quinta-feira, 31 de outubro de 2024

BOM DIA EVANGELHO - 01 DE NOVEMNRO DE 2024

 

BOM DIA EVANGELHO

01 DE NOVEMBRO DE 2024 - Todos os santos – solenidade

A Solenidade de Todos os Santos é um momento especial na vida da Igreja, onde fazemos memória não apenas dos santos canonizados, mas também de todos os que, em sua vida, buscaram viver a santidade e a fidelidade a Deus. Esta celebração nos convida a refletir sobre a universalidade da santidade, a comunhão dos santos e a intercessão deles por nós, que nos inspira a seguir o exemplo de vida cristã autêntica, além de recorrermos a eles em nossas dificuldades. A Liturgia deste dia é rica em significados e nos oferece uma oportunidade de renovação espiritual, para não perdermos de vista o chamado que Deus nos faz para a santidade de vida. (Dom Antonio Carlos Rossi Keller - Bispo de Frederico Westphalen (RS)

Oração: Deus de amor e de bondade, dai-nos a alegria de celebrar, numa única festa, os méritos e a glória de todos os Santos. Favorecei vosso povo com a intercessão dos Vossos santos e santas e guia-nos sempre nos caminhos da paz. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.

Livro do Apocalipse 7,2-4.9-14.

Eu, João, vi um anjo que subia do Nascente, trazendo o selo do Deus vivo. Ele clamou em alta voz aos quatro anjos a quem foi dado o poder de causar dano à terra e ao mar:
«Não causeis dano à terra, nem ao mar, nem às árvores, até que tenhamos marcado na fronte os servos do nosso Deus».
E ouvi o número dos que foram marcados: cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel.
Depois disto, vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro, vestidos com túnicas brancas e de palmas na mão.
E clamavam em alta voz: «A salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro».
Todos os anjos formavam círculo em volta do trono, dos anciãos e dos quatro seres vivos. Prostraram-se diante do trono, de rosto por terra, e adoraram a Deus,
dizendo: «Ámen! A bênção e a glória, a sabedoria e a ação de graças, a honra, o poder e a força ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Ámen!».
Um dos anciãos tomou a palavra e disse-me: «Esses que estão vestidos de túnicas brancas, quem são e de onde vieram?».
Eu respondi-lhe: «Meu Senhor, vós é que o sabeis». Ele disse-me: «São os que vieram da grande tribulação, os que lavaram as túnicas e as branquearam no sangue do Cordeiro».

Livro dos Salmos 24(23),1-2.3-4ab.5-6.

R/ Esta é a geração dos que procuram o Senhor.

Do Senhor é a Terra e o que nela existe,
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre as águas.

Quem poderá subir à montanha do Senhor?
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração puro,
que não invocou o seu nome em vão.

Este será abençoado pelo Senhor
e recompensado por Deus, seu Salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
que procuram a face de Deus.

1.ª Carta de São João 3,1-3.

Caríssimos: Vede que admirável amor o Pai nos consagrou em nos chamar filhos de Deus. E somo-lo de facto. Se o mundo não nos conhece, é porque não O conheceu a Ele.
Caríssimos, agora somos filhos de Deus e ainda não se vê o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Jesus Se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque O veremos tal como Ele é.
Todo aquele que tem nele esta esperança torna-se puro como Ele é puro.

Evangelho segundo São Mateus 5,1-12a.

Naquele tempo, ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou-Se. Rodearam-no os discípulos,
e Ele começou a ensiná-los, dizendo:
«Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os humildes, porque possuirão a Terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados sereis quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós.
Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa».(Tradução litúrgica da Bíblia)

São João-Maria Vianney (1786-1859) - presbítero, Cura de Ars - Temos de ser santos ou réprobos - O cristão deve ser santo

