sexta-feira, 30 de setembro de 2011


BOM DIA EVANGELHO
Sexta-feira, 30 de setembro de 2011
São Jerônimo, Presbítero e Doutor, Oficio de Memória, 2ª do Saltério (Livro III), cor Branca

Hoje: Dia da Secretária (homenagem ao nascimento de Liliam Sholes, a 1ª mulher a datilografar em público, 1872); Dia da Navegação e dia Mundial do Tradutor (homenagem a São Jerônimo, tradutor da Bíblia para o latim)

Santos: Jerônimo (419, doutor da Igreja), Simão de Crépu, Gregório (o iluminador, 300, Armênia), Leopoldo (Roma), Victor e Urso (Suíça) Antonino (Piacenza), Honório (653), Simão (1080), Francisco de Bórgia (1572), Francisco de Calderola (confessor franciscano, 1ª ordem)

Salmo Responsorial: 78(79), 1-2.3-5.8.9 (R/.9b)
Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos, ó Senhor!
Invadiram vossa herança os infiéis, profanaram, ó Senhor, o vosso templo, Jerusalém foi reduzida a ruínas! Lançaram aos abutres como pasto os cadáveres dos vossos servidores; e às feras da floresta entregaram os corpos dos fiéis, vossos eleitos.
Derramaram o seu sangue como água em torno das muralhas de Sião, e não houve quem lhes desse sepultura! Nós nos tornamos o opróbrio dos vizinhos, um objeto de desprezo e zombaria para os povos e àqueles que nos cercam. Mas até quando, ó Senhor, veremos isto? Conservareis eternamente a vossa ira? Como fogo arderá a vossa cólera?
Não lembreis as nossas culpas do passado, mas venha logo sobre nós vossa bondade, pois estamos humilhados em extremo.
Ajudai-nos, nosso Deus e salvador! Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos! Por vosso nome, perdoai nossos pecados!

Oração
Pai, move-me à conversão e à penitência diante do testemunho de Jesus, de modo que eu não incorra em castigo por minha incapacidade de reconhecer o apelo da salvação.

As cidades que não creram
Evangelho: Lucas (Lc 10, 13-16)
Não acolher o mensageiro é desprezar Deus
Naquele tempo, disse Jesus: 13"Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre cinzas. 14Pois bem: no dia do julgamento, Tiro e Sidônia terão uma sentença menos dura do que vós. 15Ai de ti, Cafarnaum! Serás elevada até o céu? Não, tu serás atirada no inferno. 16Quem vos escuta, a mim escuta; e quem vos rejeita, a mim despreza; mas quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou". Palavra da Salvação!
A subida para Jerusalém. Leitura paralela: Mt 11, 21-24

Comentário o Evangelho
Extremo apelo à conversão
É admirável o modo sincero e transparente como Jesus partilha com os discípulos, enviados em missão, sua própria experiência de fracasso. Longe de revelar fraqueza, suas palavras revelam o respeito que ele tinha pela liberdade humana. Em hipótese alguma, a proposta do Reino tornou-se imposição na vida das pessoas. Diante do Reino, deveriam decidir-se livremente e assumir as consequências desta decisão.
Várias cidades ao redor do lago de Genesaré fecharam-se à pregação de Jesus. Corozaim, Betsaida e Cafarnaum estão entre aquelas que não aderiram nem se mostraram capazes de dar ouvido aos ensinamentos do Mestre. Os milagres nelas efetuados teriam sido suficientes para converter até mesmo cidades pagãs, motivando-as a fazer penitência.
A lamentação profética de Jesus: "Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida!" comporta um apelo extremo à conversão. Apelo amargo e incisivo! Fechando-se para o Reino, as cidades impenitentes corriam o risco de ter uma sorte dramática, no dia do juízo. Por quê? Por se terem mostrado hostis para com o Filho de Deus, rejeitando o convite divino à conversão que ele lhes dirigia.
O fracasso missionário de Jesus não significava que essas cidades impenitentes seriam poupadas do castigo. O mesmo acontecerá com as cidades que, eventualmente, se recusarem a ouvir os enviados de Jesus, e os repelirem. [O EVANGELHO DO DIA. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1998]

A igreja celebra hoje
São Jerônimo
São Jerônimo é contado entre os maiores Doutores da Igreja dos primeiros séculos. De cultura enciclopédica, foi escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialético, historiador, exegeta e doutor como ninguém, nas Sagradas Escrituras. Jerônimo nasceu na Dalmácia, hoje Croácia, por volta do ano 340.
Tendo herdado dos pais pequena fortuna, aproveitou para realizar sua vocação de amante dos estudos. Para este fim, viajou para Roma, onde procurou os melhores mestres de retórica e onde passou a juventude um tanto livre.
Recebeu o batismo do papa Libério, já com 25 anos de idade. Viajando pela Gália, entrou em contato com o monacato ocidental e retirou-se com alguns amigos para Aquiléia, formando uma pequena comunidade religiosa, cuja principal atividade era o estudo da Bíblia e das obras de Teologia.
Jerônimo tinha um caráter indômito e gostava de opções radicais; desejou, portanto, conhecer e praticar o rigor da vida monacal que se vivia no Oriente, pátria do monaquismo. Esteve vários anos no deserto da Síria, entregando-se a jejuns e penitências tão rigorosas, que o levaram aos limites da morte.
Abandonando o meio monacal, dirigiu-se a Constantinopla, atraído pela fama oratória de São Gregório de Nazianzo, que lhe abriu o espírito ao amor pela exegese da Sagrada Escritura. Estando em Antioquia da Síria, prestou serviços relevantes ao bispo Paulino, que o quis ordenar sacerdote. No entanto, Jerônimo não sentia vocação à atividade pastoral e quase nunca exerceu o ministério sacerdotal. Tendo que optar entre sua vocação inata de escritor e o chamamento à ascese monacal, encontrou uma conciliação entre estes extremos que marcaria o caminho de sua vida: seria um monge mas um monge para quem o retiro era ocasião para uma dedicação total ao estudo, à reflexão, à férrea disciplina necessária à produção de sua obra, que queria dedicar toda à difusão do cristianismo.
Dentro desta vocação e severa disciplina, estudou o hebraico com um esforço sobre humano e aperfeiçoou seus conhecimentos do grego para poder compreender melhor as Escrituras nas línguas originais.
Chamado a Roma pelo Papa Damaso, que o escolheu como secretário particular, recebeu do mesmo a incumbência de verter a Bíblia para o latim, graças ao conhecimento que tinha desta língua, do grego e do hebraico. O papa, de fato, desejava uma tradução da Bíblia mais fiel em tudo aos textos originais, traduzida e apresentada em latim mais correto, que pudesse servir de texto único e uniforme na liturgia. Pois até aquele tempo existiam traduções populares muito imperfeitas e diversificadas, que criavam confusão.
O trabalho de São Jerônimo começado em Roma durou praticamente toda sua vida. O conjunto de sua tradução da Bíblia em latim chamou-se "Vulgata" e foi o texto usado largamente nos séculos posteriores, tornando-se oficial com o Concílio de Trento e só cedeu o lugar ultimamente às novas traduções, pelo surto de estudos linguístico-exegéticos dos nossos dias. Na tradução, Jerônimo revela agudo senso crítico, amor incontido à Palavra de Deus e riqueza de informações sobre os tempos e lugares relativos à Bíblia.

Em Roma, criou-se em torno de Jerônimo amplo círculo de amizades, sobretudo de maratonas da alta sociedade que o ajudavam com seus recursos para custear seus trabalhos e que lhe orientava nos ásperos caminhos da santidade de cunho monástico.

Desgostado por certas intrigas do meio romano, retirou-se para Belém, onde, vivendo como monge rigidamente penitente, continuou até a morte, seus estudos e trabalhos bíblicos. Faleceu em 420, aos 30 de setembro, já quase octogenário.

São Jerônimo foi uma personalidade vigorosa, de inteligência extraordinária, de temperamento indomável. Teve uma correspondência literária muito vasta, de grande interesse histórico; ele se sentia presente e engajado como escritor em todos os problemas doutrinários do seu tempo.
Foi declarado padroeiro dos estudos bíblicos e o "Dia da Bíblia" foi colocado exatamente no último domingo de setembro, coincidindo com a data de sua morte. Ele deixou escrito: "Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora as Escrituras ignora o poder e a sabedoria de Deus; portanto ignorar as Escrituras Sagradas é ignorar a Cristo". [PRO-VOCAÇÕES FRANCISCANAS (http://www.pvf.com.br]

O desafio missionário hoje
Dom Orani João Tempesta, O. Cist., Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro - RJ
O mês de outubro, como mês temático, tem duas vertentes. De um lado as Missões, que marcam as reflexões em nossas comunidades. É também o mês do Rosário, de antiga tradição, convidando-nos a uma vida de oração contemplativa. Estes dois temas se completam, pois necessitamos de uma densa vida espiritual e de orações para vivermos testemunhando Jesus Ressuscitado e anunciando-O às pessoas do nosso tempo. Somos essencialmente missionários. Fixemo-nos hoje no tema das missões.
A caminhada da Santa Igreja perpassa por várias correntes referenciais para levar aos fiéis a plena compreensão do Reino de Deus. Dentre as correntes que se adota no percurso da caminhada evangelizadora está a dimensão missionária.
Na caminhada histórica do Filho de Deus, a Igreja Católica apresenta o mês de outubro como o mês das Missões. Neste ano apresenta-se com o tema “Missão na Ecologia”, que as Pontifícias Obras Missionárias (POM) realizam como a Campanha Missionária 2011. A temática, como nos anos precedentes, está diretamente ligada ao tema da Campanha da Fraternidade, iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que este ano é “Fraternidade e a Vida no Planeta”. Sempre foi consenso que os vários temas durante o ano poderiam ser ligados ou inspirados no tema da Campanha da Fraternidade. Nesse sentido, a Semana Nacional da Vida, começando no início de outubro e culminando com o Dia do Nascituro, nos recorda que toda a nossa reflexão ecológica não teria sentido sem a preservação e o respeito à vida humana.
Somos chamados também a refletir sobre o tema do dia Mundial das Missões, que a cada ano o Papa nos sugere. Neste ano, o Papa Bento XVI colocou como tema: “Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós” (Jo, 20,21). Notamos, de certa forma, como essa preocupação missionária está no coração e na mente do nosso Papa. Basta recordar o tema que ele escolheu para a Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”.
A missão fundamental da Igreja é sempre de Anúncio da Palavra de Deus ecoada nos corações dos fiéis, testemunhada e vivida, que deve transparecer em toda a vida do povo de Deus. Todos nós nos tornamos seguidores e missionários a partir da Graça que de Deus recebemos através do santo Batismo, que nos impregna a ação do Espírito Santo. A partir do conhecimento da Graça de Deus, adotada no coração daqueles e daquelas que buscam a solidez da revelação divina em suas vidas, percebe-se a necessidade da missão. Também é missão da Igreja denunciar tudo que é contrário à Palavra de Deus, como por exemplo, as injustiças provocadas à luz de interesses particulares que desnorteiam a caminhada cristã. Dentro do contexto proposto para o mês das Missões no Brasil deste ano, a Igreja ressalta a ingente preocupação com a preservação do meio ambiente e conscientização ecológica.
Ser missionário é antes de tudo um grande compromisso que o cristão adota em prol da realização do Reino de Deus, onde as criaturas por Ele criadas devem proclamar e dar testemunho da própria fé, levando ao conhecimento de todas as pessoas a Palavra de vida que cura, liberta e salva. Ser missionário é, em primeiro lugar, o ato de assumir a fé por inteiro, numa dinâmica viva de acolhimento à própria vocação.
Nestes tempos de tantas dificuldades para a missão da Igreja, que sofre perseguições diversas pelo mundo, não é fácil “fazer discípulos”, não é simples estar presente na sociedade em que uma minoria preferiria que “se esquecesse de Deus”. Ao discernirmos os “sinais dos tempos”, sentimos como é necessário uma “nova evangelização” e a coragem de proclamar em quem nós cremos, e como são importantes para a sociedade os valores proclamados pelos missionários.
Quando se ouve falar de missão ou em ser missionário, muitas vezes pensamos que para atuar como missionários precisamos ingressar em uma Ordem Religiosa e professarmos os votos para sermos enviados a uma terra distante e trabalharmos na evangelização dos irmãos. Há de se falar que de fato existe este tipo de trabalho missionário na vida da Igreja, principalmente de nossos irmãos que dão a sua vida no anúncio e no testemunho do Evangelho em lugares que Ele ainda não foi anunciado. Mas, em primeiro momento, a missão está de modo nato presente em todos nós batizados e devemos agir como verdadeiros missionários no ambiente em que vivemos, a começar pela nossa própria família e comunidade onde exercemos o nosso apostolado. Ser missionário faz parte do nosso ser cristão.
Como já falado acima, o mês de outubro é dedicado pela Igreja como sendo o mês das Missões. Nesta oportunidade se fala muito sobre o trabalho missionário e a sua devida importância como forma de fortalecimento na fé e na caminhada. Não é um mês exclusivo de se fazer missões, mas é um momento de reforçar o trabalho e rezar e ajudar em prol do bom êxito do trabalho dos missionários que estão em missão em terras realmente distantes do país ou cidades de origens, e é, também, oportunidade de fazer com que a nossa missão diária possa surtir os efeitos necessários no coração de todos os fiéis, para que caminhem buscando sempre a proximidade com Deus, que é o Criador de tudo e de todos.
O Catecismo da Igreja Católica nos exorta: “Tornados filhos de Deus pela regeneração batismal, os batizados são obrigados a professar diante dos homens a fé que pela Igreja receberam de Deus e a participar da atividade apostólica e missionária do povo de Deus” (cf. no. 1270).
A missão de todos nós consiste no fato de que temos que abraçar toda a proposta de Deus feita a nós desde o momento pelo qual, movido Ele por um amor incondicional, nos deu a vida. Podemos viver a nossa missionariedade em terras distantes ou em nosso próprio habitat, aqui no dia-a-dia de nossa Arquidiocese, aonde muitos ainda precisam conhecer Jesus ou redescobri-Lo, sendo que este último deve sempre ser o motivador maior do nosso ardor missionário – de sair de nossas casas e ir ao encontro do irmão para levar a Boa Nova da Salvação. Nestes últimos meses, e também neste outubro missionário, tantas iniciativas missionárias perpassam as atividades de regiões, foranias e vicariatos de nossa Arquidiocese. Isso tudo realizado pelas paróquias como também por grupos, comunidades e consagrados. Santa Terezinha do Menino Jesus nunca saiu do Carmelo, no entanto foi uma grande missionária, movida pelas suas contínuas orações, seu espírito missionário que trazia como inquietação em seu coração e profundo amor a Deus. Seja também você um missionário de Jesus Cristo, particularmente neste tempo da Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro (agora com site oficial no ar, o concurso para a logomarca lançado e já inaugurada a sede do comitê organizador) e enquanto estamos unidos aos jovens que anunciam Cristo Jesus pelo nosso país, levando consigo o ícone de Nossa Senhora e a Cruz do Redentor!

