Evangelizar sempre. A vontade de Deus nunca irá leva-lo aonde a Graça de Deus não irá protege-lo. "Ide por todo o mundo pela Internet e pregai o Evangelho a toda criatura" (São João Paulo II; cf. Mc 16,15)
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
BOM DIA EVANGELHO
Dia 1º de Setembro de 2011 — Quinta-feira
(II Semana do Saltério)
22ª Semana Comum
Santíssima Eucaristia – 3B
(Cor Verde)
O Senhor nosso Deus dá-nos a graça de iniciar este mês da Bíblia, e também nos inspirará para que possamos viver a Palavra com alegria. Quem crê na Palavra é transformado por ela, porque ela é o amor, que veio do Pai e chegou até nós. No altar e na Sagrada Eucaristia encontramos a Palavra viva que é Jesus. Ele conforta-nos com sua presença, pois “está no meio de nós”. O Pão do altar e o Pão da Palavra rompem todas as barreiras de nossos egoísmos. Deixemo-nos tocar por eles.
Antífona de entrada(Sl 109,4)
O Senhor jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque.
Deus nos fala
Levar vida digna da fé que professa, é dever de todos os que creem. A palavra de Jesus: “Não tenhas medo”, ressoa no ouvido e no coração de todos os que acolhem o evangelho, e também o anunciam.
Santo do dia : Santo Egídio, abade, séc. VII, Santa Beatriz da Silva, virgem, fundadora. +1490
Oração
Pai, confirma minha vocação de pescador de pessoas humanas, e conduze-me para águas mais profundas onde se encontram os que mais carecem de meu amor.
Livro de Salmos 98(97),2-3ab.3cd-4.5-6.
O SENHOR anunciou a sua vitória,
revelou aos povos a sua justiça.
Lembrou-se do seu amor e da sua fidelidade
em favor da casa de Israel.
Todos os confins da terra presenciaram
o triunfo libertador do nosso Deus.
Aclamai o SENHOR, terra inteira,
exultai de alegria e cantai.
Cantai hinos ao SENHOR, ao som da harpa,
ao som da harpa e da lira;
ao som de cornetins e trombetas,
aclamai o nosso rei e SENHOR.
"Pela tua Palavra, Senhor, lançarei as redes!"
Evangelho segundo S. Lucas 5,1-11.
Naquele tempo, encontrando-se junto do lago de Genesaré, e comprimindo-se à volta dele a multidão para escutar a palavra de Deus,
Jesus viu dois barcos que se encontravam junto do lago. Os pescadores tinham descido deles e lavavam as redes.
Entrou num dos barcos, que era de Simão, pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra e, sentando-se, dali se pôs a ensinar a multidão.
Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo; e vós, lançai as redes para a pesca.»
Simão respondeu: «Mestre, trabalhámos durante toda a noite e nada apanhámos; mas, porque Tu o dizes, lançarei as redes.»
Assim fizeram e apanharam uma grande quantidade de peixe. As redes estavam a romper-se,
e eles fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco, para que os viessem ajudar. Vieram e encheram os dois barcos, a ponto de se irem afundando.
Ao ver isto, Simão Pedro caiu aos pés de Jesus, dizendo: «Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador.»
Ele e todos os que com ele estavam encheram-se de espanto por causa da pesca que tinham feito; o mesmo acontecera a Tiago e a João, filhos de Zebedeu e companheiros de Simão. Jesus disse a Simão: «Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens.»
E, depois de terem reconduzido os barcos para terra, deixaram tudo e seguiram Jesus. Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja
Manuscrito autobiográfico
«Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens»
Nessa noite de luz [no Natal, aos catorze anos] começou o terceiro período da minha vida, o mais belo de todos, o mais repleto de graças do céu. [...] Tal como os Seus apóstolos eu podia dizer: «Mestre, trabalhámos durante toda a noite e nada apanhámos». Sendo ainda mais misericordioso para comigo do que tinha sido para com os Seus discípulos, Jesus pegou Ele mesmo na rede, lançou-a e retirou-a repleta de peixes. Fez de mim uma pescadora de almas; senti um grande desejo de trabalhar pela conversão dos pecadores. [...] O grito de Jesus na cruz ressoava também continuamente no meu coração: «Tenho sede!» (Jo 19,28). Essas palavras acendiam em mim um ardor desconhecido e muito vivo. Queria dar de beber ao meu Bem-Amado e sentia-me eu própria devorada pela sede das almas. [...]
