vos poderosamente pelo seu Espírito, para que se fortifique em vós o homem interior
e Cristo habite pela fé em vossos corações. Assim, profundamente enraizados na caridade,
podereis compreender, com todos os santos, a largura, o comprimento, a altura e a profundidade
do amor de Cristo, que ultrapassa todo o conhecimento, para que sejais totalmente saciados na plenitude de Deus.
Àquele que, pela sua virtude que atua em nós, pode fazer infinitamente mais do que possamos pedir ou imaginar,
a Ele a glória, na Igreja e em Jesus Cristo, em todas as gerações, pelos séculos dos séculos. Ámen.

Livro dos Salmos 33(32),1-2.4-5.11-12.18-19.

R/ A bondade do Senhor encheu a terra.

Justos, aclamai o Senhor,
os corações retos devem louvá-lo.
Louvai o Senhor com a cítara,
cantai-Lhe salmos ao som da harpa.

A palavra do Senhor é reta,
da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a retidão:
a Terra está cheia da bondade do Senhor.

O plano do Senhor permanece eternamente
e os desígnios do seu coração por todas as gerações.
Feliz a nação que tem o Senhor por seu Deus,
o povo que Ele escolheu para sua herança.

Os olhos do Senhor estão voltados para os que O temem,
para os que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas
e os alimentar no tempo da fome.

Evangelho segundo São Lucas 12,49-53.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu vim trazer o fogo à Terra e que quero Eu senão que ele se acenda?
Tenho de receber um batismo e estou ansioso até que ele se realize.
Pensais que Eu vim estabelecer a paz na Terra? Não. Eu vos digo que vim trazer a divisão.
A partir de agora, estarão cinco divididos numa casa: três contra dois e dois contra três.
Estarão divididos o pai contra o filho e o filho contra o pai, a mãe contra a filha e a filha contra a mãe, a sogra contra a nora e a nora contra a sogra».(Tradução litúrgica da Bíblia)

São João de Ávila (1499-1569) - presbítero, doutor da Igreja -Cartas de direção, 74

Tenhamos o coração abrasado!

Grande é a nossa miséria! Estamos tão longe de Deus e sofremos tão pouco com isso! Creio que a causa da nossa tibieza é a seguinte: enquanto não tivermos provado a Deus, não podemos saber o que é ter fome nem o que é estar saciado. É por isso que não temos fome dele e não nos fartamos das criaturas. O nosso coração está frio, dividido entre Deus e as coisas criadas, preguiçoso, sem força nem gosto pelas coisas de Deus. Ora, o Senhor não quer ter ao seu serviço almas mornas, mas corações acesos pelo fogo que Ele trouxe à terra e que quer ver arder (cf Lc 12,49). E, para que este fogo arda, deixou-Se consumir na cruz, e quis que recolhêssemos lenha dessa mesma cruz para nos aquecermos à sua chama e respondermos com amor ao seu imenso amor; porque é justo que sintamos uma doce chaga de amor ao ver que Ele não foi apenas ferido, mas morto por nosso amor. Sim, é justo que sejamos vítimas do amor daquele que, por amor, Se entregou a mãos cruéis. [...] Se o fogo começa a arder dentro de nós, tenhamos o cuidado de o cobrir para que o vento não o apague. Escondamo-lo sob as cinzas da humildade e do silêncio, e ele não morrerá. Mas, sobretudo, aproximemo-nos do fogo que arde e inflama, isto é, Jesus Cristo Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento. Abramos a nossa alma, a boca do nosso desejo, e corramos a saciar a nossa sede nesta fonte da água viva.