«Sede santos, porque Eu sou santo» (Lv 19,2), diz-nos o Senhor. Porque é que Deus nos dá este mandamento? Porque somos seus filhos e, se o Pai é santo, os filhos também devem ser santos. Só os santos podem ter a esperança de ir gozar da presença de Deus, que é a própria santidade. De facto, ser cristão e viver em pecado é uma contradição monstruosa. O cristão deve ser santo. Sim, esta é a verdade que a Igreja não cessa de nos repetir; e, a fim de a gravar no nosso coração, apresenta-nos um Deus infinitamente santo santificando uma multidão infinita de santos, que parecem dizer-nos: «Lembrai-vos, cristãos, de que estais destinados a ver Deus e a possuí-lo; mas só tereis esta felicidade na medida em que tiverdes reconstituído em vós, durante a vossa vida mortal, a sua imagem, as suas perfeições e, sobretudo, a sua santidade, sem a qual ninguém O verá». E, se a santidade de Deus parece estar acima das nossas forças, consideremos as almas bem-aventuradas, a multidão de criaturas de todas as idades, sexos e condições que foram submetidas às mesmas misérias que nós, expostas aos mesmos perigos, sujeitas aos mesmos pecados, atacadas pelos mesmos inimigos, cercadas pelos mesmos obstáculos. O que elas fizeram, também nós podemos fazê-lo; não temos desculpa para nos dispensarmos de trabalhar para a nossa salvação, isto é, para sermos santos [...]. Concluamos dizendo que, se quisermos, podemos ser santos, porque Deus nunca nos recusará a sua graça para nos ajudar a sê-lo. Ele é nosso Pai, nosso Salvador e nosso amigo. Ele deseja ver-nos livres dos males desta vida e quer encher-nos de toda a espécie de bens, depois de nos ter dado, já neste mundo, imensas consolações, que são um antegosto das do Céu, que vos desejo.

Todos os santos

"Vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do Trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão" (Ap 7,9). A visão narrada por são João Evangelista, no Apocalipse, fala dos santos aos quais é dedicado o dia de hoje.

Na festa de “todos os santos” a Igreja não pretende lembrar somente dos santos conhecidos e oficialmente canonizados, mas de todos aqueles que estão nos Céus, de todos aqueles que só Deus conhece a santidade (as almas do Purgatório ainda não participam desta glória). A Igreja nesse dia comemora todos os homens e mulheres que já alcançaram a glória eterna e por isso mesmo intercedem por nós a todo o momento. De fato, todos os homens e mulheres que durante a vida serviram a Deus e foram obedientes ao ensinamento de Jesus Cristo são santos diante de Deus, ainda que seus nomes não sejam oficialmente coletados em listas canônicas. Lembremo-nos de que entre eles estão crianças, jovens, adultos, anciãos; religiosos e leigos; reis e mendigos; doutos e ignorantes; ricos e pobres… ou seja, não há qualquer situação humana que impeça a santidade, por isso é possível – e mais que desejável! – que nos esforcemos para alcançar a santificação que Deus nos propõe. A celebração começou no século III na Igreja do Oriente e ocorria no dia 13 de maio. A festa de Todos os Santos ocorreu pela primeira vez em Roma, no dia 13 de maio de 609 quando o Papa Bonifácio IV transformou o templo de Partenon, dedicado a todos os deuses pagãos do Olimpo, em uma igreja em honra à Virgem Maria e a todos os Santos. Oficialmente a mudança do dia da festa de Todos os Santos, de 13 de maio para o dia primeiro de novembro, só foi decretada em 1475, pelo do Papa Xisto IV. Mas o importante é que a solenidade de todos os Santos enche de sentido a homenagem de todos os finados, que ocorre no dia seguinte.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R. - Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: Nós também podemos ser santos. Quando trabalhamos com ânimo no dia a dia. Quando suportamos com espírito forte as dores e os problemas de nossa vida, entregando tudo às mãos da Providência divina. Quando rezamos com amor e devoção de forma regular e cotidiana. É necessário que peçamos a Deus o dom da santidade! Finalmente, devemos ter aquele grande amor pelas coisas de Deus, por Cristo, por Maria e pelos homens.

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