Oração: Deus, nosso Rei e
Senhor, pela intercessão de Santo Edmundo, dai-nos a graça do soberano governo
de nós mesmos, para que assim nos ofereçamos inteiramente às flechas do Seu
divino Amor, e sejamos capazes de Vos permanecer fiéis mesmo diante das maiores
dificuldades. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo. Amém.
Evangelho (Lc 19,11-28):
Naquele
tempo, enquanto estavam escutando, Jesus acrescentou uma parábola, porque
estava perto de Jerusalém e eles pensavam que o Reino de Deus ia se manifestar
logo. Disse: «Um homem nobre partiu para um país distante, a fim de ser coroado
rei e depois voltar. Chamou então dez dos seus servos, entregou a cada um uma
bolsa de dinheiro e disse: Negociai com isto até que eu volte. Seus
concidadãos, porém, tinham aversão a ele e enviaram uma embaixada atrás dele,
dizendo: Não queremos que esse homem reine sobre nós.
Mas o homem foi nomeado rei e voltou. Mandou chamar os servos, aos quais havia
dado o dinheiro, a fim de saber que negócios cada um havia feito. O primeiro
chegou e disse: Senhor, a quantia que me deste rendeu dez vezes mais. O homem
disse: Parabéns, servo bom. Como te mostraste fiel nesta mínima coisa, recebe o
governo de dez cidades. O segundo chegou e disse: Senhor, a quantia que me
deste rendeu cinco vezes mais. O homem disse também a este: Tu, recebe o
governo de cinco cidades. Chegou o outro servo e disse: Senhor, aqui está a
quantia que me deste: eu a guardei num lenço, pois eu tinha medo de ti, porque
és um homem severo. Recebes o que não deste e colhes o que não semeaste. O
homem disse: Servo mau, eu te julgo pela tua própria boca. Sabias que sou um
homem severo, que recebo o que não dei e colho o que não semeei. Então, por que
não depositaste meu dinheiro no banco? Ao chegar, eu o retiraria com juros.
Depois disse aos que estavam aí presentes: Tirai dele sua quantia e dai àquele
que fez render dez vezes mais. Os presentes disseram: Senhor, esse já tem dez
vezes a quantia! Ele respondeu: Eu vos digo: a todo aquele que tem, será dado,
mas àquele que não tem, até mesmo o que tem lhe será tirado. E quanto a esses
meus inimigos, que não queriam que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e
matai-os na minha frente».
Depois dessas palavras, Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para
Jerusalém.
«Negociai com isto
até que eu volte» - P.
Pere SUÑER i Puig SJ(Barcelona, Espanha)
Hoje,
o Evangelho propõe-nos a parábola das minas: uma quantidade de dinheiro que
aquele nobre repartiu entre seus servos, antes de partir de viagem. Primeiro
fixemo-nos na ocasião que provoca a parábola de Jesus. Ele ia subindo para
Jerusalém, onde o esperava a paixão e a conseqüente ressurreição. Os discípulos
«pensavam que o Reino de Deus ia se manifestar logo» (Lc 19,11). É nessas
circunstâncias que Jesus propõe esta parábola. Com ela, Jesus ensina-nos que
temos que fazer render os dons e qualidades que Ele nos deu, isto é, que nos
deixou a cada um. Não são nossos de maneira que possamos fazer com eles o que
queiramos. Ele deixou-nos esses dons para que os façamos render. Os que fizeram
render as minas - mais ou menos - são louvados e premiados pelo seu Senhor. É o
servo preguiçoso, que guardou o dinheiro num lenço sem o fazer render, é o que
é repreendido e condenado.
O cristão, pois, tem que esperar,claro está, o regresso do seu Senhor, Jesus.
Mas com duas condições, se quer que o encontro seja amigável. A primeira
condição é que afaste a curiosidade doentia de querer saber a hora da solene e
vitoriosa volta do Senhor. Virá, diz em outro lugar, quando menos o pensemos.
Fora, por tanto, as especulações sobre isto! Esperamos com esperança, mas numa
espera confiada sem doentia curiosidade. A segunda condição, é que não percamos
o tempo. A esperança do encontro e do final gozoso não pode ser desculpa para
não tomarmos a sério o momento presente. Precisamente, porque a alegria e o
gozo do encontro final será tanto melhor quanto maior for a colaboração que
cada um tiver dado pela causa do reino na vida presente.
Não falta, também aqui, a grave advertência de Jesus aos que se revelam contra
Ele: «E quanto a esses meus inimigos, que não queriam que eu reinasse sobre
eles, trazei-os aqui e matai-os na minha frente» (Lc 19,27)
Santo Edmundo
Há
três santos com o nome de Edmundo, todos ingleses. Hoje faz-se memória
do mais antigo, do século IX, cristão, filho do rei da Saxônia educado na
Inglaterra.
Aos
14 anos de idade, tornou-se rei, num período dos mais trágicos da Inglaterra,
devastada constantemente pelos bárbaros dinamarqueses, que invadiam e
saqueavam seus vilarejos. Em 869, estes bárbaros realizaram uma grande
invasão nos domínios do rei Edmundo, o qual, para defender o povo e o
reino, reuniu seu pequeno exército e os combateu. Os dinamarqueses, melhor
armados e em maior número, aprisionaram Edmundo.
Foi-lhe
oferecida a possibilidade de manter a vida e a coroa, caso renegasse a
fé e se proclamasse vassalo dos invasores. Por duas vezes, o rei
corajosamente rejeitou a proposta. Por isso morreu transpassado por
flechas, no dia 20 de novembro de 870.(Colaboração: Padre Evaldo
César de Souza, CSsR - Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: A defesa da fé católica custou a vida de
muitos homens e mulheres ao longo da História. Nunca este sacrifício deixou de
dar frutos, pois o sangue dos mártires irriga a vida da Igreja e faz brotar
continuamente novos missionários para a propagação da Boa Nova. Tal situação
ainda se verifica atualmente, em muitos lugares do globo. O rei Edmundo, jovem
e governando por poucos anos, teve a maturidade de fé para defender como pôde a
sua pátria, e mais ainda a sua integridade religiosa. Não se deixou enganar por
vantagens materiais passageiras e duvidosas, pois quem cede no espírito em
tempo cederá também no corpo, e por seu martírio ofereceu ao seu povo maior
riqueza do que qualquer espaço territorial. Trocar a Terra, pelo Céu, é
adquirir o mais precioso reinado.
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