Santo Antônio Maria Claret

Antônio nasceu em 23 de dezembro de 1807, em Barcelona, na Espanha. Na família aprendeu o caminho do seguimento de Cristo, a devoção à Maria e o profundo amor à Eucaristia. Na adolescência ouviu o chamado para servir à Deus. Assim, acrescentou o nome de "Maria" ao seu, para dar testemunho de que a ela dedicaria sua vida de religioso.
Em 1835 recebeu a ordenação sacerdotal. Trabalhou como pároco e depois, recorrendo a Roma, passou a ser missionário itinerante pela Espanha. Em 1948 foi enviado para evangelizar as ilhas Canárias.
Em 1849 na companhia de outros cinco jovens sacerdotes, fundou a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, ou Padres Claretianos. Nesse mesmo ano, o fundador foi nomeado arcebispo de Cuba. Neste país sofreu hostilidade dos grupos maçônicos.
Mas Monsenhor Claret continuou seu trabalho. Restaurou o antigo seminário cubano, deu apoio aos negros e índios escravos. Quando voltou à Madri em 1857, para ser confessor da rainha Isabel II, deixou a Igreja de Cuba mais unida, mais forte e resistente. Morreu com 63 anos no dia 24 de outubro de 1870, na França.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: Santo Antonio Maria Claret destaca-se pelo amor a Palavra de Deus, que tratava com familiaridade e respeito. Ungido pelo Espírito Santo para evangelizar os pobres, é a palavra de Deus que configura sua personalidade no seguimento de Jesus e dos apóstolos. Em tudo Maria Claret fazia a vontade de Deus com humildade e claridade.

TJL – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG – A12.COM – EVANGELI.NET

terça-feira, 22 de outubro de 2024

BOM DIA EVANGELHO - 23. OUTUBRO. 024

 

BOM DIA EVANGELHO

23 DE OUTUBRO DE 2024

Quarta-feira da 29ª semana do Tempo Comum

Oração: Deus, nosso Pai, a exemplo de São João Capistrano, faça de nós o sal da terra, mediante uma vida honrada e íntegra, trabalhando com ardor para construção da paz e da comunhão. Dai-nos também ser luz para este mundo carente de valores espirituais, fazendo o bem sem olhar à quem. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

Carta aos Efésios 3,2-12.

Irmãos: Certamente já ouvistes falar da graça que Deus me confiou a vosso favor:
por uma revelação, foi-me dado a conhecer o mistério de Cristo, como já o apresentei sumariamente.
Assim podeis compreender o conhecimento que tenho do mistério de Cristo.
Nas gerações passadas, ele não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como agora foi revelado pelo Espírito Santo aos seus santos apóstolos e profetas:
os gentios recebem a mesma herança que os judeus, pertencem ao mesmo corpo e participam da mesma promessa, em Cristo Jesus, por meio do Evangelho.
Deste Evangelho me tornei ministro, pelo dom da graça que Deus me concedeu pela força do seu poder.
A mim, o último de todos os santos, foi concedida a graça de anunciar aos gentios a insondável riqueza de Cristo
e de manifestar a todos como se realiza o mistério escondido, desde toda a eternidade, em Deus, Criador de todas as coisas.
E agora, é por meio da Igreja que se dá a conhecer aos principados e potestades celestes a multiforme sabedoria de Deus,
realizada, conforme o seu eterno desígnio, em Jesus Cristo, nosso Senhor.
Assim, é pela fé em Cristo que podemos aproximar-nos de Deus com toda a confiança.

Livro de Isaías 12,2-3.4bcd.5-6.

R/ Ireis com alegria às fontes da salvação.

Deus é o meu Salvador,
tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
Ele é a minha salvação.

Tirareis água com alegria das fontes da salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome.
Anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo.

Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a Terra.
Entoai cânticos de alegria e exultai, habitantes de Sião,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.

Evangelho segundo São Lucas 12,39-48.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Compreendei isto: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, não o deixaria arrombar a sua casa.
Estai vós também preparados, porque na hora em que não pensais virá o Filho do homem».
Disse Pedro a Jesus: «Senhor, é para nós que dizes esta parábola, ou também para todos os outros?».
O Senhor respondeu: «Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor estabelecerá à frente da sua casa, para dar devidamente a cada um a sua ração de trigo?
Feliz o servo a quem o senhor, ao chegar, encontrar assim ocupado.
Em verdade vos digo que o porá à frente de todos os seus bens.
Mas se aquele servo disser consigo mesmo: "O meu senhor tarda em vir"; e começar a bater em servos e servas, a comer, a beber e a embriagar-se,
o senhor daquele servo chegará no dia em que menos espera e a horas que ele não sabe; ele o expulsará e fará que tenha a sorte dos infiéis.
O servo que, conhecendo a vontade do seu senhor, não se preparou ou não cumpriu a sua vontade, levará muitas vergastadas.
Aquele, porém, que, sem a conhecer, tenha feito ações que mereçam vergastadas, levará apenas algumas. A quem muito foi dado, muito será exigido; a quem muito foi confiado, mais se lhe pedirá».(
Tradução litúrgica da Bíblia)

