Oração: Deus, nosso Pai, Santo
Antônio Maria Claret foi inflamado pelo fogo do vosso Espírito Santo. À todos
procurou levar a mensagem do Reino segundo as exigências de seu tempo. Senhor,
saibamos nós também responder aos desafios de nosso tempo, extraindo do Evangelho
a inspiração para o nosso agir e pensar. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
Evangelho
segundo São Lucas 12,49-53.
Naquele tempo, disse Jesus
aos seus discípulos: «Eu vim trazer o fogo à Terra e que quero Eu senão que ele
se acenda?
Tenho de receber um batismo e estou ansioso até que ele se realize.
Pensais que Eu vim estabelecer a paz na Terra? Não. Eu vos digo que vim trazer
a divisão.
A partir de agora, estarão cinco divididos numa casa: três contra dois e dois
contra três.
Estarão divididos o pai contra o filho e o filho contra o pai, a mãe contra a
filha e a filha contra a mãe, a sogra contra a nora e a nora contra a sogra».(Tradução
litúrgica da Bíblia)
São João de Ávila (1499-1569) - presbítero, doutor da Igreja -Cartas
de direção, 74
Tenhamos o coração abrasado!
Grande é a nossa miséria!
Estamos tão longe de Deus e sofremos tão pouco com isso! Creio que a causa da
nossa tibieza é a seguinte: enquanto não tivermos provado a Deus, não podemos
saber o que é ter fome nem o que é estar saciado. É por isso que não temos fome
dele e não nos fartamos das criaturas. O nosso coração está frio, dividido
entre Deus e as coisas criadas, preguiçoso, sem força nem gosto pelas coisas de
Deus. Ora, o Senhor não quer ter ao seu serviço almas mornas, mas corações
acesos pelo fogo que Ele trouxe à terra e que quer ver arder (cf Lc 12,49). E,
para que este fogo arda, deixou-Se consumir na cruz, e quis que recolhêssemos
lenha dessa mesma cruz para nos aquecermos à sua chama e respondermos com amor
ao seu imenso amor; porque é justo que sintamos uma doce chaga de amor ao ver
que Ele não foi apenas ferido, mas morto por nosso amor. Sim, é justo que
sejamos vítimas do amor daquele que, por amor, Se entregou a mãos cruéis. [...]
Se o fogo começa a arder dentro de nós, tenhamos o cuidado de o cobrir para que
o vento não o apague. Escondamo-lo sob as cinzas da humildade e do silêncio, e
ele não morrerá. Mas, sobretudo, aproximemo-nos do fogo que arde e inflama,
isto é, Jesus Cristo Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento. Abramos a nossa
alma, a boca do nosso desejo, e corramos a saciar a nossa sede nesta fonte da
água viva.
Antônio nasceu em 23 de
dezembro de 1807, em Barcelona, na Espanha. Na família aprendeu o caminho
do seguimento de Cristo, a devoção à Maria e o profundo amor à Eucaristia. Na
adolescência ouviu o chamado para servir à Deus. Assim, acrescentou o nome
de "Maria" ao seu, para dar testemunho de que a ela
dedicaria sua vida de religioso.
Em 1835 recebeu a ordenação sacerdotal. Trabalhou como pároco e depois,
recorrendo a Roma, passou a ser missionário itinerante pela Espanha. Em
1948 foi enviado para evangelizar as ilhas Canárias.
Em 1849 na companhia de outros cinco jovens sacerdotes, fundou a
Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, ou Padres
Claretianos. Nesse mesmo ano, o fundador foi nomeado arcebispo de Cuba. Neste
país sofreu hostilidade dos grupos maçônicos.
Mas Monsenhor Claret continuou seu trabalho. Restaurou o antigo seminário
cubano, deu apoio aos negros e índios escravos. Quando voltou à Madri em 1857,
para ser confessor da rainha Isabel II, deixou a Igreja de Cuba mais
unida, mais forte e resistente. Morreu com 63 anos no dia 24 de outubro de
1870, na França.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Santo Antonio Maria Claret destaca-se pelo amor a Palavra de
Deus, que tratava com familiaridade e respeito. Ungido pelo Espírito Santo para
evangelizar os pobres, é a palavra de Deus que configura sua personalidade no
seguimento de Jesus e dos apóstolos. Em tudo Maria Claret fazia a vontade de
Deus com humildade e claridade.
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