tjl@ - www.paulinas.org.br- www.vatican.vt- www.mundocatolico.org.br - http://sao-tarcisio.blogspot.com/

quinta-feira, 29 de setembro de 2011


BOM DIA EVANGELHO
Quinta-feira, 29 de setembro de 2011
MIGUEL, GABRIEL E RAFAEL (Arcanjos)
Oficio Festivo, 2ª do Saltério (Livro III), cor Branca

Hoje: Dia do Petróleo e dia do Paraquedista e Dia do Anunciante

Santos: Miguel, Gabriel, Rafael, Ripsima, Ciríaco (Corino), Bem-Aventurado Josão de Montmirail (1217), Bem-Aventurado Ricardo Rolle (1349), René Goupil, Bernardino de Feltre (confessor franciscano, 1ª ordem)

Oração
Ó Deus, que organizais de modo admirável o serviço dos anjos e dos homens, fazei sejamos protegidos na terra por aqueles que vos servem nos céus. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


Salmo: 137 (138), 1-2a.2bc-3.4-5 (R/.1c)
Perante os vossos anjos vou cantar-vos, ó Senhor!
1Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, porque ouvistes as palavras dos meus lábios! Perante os vossos anjos vou cantar-vos, 2e ante o vosso templo vou prostrar-me.
Eu agradeço vosso amor, vossa verdade, porque fizestes muito mais que prometestes; 3naquele dia em que gritei, vós me escutastes e aumentastes o vigor de minha alma.
4Os reis de toda a terra hão de louvar-vos, quando ouvirem, ó Senhor, vossa promessa. 5Hão de cantar vossos caminhos e dirão: "Como a glória do Senhor é grandiosa!"

Evangelho: João (Jo 1, 47-51)
Tu és o filho de Deus, tu és rei de Israel
Naquele tempo, 47Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: "Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade". 48Natanael perguntou: "De onde me conheces?" Jesus respondeu: "Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi". 49Natanael respondeu: "Rabi, tu és o filho de Deus, tu és o rei de Israel". 50Jesus disse: Tu crês porque te disse: Eu te vi debaixo da figueira? Coisas maiores que esta verás!" 51 E Jesus continuou: "Em verdade, em verdade, eu vos digo, vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem". Palavra da Salvação!

Leituras paralelas do contexto desta passagem: Mt 4, 18-22; Mc 1, 16-20; 3, 13-10; Lc 5, 1-11; 6, 12-16; At 1, 13

Comentando o Evangelho
O Messias encontrado
A experiência vocacional de Filipe é fonte de inspiração para o discipulado cristão. Tudo começa com um encontro pessoal com Jesus, seguido de uma ordem: "Segue-me!" O caminho do Mestre e do novo discípulo cruzam-se, fazendo a vida de Filipe passar por uma radical transformação. Seu caminho, doravante, será o mesmo de Jesus. Sua vida estará associada à do Mestre.
Filipe é atraído por Jesus por tratar-se daquele "de quem escreveram Moisés na Lei, e os profetas". O seguimento concretizou-se por um motivo verdadeiro. Ele não se deixou encantar apenas pela simpatia ou pela bondade de Jesus, nem pelo seu espírito de liderança e capacidade de expressar-se com autoridade, nem por vantagens que poderia tirar desta amizade. No Jesus de Nazaré Filipe reconheceu a manifestação da fidelidade de Deus à sua Palavra. Embora, no futuro, o novo discípulo devesse dar um novo enfoque a seu conceito acerca do messianismo, já era suficiente sua consciência inicial a respeito de Jesus.
O passo seguinte consistiu em comunicar a Natanael sua experiência, quando procurou convencê-lo da veracidade messiânica de Jesus de Nazaré, o filho de José. Seu esforço visou conduzir Natanael até o Mestre ("ir e ver") para que fizesse uma experiência pessoal, e, só depois, poder decidir-se a segui-lo.
A preocupação de levar outras pessoas a Jesus prova a autenticidade do "sim" de Filipe. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano B, ©Paulinas, 1996]

São Miguel, São Rafael e São Gabriel
A liturgia une hoje numa só comemoração três arcanjos, seguidamente nomeados nas Sagradas Escrituras. São eles: Miguel, Gabriel e Rafael.
Vejamos brevemente a posição deles na Bíblia e a veneração que lhes tributa a Igreja.

O primeiro arcanjo é São Miguel, que significa em hebraico "quem e igual a Deus". Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do céu e ministro de Deus.
O profeta Daniel é o primeiro hagiógrafo que nomeia este arcanjo e o chama de príncipe protetor dos judeus, enquanto depositário das grandes profecias e revelações do Antigo Testamento.
Sendo a Igreja o povo eleito por excelência, herdeira definitiva das revelações e mistérios divinos, ela se atribui a honra de considerá-lo também protetor especial dos Filhos de Deus, regenerados pelo sangue do Divino Cordeiro. Outra importante passagem relativa a este arcanjo é a do Apocalipse (12,7). O apóstolo São João assim descreve uma rebelião havida: "Houve uma batalha no céu. Miguel e seus anjos tiveram que combater o dragão. O dragão e seus anjos travaram combate, mas não prevaleceram. E já não houve lugar no céu para eles. Foi, então, precipitado o grande dragão, a primitiva serpente, chamado Demônio ou Satanás, o sedutor do mundo inteiro. Foi precipitado na terra e com ele os seus anjos".
Última passagem alusiva a este arcanjo se encontra na carta de Judas, em que mais uma vez Miguel é protetor dos justos.
O segundo arcanjo é Gabriel. E citado duas vezes nas profecias de Daniel, como portador de revelações por parte de Deus.
Mas a figura deste arcanjo refulge numa luz toda especial no Evangelho de São Lucas, onde Gabriel, que significa "homem de Deus", é o grande mensageiro do maior evento realizado na história: o nascimento de São João Batista, e sobretudo a Encarnação do Verbo no seio puríssimo da Virgem Maria.

A narração desta segunda aparição em São Lucas (1 ,26s) é de beleza insuperável. Ele cumprimenta Maria com suas palavras: "Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo". . . em seguida se desenrola o maravilhoso diálogo entre o anjo e Maria, concluindo com as palavras do arcanjo: "O Espírito Santo descerá sobre ti e a força do Altíssimo te envolverá com sua sombra. Por isso o Santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus". Ao que Maria respondeu: "Eis aqui a serva do Senhor, seja feito em mim conforme a tua palavra". Naquele momento, o Verbo de Deus se fez homem e habitou entre nós. Lendas judias contam que Gabriel foi um dos anjos que sepultaram Moisés. O próprio fundador do islamismo, Maomé, declara ter recebido do arcanjo Gabriel os suratas, isto é, os capítulos das revelações no Corão.
O terceiro arcanjo proposto hoje à nossa veneração é Rafael. A tradição bíblica reconhece em Rafael um dos sete espíritos que assistem ao trono de Deus. Dele, porém, se fala explicitamente uma só vez na Bíblia, isto é, no Livro de Tobias e figura como o arcanjo protetor e guia do jovem Tobias, enviado pelo pai para uma longa e perigosa viagem. O nome Rafael significa "Deus curou" e se adapta perfeitamente ao piedoso ofício desenvolvido por Rafael, restituindo a vista ao piedoso e velho Tobias. Também esta narração bíblica é de beleza incomparável, contendo preciosos ensinamentos morais e religiosos.

A Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, herdou do Antigo Testamento a devoção e veneração a estes três arcanjos e considera-os poderosos intercessores dos eleitos ao trono do Altíssimo.

