domingo, 3 de novembro de 2024

BOM DIA EVANGELHO - 4. NOVEMBRO. 024

 

BOM DIA EVANGELHO


04 DE NOVEMBRO DE 2024 - Segunda-feira da 31ª semana do tempo comum

Oração: Deus, nosso Pai, a exemplo de São Carlos Borromeu, ajuda-nos a abrir a nossa mente e o nosso coração ao Vosso Espírito de Amor. Que nos deixemos converter pela Vossa Palavra de amor e obediência, para podermos experimentar a Vossa ternura e bondade, mediante uma vida dedicada aos irmãos e fundamentada no Vosso Evangelho. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

Evangelho (Lc 14,12-14): 

E disse também a quem o tinha convidado: «Quando ofereceres um almoço ou jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes podem te convidar por sua vez, e isto já será a tua recompensa. Pelo contrário, quando deres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos! Então serás feliz, pois estes não têm como te retribuir! Receberás a recompensa na ressurreição dos justos».

«Quando deres um banquete, convida os pobres, (...), pois estes não têm como te retribuir! Receberás a recompensa na ressurreição dos justos» -Fr. Austin Chukwuemeka IHEKWEME(Ikenanzizi, Nigria)

Hoje, o Senhor ensina-nos o verdadeiro sentido da generosidade cristã: o dar-se aos demais. «Quando ofereceres um almoço ou jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes podem te convidar por sua vez, e isto já será a tua recompensa» (Lc 14,12).
O cristão move-se no mundo como uma pessoa comum; mas o fundamento do trato com os seus semelhantes não pode ser nem a recompensa humana nem a vanglória; deve procurar ante tudo a glória de Deus, sem pretender outra recompensa que a do Céu. «Pelo contrário, quando deres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos! Então serás feliz, pois estes não têm como te retribuir! Receberás a recompensa na ressurreição dos justos» (Lc 14, 13-14).
O Senhor convida-nos a dar-nos incondicionalmente a todos os homens, movidos somente pelo amor a Deus e ao próximo pelo Senhor. «Se emprestais àqueles de quem esperais receber, que recompensa mereceis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para receberem outro tanto» (Lc 6,34).
Isto é assim porque o Senhor ajuda-nos a entender que se damo-nos generosamente, sem esperar nada em troca, Deus nos pagará com uma grande recompensa e nos fará seus filhos prediletos. Por isto, Jesus nos diz: «Pelo contrário, amai os vossos inimigos, fazei bem e emprestai sem daí esperar nada. E grande será a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo» (Lc 6-35).
Peçamos à Virgem a generosidade de saber fugir de qualquer tendência ao egoísmo, como seu Filho. «Egoísta!— Tu, sempre tu, sempre o que é "teu".— Pareces incapaz de sentir a fraternidade de Cristo: nos outros, não vês irmãos; vês degraus (...)» (São Josemaria).

São Carlos Borromeu

Carlos nasceu em Arona, próximo de Milão, a 2 de outubro de 1538. O pai era o conde Gilberto Borromeu e a mãe era Margarida de Médicis, a mesma casa da nobreza de grande influência na sociedade e na Igreja. Carlos era o segundo filho do casal, e aos doze anos a família o entregou para servir a Deus, como era hábito na época. Diplomou-se aos vinte e um anos de idade em Direito Canônico, e aos vinte e quatro anos recebeu as ordens do sacerdócio e do episcopado, levando a partir de então uma conduta acentuadamente piedosa e ascética. Como Bispo de Milão, colocou em prática, de forma admirável e exemplar, os decretos do Concílio de Trento (1545) visando a reforma da Igreja que, naquela época (e também hoje em dia), devia começar pelos próprios bispos e padres, desorientados pelas seduções mundanas. Assim destacou-se pela sua missão pastoral, assombrosa na sua vastidão e profundidade: promoveu vários sínodos diocesanos e concílios provinciais, visitou as mais de mil paróquias da sua diocese, foi visitador apostólico nas 15 dioceses sufragâneas de Milão, visitou regiões da Suíça ameaçadas por heresias; incentivou o dever da residência dos vigários, foi o primeiro Bispo a fundar, segundo o Concílio, seminários para a formação de sacerdotes; favoreceu a criação de escolas, a boa imprensa e, sobretudo, a formação catequética dos fiéis, bem como a elevação moral dos costumes. Destacou-se também na extraordinária caridade, especialmente durante a peste de 1576 que duramente assolou Milão. Faleceu aos 46 anos, esgotado pelas fadigas das suas incansáveis atividades pastorais.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R. - Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: A obra de São Borromeu, um dos santos mais importantes e mais queridos da Igreja, poderia ser resumida em duas palavras: dedicação e trabalho. Oriundo da nobreza, Carlos Borromeu utilizou a inteligência notável, a cultura e o acesso às altas elites de Roma para velar pela moralidade e formação verdadeiramente católicas de toda a sua diocese (e cristandade), começando pelo próprio clero e alcançando todas as faixas sociais.

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