Oração: Santíssima Trindade, Pai, Filho e
Espírito Santo, eu Vos adoro, louvo e Vos dou graças pelos benefícios que me
fizestes. Peço-Vos, por tudo que fez e sofreu o Vosso servo Frei Antônio de
Sant'Anna Galvão, que aumenteis em mim a fé, a esperança e a caridade, e Vos
digneis conceder-me a graça que ardentemente almejo. Amém.
Evangelho
(Lc 12,54-59):
Naquele tempo, Jesus dizia também às multidões:
Quando vedes uma nuvem vinda do ocidente, logo dizeis que vem chuva. E assim
acontece. Quando sentis soprar o vento sul, logo dizeis que vai fazer calor. E
assim acontece. Hipócritas! Sabeis avaliar o aspecto da terra e do céu. Como é
que não sabeis avaliar o tempo presente? Por que não julgais por vós mesmos o
que é justo? Quando, pois, estás indo com teu adversário apresentar-te diante
do magistrado, procura resolver o caso com ele enquanto ainda a caminho. Senão
ele te levará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e o oficial
de justiça te jogará na prisão. Eu te digo: dali não sairás, enquanto não
pagares o último centavo.
«Como
é que não sabeis avaliar (...) o tempo presente? Por que não julgais por vós
mesmos o que é justo»
Rev.
D. Frederic RÀFOLS i Vidal(Barcelona, Espanha)
Hoje, Jesus quer que levantemos os olhos para o céu.
Esta manhã, depois de três dias de chuva persistente, o céu apareceu luminoso e
claro num dos dias mais esplêndidos deste outono. Vamos entendendo o tema das
mudanças do tempo, já que agora os meteorologistas são quase da família. Pelo
contrário, custa-nos mais a entender em que tempo estamos ou vivemos: «Sabeis
avaliar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis avaliar o tempo
presente?». (Lc 12,56). Muitos dos que escutavam Jesus perderam uma oportunidade
única na História de toda a Humanidade. Não viram em Jesus o Filho de Deus. Não
perceberam o tempo, a hora da salvação.
O Concílio Vaticano II, na Constituição Gaudium et Spes (n. 4), atualiza o
Evangelho de hoje: «Pesa sobre a Igreja o dever permanente de escutar a fundo
os sinais dos tempos e interpretá-los à luz do Evangelho (...)». É preciso,
portanto, conhecer e compreender o mundo em que vivemos e as suas esperanças,
as suas aspirações, o seu modo de ser, frequentemente dramático.
Quando vemos a história, não nos custa muito assinalar as ocasiões perdidas
pela Igreja por não ter descoberto o momento que então se vivia. Mas, Senhor:
«Quantas ocasiões não teremos perdido agora por não descobrir os sinais dos
tempos ou, o que significa o mesmo, por não viver e iluminar a problemática
atual com a luz do Evangelho? Por que não julgais por vós mesmos o que é
justo?» (Lc 12,57), continua a recordar-nos hoje Jesus.
Não vivemos num mundo de maldade, ainda que também haja bastante. Deus não
abandonou o seu mundo. Como recordava São João da Cruz, habitamos uma terra
onde andou o próprio Deus e que ele encheu de formosura. Santa Teresa de
Calcutá captou os sinais dos tempos, e o tempo, o nosso tempo, entendeu santa
Teresa de Calcutá. Que ela nos estimule. Não deixemos de olhar para o alto, sem
perder de vista a terra
Santo Antônio de Sant'Anna Galvão (Guaratinguetá (SP)
O brasileiro Antonio de Sant'Anna Galvão nasceu
em 1739, em Guaratinguetá, São Paulo. Quando tinha treze anos, Antônio foi
enviado para estudar com os jesuítas. Desse modo, na sua vida estava plantada a
semente da vocação religiosa. Aos vinte e um anos, Antônio deixa os
jesuítas e ingressa na Ordem Franciscana, no Rio de Janeiro.
Em 1768 foi nomeado pregador e confessor do convento das Recolhidas de Santa
Teresa. Entre suas penitentes encontrou a Irmã Helena Maria do Sacramento,
que tinha visões sobre a fundação de um novo convento. Apesar das dificuldades,
frei Galvão e Irmã Helena fundaram, em fevereiro de 1774, o Recolhimento
de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência.
Entre dificuldades e perseguições, frei Galvão conseguiu manter e ampliar este
convento, construindo inclusive uma igreja anexa ao prédio. Hoje o convento, em
São Paulo, é patrimônio cultural da humanidade. Em 1811, a pedido do Bispo de
São Paulo, fundou o Recolhimento de Santa Clara em Sorocaba.
Com a saúde enfraquecida, recebeu autorização especial para residir no
Recolhimento da Providência. Durante sua última enfermidade, Frei Galvão foi
morar num pequeno quarto, ajudado pelas religiosas que lhe prestavam algum
alívio e conforto. Ele faleceu com fama de santidade em 23 de dezembro de
1822. Ele é considerado padroeiro dos engenheiros, arquitetos e
construtores.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.)
Reflexão: Frei Galvão foi chamado “Bandeirante de Cristo”, porque tinha na
alma a grandeza, o arrojo e fortaleza de um verdadeiro bandeirante. Renunciou a
uma brilhante situação no mundo para servir a Jesus Cristo. Cheio do espírito
de caridade, não media sacrifícios para aliviar os sofrimentos alheios. Foi
considerado santo mesmo já antes de sua morte.
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