[O SANTO DO DIA, Dom Servilio Conti, ©Vozes, 1997]

Para sua reflexão:
Natanael deveria pertencer ao grupo dos doze Apóstolos; por isso se costuma identificar com Bartolomeu, que é referido às listas dos Sinóticos, sempre a seguir a Felipe. “Tu és o Filho de Deus...”: desde a primeira hora, evidencia-se a intenção do Evangelista de apresentar confissões de fé em Jesus. A isso conduz todo o seu Evangelho. “Por meio dos Filhos do Homem”: é a forma de apresentar Jesus como Mediador entre o Céu e a terra, ficando o Céu aberto à humanidade, numa alusão à escada, pela qual os anjos subiam e desciam, na visão de Jacó. (Bíblia dos Capuchinhos)

O DESAFIO MISSIONÁRIO HOJE
Dom Orani João Tempesta, O. Cist., Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro - RJ
O mês de outubro, como mês temático, tem duas vertentes. De um lado as Missões, que marcam as reflexões em nossas comunidades. É também o mês do Rosário, de antiga tradição, convidando-nos a uma vida de oração contemplativa. Estes dois temas se completam, pois necessitamos de uma densa vida espiritual e de orações para vivermos testemunhando Jesus Ressuscitado e anunciando-O às pessoas do nosso tempo. Somos essencialmente missionários. Fixemo-nos hoje no tema das missões.
A caminhada da Santa Igreja perpassa por várias correntes referenciais para levar aos fiéis a plena compreensão do Reino de Deus. Dentre as correntes que se adota no percurso da caminhada evangelizadora está a dimensão missionária.
Na caminhada histórica do Filho de Deus, a Igreja Católica apresenta o mês de outubro como o mês das Missões. Neste ano apresenta-se com o tema “Missão na Ecologia”, que as Pontifícias Obras Missionárias (POM) realizam como a Campanha Missionária 2011. A temática, como nos anos precedentes, está diretamente ligada ao tema da Campanha da Fraternidade, iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que este ano é “Fraternidade e a Vida no Planeta”. Sempre foi consenso que os vários temas durante o ano poderiam ser ligados ou inspirados no tema da Campanha da Fraternidade. Nesse sentido, a Semana Nacional da Vida, começando no início de outubro e culminando com o Dia do Nascituro, nos recorda que toda a nossa reflexão ecológica não teria sentido sem a preservação e o respeito à vida humana.
Somos chamados também a refletir sobre o tema do dia Mundial das Missões, que a cada ano o Papa nos sugere. Neste ano, o Papa Bento XVI colocou como tema: “Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós” (Jo, 20,21). Notamos, de certa forma, como essa preocupação missionária está no coração e na mente do nosso Papa. Basta recordar o tema que ele escolheu para a Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”.
A missão fundamental da Igreja é sempre de Anúncio da Palavra de Deus ecoada nos corações dos fiéis, testemunhada e vivida, que deve transparecer em toda a vida do povo de Deus. Todos nós nos tornamos seguidores e missionários a partir da Graça que de Deus recebemos através do santo Batismo, que nos impregna a ação do Espírito Santo. A partir do conhecimento da Graça de Deus, adotada no coração daqueles e daquelas que buscam a solidez da revelação divina em suas vidas, percebe-se a necessidade da missão. Também é missão da Igreja denunciar tudo que é contrário à Palavra de Deus, como por exemplo, as injustiças provocadas à luz de interesses particulares que desnorteiam a caminhada cristã. Dentro do contexto proposto para o mês das Missões no Brasil deste ano, a Igreja ressalta a ingente preocupação com a preservação do meio ambiente e conscientização ecológica.
Ser missionário é antes de tudo um grande compromisso que o cristão adota em prol da realização do Reino de Deus, onde as criaturas por Ele criadas devem proclamar e dar testemunho da própria fé, levando ao conhecimento de todas as pessoas a Palavra de vida que cura, liberta e salva. Ser missionário é, em primeiro lugar, o ato de assumir a fé por inteiro, numa dinâmica viva de acolhimento à própria vocação.
Nestes tempos de tantas dificuldades para a missão da Igreja, que sofre perseguições diversas pelo mundo, não é fácil “fazer discípulos”, não é simples estar presente na sociedade em que uma minoria preferiria que “se esquecesse de Deus”. Ao discernirmos os “sinais dos tempos”, sentimos como é necessário uma “nova evangelização” e a coragem de proclamar em quem nós cremos, e como são importantes para a sociedade os valores proclamados pelos missionários.
Quando se ouve falar de missão ou em ser missionário, muitas vezes pensamos que para atuar como missionários precisamos ingressar em uma Ordem Religiosa e professarmos os votos para sermos enviados a uma terra distante e trabalharmos na evangelização dos irmãos. Há de se falar que de fato existe este tipo de trabalho missionário na vida da Igreja, principalmente de nossos irmãos que dão a sua vida no anúncio e no testemunho do Evangelho em lugares que Ele ainda não foi anunciado. Mas, em primeiro momento, a missão está de modo nato presente em todos nós batizados e devemos agir como verdadeiros missionários no ambiente em que vivemos, a começar pela nossa própria família e comunidade onde exercemos o nosso apostolado. Ser missionário faz parte do nosso ser cristão.
Como já falado acima, o mês de outubro é dedicado pela Igreja como sendo o mês das Missões. Nesta oportunidade se fala muito sobre o trabalho missionário e a sua devida importância como forma de fortalecimento na fé e na caminhada. Não é um mês exclusivo de se fazer missões, mas é um momento de reforçar o trabalho e rezar e ajudar em prol do bom êxito do trabalho dos missionários que estão em missão em terras realmente distantes do país ou cidades de origens, e é, também, oportunidade de fazer com que a nossa missão diária possa surtir os efeitos necessários no coração de todos os fiéis, para que caminhem buscando sempre a proximidade com Deus, que é o Criador de tudo e de todos.
O Catecismo da Igreja Católica nos exorta: “Tornados filhos de Deus pela regeneração batismal, os batizados são obrigados a professar diante dos homens a fé que pela Igreja receberam de Deus e a participar da atividade apostólica e missionária do povo de Deus” (cf. no. 1270).
A missão de todos nós consiste no fato de que temos que abraçar toda a proposta de Deus feita a nós desde o momento pelo qual, movido Ele por um amor incondicional, nos deu a vida. Podemos viver a nossa missionariedade em terras distantes ou em nosso próprio habitat, aqui no dia-a-dia de nossa Arquidiocese, aonde muitos ainda precisam conhecer Jesus ou redescobri-Lo, sendo que este último deve sempre ser o motivador maior do nosso ardor missionário – de sair de nossas casas e ir ao encontro do irmão para levar a Boa Nova da Salvação. Nestes últimos meses, e também neste outubro missionário, tantas iniciativas missionárias perpassam as atividades de regiões, foranias e vicariatos de nossa Arquidiocese. Isso tudo realizado pelas paróquias como também por grupos, comunidades e consagrados. Santa Terezinha do Menino Jesus nunca saiu do Carmelo, no entanto foi uma grande missionária, movida pelas suas contínuas orações, seu espírito missionário que trazia como inquietação em seu coração e profundo amor a Deus. Seja também você um missionário de Jesus Cristo, particularmente neste tempo da Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro (agora com site oficial no ar, o concurso para a logomarca lançado e já inaugurada a sede do comitê organizador) e enquanto estamos unidos aos jovens que anunciam Cristo Jesus pelo nosso país, levando consigo o ícone de Nossa Senhora e a Cruz do Redentor!


Caminhe com leveza na primavera. A Mãe Terra está grávida.
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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

BOM DIA EVANGELHO
Dia 28 de Setembro de 2011 — Quarta-feira
(S. Venceslau e S. Lourenço Ruiz -e Comps., Mem. Fac.)
26ª Semana Comum -Formulário do 26º Domingo Comum
(Cor Verde)
Santo do dia : S. Venceslau, rei da Boémia, mártir, +935, S. Lourenço Ruiz e companheiros, mártires, ++1633-37
Nossa humanidade precisa ser sempre lembrada das coisas de Deus, para que não perca a direção do Reino. No seguimento de Jesus estão aqueles que se dispõem a segui-lo, tendo sido chamados.. De um jeito ou de outro é preciso ter disponibilidade para estar com Ele. O que deve dominar nossos desejos é seu seguimento, e outras coisas não devem ocupar seu lugar. Andemos, pois, sempre na sua companhia.
Responsório (SALMO 136)
— Que se prenda a minha língua ao céu da boca, se de ti Jerusalém, eu me esquecer!
— Que se prenda a minha língua ao céu da boca, se de ti Jerusalém, eu me esquecer!
— Junto aos rios da Babilônia nos sentávamos chorando, com saudades de Sião. Nos salgueiros por ali penduramos nossas harpas.
— Pois foi lá que os opressores nos pediram nossos cânticos; nossos guardas exigiam alegria na tristeza: “Cantai hoje para nós algum canto de Sião”
— Como havemos de cantar os cantares do Senhor numa terra estrangeira? Se de ti, Jerusalém, algum dia eu me esquecer, que resseque a minha mão.
— Que se cole a minha língua e se prenda ao céu da boca, se de ti não me lembrar! Se não for Jerusalém minha grande alegria!
Oração
Pai, torna-me apto para o serviço do teu Reino, dando-me as virtudes necessárias para não me desviar do caminho traçado por ti, mesmo devendo pagar um alto preço por isso.

Dificuldades para seguir Jesus
Evangelho segundo S. Lucas 9,57-62.
Naquele tempo, enquanto Jesus e os seus discípulos iam a caminho de Jerusalém, alguém disse-Lhe: «Hei-de seguir-te para onde quer que fores.»
Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.»
E disse a outro: «Segue-me.» Mas ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar o meu pai.»
Jesus disse-lhe: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos. Quanto a ti, vai anunciar o Reino de Deus.»
Disse-lhe ainda outro: «Eu vou seguir-te, Senhor, mas primeiro permite que me despeça da minha família.»
Jesus respondeu-lhe: «Quem olha para trás, depois de deitar a mão ao arado, não está apto para o Reino de Deus.» (Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org)
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Um companheiro de São Francisco de Assis (séc. XIII)
Sacrum commercium, 22
«O Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça»

Ó Senhora Pobreza, o filho do Pai soberano enamorou-Se da tua formosura (Sb 8,2) [...], sabendo que serias a mais fiel das companheiras. Antes de Ele ter descido da Sua pátria luminosa, foste tu quem lhe preparou um lugar conveniente, um trono onde Se sentar, um leito onde descansar: a paupérrima Virgem, de quem nasceu. Desde o Seu nascimento estiveste à Sua cabeceira; deitaram-nO «numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria» (Lc 2,7). E tu acompanhaste-O sempre, enquanto Ele esteve na terra: «as raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça». Quando começou a ensinar, depois de ter deixado os profetas falarem em Seu nome, foi a ti quem primeiro Ele elogiou: «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu!» (Mt 5,3).
Depois, ao escolher alguns amigos como Suas testemunhas para a salvação da humanidade, não foi por comerciantes ricos que optou, mas por modestos pescadores, para a todos mostrar o quanto a estima que te tem, Senhora Pobreza, devia gerar amor por ti. Por fim, como se fosse necessária uma prova gloriosa e definitiva do teu valor, da tua nobreza, da tua coragem e da tua proeminência sobre as outras virtudes, foste a única a manter-te ligada ao Rei da glória, enquanto os amigos escolhidos o abandonaram.
Companheira fiel, terna amante, nem por um instante O deixaste; a Ele cada vez mais ligada ficaste, à medida que O vias mais e mais universalmente desprezado [...]. Foste tu a única a consolá-lO. Não O deixaste até à morte, «e morte de cruz» (Fl 2,8), nu, com os braços abertos em esforço, com as mãos e os pés trespassados por pregos [...], de tal forma que nada mais Lhe restava para mostrar da Sua glória para além de ti.
São Wenceslau
O bondoso monarca da Boêmia, Wratislau, antes de morrer, deixou, como herdeiro do trono, seu filho Wenceslau, nascido no ano 907, na atual República Checa. Com isso, despertou em sua mulher, Draomira, a ira e a vingança, pois era ela própria que desejava assumir o governo do país. Se não fosse possível, pretendia entregá-lo a seu outro filho, Boleslau, que tinha herdado o caráter e a falta de escrúpulos da mãe, enquanto Wenceslau fora criado pela avó, Ludmila, que lhe ensinou os princípios de bondade cristã. Por isso, não passava por sua cabeça uma oposição fatal dentro do próprio lar. Assim, acabou assassinado pelo irmão, de acordo com um plano diabólico da malvada rainha.
Mas antes que isso acontecesse, a mãe tomou à força o poder e começou uma grande e desumana perseguição aos cristãos. Assim, por sua maldade e impopularidade junto ao povo, foi deposta pelos representantes das províncias, que fizeram prevalecer a vontade do rei Wratislau, elevando ao trono seu filho Wenceslau. Imediatamente, seguindo o conselho da avó, Wenceslau levou de volta ao reino o cristianismo. Quando soube disso, Draomira ficou tão transtornada que contratou alguns assassinos para dar fim à vida da velha e bondosa senhora, que morreu enquanto rezava, estrangulada com o próprio véu.
Draomira sabia que ainda havia mais uma pedra em seu caminho impedindo seus planos maldosos e sua perseguição ao povo cristão. Wenceslau era um obstáculo difícil, pois, em muito pouco tempo, já tinha conquistado a confiança, a graça e a simpatia do povo, que via nele um verdadeiro líder, um exemplo a ser seguido. Dedicava-se aos mais pobres, encarcerados, doentes, viúvas e órfãos, aos quais fazia questão de ajudar e levar palavras de fé, carinho e consolo.
A popularidade de Wenceslau cresceu ainda mais quando, para evitar uma batalha com o duque Radislau, que se opunha ao seu governo cristão, propôs que, em vez de entrarem em guerra, duelassem entre si, evitando, assim, a morte da população inocente. Quem vencesse ficaria com o poder. No dia e na hora marcada, os adversários encontraram-se no campo de batalha. Radislau, imediatamente, atacou, de lança em punho. Contam os registros que, no momento em que feriria Wenceslau mortalmente, apareceram dois anjos que o mandaram parar. Radislau caiu do cavalo e, quando se levantou, já era um homem modificado. Naquele momento, pediu perdão e jurou fidelidade ao seu senhor.
Draomira e Boleslau, inconformados com a popularidade de Wenceslau, arquitetaram um plano diabólico para acabarem com sua vida. No dia 28 de setembro de 929, durante a festa de batismo de seu sobrinho, enquanto todos festejavam, Wenceslau retirou-se para a capela para rezar. Draomira sugeriu ao filho Boleslau que aquele seria o melhor momento para matar o próprio irmão. Boleslau invadiu a capela e apunhalou o irmão no altar da igreja.
Mãe e filho, porém, não tiveram tempo de saborear o poder e o trono roubado de Wenceslau, pois em poucos dias Draomira teve uma morte trágica e Boleslau foi condenado pelo imperador Oton I.
O seu corpo foi sepultado na igreja de São Vito, em Praga. Desde então, passou a ser cultuado como santo. A Hungria, a Polônia e a Boêmia têm em são Wenceslau seu protetor e padroeiro. Mais tarde, no século XVIII, a Igreja inscreveu são Wenceslau no calendário litúrgico, marcando o dia 28 de setembro para a sua festa.
São Wenceslau -(907-929)
TJL@-WWW.PAULINAS.ORG.BR-WWW.CANCAONOVA.ORG.BR-WWW.VATICAN.VT