COMENTÁRIO: São Fulgêncio de Ruspas (467-532) -bispo no Norte de África

Sermão I, 2-3 : «Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor estabelecerá à frente da sua casa, para dar devidamente a cada um a sua ração de trigo?»

Se perguntarmos o que é esta medida de trigo, São Paulo responde-nos: «É a medida da fé que Deus vos deu» (Rom 12,3). Àquilo a que Cristo chama a medida de trigo, chama Paulo a medida da fé, para nos ensinar que não há outro trigo espiritual senão o venerável mistério da fé cristã. Damos-vos esta medida de trigo em nome do Senhor sempre que, iluminados pelos dons espirituais da graça, vos falamos segundo a regra da verdadeira fé. Esta medida é-vos dada pelos administradores do Senhor quando ouvis a palavra da verdade da boca dos servos de Deus. Que esta medida de trigo que Deus nos dá para partilhar seja o nosso alimento: que ela seja o alimento da nossa boa conduta, para que possamos alcançar a recompensa da vida eterna. Acreditemos naquele que Se dá a nós como alimento para não desfalecermos no caminho, e que Se reserva como nosso prémio para encontrarmos a alegria na pátria. Acreditemos e esperemos nele; amemo-lo acima de tudo e em tudo. Porque Cristo é o nosso alimento e será a nossa recompensa. Cristo é o alimento e o conforto dos viajantes; Ele é a satisfação e a exultação dos bem-aventurados no seu repouso.

São João de Capistrano

João nasceu no dia 24 de junho de 1386, na cidade de Capistrano, no então reino de Nápoles. Era filho de um conde alemão e uma jovem italiana. Estudou direito civil e canônico, formando-se com honra ao mérito. Ainda jovem casou-se com um nobre dama da sociedade.
Numa crise política no Reino de Nápoles, João foi cogitado para auxiliar nas negociações. Entretanto houve confusões e o jovem acabou preso. Para piorar a situação ele recebeu a notícia da morte de sua esposa.
Foi então um momento de mudança radical de vida. Abriu mão de todos os cargos, vendeu todos os bens e propriedades, pagou o resgate de sua liberdade e pediu ingresso num convento franciscano. Mas antes de vestir o hábito precisou enfrentar as humilhações do superior da comunidade.
Durante trinta anos fez rigoroso jejum, duras penitências e se dedicou às orações. Trabalhou com energia, evangelizando na Itália, França, Alemanha, Áustria, Hungria, Polônia e Rússia. Tornou-se grande pregador e missionário. Foi conselheiro de quatro Papas.
João de Capistrano contava com setenta anos de idade, quando um enorme exército muçulmano ameaçava tomar a Europa. O Papa Calisto III o designou como pregador de uma cruzada, que defenderia o continente. Durante onze dias e onze noites João esteve entre os soldado, animando-os para a resistência. Finalmente os cristãos conseguiram vencer os invasores.
Morreu no dia 23 de outubro de 1456.  João de Capistrano é o padroeiro dos juízes.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: Por causa de suas andanças pela Europa, João mereceu ser chamado o apóstolo da Europa. Espírito inquebrantável, organizou a ordem franciscana, foi conselheiro de papas e em suas viagens apostólicas, procurou fortalecer a moral cristã e refutar os erros dos heréticos. Deixou uma obra escrita em dezessete volumes e foi um homem que participou ativamente da angústia de seu tempo, em tudo reconhecendo a ação de Deus.

TJL – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG – A12.COM – EVANGELI.NET