Oração: Angele Dei,
qui custos es mei,
me, tibi commissum pietate superna,
hodie illúmina, custódi,
rege et gubérna.
Amen
Santo Anjo do Senhor,
meu zeloso e guardador,
se a ti me confiou a piedade divina,
sempre me rege, me guarde
me governe e me ilumine.
Amém.
Evangelho
segundo São Mateus 18,1-5.10.
Naquela hora, os discípulos
aproximaram-se de Jesus e perguntaram-Lhe: «Quem é o maior no Reino dos Céus?».
Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles
e disse-lhes: «Em verdade vos digo: se não vos converterdes e não vos tornardes
como as crianças, não entrareis no Reino dos Céus.
Quem for humilde como esta criança, esse será o maior no Reino dos Céus.
E quem acolher em meu nome uma criança como esta, acolhe-Me a Mim.
Vede bem. Não desprezeis um só destes pequeninos. Eu vos digo que os seus anjos
veem constantemente o rosto de meu Pai que está nos Céus».(Tradução litúrgica da Bíblia)
Santa Faustina Kowalska (1905-1938) religiosa - Diário (Fátima, Marianos da Imaculada Conceição, 2003), §§ 1741-1742
Os
espíritos angélicos cantam-Te hinos eternos
Deus, que
sois beatitude no vosso próprio Ser e não necessitais, para essa felicidade, de
nenhuma criatura - visto que sois a plenitude do amor em Vós mesmo -, pela
vossa insondável misericórdia, chamais à existência as criaturas e
concedeis-lhes participar da vossa eterna bem-aventurança e da interior e
eterna vida divina em que viveis, Deus Uno na Trindade das Pessoas. Em vossa
insondável misericórdia, criastes os espíritos angélicos e os admitistes ao
vosso amor, à divina intimidade; Vós os tornastes capazes do eterno amor e,
embora os tenhais cumulado, Senhor, tão generosamente com o esplendor da beleza
e do amor, em nada diminuiu a vossa plenitude, ó Deus, nem tão-pouco aquela
beleza e amor Vos completaram, porque sois tudo em Vós mesmo. E, se lhes destes
participar da vossa plenitude e lhes permitistes existir e amar-Vos, foi
unicamente pelo vosso abismo de misericórdia: eis a vossa inconcebível bondade,
pela qual Vos bendizem sem fim, humilhando-se aos pés da vossa Majestade e
cantando os seus eternos hinos: «Santo, Santo, Santo...» Bendito,
misericordioso Uno e Trino, imenso, inconcebível e infinito. Em Vós a mente não
compreende o divino e, pois, canta sem cessar eterno «Bendito». Santo,
misericordioso, Criador, inconcebível poder, mas cheio de amor tanto,
adorar-Vos é do nosso ser o penhor, cantando o nosso hino eterno: «Santo,
Santo, Santo...». Bendito o misericordioso eterno amor, muito além de safira,
do celestial manto. Assim a corte de espíritos em louvor entoando seu hino
eterno: «Três vezes Santo...».
Santos Anjos da Guarda, companheiros na caminhada
Origens: A existência dos Anjos é um dogma de fé, definida várias vezes e em muitas ocasiões pela Igreja, desde o Concílio de Nicéia ao Vaticano I. Tudo o que lhes diz respeito faz parte de um estudo próprio, denominado “angelologia”. O Magistério eclesial afirma: os anjos são seres totalmente espirituais, sem corpo, imortais e imutáveis, que se tornam visíveis apenas para manifestar a sua ação.
História litúrgica : A memória litúrgica dos Santos Anjos é celebrada em 2 de outubro, desde 1670, por desejo do Papa Clemente X. A Igreja ortodoxa prefere celebrar em 11 de janeiro. Antigamente, a sua festa era celebrada em 29 de setembro, junto com a dos três Santos arcanjos: Miguel, Gabriel e Rafael. Porém, sua data foi diferenciada, tornando-se, de modo particular, memória própria dos Anjos da Guarda: primeiro, na Espanha, no século XV; depois, se difundiu em Portugal, Áustria e, por fim, em toda a Europa.
A devoção aos Anjos da Guarda é mais antiga do que aos santos: Na verdade, a devoção aos Anjos é mais antiga que aos santos, de modo especial na Idade Média. Isso, graças aos monges eremitas, que viviam uma vida de recolhimento, silêncio e oração, em companhia só dos seus Anjos da Guarda. Finalmente, em 2005, o Parlamento italiano, inspirando-se na figura dos Anjos da Guarda, introduziu, na mesma data de 2 de outubro, a celebração civil da Festa dos Avós, verdadeiros Anjos da Guarda de suas famílias.
Quem são os anjos? O termo “anjo” indica uma criatura celeste bem próxima de Deus. Seu nome é citado 175 vezes no Novo Testamento e pelo menos 300 no Antigo, em que vem especificada a função desta milícia sobrenatural, dividida em nove hierarquias: Querubins, Serafins, Tronos, Dominações, Poderes, Virtudes Celeste, Principados, Arcanjos, Anjos. Estes espíritos puros, dotados de inteligência e vontade, são chamados, muitas vezes, mensageiros ou intérpretes das ordens divinas; eles se manifestam, sobretudo, em momentos cruciais da história da salvação. Com efeito, o IV Concílio de Latrão definiu, como verdade de fé, o fato de que, se alguns anjos abusarem da sua liberdade, poderão cair no pecado: foi o que aconteceu com Lúcifer, o mais bonito de todos, que, ao pecar, por orgulho, contra Deus, caiu nas profundezas do inferno.
A função do Anjo da Guarda: As funções, atribuídas aos anjos pela Sagrada Escritura, são as de acompanhar o homem no caminho do bem e oferecer ao Senhor. Além das nossas orações e sacrifícios. De fato, no Batismo, todo cristão recebe, como dom de Deus, o próprio Anjo da Guarda, uma presença invisível, mas real. O anjo o acompanha e guia ao longo de toda a sua existência: é um companheiro de viagem. Ao longo dos séculos, apesar de invisíveis, os anjos foram representados de várias maneiras: adoradores, músicos, túmulos, igrejas, esculturas, pinturas…
Minha oração: “Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine. Amém!” Santo Anjo do Senhor, rogai por nós!
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