terça-feira, 27 de setembro de 2011

BOM DIA EVANGELHO
Dia 27 de Setembro de 2011 — Terça-feira
São Vicente de Paulo
(Presb., Mem., Cor Branca)

São Vicente de Paulo (1581-1660), homem simples, humilde e tão irmão que, na sua humildade, faz-nos contemplar sua grandeza. Quando criança, guardava porcos para sobreviver, e graças à ajuda de uma pessoa conseguiu estudar. Aos 19 anos de idade foi ordenado sacerdote. Fundou a Congregação da Missão – Lazaristas – e as Irmãs da Caridade, juntamente com Santa Luísa de Marillac. As riquezas doadas pelos nobres, ele as encaminhava aos necessitados, jamais se aproveitando de nada. Muitas obras surgiram inspiradas nele, como as Conferências Vicentinas.
Santo do dia : S. Vicente de Paulo, presbítero, fundador, +1660

Livro de Salmos 87(86),1-3.4-5.6-7.
O Senhor ama a cidade,
por Ele fundada sobre os montes santos;
ama as portas de Sião mais que todas as moradas de Jacob.
Gloriosas coisas se dizem de ti,
ó cidade de Deus.
Incluirei o Egipto e a Babilónia na lista dos que me conhecem;
a Filisteia, Tiro e a Etiópia, uns e outros ali nasceram.
Mas de Sião há-de dizer se: "Todos lá nasceram;
o próprio Altíssimo a fortaleceu."
O Senhor escreverá no registo dos povos, anotando:
"Este nasceu em Sião."
E eles dirão, cantando e dançando:
"A minha única fonte está em ti."
Oração
Pai, livra-me de ser levado por impulso e pelas paixões ao me deparar com quem se recusa a acolher a mensagem do Reino. Que a minha mansidão possa conquistá-lo para ti.

Algumas pessoas não recebem Jesus
Evangelho segundo S. Lucas 9,51-56.
Como estavam a chegar os dias de ser levado deste mundo, Jesus dirigiu-se resolutamente para Jerusalém
e enviou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram numa povoação de samaritanos, a fim de lhe prepararem hospedagem.
Mas não o receberam, porque ia a caminho de Jerusalém.
Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram: «Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma?»
Mas Ele, voltando-se, repreendeu-os.
E foram para outra povoação. (Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org )

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja
Itinerário da alma para Deus, 7 (trad: Breviário)
Jesus dirigiu-Se resolutamente para Jerusalém
Cristo é o caminho e a porta. Cristo é a escada e o veículo, [...] e o sacramento escondido desde os séculos. Quem olha para este propiciatório de rosto plenamente voltado para Ele, contemplando-O suspenso na cruz com fé, esperança e caridade, com devoção, admiração e alegria, com veneração, louvor e júbilo, realiza com Ele a Páscoa, isto é, a passagem. E assim por meio da vara da cruz, atravessa o Mar Vermelho. [...] Nesta passagem, se for perfeita, é necessário que se deixem todas as operações intelectivas e que o ápice mais sublime do amor seja transferido e transformado totalmente em Deus. Isto porém é uma realidade mística e ocultíssima, que «ninguém conhece a não ser quem recebe» (Ap 2,17), que ninguém recebe senão quem deseja, nem deseja senão aquele que é inflamado, até à medula da alma, pelo fogo do Espírito Santo, que Cristo enviou à terra. Por isso diz o Apóstolo que esta sabedoria mística é revelada pelo Espírito Santo.
Se pretendes saber como isto sucede, interroga a graça e não a ciência [...], a nuvem e não a claridade. Não interrogues a luz, mas o fogo que tudo inflama e transfere para Deus, com unção suavíssima e ardentíssimos afectos. Este fogo é Deus; «a Sua fornalha está em Jerusalém» (Is 31,9). Cristo acendeu-o na chama da Sua ardentíssima Paixão. [...] Quem ama esta morte pode ver a Deus, porque é indubitavelmente verdade que «nenhum homem poderá ver-Me e continuar a viver» (Ex 33,20).
Morramos, pois, e entremos nessa nuvem; imponhamos silêncio às preocupações terrenas, paixões e imaginações; passemos, com Cristo crucificado, «deste mundo para o Pai» (Jo 13,1), a fim de que, ao manifestar-se-nos o Pai, digamos com o apóstolo Filipe: «Isso nos basta» (Jo 14,8); e ouçamos com São Paulo: «Basta-te a Minha graça» (2Cor 12,9); e exultemos com David, exclamando: «Desfalece a minha carne e o meu coração: Deus é o meu refúgio e a minha herança para sempre» (Sl 72,26).
A igreja celebra hoje
São Vicente de Paulo
Vicente de Paulo foi, realmente, uma figura extraordinária para a humanidade. Pertencia a uma família pobre, de cristãos dignos e fervorosos. Nasceu em Pouy, França, no dia 24 de abril de 1581.
Na infância, foi um simples guardador de porcos, o que não o impediu de ter uma brilhante ascensão na alta Corte da sociedade de sua época. Aos dezenove anos, foi ordenado padre e, antes de ser capelão da rainha Margarida de Valois, ficou preso durante dois anos nas mãos dos muçulmanos. O mais curioso é que acabou sendo libertado pelo seu próprio "dono", que, ao longo desse período, Vicente conseguiu converter ao cristianismo.
Todos o admiravam e respeitavam: do cardeal Richelieu à rainha Ana da Áustria, além do próprio rei Luís XIII, que fez questão absoluta de que Vicente de Paulo estivesse presente no seu leito de morte.
Mas quem mais era merecedor da piedade e atenção de Vicente de Paulo eram mesmo os pobres, os menos favorecidos, que sofriam as agruras da miséria. Quando Mazarino, em represália às barricadas erguidas pela França, quis fazer o país entregar-se pela fome, Vicente de Paulo organizou, em São Lázaro, uma mesa popular para servir, diariamente, refeições a duas mil pessoas famintas.
Apesar de ter sempre pouco tempo para os livros, tinha-o muito quando era para tratar e dar alívio espiritual. Quando convenceu o regente francês de que o povo sofria por falta de solidariedade e de pessoas caridosas para estenderem-lhe as mãos, o rei, imediatamente, nomeou-o para ser o ministro da Caridade. Com isso, organizou um trabalho de assistência aos pobres em escala nacional. Fundou e organizou quatro instituições voltadas para a caridade: a "Confraria das Damas da Caridade", os "Servos dos Pobres", a "Congregação dos Padres da Missão", conhecidos como padres lazaristas, em 1625, e, principalmente, as "Filhas da Caridade", em 1633.
Este homem prático, firme, dotado de senso de humor, esperto como um camponês, e sobretudo realista, que dizia aos sacerdotes de São Lazaro: "Amemos Deus, irmãos meus, mas o amemos às nossas custas, com a fadiga dos nossos braços, com o suor do nosso rosto", morreu em Paris no dia 27 de setembro de 1660.
Canonizado em 1737, são Vicente de Paulo é festejado no dia de sua morte, pelos seus filhos e sua filhas espalhados nos quatro cantos do mundo. E por toda a sociedade leiga cristã engajada em cuidar para que seu carisma permaneça, pela ação de suas fundações, que florescem, ainda, nos nossos dias, sempre a serviço dos mais necessitados, doentes e marginalizados.

São Vicente de Paulo -(1581-1660)
Fundou as congregações:
A Confraria das Damas da Caridade
Os Servos dos Pobres
Os Padres da Missão
Os Padres Lazaristas
e as Filhas da Caridade
tjl@ - www.paulinas.org.br-www.cancaonova.org.br-http://www.editorasantuario.com.br/

Deus nos fala
O profeta diz-nos que quem conhece Deus deve também revelá-lo aos outros. Mais tarde Jesus também nos diz que somos templos de Deus. Para ser discípulo é preciso ter paciência e não esperar sucesso, e dar tempo à realização da conversão das pessoas e dos povos
.

TJL@27092011-0829LT

segunda-feira, 26 de setembro de 2011


BOM DIA EVANGELHO
Dia 26 de Setembro de 2011 — Segunda-feira
São Cosme e São Damião -(Mts., MFac., Cor Vermelha)

São Cosme e São Damião viveram no final do século III e início do século IV. Segundo a tradição eram médicos. No Oriente eles são chamados de “os não cobradores”, porque exerciam a medicina sem cobrar nada dos pacientes pobres. Pediam apenas que os deixassem falar uns minutos a respeito de Jesus Cristo e de seu evangelho. Gesto maravilhoso este, e que podia ser repetido com a delicadeza devida, em muitas circunstâncias de hoje. Por causa disso foram martirizados. Que aprendamos com eles a praticar o bem e anunciar o evangelho.
Livro de Salmos
102(101),16-18.19-21.29.22-23.

Os povos honrarão, Senhor, o teu nome,
e todos os reis da terra, a tua majestade.
Quando o Senhor reconstruir Sião
e manifestar a sua glória,
há-de voltar-se para a oração do indigente
e não desprezará as suas súplicas.
Escrevam-se estas coisas para as gerações futuras,
e os que hão-de nascer louvarão o Senhor.
Senhor observa do alto do seu santuário;
lá do céu, Ele olha para a terra,
para escutar os gemidos dos cativos
e livrar os condenados à morte.
Os filhos dos teus servos hão-de viver tranquilos
e a sua descendência perdurará na tua presença.
Em Sião será anunciado o nome do SENHOR, e em Jerusalém, a sua glória, quando os povos de todas as nações se reunirem
para servirem o Senhor.

