sexta-feira, 23 de setembro de 2011

BOM DIA EVANGELHO
Dia 20 de Setembro de 2011 — Terça-feira
Ss. André Kim Taegon, Paulo Chong,
Comps. Mts
(Presb., Mts., Mem., Cor Vermelha)

No início do século XVII, a fé cristã penetrou na Coreia, custando o martírio de muitos. Estes plantaram com o sangue a verdade, e fizeram germinar a semente do Reino. Com suas vidas resplandeceu o rosto divino de Cristo no rosto humano dos irmãos. Até o ano de 1866, nasceram nesta Comunidade cento e três santos mártires, dos quais sobressaíram André Kim, sacerdote, e o apóstolo leigo Paulo Chong. Junto deles estavam crianças, jovens, homens e mulheres que suportaram o suplício do martírio, consagrando assim os primórdios da Igreja coreana. Bendito seja o Senhor, naqueles que dão a vida por amor.


Oração
Pai, que minha condição de membro da grande família do Reino se expresse no meu modo de proceder. Pela disposição a amar, quero dar provas de ser teu filho.

Ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática
Lc 8,19-21
Sua mãe e seus irmãos vieram ter com ele, mas não podiam se aproximar, por causada multidão. Alguém lhe comunicou: "Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem te ver". Ele respondeu: "Minha mãe e meus irmãos são estes: os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática".

Comentário do Evangelho
Fazer a vontade do Pai
Depois da instrução de Jesus às multidões e aos seus discípulos sob a forma de parábolas, Lucas introduz esta narrativa para que os discípulos compreendam que aquilo que ouviram deve ser posto em prática. O "ouvir a palavra de Deus e a por em prática" é expresso no evangelho de Mateus como o fazer "a vontade do Pai de Jesus, que está nos céus". Este tema já havia sido apresentado por Lucas na parábola do homem que constrói a casa sobre a rocha.
Freqüentemente se faz a leitura bíblica em uma perspectiva de devoção e elevação espiritual individual. Contudo o sentido mais consistente dos textos bíblicos é de nível comunitário e social. Particularmente os evangelhos com o anúncio do Reino de Deus e da conversão visam a formação de comunidades que se constituam em uma nova sociedade. A devoção pessoal só é conseqüente quando leva ao compromisso comunitário e social. Nesta narrativa de Lucas, presente também nos outros sinóticos, o foco não é as relações afetivas na família, mas o sentido sócio-religioso da mesma. A família não deve ser um elo de uma corrente genealógica que garanta a inclusão em um grupo privilegiado, como assim se consideravam os descendentes de Abraão, mas deve ser um foco de irradiação do amor universal de Deus. Assim a casa da família deve ser o núcleo das novas comunidades que vivem a experiência do Reino de Deus.
José Raimundo Oliva

A IGREJA CELEBRA HOJE
Santa Cândida
A primeira referência sobre santa Cândida foi encontrada no calendário da Igreja de Córdoba e em alguns documentos da antiga Galícia, ambas na Espanha. Mas foi pela tradição cristã do povo napolitano, na Itália, que se concluiu a história desta santa.

A vida cristã de Cândida iniciou quando ela foi convertida, segundo essa tradição, pelo próprio apóstolo Pedro, de passagem por Nápoles. Naquela época, o apóstolo, com destino a Roma, atravessou Nápoles, onde a primeira pessoa que encontrou na estrada foi a pequena Cândida. Percebeu, imediatamente, que a pobre criança estava doente. Parou e perguntou-lhe se conhecia a palavra de Jesus Cristo. Diante da negativa e em seu ardor de levar a mensagem do Evangelho, Pedro falou-lhe da Boa-Nova, da fé e da religião dos cristãos; curou-a dos males que sofria e a converteu em Cristo.

Assim, Cândida foi colhida pela luz de Deus e curada do físico e da alma. Chegou em casa falando sobre o cristianismo e contando tudo o que o apóstolo Pedro lhe dissera. Muito intrigado e confuso, Aspreno, um parente que a criava, saiu para procurá-lo. Quando se encontraram, com muito zelo Pedro converteu também Aspreno, que o hospedou em sua modesta casa por alguns dias. O apóstolo acabou por catequizar os dois e, em seguida, batizou-os e ministrou-lhes a primeira eucaristia durante a celebração da santa missa. Esse local recebeu o nome de "Ara Petri", que significa Altar de Pedro. Depois, antes de partir, o apóstolo consagrou Aspreno primeiro bispo de Nápoles e pediu para a pequena Cândida continuar com a evangelização, salvando as almas para Nosso Senhor Jesus Cristo.

Aquele lugar onde fora celebrada a santa missa por são Pedro tornou-se de grande veneração por Cândida. Ela deixou seu lar com todos os confortos, preferindo passar seus dias numa gruta escura nas proximidades de "Ara Petri", onde vivia em penitência e oração, catequizando e convertendo muitos pagãos. Após alguns anos, o número de cristãos havia aumentado muito. Por isso, quando o imperador romano ordenou as perseguições contra a Igreja, os convertidos foram obrigados a fugir ou esconder-se. Então, o bispo Aspreno embarcou Cândida, junto com outros cristãos, com destino a Cartago, no norte da África, tentando mantê-los a salvo da implacável perseguição, mas não conseguiu. Foram alcançados, presos e torturados. Cândida foi levada a julgamento e condenada à morte porque se negou a renunciar à fé em Cristo.

No Martirológio Romano, encontramos registrado que a virgem e mártir cristã Cândida morreu no Anfiteatro dos martírios de Cartago, no dia 20 de setembro. Suas relíquias, encontradas nas Catacumbas de Priscila, agora estão guardadas na igreja Santa Maria dos Milagres, em Roma.

Muitos séculos mais tarde, pesquisas arqueológicas feitas na cidade de Nápoles encontraram no local "Ara Petri" um antigo cemitério de cristãos. O fato colocou ainda mais devoção sobre a figura de santa Cândida, eleita pelos fiéis como padroeira das famílias e dos doentes. Ela recebe, no dia 20 de setembro, as tradicionais homenagens litúrgicas confirmadas pela Igreja.
TJL@ - www.vaticab.vt - www.paulinas.org.br -www.cancaonova.org.br

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