domingo, 24 de novembro de 2024

BOM DIA EVANGELHO - 24.NOVEMBRO. 024

 

BOM DIA EVANGELHO

24 DE NOVEMBRO DE 2024 - Segunda-feira da 34ª semana do Tempo Comum

Oração: Ó Santa Catarina, sábia e firme na fé, rogai a Deus para que nós tenhamos a coragem de buscar conhecer sempre melhor os ensinamentos de Cristo na Sua Igreja, e de testemunhá-los pelas nossas palavras e ações em qualquer ocasião, de forma a merecermos o prêmio do Paraíso e a edificar os irmãos. Amém.

Evangelho (Lc 21,1-4):

 Naquele tempo, ao levantar os olhos, Jesus viu pessoas ricas depositando ofertas no cofre. Viu também uma viúva necessitada que deu duas moedinhas. E ele comentou: «Em verdade, vos digo: esta viúva pobre deu mais do que todos os outros. Pois todos eles depositaram como oferta parte do que tinham de sobra, mas ela, da sua pobreza, ofereceu tudo que tinha para viver».

«Mas ela, da sua pobreza, ofereceu tudo que tinha para viver» - Rev. D. Àngel Eugeni PÉREZ i Sánchez(Barcelona, Espanha)

Hoje, como quase sempre, as coisas pequenas passam ignoradas, pequenas esmolas, sacrifícios pequenos, pequenas orações (jaculatórias), mas o que parece pequeno e sem importância constitui muitas vezes a trama e também o remate das obras-primas: tanto das grandes obras de arte como da obra máxima da santidade pessoal.
Pelo fato de essas coisas pequenas passarem desconhecidas, a sua retidão de intenção está garantida: com elas não procuramos o reconhecimento dos outros, nem a glória humana. Só Deus as descobrirá no nosso coração, como só Jesus se apercebeu da generosidade da viúva. É mais do que garantido que a pobre mulher não anunciou o seu gesto com um toque de trompete e até é possível que se envergonhasse bastante e se sentisse ridícula perante o olhar dos ricos, que deitavam grandes donativos no cofre do templo e disso faziam alarde. Porém, a sua generosidade, que a levou a tirar forças da fraqueza no meio da sua indigência, mereceu o elogio do Senhor, que vê o coração das pessoas: «Em verdade, vos digo: esta viúva pobre deu mais do que todos os outros. Pois todos eles depositaram como oferta parte do que tinham de sobra, mas ela, da sua pobreza, ofereceu tudo que tinha para viver» (Lc 21,3-4).
A generosidade da viúva pobre é uma boa lição para nós, discípulos de Cristo. Podemos dar muitas coisas, como os ricos que «depositavam as suas ofertas no cofre» (Lc 21,1), mas nada disso terá valor se só dermos “daquilo que nos sobra”, sem amor e sem espírito de generosidade, sem nos oferecermos a nós próprios. Diz Sto. Agostinho: «Eles punham os olhos nas grandes oferendas dos ricos, louvando-os por isso. Porém, embora tivessem logo visto a viúva, quantos viram aquelas duas moedas?... Ela deu tudo o que possuía. Tinha muito, porque tinha Deus no seu coração. É muito mais ter Deus na alma do que ouro na arca». É bem certo: se somos generosos com Deus, muito mais o será Ele conosco.

Santa Catarina de Alexandria

A vida e o martírio de Catarina de Alexandria (Egito) estão de tal modo mesclados às tradições cristãs, que ainda hoje fica difícil separar os acontecimentos reais do imaginário de seus devotos. Segundo documentos gregos, seu nome original era Ecatarina, mártir durante a perseguição do imperador Dioclesiano, por volta do ano 305. Descrita como uma jovem muito bela e muito culta, foi denunciada como cristã ao imperador pagão Maximiano, a quem teria censurado pela perseguição aos fiéis, e, por seu profundo conhecimento filosófico, demonstrado a falsidade dos deuses e a veracidade do Cristianismo. Impressionado, o imperador convocou alguns filósofos que deveriam refutá-la, mas que, ao contrário, foram por ela convertidos. Foram então condenados à morte junto com Catarina, cujo suplício deveria ser o dilaceramento corporal através de lâminas presas a uma roda. Esta roda, porém, ao passar sobre o seu corpo, partiu-se ao meio. Após várias outras torturas, Catarina foi decapitada. Por volta do ano 1000, parte das suas relíquias foi levada para um mosteiro beneditino próximo a Roen, na França, tornando-se famoso o seu poder milagroso.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR - Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: Ainda que certos detalhes possam ser fantasiosos, e que nem todos os dados históricos tenham sido perfeitamente estabelecidos, é certo que Santa Catarina foi mártir em Alexandria no século IV, pela perseguição aos cristãos no Império Romano. Por sua sabedoria, ela é invocada como protetora pelos estudantes, intelectuais e filósofos. A Universidade de Paris escolheu-a como padroeira. E o Brasil honra-se em tê-la protetora de um Estado, que leva o seu nome. Importante é a cultura e o conhecimento, especialmente das coisas de Deus, mas também das ciências e das ideias. A boa formação intelectual dá sólidos subsídios para a Fé esclarecida, o que evita aos fiéis serem enganados por doutrinas e conceitos estranhos ao Evangelho. Embora a santidade não dependa exclusivamente de uma grande formação cultural, seria negligência e omissão culposas a falta de empenho em conhecer mais profundamente a mensagem de Cristo e da Sua Igreja, para aqueles a quem isto é minimamente possível.

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