Oração: Deus de bondade, que chamaste
Daniel Comboni para levar aos povos sofredores do continente africano sua
mensagem de amor, dai-nos encontrar nos sofredores que estão à nossa volta o
rosto do vosso filho Jesus Cristo. Que vive e reina para sempre. Amém.
Evangelho (Lc 11,5-13):
Naquele
tempo, disse Jesus a seus discípulos: «Imaginai que um de vós tem um amigo e, à
meia-noite, o procura, dizendo: Amigo, empresta-me três pães, pois um amigo meu
chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer. O outro responde lá de dentro:
?Não me incomodes. A porta já está trancada. Meus filhos e eu já estamos
deitados, não posso me levantar para te dar os pães?. Digo-vos: mesmo que não
se levante para dá-los por ser seu amigo, vai levantar-se por causa de sua
impertinência e lhe dará quanto for necessário.
»Portanto, eu vos digo: pedi e vos será dado; procurai e encontrareis; batei e
a porta vos será aberta. Pois todo aquele que pede recebe; quem procura
encontra; e a quem bate, a porta será aberta. Algum de vós que é pai, se o
filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará
um escorpião? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos
filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!».
«O Pai do céu dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem» - Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM(Barcelona, Espanha)
Hoje, o
Evangelho é uma catequese de Jesus a respeito da oração. Afirma solenemente que
o Pai sempre a escuta: «Pedi e vos será dado; procurai e encontrareis; batei e
a porta vos será aberta» (Lc 11,9).
As vezes podemos pensar que a prática nos mostra que isso não sempre acontece,
que não sempre age assim. É necessário rezar com as atitudes corretas!
A primeira é a constância, a perseverança. Devemos rezar sem nos desanimar
nunca, no obstante nos pareça que nossa súplica bate com um rechaço, ou que não
é escutada imediatamente. É a atitude daquele homem inoportuno que a meia noite
vai lhe pedir um favor ao seu amigo. Com sua insistência recebe os pães que
precisa. Deus é o amigo que escuta desde dentro a quem é constante. Havemos de
confiar em que acabará por nos dar o que pedimos, porque além de ser amigo, é
Pai.
A segunda atitude que Jesus nos ensina é a confiança e o amor dos filhos. A
paternidade de Deus ultrapassa imensamente à humana, que é limitada e
imperfeita: «Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos
filhos, quanto mais o Pai do céu ... !» (Lc 11,13).
Terceira: Havemos de pedir principalmente o Espírito Santo e não somente coisas
materiais. Jesus nos anima a pedi-lo, assegurando-nos que o receberemos:
«...quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!» (Lc
11,13). Esta petição sempre é escutada. É como pedir a graça da oração, já que
o Espírito Santo é sua fonte e origem.
O beato frade Gil de Asís, colega de São Francisco, resume a idéia de esse
Evangelho quando diz: «Reze com fidelidade e devoção, porque uma graça que Deus
não lhe deu uma vez, pode dá-la em outra ocasião. Por sua conta põe
humildemente toda a mente em Deus e, Deus porá em você sua graça, conforme lhe
praza».
Daniel Comboni nasceu na região da Brescia, na Itália no dia 15 de março de 1831, numa família de camponeses cristãos, humildes e pobres. Devido à condição econômica, Daniel foi enviado para estudar em Verona no Instituto fundado pelo sacerdote Don Nicola Mazza. Lá Daniel descobriu sua vocação e completou seus estudos em teologia e filosofia. Foi ordenado sacerdote em 1854 e três anos depois partiu em missão para a África, junto com mais cinco missionários. A realidade africana era cruel e chocante. As dificuldades eram das mais variadas, como o clima insuportável, doenças, pobreza, abandono do povo e o índice elevado de mortes entre os jovens companheiros. Mas tudo isso serviu de estímulo para seguir adiante, sem abandonar a missão e o entusiasmo. Daniel entregou-se ao trabalho entre os pobres, fazendo da solidariedade o seu grande instrumento de evangelização. Assumiu o lema "Salvar a África com a África", um projeto missionário simples e ousado para a época. Padre Comboni pediu todo tipo de ajuda espiritual e material à sociedade europeia. Dedicou-se com tanto empenho e ânimo que conseguiu fundar uma revista de incentivo missionário. Além disso, fundou em 1867, o Instituto dos Padres Missionários Combonianos e, em 1872, o Instituto das Irmãs Missionárias Combonianas. Como teólogo, participou no Concílio Vaticano I, levando 70 Bispos a subscreverem uma petição em favor da evangelização da África Central (Postulatum pro Nigris Africae Centralis). Em 1877, Comboni foi nomeado Vigário Apostólico da África Central e, em seguida também foi consagrado o primeiro Bispo católico da África Central. No dia 10 de outubro de 1881, em Cartum no Sudão, Comboni morreu vítima de uma terrível febre. No leito de morte rogou aos presentes que nunca desistissem.(Colaboração: Nathália Lima)
Reflexão:
Daniel Comboni anunciou e testemunhou o Evangelho
em tudo aquilo que fez. Antes de mais, ele sente-se discípulo de Cristo. À
semelhança dos discípulos transfigurados pela virtude do Mestre, também ele
vive em coerência total com «evangelho de Deus», consagrado a um estado de vida
totalmente semelhante ao de Cristo, no serviço aos pobres do continente
africano.
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