Deus nos fala
Deus habita no meio de seu povo, e não deixa que desanime; por isso o anima a ter esperança nas dificuldades. A autenticidade do evangelho pede-nos que sirvamos os irmãos, sem o desejo de poder e de privilégio.
Oração
Pai, que eu busque sempre destacar-me no serviço ao meu semelhante, de modo especial, os mais necessitados, pois nisto consiste minha verdadeira grandeza de discípulo.

Evangelho
Receber uma criança?
Lc 9,46-50
Os discípulos começaram a conversar sobre qual deles era o mais importante. Mas Jesus sabia o que eles estavam pensando. Então pegou uma criança e a pôs ao seu lado. Aí disse:
- Aquele que, por ser meu seguidor, receber esta criança estará recebendo a mim; e quem me receber estará recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que é o mais humilde entre vocês, esse é que é o mais importante.
João disse:
- Mestre, vimos um homem que expulsa demônios pelo poder do nome do senhor, mas nós o proibimos de fazer isso porque ele não é do nosso grupo.
Então Jesus disse a João e aos outros discípulos:
- Não o proíbam, pois quem não é contra vocês é a favor de vocês.

Comentário do Evangelho
Na liberdade do Espírito
Os discípulos têm dificuldade em compreender a prática de Jesus, no desapego, na humildade e no serviço. Neles predomina a ideologia do messias que, com seu poder, restauraria o Reino de Israel. Eles discutem entre si quem seria o maior no reino que esperavam que Jesus instaurasse. Jesus, percebendo o que pensavam, colocou-se como uma criança que deveria ser recebida pelos discípulos. A alusão de Jesus às crianças está associada, nos sinóticos, ao seu anúncio da paixão. Quem se percebe frágil e vulnerável diante do sofrimento e da morte sente-se assemelhado às crianças na sua fragilidade. Destituídos de poder só contam com o Pai O exclusivismo do poder ainda está manifesto na observação de João, representando os doze. Qualquer ação em nome de Jesus tem que passar por sua aprovação. Não reconhecem a liberdade do Espírito, mas sim os vínculos do poder e da instituição que se esboça. Porém Jesus vive a anuncia a grande subversão: ao invés de um reino de poder, temos a comunidade e a sociedade de amor, misericórdia e serviço, que, na liberdade do Espírito, promove a vida.
(José Raimundo Oliva)

Santo do dia :
S. Cosme e S. Damião, médicos, mártires, +303
Cosme e Damião eram irmãos e cristãos. Na verdade, não se sabe exatamente se eles eram gêmeos. Mas nasceram na Arábia e viveram na Ásia Menor, Oriente. Desde muito jovens, ambos manifestaram um enorme talento para a medicina. Estudaram e diplomaram-se na Síria, exercendo a profissão de médico com muita competência e dignidade. Inspirados pelo Espírito Santo, usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos. Com isso, seus tratamentos e curas a doentes, muitas vezes à beira da morte, eram vistos como verdadeiros milagres.
Deixavam pasmos os mais céticos dos pagãos, pois não cobravam absolutamente nada por isso. A riqueza que mais os atraía era fazer de sua arte médica também o seu apostolado para a conversão dos pagãos, o que, a cada dia, conseguiam mais e mais.
Isso despertou a ira do imperador Diocleciano, implacável perseguidor do povo cristão. Na Ásia Menor, o governador deu ordens imediatas para que os dois médicos cristãos fossem presos, acusados de feitiçaria e de usarem meios diabólicos em suas curas.
Mandou que fossem barbaramente torturados por negarem-se a aceitar os deuses pagãos. Em seguida, foram decapitados. O ano não pode ser confirmado, mas com certeza foi no século IV. Os fatos ocorreram em Ciro, cidade vizinha a Antioquia, Síria, onde foram sepultados. Mais tarde, seus corpos foram trasladados para uma igreja dedicada a eles.
Quando o imperador Justiniano, por volta do ano 530, ficou gravemente enfermo, deu ordens para que se construísse, em Constantinopla, uma grandiosa igreja em honra dos seus protetores. Mas a fama dos dois correu rápida no Ocidente também, a partir de Roma, com a basílica dedicada a eles, construída, a pedido do papa Félix IV, entre 526 e 530. Tal solenidade ocorreu num dia 26 de setembro; assim, passaram a ser festejados nesta data.
Os nomes de são Cosme e são Damião, entretanto, são pronunciados infinitas vezes, todos os dias, no mundo inteiro, porque, a partir do século VI, eles foram incluídos no cânone da missa, fechando o elenco dos mártires citados. Os santos Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos, dos farmacêuticos e das faculdades de medicina.


BOM DIA EVANGELHO
Dia 26 de Setembro de 2011 — Segunda-feira
São Cosme e São Damião -(Mts., MFac., Cor Vermelha)

São Cosme e São Damião viveram no final do século III e início do século IV. Segundo a tradição eram médicos. No Oriente eles são chamados de “os não cobradores”, porque exerciam a medicina sem cobrar nada dos pacientes pobres. Pediam apenas que os deixassem falar uns minutos a respeito de Jesus Cristo e de seu evangelho. Gesto maravilhoso este, e que podia ser repetido com a delicadeza devida, em muitas circunstâncias de hoje. Por causa disso foram martirizados. Que aprendamos com eles a praticar o bem e anunciar o evangelho.
Livro de Salmos
102(101),16-18.19-21.29.22-23.

Os povos honrarão, Senhor, o teu nome,
e todos os reis da terra, a tua majestade.
Quando o Senhor reconstruir Sião
e manifestar a sua glória,
há-de voltar-se para a oração do indigente
e não desprezará as suas súplicas.
Escrevam-se estas coisas para as gerações futuras,
e os que hão-de nascer louvarão o Senhor.
Senhor observa do alto do seu santuário;
lá do céu, Ele olha para a terra,
para escutar os gemidos dos cativos
e livrar os condenados à morte.
Os filhos dos teus servos hão-de viver tranquilos
e a sua descendência perdurará na tua presença.
Em Sião será anunciado o nome do SENHOR, e em Jerusalém, a sua glória, quando os povos de todas as nações se reunirem
para servirem o Senhor.

Deus nos fala
Deus habita no meio de seu povo, e não deixa que desanime; por isso o anima a ter esperança nas dificuldades. A autenticidade do evangelho pede-nos que sirvamos os irmãos, sem o desejo de poder e de privilégio.
Oração
Pai, que eu busque sempre destacar-me no serviço ao meu semelhante, de modo especial, os mais necessitados, pois nisto consiste minha verdadeira grandeza de discípulo.

Evangelho
Receber uma criança?
Lc 9,46-50
Os discípulos começaram a conversar sobre qual deles era o mais importante. Mas Jesus sabia o que eles estavam pensando. Então pegou uma criança e a pôs ao seu lado. Aí disse:
- Aquele que, por ser meu seguidor, receber esta criança estará recebendo a mim; e quem me receber estará recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que é o mais humilde entre vocês, esse é que é o mais importante.
João disse:
- Mestre, vimos um homem que expulsa demônios pelo poder do nome do senhor, mas nós o proibimos de fazer isso porque ele não é do nosso grupo.
Então Jesus disse a João e aos outros discípulos:
- Não o proíbam, pois quem não é contra vocês é a favor de vocês.

Comentário do Evangelho
Na liberdade do Espírito
Os discípulos têm dificuldade em compreender a prática de Jesus, no desapego, na humildade e no serviço. Neles predomina a ideologia do messias que, com seu poder, restauraria o Reino de Israel. Eles discutem entre si quem seria o maior no reino que esperavam que Jesus instaurasse. Jesus, percebendo o que pensavam, colocou-se como uma criança que deveria ser recebida pelos discípulos. A alusão de Jesus às crianças está associada, nos sinóticos, ao seu anúncio da paixão. Quem se percebe frágil e vulnerável diante do sofrimento e da morte sente-se assemelhado às crianças na sua fragilidade. Destituídos de poder só contam com o Pai O exclusivismo do poder ainda está manifesto na observação de João, representando os doze. Qualquer ação em nome de Jesus tem que passar por sua aprovação. Não reconhecem a liberdade do Espírito, mas sim os vínculos do poder e da instituição que se esboça. Porém Jesus vive a anuncia a grande subversão: ao invés de um reino de poder, temos a comunidade e a sociedade de amor, misericórdia e serviço, que, na liberdade do Espírito, promove a vida.
(José Raimundo Oliva)

Santo do dia :
S. Cosme e S. Damião, médicos, mártires, +303
Cosme e Damião eram irmãos e cristãos. Na verdade, não se sabe exatamente se eles eram gêmeos. Mas nasceram na Arábia e viveram na Ásia Menor, Oriente. Desde muito jovens, ambos manifestaram um enorme talento para a medicina. Estudaram e diplomaram-se na Síria, exercendo a profissão de médico com muita competência e dignidade. Inspirados pelo Espírito Santo, usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos. Com isso, seus tratamentos e curas a doentes, muitas vezes à beira da morte, eram vistos como verdadeiros milagres.
Deixavam pasmos os mais céticos dos pagãos, pois não cobravam absolutamente nada por isso. A riqueza que mais os atraía era fazer de sua arte médica também o seu apostolado para a conversão dos pagãos, o que, a cada dia, conseguiam mais e mais.
Isso despertou a ira do imperador Diocleciano, implacável perseguidor do povo cristão. Na Ásia Menor, o governador deu ordens imediatas para que os dois médicos cristãos fossem presos, acusados de feitiçaria e de usarem meios diabólicos em suas curas.
Mandou que fossem barbaramente torturados por negarem-se a aceitar os deuses pagãos. Em seguida, foram decapitados. O ano não pode ser confirmado, mas com certeza foi no século IV. Os fatos ocorreram em Ciro, cidade vizinha a Antioquia, Síria, onde foram sepultados. Mais tarde, seus corpos foram trasladados para uma igreja dedicada a eles.
Quando o imperador Justiniano, por volta do ano 530, ficou gravemente enfermo, deu ordens para que se construísse, em Constantinopla, uma grandiosa igreja em honra dos seus protetores. Mas a fama dos dois correu rápida no Ocidente também, a partir de Roma, com a basílica dedicada a eles, construída, a pedido do papa Félix IV, entre 526 e 530. Tal solenidade ocorreu num dia 26 de setembro; assim, passaram a ser festejados nesta data.
Os nomes de são Cosme e são Damião, entretanto, são pronunciados infinitas vezes, todos os dias, no mundo inteiro, porque, a partir do século VI, eles foram incluídos no cânone da missa, fechando o elenco dos mártires citados. Os santos Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos, dos farmacêuticos e das faculdades de medicina.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011


BOM DIA EVANGELHO
Sexta-feira, 23 de setembro de 2011
São Pio de Pietrelcina (Presbítero), 1ª do Saltério (Livro III), cor Litúrgica Branca
Hoje: Dia Internacional da Memória do Comércio dos Escravos e sua Abolição.

Santos: Firmino I, Aurélia, Cléofas, Vicente Stambi, Nicolau de Flue (1487), Firmino, Paulo e sua família (Damasco), Bem-Aventurados Bardoniano e Eucarpo (Ásia), Ceolfrido (716), Bem-Aventurado Hermano (o Coxo), Bem-Aventurado Francisco Jaccard, Francisco Maria de Camporosso (confessor franciscano, 1ª ordem)

Oração
Pai, só tu podes revelar-me a identidade de teu Filho Jesus. Que eu a conheça de forma verdadeira para poder conformar com ela a minha vida.

Salmo Responsorial: 42(43), 1.2.3.4 (R/. cf. 5bc)
Espera em Deus! Louvarei novamente o meu Deus Salvador!

Fazei justiça, meu Deus, e defendei-me contra a gente impiedosa; do homem perverso e mentiroso libertai-me, ó Senhor!
Sois vós o meu Deus e meu refúgio: por que me afastais? Por que ando tão triste e abatido pela opressão do inimigo?
Enviai vossa luz, vossa verdade: elas serão o meu guia; que me levem ao vosso monte santo, até a vossa morada!
Então irei aos altares do Senhor, Deus da minha alegria. Vosso louvor cantarei, ao som da harpa, meu Senhor e meu Deus!

