Oração: Deus Pai de
misericórdia, que no Seu projeto de amor pela humanidade, escolhestes São
Vilibrordo para proclamar as maravilhas da fé, concedei-nos, por sua
intercessão, conservar em nós o espírito missionário que nos leva à união com
Cristo, que vive e reina para sempre. Amém.
Evangelho (Lc 15,1-10):
Naquele
tempo, Todos os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar.
Os fariseus e os escribas, porém, murmuravam contra ele. «Este homem acolhe os
pecadores e come com eles».
Então ele contou-lhes esta parábola: «Quem de vós que tem cem ovelhas e perde
uma, não deixa as noventa e nove no deserto e vai atrás daquela que se perdeu,
até encontrá-la? E quando a encontra, alegre a põe nos ombros e, chegando em
casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha
ovelha que estava perdida! Eu vos digo: assim haverá no céu alegria por um só
pecador que se converte, mais do que por noventa e nove justos que não precisam
de conversão.
»E se uma mulher tem dez moedas de prata e perde uma, não acende a lâmpada,
varre a casa e procura cuidadosamente até encontrá-la? Quando a encontra, reúne
as amigas e vizinhas, e diz: Alegrai-vos comigo! Encontrei a moeda que tinha
perdido! Assim, eu vos digo, haverá alegria entre os anjos de Deus por um só
pecador que se converte». E Jesus continuou. «Um homem tinha dois filhos. O
filho mais novo disse ao pai: Pai, dá-me a parte da herança que me cabe. E o
pai dividiu os bens entre eles. Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o
que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida
desenfreada. Quando tinha esbanjado tudo o que possuía, chegou uma grande fome
àquela região, e ele começou a passar necessidade. Então, foi pedir trabalho a
um homem do lugar, que o mandou para seu sítio
cuidar dos porcos.
«Haverá no céu
alegria por um só pecador que se converte» - Rev. D.
Francesc NICOLAU i Pous(Barcelona, Espanha)
Hoje, o
evangelista da misericórdia de Deus nos expõe duas parábolas de Jesus que
iluminam a conduta divina para com os pecadores que regressam ao bom caminho.
Com a imagem tão humana da alegria, nos revela a bondade de Deus que se alegra
com o retorno de quem havia se afastado do pecado. É como um retorno à casa do
Padre (como dirá mais explicitamente em Lc 15,11-32). O Senhor não veio para
condenar o mundo, e sim para salvá-lo (cf. Jn 3,17), e fez tudo isso acolhendo
aos pecadores que com plena confiança. «Aproximavam-se de Jesus os publicanos e
os pecadores para ouvi-lo» (Lc 15,1), já que Ele lhes curava a alma como um
médico cura o corpo dos enfermos (cf. Mt 9,12). Os fariseus eram tidos como
boas pessoas e não sentiam necessidade do médico, e por eles -disse o
evangelista- que Jesus propôs as parábolas que hoje lemos.
Se nós nos sentimos espiritualmente enfermos, Jesus nos atenderá e se alegrará
de que acudamos a Ele. Contudo, se nós, como os orgulhosos fariseus pensássemos
que não era necessário pedir perdão, o Médico divino não poderia obrar em nós.
Sentirmos pecadores, o faremos cada vez que recitamos o Pai Nosso, pois ao
rezar dizemos «perdoa nossas ofensas...». e quanto devemos agradecer que o
faça! Quanto agradecimento também devemos sentir pelo sacramento da
reconciliação que pôs ao nosso alcance tão compassivamente! Que a soberbia não
nos faça menosprezar. Santo Agostinho nos disse que Jesus Cristo, Deus Homem,
nos deu exemplo de humildade para curar-nos do tumor da soberbia, «já que
grande miséria é o homem soberbo, mas maior é a misericórdia de Deus humilde».
Digamos ainda que a lição que Jesus dá aos fariseus é exemplar também para nós;
não podemos nos afastar de nós os pecadores. O Senhor quer que nos amemos como
Ele nos amou (cf. Jn 13,34) e devemos sentir grande gozo quando possamos levar
uma ovelha errante ao redil ou recobrar uma moeda perdida.
Intercede
por: PATRONO DOS QUE SOFREM COM EPILEPSIA E CONVULSÕES|Localização: Inglaterra
Vilibrordo nasceu na Inglaterra em 658. A família deste jovem missionário ofereceu muitos santos para a vida da Igreja na Inglaterra. Aos cinco anos seu pai o entregou aos beneditinos do mosteiro de York, onde foi educado. Ainda jovem demonstrou realmente vocação religiosa e aos vinte anos seguiu para a Irlanda para aperfeiçoar seus conhecimentos teológicos. Pouco antes de completar trinta anos de idade recebeu a ordenação sacerdotal. Em 690, Vilibrordo e 11 companheiros seguiram para a Holanda, na região da Frígia, com a missão de evangelizar este povo bárbaro e muito hostil ao Evangelho. O Papa Sérgio I o abençoou e animou, e o presenteou com relíquias de santos mártires para serem colocadas nas futuras igrejas. Ele foi um grande organizador, era um excelente líder e logo fez muitos progressos. Cinco anos depois, ele entregou ao Papa um relatório dos resultados que conseguira, e em agradecimento recebeu a sagração episcopal e um acréscimo latino ao seu nome: Clemente. Na sua diocese, em Utrecht, ele construiu a Catedral do Santíssimo Redentor. Morreu no mosteiro de Echternach, no dia 7 de novembro de 739, aos 80 anos de idade, alquebrado pela gigantesca atividade apostólica, que incluiu também a região da Turíngia e a Dinamarca. É considerado patrono dos que sofrem com epilepsia e convulsões.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR; - Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: A vocação da Igreja é essencialmente
missionária. Hoje celebramos a festa de São Vilibrordo, um grande missionário
das regiões do norte da Europa, junto a São Columbano, São Vilibraldo e São
Bonifácio. Sua coragem e fé o levou enfrentar os desafios da evangelização nas
regiões marcadas pelo paganismo bárbaro. Que Deus nos conceda espírito
missionário para continuar espalhando a fé no Reino dos Céus.
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET –
EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG
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