A unidade da Igreja Católica em torno dos bispos que guardam o depósito da fé.
Os Apóstolos deixaram como seus sucessores os
Bispos, para que esses transmitissem o Depósito da Fé que tinham recebido de
Jesus.
Na Carta de Santo Inácio de Antioquia (+107) aos
esmirnenses já encontramos a organização que perdura até hoje na Igreja.
Evangelho (Lc 11,29-32):
Acorrendo as multidões em grande número, Jesus começou a dizer: «Esta
geração é uma geração perversa. Busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado,
a não ser o sinal de Jonas. De fato, assim como Jonas foi um sinal para os
ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. No dia do
juízo, a rainha do Sul se levantará juntamente com esta geração e a condenará,
pois ela veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão, e aqui
está quem é mais do que Salomão. No dia do juízo, os ninivitas se levantarão
juntamente com esta geração e a condenarão; pois eles mostraram arrependimento
com a pregação de Jonas, e aqui está quem é mais do que Jonas».
«Esta geração é uma geração perversa. Busca um sinal» - P. Raimondo M. SORGIA Mannai OP(San Domenico di Fiesole, Florencia, Italia)
Hoje, a voz doce ainda que severa de Cristo põe em guarda os que estão
convencidos de já ter o bilhete para o Paraíso só porque dizem: «Jesus, és tão
belo!». Cristo pagou o preço da nossa salvação sem excluir ninguém, mas é
necessário observar algumas condições básicas. E, entre outras, está a de não
pretender que Cristo faça tudo e nós nada. Isso seria não somente necedade, mas
também perversa soberba. Por isso o Senhor usa hoje a palavra perversa: «Esta
geração é uma geração perversa. Busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado,
a não ser o sinal de Jonas» (Lc 11,29). Dá-lhe o nome de perversa porque põe a
condição de ver antes milagres espetaculares, para dar depois a sua eventual e
condescendente adesão.
Nem diante dos conterrâneos de Nazaré acedeu, porque exigentes! pretendiam que
Jesus assinalasse a sua missão de profeta e Messias com maravilhosos prodígios,
que eles queriam saborear como espectadores sentados na poltrona de um cinema.
Mas isso não pode ser: O Senhor oferece a salvação, mas só àquele que se
sujeita a Ele mediante uma obediência que nasce da fé, que espera e cala. Deus
pretende essa fé antecedente (que no nosso interior Ele mesmo pôs como uma
semente de graça).
Uma testemunha contra os crentes que mantêm uma caricatura da fé será a rainha
do sul, que se deslocou desde os confins da terra para escutar a sabedoria de
Salomão e, acontece que «aqui está quem é mais do que Salomão» (Lc 11,31). Diz
um provérbio que «não há pior surdo do que o que não quer ouvir». Cristo,
condenado à morte, ressuscitará ao terceiro dia: a quem o reconheça, propõe-lhe
a salvação, enquanto para os outros -regressando como um Juiz- não haverá nada
a fazer, a não ser ouvir a condenação por incredulidade obstinada. Aceitemo-lo
com fé e amor adiantados. O reconheceremos e nos reconhecerá como seus. Dizia o
Servo de Deus Dom Alberione: «Deus não gasta a luz: acende as lâmpadas na
medida que façam falta, mas sempre em tempo oportuno».
Calisto nasceu em Roma no século II, num bairro pobre e foi escravo. Trabalhando para um comerciante, fracassou nos negócios e foi obrigado a indenizar o patrão, mas decidiu fugir. Encontrado, foi deportado para a ilha da Sardenha e punido com trabalhos forçados. Porém, foi nesta prisão que sua vida se iluminou. Nas minas da Sardenha, ele tinha contato direto com os cristãos que também cumpriam penas por causa da sua religião. Ao vê-los suportando o desterro, a humilhação e as torturas sem nunca perder a fé e a esperança, em Cristo, Calisto se converteu. Depois de alguns anos, Calisto reconquistou sua liberdade e estabeleceu-se na cidade de Anzio, tornando-se diácono. Quando o Papa Zeferino assumiu o governo, chamou o diácono para trabalhar com ele e o nomeou responsável pelos cemitérios da Igreja. Chamados de catacumbas, estes cemitérios subterrâneos da Via Ápia, em Roma, tiveram importância vital para os cristãos. Além de ali enterrarem seus mortos, as catacumbas serviam também para cerimônias e cultos, principalmente durante os períodos de perseguição. Com a morte do Papa Zeferino, o clero e o povo elegeram Calisto para substituí-lo. Ele era misericordioso com os pecadores e dizia: "Todo pecado pode ser perdoado pela Igreja, cumpridas as devidas penitências". O Papa Calisto governou por seis anos. Em 222 ele se tornou vítima da perseguição, foi espancado e assassinado durante um confronto entre cristãos e pagãos.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.)
Reflexão:
As catacumbas de São Calisto estão entre as maiores e mais imponentes de
Roma. Surgiram pela metade do século segundo e fazem parte de um complexo que
ocupa uma área de 15 hectares de terreno, com uma rede de galerias de quase 20
quilômetros, em diversos planos, e atingem uma profundidade superior a 20
metros. Nelas encontraram sepultura dezenas de mártires, pontífices e
muitíssimos cristãos.
Tjl – a12.com – evangeli.net
– acidigital.com
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