Evangelho: Lucas (Lc 9, 18-22)
Jesus impede aos discípulos de falarem ao povo quem ele é


Aconteceu que Jesus 18estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou-lhes: "Quem diz o povo que eu sou?" 19Eles responderam: "Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou". 20Mas Jesus perguntou: "E vós, quem dizeis que eu sou?" Pedro respondeu: "O Cristo de Deus". 21Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém.
22E acrescentou: "O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia". Palavra da Salvação!

Leitura paralela: Mc 16, 13-20; Mc 8, 27-30

Comentário o Evangelho
Uma questão fundamental
Num momento de oração, Jesus questiona os discípulos acerca de uma questão fundamental, formulada em duas etapas. Na primeira, a pergunta - "Quem sou eu, na opinião do povo?" - visa explicitar a maneira como a pessoa de Jesus era considerada por quem o ouvia, era beneficiado por seus milagres e tinha notícias de seus grandes feitos. Enfim, gente sem muita proximidade com ele.
As respostas, elencadas pelos apóstolos, trazem a marca das tradições messiânicas populares. Aí, o Messias é identificado com algum dos profetas do passado, cuja reaparição, na história humana, era sinal da chegada do fim dos tempos.
Na segunda etapa, a pergunta consistiu em saber o pensamento dos discípulos: "Para vocês, quem sou eu?" Tendo privado da intimidade de Jesus, deveriam estar em condições de dar uma resposta mais próxima da realidade, condizente com a verdadeira identidade de Jesus.
É Pedro quem se adianta e responde, em nome do grupo: "Tu és o Cristo de Deus!" Esta resposta revelou, na verdade, um avanço em relação à mentalidade popular. Mais que algum personagem do passado, Jesus era o Ungido, enviado por Deus ao mundo. Sua presença era sinal do amor de Deus pela humanidade.
Apesar de estar correta essa resposta, foi necessário que Jesus acrescentasse algo que os próprios discípulos desconheciam. Embora sendo o Cristo de Deus, Jesus estava para se defrontar, não com um destino de glória, mas sim, de sofrimento, de morte e de ressurreição. Esta era a vontade do Pai!
[O EVANGELHO DO DIA. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1998]


Para sua reflexão:

A oração de Jesus é o contexto da confissão dos apóstolos por meio de Pedro. Como a indicar que além da confissão esconde-se uma profundidade insondável. Jesus pergunta numa espécie de resumo de sua atividade até agora e apresentando o futuro. Propõe a pergunta fundamental, “quem sou eu”, em dois tempos, para que a resposta dos discípulos se destaque sobre as opiniões do povo. A pergunta é desafiadora (não simples curiosidade ou inquietação, como as de Herodes), e se dirige a todos. Cada um tem de dar sua resposta. O povo, com todo o seu entusiasmo, não ultrapassa o nível profético ou o nível de João. Na cena evangélica, Pedro responde como cabeça de todos. A eles foi dado conhecer o segredo do reinado de Deus. O Messias de Deus é o Ungido de Deus: primeiro título de Saul, depois do monarca descendente de Davi. Na boca de Pedro, significa o Messias esperado. Por ora, não deve divulgá-lo, para evitar interpretações equivocadas. (Bíblia dos Capuchinhos)

São Pio de Pietrelcina
O padre Francesco Forgione nasceu em Pietrelcina, província de Benevento, Itália, no dia 25 de maio de 1887. Seus pais foram Horacio Forgione e María Giuseppa. Cresceu dentro de uma família humilde, mas, como ele mesmo disse, "nunca nos faltou nada".
Foi uma criança sensível e espiritual. Na Igreja Santa Maria dos Anjos, onde se poderia dizer que foi como a sua "outra casa", foi batizado, fez a primeira comunhão e a sua confirmação. Também nesta mesma Igreja foi onde aos cinco anos lhe apareceu o Sagrado Coração de Jesus. Mais, começara a ter aparições da Virgem Maria que durariam pelo resto da sua vida. Ingressou na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em Morcone, em janeiro de 1903. Nas vésperas de entrar no seminário, Francisco teve uma visão de Jesus com a sua mãe Santíssima. Nesta visão, Jesus pôs sua mão nos ombros de Francisco, dando-lhe coragem e fortaleza para seguir adiante. Já a Virgem Maria, neste mesmo momento, lhe falou suavemente, maternalmente, penetrando no mais profundo da sua alma. Foi ordenado sacerdote no dia 10 de agosto de 1910, na Catedral de Beneveto, e fevereiro deste mesmo ano se estabeleceu em San Giovanni Rotondo, onde permaneceu até a sua morte, no dia 23 de setembro de 1968.
Pouco depois de sua ordenação, voltaram-lhe a dar febres e outros males que sempre o incomodou durante os seus estudos preparatórios. Foi então enviada a sua cidade natal para que se restabelecera. Logo de 8 anos de sacerdote, no dia 20 de setembro de 1918, recebe os estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo em suas mãos, pés e no costado esquerdo, convertendo-se no primeiro sacerdote estigmatizado. Em uma carta que escreve a seu diretor espiritual, os descreve assim: "Em meio das mãos apareceu uma mancha vermelha, do tamanho de uma pequena moeda, acompanhada por uma intensa dor. Também debaixo dos pés sinto dor".
Mais tarde, no ano de 1940, arquitetou um projeto de um hospital que se denominou "Casa do Alívio do sofrimento" - o mais importante do sul da Itália -, cuja construção culminou no ano de 1956. No dia 20 de setembro de 1968, Padre Pio cumpria 50 anos, desde que lhe aparecera os primeiros estigmas do Senhor Jesus. O Padre Pio celebrou a missa na hora acostumada de sempre. Ao redor do altar, haviam 50 vasos com rosas vermelhas que simbolizavam os 50 anos de sangue... a dois dias depois disto, murmurando por largas horas, "Jesus, Maria!", morreu, no dia 22 de setembro de 1968. Aqueles que estiveram aí presentes, permaneceram um longo período em oração e silêncio. O funeral do Padre Pio foi impressionante, já que se teve que esperar 4 dias até que todos os seus fiéis se despedissem do corpo. Se calcula que mais de cem mil pessoas participaram do enterro. Ao morrer, desapareceram-lhe os estigmas com o qual o Senhor dava um sinal claro da origem mística e sobrenatural das mesmas. Muitos foram os favores e conversões concedidas pela intercessão do Padre Pío e inumeráveis milagres foram reportados à Santa Sé. O Padre Pio converteu e confessou a um grande número de fiéis de distintos países, que o buscavam para pedir-lhe perdão por seus pecados e orientação para suas vidas. 286, no reinado de Diocleciano, a divisa onde estavam estava servindo em território da atual Suíça, quando o comandante supremo, Maximiano, ordenou que todos os soldados oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos. Os membros da Legião Tebana se recusaram e foram todos mortos por amor a Jesus Cristo. Pelo que se conta, toda uma corte de legionários (cada corte contava com milhares de soldados) foi executada juntamente com são Maurício. [John Nascimento, Canadá]

Enfoque deslocado
Dom Aloísio Roque Oppermann scj, Arcebispo de Uberaba - MG

Na mente de muitas pessoas ainda existe aquela convicção de que remédio bom tem que ser amargo. Este, sim, teria efeito garantido. O mesmo se diga sobre o uso legítimo do prazer do corpo. Muitos acham que a busca do prazer físico, tem embutido em si um ressaibo pecaminoso. Esta maneira de pensar cria muitos culpados imaginários. Leva àquela falsa idéia do “eu não presto”. Jesus, ao contrário, além de ter uma vida disciplinada, também aceitava participar de momentos de boas refeições e tomar bons vinhos. Isso não dava, no entanto, o direito aos seus inimigos de acusá-lo: “O Filho do Homem é um comilão e beberrão, amigo dos pecadores” (Lc 7, 34). Trata-se dos prazeres legítimos que Deus colocou à nossa disposição. O mundo civil, nos dias atuais, está muito bem equipado com ofertas de prazer. Oferece abundância de comidas sofisticadas, até em linha popular; roupas de grande beleza; joias variadíssimas; remédios em abundância; drogas para esquecer as agruras da vida; festas para todos os gostos; exacerbação sexual. Parece que se está fixando o princípio de vida, comentado por São Paulo: “Comamos e bebamos, porque amanhã morreremos” (1 Cor 15, 32).
Mas não nos iludamos. Tudo na vida deve ter limites, que não podem ser ultrapassados: comida, festas, vida sexual, esportes. Estamos na civilização da abundância, onde as pessoas buscam sempre mais prazer. Mas as coisas boas precisam estar acompanhadas de disciplina, e até de sacrifício. Basta vermos o concurso que foi realizado, de Miss Universo. Procurou-se a “mulher mais linda do mundo”. Mas que enorme sacrifício que tiveram de enfrentar: pouca comida, muito exercício, concentração de várias semanas, obediência – sem discussão - aos organizadores... Tudo por um título efêmero. Podemos viver tranquilamente os prazeres legítimos da vida, sem traumas. Mas atenção! O salmista ensina: “Deus é o meu bem” (Sl 16, 2).

O santo rosário é a arma de quem quer vencer todas as batalhas. (S.Pio de Pietrelcina)



BOM DIA EVANGELHO
22 DE SETEMBRO, QUINTA-FEIRA
Santo do dia : S. Mateus, apóstolo e evangelista

Jesus, o Filho eterno do Pai, é a fonte de infinita misericórdia. Ele passou fazendo o bem, perdoou aos pecadores, curou os doentes, multiplicou os pães para os famintos, e aos pobres acolheu com amor. Veio para junto dos seus, e aqueles que o acolheram alcançaram a vida em abundância. Jesus é a misericórdia do Pai para toda a humanidade, e quem deposita nele sua vida encontra a verdadeira paz. Que possamos todos beber sem cessar desta fonte de bênçãos e de graça, que jorra sem cessar sobre nossa humanidade.
Deus nos fala
O templo deve ser sinal que Deus está presente, que a história da salvação continua e que somos fiéis servidores do Reino. Encontrar Jesus é encontrar a vida e a salvação que Ele plantou no meio de nossa humanidade e em nossa vida.

Oração
Pai, diversamente dos inimigos de Jesus, quero conhecer a identidade e a missão de teu Filho, pois é por ele que me guiarei para ser fiel a ti.

Procurava ver Jesus
Evangelho segundo S. Mateus 9,9-13.
Partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-me!» E ele levantou se e seguiu-o.
Encontrando-se Jesus à mesa em sua casa, numerosos cobradores de impostos e outros pecadores vieram e sentaram-se com Ele e seus discípulos.
Os fariseus, vendo isto, diziam aos discípulos: «Porque é que o vosso Mestre come com os cobradores de impostos e os pecadores?»
Jesus ouviu-os e respondeu-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes.
Ide aprender o que significa: Prefiro a misericórdia ao sacrifício. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org


Comentário ao Evangelho do dia feito por
Rupert de Deutz (c. 1075-1130), monge beneditino
As Obras do Espírito Santo, IV, 14
O cobrador de impostos foi libertado para o Reino de Deus
Mateus, o publicano, recebeu por alimento «o pão da vida e da inteligência» (Sir 15, 3); e dessa mesma inteligência, fez em sua casa um grande banquete para o Senhor Jesus, pois tinha recebido uma graça abundante, em conformidade com o seu nome [que quer dizer «dom do Senhor»]. Um presságio desse banquete de graças havia sido preparado por Deus: tendo sido chamado enquanto estava no seu posto de cobrança, seguiu a Cristo e «ofereceu-Lhe, em sua casa, um grande banquete» (Lc 5, 29). Ofereceu-Lhe portanto um banquete, dos grandes – um banquete real, diríamos.
Mateus é de facto o evangelista que nos mostra Cristo Rei através da Sua família e dos Seus actos. Logo no início da obra, declara que se trata do livro da «Genealogia de Jesus Cristo, filho de David» (Mt 1, 1). Em seguida, comenta como o recém-nascido é adorado pelos magos como rei dos judeus; depois, tecendo o resto da narração com régios feitos e parábolas do reino, termina por fim com as próprias palavras de um Rei que já está coroado pela glória da ressurreição: «Foi-Me dado todo o poder no Céu e na Terra» (28, 18). Se examinarmos bem o conjunto da sua redacção, reconheceremos portanto que toda ela respira os mistérios do Reino de Deus. Nada de espantoso há nisto; Mateus tinha sido publicano, lembrava-se de ter sido chamado do serviço público do reino de pecado para a liberdade do Reino de Deus, do Reino de justiça. Como homem verdadeiramente grato para com o grande Rei que o tinha libertado, serviu portanto com fidelidade as leis do Seu Reino.