A fim de aumentar o meu zelo, o Bom Deus mostrou-me que Lhe agradavam os meus desejos. Ouvi falar de um grande criminoso que tinha acabado de ser condenado à morte por crimes horríveis e que tudo levava a crer que morreria em pecado. Quis, a todo custo, impedi-lo de cair no inferno. [...] Sentia, no fundo do meu coração, a certeza de que [esses] desejos seriam satisfeitos, mas para me encher de coragem para continuar a rezar pelos pecadores disse ao Bom Deus que tinha a certeza de que Ele perdoaria ao pobre infeliz Pranzini, e que eu acreditaria nisso mesmo que ele não se confessasse nem desse nenhum sinal de arrependimento ─ tal era a confiança que eu tinha na misericórdia infinita de Jesus ─, mas que Lhe pedia apenas um «sinal» de arrependimento, só para minha consolação. A minha prece foi respondida à letra! [...]
Ah! Desde que recebi essa graça única, o meu desejo de salvar as almas aumentou dia a dia; parecia-me ouvir Jesus dizer-me, como à samaritana: «Dá-me de beber!» (Jo 4,7). Era uma verdadeira troca de amor; eu dava o sangue de Jesus às almas e oferecia a Jesus essas mesmas almas refrescadas pelo Seu orvalho divino. Assim, Ele parecia ficar aliviado e, quanto mais Lhe dava a beber, mais a sede da minha pequena alma aumentava, e era essa sede ardente que Ele me dava como a mais deliciosa bebida do Seu amor.
Santo Egídio
São poucos os dados que existem sobre a vida de Egídio. Mas com certeza sabemos que ele era grego e pertencia a uma rica família da nobreza de Atenas. Depois da morte de seus pais, decidiu ser um ermitão, para viver na pobreza e totalmente dedicado a Deus. Para isso distribuiu todos os bens que herdou entre os pobres e doentes e viveu isolado na oração e penitência, sendo agraciado pelo Espírito Santo com os dons especiais da cura, da sabedoria e dos milagres.
Um dos primeiros milagres a ele atribuídos diz que, certo dia, encontrou na porta de uma igreja um mendigo muito doente e esfarrapado. Penalizado com a situação do pobre, Egídio cobriu-o com seu velho manto e, naquele instante, um prodígio aconteceu: o homem, que até então agonizava, levantou-se completamente curado. Depois essas curas se repetiram e foram se multiplicando de tal forma que ele ganhou fama de santidade. Mas os devotos passaram a procurá-lo com freqüência, então Egídio decidiu partir.
Em 683, viajou para a França. Conta a tradição que ele salvou o navio repleto de passageiros, no qual viajava também. Uma enorme tempestade teria desabado sobre a embarcação. Todos já tinham perdido as esperanças quando Egídio, em prece, ergueu as mãos aos céus. As ondas ameaçadoras acalmaram-se na mesma hora e todos desembarcaram com segurança.
Na França, viveu numa caverna de uma floresta próxima de Nimes, cuja entrada era escondida por um arbusto espinhoso. Na mais completa pobreza, alimentava-se apenas de ervas, de raízes e do leite de uma corsa, que, segundo a tradição, foi-lhe enviada por Deus.
Certa vez, o rei Vamba, dos visigodos, foi caçar nas proximidades da caverna de Egídio e, em vez de flechar uma corsa que se escondera atrás de um arbusto, flechou a mão do pobre ermitão, que tentava proteger o animal acuado. Foi descoberta, assim, a residência do eremita. O rei, para desculpar-se, passou a visitá-lo com seus médicos até sua cura completa.
Depois disso, o rei continuou a visitá-lo com freqüência, presenciando vários prodígios que divulgava na Corte. Assim, a fama de santidade de Egídio ganhou vulto e ele passou a ter vários discípulos. O rei, então, mandou construir um mosteiro e uma igreja, que doou para ele, que foi eleito abade. O mosteiro passou a ter uma disciplina própria escrita por Egídio. Mais tarde, ao seu redor surgiu o povoado que deu origem à cidade de Santo Egídio e o mosteiro foi entregue aos beneditinos.
A morte de Egídio ocorreu, provavelmente, no dia 1º de setembro de 720. Logo após, os devotos fizeram da sua sepultura um ponto obrigatório de peregrinação. O seu culto tornou-se vigoroso e estendeu-se por todo o mundo cristão. Santo Egídio teve sua festa confirmada pela Igreja, que o colocou na lista dos quatorze "santos auxiliadores" do povo, sendo invocado contra a convulsão da febre, contra o medo e contra a loucura.
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