quarta-feira, 20 de novembro de 2024

BOM DIA EVANGELHO - 21. NOVEMBRO. 024

 

BOM DIA EVANGELHO


21 DE NOVEMBRO DE 2024 - Quinta-feira da 33ª semana do Tempo Comum

Oração: Deus Eterno e Todo-Poderoso, por intercessão de Vosso servo São Gelásio I, suscitai entre nós dignos pastores do Vosso rebanho, para a santificação daqueles que a Vós se consagram e para o auxílio da salvação dos Vossos fiéis. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Evangelho (Lc 19,41-44)

 Quando Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar. E disse: «Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Agora, porém, está escondido aos teus olhos!. Dias virão em que os inimigos farão trincheiras, te sitiarão e te apertarão de todos os lados. Esmagarão a ti e a teus filhos, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste o tempo em que foste visitada».

«Se (...) tu compreendesses hoje o que te pode trazer a paz!» - Rev. D. Blas RUIZ i López(Ascó, Tarragona, Espanha)

Hoje, a imagem que nos apresenta o Evangelho é a de um Jesus que «chorou» (Lc 19,41) pela sorte da cidade escolhida, que não reconheceu a presença do seu Salvador. Conhecendo as notícias que se deram nos últimos tempos, seria fácil para nós aplicar essa lamentação à cidade que é —à vez— santa e fonte de divisões.
Mas, olhando mais para a frente, podemos identificar esta Jerusalém com o povo escolhido, que é a Igreja, e —por extensão— com o mundo em que esta levará a termo a sua missão. Se assim o fazemos, encontraremos uma comunidade que, ainda que tenha alcançado o topo no campo da tecnologia e da ciência, geme e chora, porque vive rodeada pelo egoísmo dos seus membros, porque levantou ao seu redor os muros da violência e do desordem moral, porque atira no chão os seus filhos, arrastando-os com as cadeias de um individualismo desumanizador. Definitivamente, o que encontraremos é um povo que não soube reconhecer o Deus que o visitava (cf. Lc 19,44).
Porém, nós os cristãos, não podemos ficar na pura lamentação, não devemos ser profetas de desventuras, mas homens de esperança. Conhecemos o final da história, sabemos que Cristo fez cair os muros e rompeu as cadeias: as lágrimas que derrama neste Evangelho prefiguram o sangue com o qual nos salvou.
De fato, Jesus está presente na sua Igreja, especialmente através daqueles mais necessitados. Temos de advertir esta presença para entender a ternura que Cristo tem por nós: é tão excelso o seu amor, diz-nos Santo Ambrósio, que Ele se fez pequeno e humilde para que cheguemos a ser grandes; Ele deixou-se amarrar entre as fraldas como um menino para que nós sejamos liberados dos laços do pecado; Ele deixou-se cravar na cruz para que nós sejamos contados entre as estrelas do céu... Por isso, temos de dar graças a Deus, e descobrir presente no meio de nós aquele que nos visita e nos redime

São Gelásio I

Gelásio era de origem africana, culto, inteligente e dotado de personalidade forte. Entrou para o clero romano, atuou como conselheiro papal e sucedeu Félix II como Papa, de 492 a 496. Enérgico e intransigente na defesa dos direitos da Igreja, era terno e compassivo com as misérias humanas. Em apenas quatro anos de pontificado, realizou imensas tarefas. Como Pastor, combateu firmemente as heresias monofisita e do pelagianismo, e também o maniqueísmo e outras seitas que ameaçavam a unidade da Igreja; denunciou ao Senado romano as imoralidades de certas festas pagãs, que não mais deviam existir depois da adoção do Cristianismo pelo Império; organizou e presidiu o Sínodo de 494, no qual foi aprovada grande renovação litúrgica da Igreja; publicou o Sacramentário Gelasiano, com orientação clara da administração dos Sacramentos, das orações na Missa e nas solenidades litúrgicas, uniformizando as funções e ritos das várias Igrejas; estabeleceu normas de disciplina eclesiástica e incentivou a vida monástica. Não menos importante, foi o primeiro pontífice a expressar a máxima autoridade do Bispo de Roma sobre toda a Igreja, escrevendo uma carta ao imperador romano do Oriente, que pretendia interferir na administração da Igreja: “… há distinção entre a autoridade do Papa e a dos reis; a primeira é imensamente mais elevada, pois inclui responsabilidade espiritual também sobre os príncipes temporais”Conclamou o Senado romano, apático e desinteressado durante a derrocada do Império frente às invasões bárbaras, a assumir o seu dever. Teve imensa caridade, salvando Roma do perigo da carestia, e distribuiu muitos bens da Igreja para aliviar as consequências da fome; dele foi dito que “morreu pobre após ter enriquecido a muitos pobres”: sobre seu túmulo foi escrito "Pai dos pobres". Morreu em 21 de novembro de 496, em Roma.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR -Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: São Gelásio foi um gigante na defesa da Fé e na caridade aos carentes, aliando firmeza na ação e docilidade no trato – uma característica da ação do Espírito Santo... Cuidou incansavelmente da saúde espiritual e material dos seus filhos, provendo o melhor, como verdadeiro Pai, para as suas necessidades. Neste sentido, é exemplo tanto para os que abraçam a vida sacerdotal como para os pais de família.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG

Nenhum comentário:

Postar um comentário