A igreja celebra hoje
S. Mateus, apóstolo e evangelista
No tempo de Jesus Cristo, na época em que a Palestina era apenas uma província romana, os impostos cobrados eram onerosos e pesavam brutalmente sobre os ombros dos judeus. A cobrança desses impostos era feita por rendeiros públicos, considerados homens cruéis, sanguessugas, verdadeiros esfoladores do povo. Um dos piores rendeiros da época era Levi, filho de Alfeu, que, mais tarde, trocaria seu nome para Mateus, o "dom de Deus". Um dia, depois de pregar, Jesus caminhava pelas ruas da cidade de Cafarnaum e encontrou com o cruel Levi. Olhou-o com firmeza nos olhos e disse: "Segue-me". Levi, imediatamente, levantou-se, abandonou seu rendoso negócio, mudou de vida, de nome e seguiu Jesus.

Acredita-se, mesmo, que tal mudança não tenha realmente ocorrido dessa forma, mas sim pelo seu próprio e espontâneo entusiasmo no Messias. Na verdade, o que se imagina é que Levi havia algum tempo cultivava a vontade de seguir as palavras do profeta e que aquela atitude tenha sido definitiva para colocá-lo para sempre no caminho da fé cristã.

Daquele dia em diante, com o nome já trocado para Mateus, tornou-se um dos maiores seguidores e apóstolos de Cristo, acompanhando-o em todas as suas caminhadas e pregações pela Palestina. São Mateus foi o primeiro apóstolo a escrever um livro contando a vida e a morte de Jesus Cristo, ao qual ele deu o nome de Evangelho e que foi amplamente usado pelos primeiros cristãos da Palestina. Quando o apóstolo são Bartolomeu viajou para as Índias, levou consigo uma cópia.

Depois da morte e ressurreição de Jesus, os apóstolos espalharam-se pelo mundo e Mateus foi para a Arábia e a Pérsia para evangelizar aqueles povos. Porém foi vítima de uma grande perseguição por parte dos sacerdotes locais, que mandaram arrancar-lhe os olhos e o encarceraram para depois ser sacrificado aos deuses. Mas Deus não o abandonou e mandou um anjo que curou seus olhos e o libertou. Mateus seguiu, então, para a Etiópia, onde mais uma vez foi perseguido por feiticeiros que se opunham à evangelização. Porém o príncipe herdeiro morreu e Mateus foi chamado ao palácio. Por uma graça divina fez o filho da rainha Candece ressuscitar, causando grande espanto e admiração entre os presentes. Com esse ato, Mateus conseguiu converter grande parte da população. Na época, a Igreja da Etiópia passou a ser uma das mais ativas e florescentes dos tempos apostólicos.

São Mateus morreu por ordem do rei Hitarco, sobrinho do rei Egipo, no altar da igreja em que celebrava o santo ofício da missa. Isso aconteceu porque não intercedeu em favor do pedido de casamento feito pelo monarca, e recusado pela jovem Efigênia, que havia decidido consagrar-se a Jesus. Inconformado com a atitude do santo homem, Hitarco mandou que seus soldados o executassem.

No ano 930, as relíquias mortais do apóstolo são Mateus foram transportadas para Salerno, na Itália, onde, até hoje, é festejado como padroeiro da cidade. A Igreja determinou o dia 21 de setembro para a celebração de são Mateus, apóstolo.

A glória principal de S. Mateus é o seu Evangelho, escrito primeiro em aramaico e traduzido pouco depois para o grego. -cf.www.ecclesia.pt

Tjl@- www.paulinaas.org.br-www.cancaonova.org.br-www.vatican.vt-www.mundocatolico.org.br
BOM DIA EVANGELHO
21 de Setembro de 2011 — Quarta-feira
Ano A - São Mateus
(Ap., Gl., Pf. Apóst., Cor Vermelha)

Mateus, um dos discípulos de Jesus e autor de um evangelho, natural de Cafarnaum, era o cobrador de impostos chamado por Jesus, que, levantando-se de sua banca, seguiu-o de perto (Lc 5,27). O evangelho que escreveu mostra-nos a Igreja fundada sobre a fé dos apóstolos, a justiça do Reino que é amor e misericórdia. Falou-nos também do cumprimento da Antiga Aliança. Página muito bela é a das Bem-aventuranças e a do juízo de Deus sobre a humanidade. Com toda a Igreja bendizemos a Deus pela vida de São Mateus.
Antífona de Entrada (Mt 28,19-20)
Ide, e de todas as nações fazei discípulos, diz o Senhor, batizando-os e ensinando-os a observar todos os mandamentos que vos dei.
Deus nos fala
Os dons recebidos de Deus e colocados a serviço do Reino produzem seus frutos à medida da graça divina. Jesus chamou: “Segue-me”; ele escutou e o seguiu de perto até o fim.
SALMO 18
— Seu som ressoa e se espalha em toda a terra!— Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento, a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite à noite publica esta notícia!— Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do Oração
Senhor Jesus, faze-me trilhar o caminho da solidariedade, para que eu me aproxime daqueles aos quais deve ser levada a salvação.

Jesus viu um homem chamado Mateus
Mt 9,9-13
Jesus saiu dali e, no caminho, viu um cobrador de impostos, chamado Mateus, sentado no lugar onde os impostos eram pagos. Jesus lhe disse:
- Venha comigo.
Mateus se levantou e foi com ele. Mais tarde, enquanto Jesus estava jantando na casa de Mateus, muitos cobradores de impostos e outras pessoas de má fama chegaram e sentaram-se à mesa com Jesus e os seus discípulos. Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos:
- Por que é que o mestre de vocês come com os cobradores de impostos e com outras pessoas de má fama?
Jesus ouviu a pergunta e respondeu:
- Os que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Vão e procurem entender o que quer dizer este trecho das Escrituras Sagradas: "Eu quero que as pessoas sejam bondosas e não que me ofereçam sacrifícios de animais." Porque eu vim para chamar os pecadores e não os bons.

Comentário do Evangelho
Misericórdia é que eu quero
Vários eram os grupos sociais populares excluídos pelo sistema religioso em Israel: publicanos, prostitutas, gentios e doentes, enquadrados como impuros e pecadores, isto é, à margem da Lei de Moisés. O publicano, humilhado pelo sistema religioso-político, agindo como instrumento de coleta de impostos, na realidade era um explorado pelas elites abastadas, que o usavam como instrumento de enriquecimento. Os inúmeros critérios de exclusão servem para afirmar a superioridade e garantir privilégios de um grupo de poder. Jesus vem remover estas barreiras libertando e promovendo estes excluídos. Os impuros e pecadores eram absolutamente excluídos da mesa dos fariseus e demais chefes religiosos. O "estar à mesa", isto é, a refeição partilhada, é um gesto profundo de comunhão e intimidade entre as pessoas. Com a referência ao profeta Oséias, "misericórdia é que eu quero, e não sacrifícios" (Os 6,6), Jesus vai inaugurando e consolidando sua prática renovadora para um mundo novo onde a justiça, o amor e a paz prevaleçam. -José Raimundo Oliva

A IGREA CELEBRA HOJE
São Mateus
No tempo de Jesus Cristo, na época em que a Palestina era apenas uma província romana, os impostos cobrados eram onerosos e pesavam brutalmente sobre os ombros dos judeus. A cobrança desses impostos era feita por rendeiros públicos, considerados homens cruéis, sanguessugas, verdadeiros esfoladores do povo. Um dos piores rendeiros da época era Levi, filho de Alfeu, que, mais tarde, trocaria seu nome para Mateus, o "dom de Deus". Um dia, depois de pregar, Jesus caminhava pelas ruas da cidade de Cafarnaum e encontrou com o cruel Levi. Olhou-o com firmeza nos olhos e disse: "Segue-me". Levi, imediatamente, levantou-se, abandonou seu rendoso negócio, mudou de vida, de nome e seguiu Jesus.

Acredita-se, mesmo, que tal mudança não tenha realmente ocorrido dessa forma, mas sim pelo seu próprio e espontâneo entusiasmo no Messias. Na verdade, o que se imagina é que Levi havia algum tempo cultivava a vontade de seguir as palavras do profeta e que aquela atitude tenha sido definitiva para colocá-lo para sempre no caminho da fé cristã.

Daquele dia em diante, com o nome já trocado para Mateus, tornou-se um dos maiores seguidores e apóstolos de Cristo, acompanhando-o em todas as suas caminhadas e pregações pela Palestina. São Mateus foi o primeiro apóstolo a escrever um livro contando a vida e a morte de Jesus Cristo, ao qual ele deu o nome de Evangelho e que foi amplamente usado pelos primeiros cristãos da Palestina. Quando o apóstolo são Bartolomeu viajou para as Índias, levou consigo uma cópia.

Depois da morte e ressurreição de Jesus, os apóstolos espalharam-se pelo mundo e Mateus foi para a Arábia e a Pérsia para evangelizar aqueles povos. Porém foi vítima de uma grande perseguição por parte dos sacerdotes locais, que mandaram arrancar-lhe os olhos e o encarceraram para depois ser sacrificado aos deuses. Mas Deus não o abandonou e mandou um anjo que curou seus olhos e o libertou. Mateus seguiu, então, para a Etiópia, onde mais uma vez foi perseguido por feiticeiros que se opunham à evangelização. Porém o príncipe herdeiro morreu e Mateus foi chamado ao palácio. Por uma graça divina fez o filho da rainha Candece ressuscitar, causando grande espanto e admiração entre os presentes. Com esse ato, Mateus conseguiu converter grande parte da população. Na época, a Igreja da Etiópia passou a ser uma das mais ativas e florescentes dos tempos apostólicos.

São Mateus morreu por ordem do rei Hitarco, sobrinho do rei Egipo, no altar da igreja em que celebrava o santo ofício da missa. Isso aconteceu porque não intercedeu em favor do pedido de casamento feito pelo monarca, e recusado pela jovem Efigênia, que havia decidido consagrar-se a Jesus. Inconformado com a atitude do santo homem, Hitarco mandou que seus soldados o executassem.

No ano 930, as relíquias mortais do apóstolo são Mateus foram transportadas para Salerno, na Itália, onde, até hoje, é festejado como padroeiro da cidade. A Igreja determinou o dia 21 de setembro para a celebração de são Mateus, apóstolo.
— São Mateus -Apóstolo e Evangelista-séc. I
— TJL@- WWW.MUNDOCATOLICO.ORG.BR-WWW.VATICAN.VT-W
BOM DIA EVANGELHO
Dia 20 de Setembro de 2011 — Terça-feira
Ss. André Kim Taegon, Paulo Chong,
Comps. Mts
(Presb., Mts., Mem., Cor Vermelha)

No início do século XVII, a fé cristã penetrou na Coreia, custando o martírio de muitos. Estes plantaram com o sangue a verdade, e fizeram germinar a semente do Reino. Com suas vidas resplandeceu o rosto divino de Cristo no rosto humano dos irmãos. Até o ano de 1866, nasceram nesta Comunidade cento e três santos mártires, dos quais sobressaíram André Kim, sacerdote, e o apóstolo leigo Paulo Chong. Junto deles estavam crianças, jovens, homens e mulheres que suportaram o suplício do martírio, consagrando assim os primórdios da Igreja coreana. Bendito seja o Senhor, naqueles que dão a vida por amor.


Oração
Pai, que minha condição de membro da grande família do Reino se expresse no meu modo de proceder. Pela disposição a amar, quero dar provas de ser teu filho.

Ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática
Lc 8,19-21
Sua mãe e seus irmãos vieram ter com ele, mas não podiam se aproximar, por causada multidão. Alguém lhe comunicou: "Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem te ver". Ele respondeu: "Minha mãe e meus irmãos são estes: os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática".

Comentário do Evangelho
Fazer a vontade do Pai
Depois da instrução de Jesus às multidões e aos seus discípulos sob a forma de parábolas, Lucas introduz esta narrativa para que os discípulos compreendam que aquilo que ouviram deve ser posto em prática. O "ouvir a palavra de Deus e a por em prática" é expresso no evangelho de Mateus como o fazer "a vontade do Pai de Jesus, que está nos céus". Este tema já havia sido apresentado por Lucas na parábola do homem que constrói a casa sobre a rocha.
Freqüentemente se faz a leitura bíblica em uma perspectiva de devoção e elevação espiritual individual. Contudo o sentido mais consistente dos textos bíblicos é de nível comunitário e social. Particularmente os evangelhos com o anúncio do Reino de Deus e da conversão visam a formação de comunidades que se constituam em uma nova sociedade. A devoção pessoal só é conseqüente quando leva ao compromisso comunitário e social. Nesta narrativa de Lucas, presente também nos outros sinóticos, o foco não é as relações afetivas na família, mas o sentido sócio-religioso da mesma. A família não deve ser um elo de uma corrente genealógica que garanta a inclusão em um grupo privilegiado, como assim se consideravam os descendentes de Abraão, mas deve ser um foco de irradiação do amor universal de Deus. Assim a casa da família deve ser o núcleo das novas comunidades que vivem a experiência do Reino de Deus.
José Raimundo Oliva

A IGREJA CELEBRA HOJE
Santa Cândida
A primeira referência sobre santa Cândida foi encontrada no calendário da Igreja de Córdoba e em alguns documentos da antiga Galícia, ambas na Espanha. Mas foi pela tradição cristã do povo napolitano, na Itália, que se concluiu a história desta santa.

A vida cristã de Cândida iniciou quando ela foi convertida, segundo essa tradição, pelo próprio apóstolo Pedro, de passagem por Nápoles. Naquela época, o apóstolo, com destino a Roma, atravessou Nápoles, onde a primeira pessoa que encontrou na estrada foi a pequena Cândida. Percebeu, imediatamente, que a pobre criança estava doente. Parou e perguntou-lhe se conhecia a palavra de Jesus Cristo. Diante da negativa e em seu ardor de levar a mensagem do Evangelho, Pedro falou-lhe da Boa-Nova, da fé e da religião dos cristãos; curou-a dos males que sofria e a converteu em Cristo.

Assim, Cândida foi colhida pela luz de Deus e curada do físico e da alma. Chegou em casa falando sobre o cristianismo e contando tudo o que o apóstolo Pedro lhe dissera. Muito intrigado e confuso, Aspreno, um parente que a criava, saiu para procurá-lo. Quando se encontraram, com muito zelo Pedro converteu também Aspreno, que o hospedou em sua modesta casa por alguns dias. O apóstolo acabou por catequizar os dois e, em seguida, batizou-os e ministrou-lhes a primeira eucaristia durante a celebração da santa missa. Esse local recebeu o nome de "Ara Petri", que significa Altar de Pedro. Depois, antes de partir, o apóstolo consagrou Aspreno primeiro bispo de Nápoles e pediu para a pequena Cândida continuar com a evangelização, salvando as almas para Nosso Senhor Jesus Cristo.

Aquele lugar onde fora celebrada a santa missa por são Pedro tornou-se de grande veneração por Cândida. Ela deixou seu lar com todos os confortos, preferindo passar seus dias numa gruta escura nas proximidades de "Ara Petri", onde vivia em penitência e oração, catequizando e convertendo muitos pagãos. Após alguns anos, o número de cristãos havia aumentado muito. Por isso, quando o imperador romano ordenou as perseguições contra a Igreja, os convertidos foram obrigados a fugir ou esconder-se. Então, o bispo Aspreno embarcou Cândida, junto com outros cristãos, com destino a Cartago, no norte da África, tentando mantê-los a salvo da implacável perseguição, mas não conseguiu. Foram alcançados, presos e torturados. Cândida foi levada a julgamento e condenada à morte porque se negou a renunciar à fé em Cristo.

No Martirológio Romano, encontramos registrado que a virgem e mártir cristã Cândida morreu no Anfiteatro dos martírios de Cartago, no dia 20 de setembro. Suas relíquias, encontradas nas Catacumbas de Priscila, agora estão guardadas na igreja Santa Maria dos Milagres, em Roma.

Muitos séculos mais tarde, pesquisas arqueológicas feitas na cidade de Nápoles encontraram no local "Ara Petri" um antigo cemitério de cristãos. O fato colocou ainda mais devoção sobre a figura de santa Cândida, eleita pelos fiéis como padroeira das famílias e dos doentes. Ela recebe, no dia 20 de setembro, as tradicionais homenagens litúrgicas confirmadas pela Igreja.
TJL@ - www.vaticab.vt - www.paulinas.org.br -www.cancaonova.org.br

Dores e sofrimentos
"O mundo do sofrimento humano, portanto, é um fenômeno vasto sob as mais diversas formas. O conjunto das dores físicas, morais e espirituais povoa a existência humana. São as enfermidades, a morte, solidão, fadiga, tédio, medo, falta de sentido da vida, insucessos, aborrecimentos, violência e isolamento, guerra, fome, opressão, injustiças, amizades traídas, injúrias e enganos, o pecado e a culpa. Tudo isso é fonte de dores e sofrimento". MAIS DETALHES:http://www.arquidiocesebh.org.br/

BOM DIA EVANGELHO
Dia 19 de Setembro de 2011 — Segunda-feira
(S. Januário, Mem. Fac.) - 25ª Semana Comum - Santo do dia : S. Januário, bispo, mártir, +305, Nossa Senhora da Salette
Formulário do 25º Domingo Comum
(Cor Verde)

Jesus é a Luz que veio para iluminar toda a humanidade, e nele não há treva alguma. Ele convida-nos para que sejamos luzes onde estivermos: Ninguém acende uma lâmpada para cobri-la com uma vasilha... ; ao contrário, coloca-a no candeeiro, a fim de que todos os que entram vejam a luz”. Todo cristão, pela sua fé e pela vida vivida no evangelho, torna-se luz em todos os ambientes da sociedade, da família, da Comunidade. Eis nossa missão!

Santo do dia : S. Januário, bispo, mártir, +305, Nossa Senhora da Salette


Oração

Pai, transforma-me em lâmpada do Reino, para que, por meio de meu testemunho de vida, eu possa mostrar teu caminho a muitas pessoas que vagam nas trevas.

Deus nos fala
Os grandes da terra podem também ser instrumentos de Deus, como Ciro o foi, para que Israel se reconstruísse como Povo de Deus. E nós hoje, iluminados pela luz da Palavra, sejamos luz no meio do mundo, por meio de nossa fé sincera.


Responsório(SALMO 125)
— Maravilhas fez conosco o Senhor! — Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, parecíamos sonhar; encheu-se de sorriso nossa boca, nossos lábios de canções. — Entre os gentios se dizia: “Maravilhas fez com eles o Senhor!” Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria.
— Mudai a nossa sorte, ó Senhor, como torrentes no deserto. Os que lançam as sementes entre lágrimas, ceifarão com alegria. — Chorando de tristeza sairão, espalhando suas sementes; cantando de alegria voltarão, carregando os seus feixes!

EVANGELHO
Ninguém acende uma lâmpada para escondê-la
Evangelho segundo S. Lucas 8,16-18.

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Ninguém acende uma candeia para a cobrir com um vaso ou para a esconder debaixo da cama; mas coloca-a no candelabro, para que vejam a luz aqueles que entram.
Porque não há coisa oculta que não venha a manifestar-se, nem escondida que não se saiba e venha à luz.
Vede, pois, como ouvis, porque àquele que tiver, ser-lhe-á dado; mas àquele que não tiver, ser-lhe-á tirado mesmo o que julga possuir.»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - http://www.capuchinhos.org/

São Máximo o Confessor (c. 580-662), monge e teólogo

COMENTANDO EVANGELHO
Pergunta 63 a Talássio; PG 90, 667ss.

«Uma lâmpada para os meus passos é a Tua palavra, uma luz no meu caminho» (Sl 118,105)
A lâmpada no lampadário é Nosso Senhor Jesus Cristo, a verdadeira luz do Pai «que ilumina todo o homem que vem a este mundo» (Jo 1,9). Dito de outra forma, é a Sabedoria e a Palavra do Pai; tendo aceitado a nossa carne, tornou-Se realmente e foi chamado a «luz» do mundo. É celebrado e exaltado na Igreja pela nossa fé e pela nossa piedade. Torna-Se assim visível para todas as nações e brilha para «todos os da casa», isto é, para o mundo inteiro, de acordo com as Suas palavras: «Não se acende uma candeia para a pôr debaixo de um vaso mas no candelabro onde brilhe para todos os da casa» (Mt 5,15).
Como se vê, Cristo designa-Se a Si mesmo como lâmpada. Sendo Deus por natureza, tornou-Se carne no plano da salvação, uma luz escondida na carne como debaixo de um vaso. [...] Era nisto que David pensava quando dizia: «Uma lâmpada para os meus passos é a Tua palavra, uma luz no meu caminho» (Sl 118,105). Porque faz desaparecer as trevas da ignorância e do mal entre os homens, o meu Salvador e Deus é chamado lâmpada na Sagrada Escritura. Porque é o único a poder aniquilar as trevas da ignorância e a dissipar a escuridão do pecado, tornou-Se para todos caminho de salvação. Conduz para junto do Pai aqueles que, pelo conhecimento e pela virtude, avançam com Ele pelo caminho dos mandamentos como por um caminho de justiça.
O lampadário é a Santa Igreja porque o Verbo de Deus brilha por causa da sua pregação. É deste modo que os raios da sua verdade podem iluminar o mundo inteiro. [...] Mas com uma condição: não a esconder sob a letra da lei. Todo aquele que fica preso apenas à letra da Escritura vive segundo a carne: põe a lâmpada debaixo do vaso. Pelo contrário, colocada no lampadário, a Igreja ilumina todos os homens.

São Januário (S. Gennaro)
Este santo foi bispo da cidade de Benevento e o seu martírio remonta provavelmente ao ano de 305, durante a perseguição de Diocleciano. São Januário foi condenado às feras, em um anfiteatro na cidade de Pozzuoli, com seus companheiros. Mas devido ao atraso de um juiz, ao invés de ser dado aos animais, foi decapitado.O sangue de S. Januário foi recolhido em uma ânfora (um jarro de barro) e depois foi depositado diante do seu túmulo. Os napolitanos, têm S. Januário como o protetor contra os flagelos da peste e das erupções do Vesúvio. O santo é cultuado no mundo inteiro devido à liquefação de seu sangue, durante a celebração de sua festa. O milagre vem sendo atestado desde 1389, por mais de 5 mil processos. Contido em uma ampola, o sangue de São Januário se liquefaz e readquire a aparência de sangue novo recém derramado. O milagre é sempre realizado diante de uma multidão que prorrompe em gritos, chegando ao delírio, durante a exposição pública em comemoração ao santo. Na cidade de Nápoles, o prodígio que foi comprovado inclusive pela ciência e é seguido por grande parte da população.
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