BOM DIA EVANGELHO
Quinta-feira, 29 de setembro de 2011
MIGUEL, GABRIEL E RAFAEL (Arcanjos)
Oficio Festivo, 2ª do Saltério (Livro III), cor Branca
Hoje: Dia do Petróleo e dia do Paraquedista e Dia do Anunciante
Santos: Miguel, Gabriel, Rafael, Ripsima, Ciríaco (Corino), Bem-Aventurado Josão de Montmirail (1217), Bem-Aventurado Ricardo Rolle (1349), René Goupil, Bernardino de Feltre (confessor franciscano, 1ª ordem)
Oração
Ó Deus, que organizais de modo admirável o serviço dos anjos e dos homens, fazei sejamos protegidos na terra por aqueles que vos servem nos céus. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Salmo: 137 (138), 1-2a.2bc-3.4-5 (R/.1c)
Perante os vossos anjos vou cantar-vos, ó Senhor!
1Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, porque ouvistes as palavras dos meus lábios! Perante os vossos anjos vou cantar-vos, 2e ante o vosso templo vou prostrar-me.
Eu agradeço vosso amor, vossa verdade, porque fizestes muito mais que prometestes; 3naquele dia em que gritei, vós me escutastes e aumentastes o vigor de minha alma.
4Os reis de toda a terra hão de louvar-vos, quando ouvirem, ó Senhor, vossa promessa. 5Hão de cantar vossos caminhos e dirão: "Como a glória do Senhor é grandiosa!"
Evangelho: João (Jo 1, 47-51)
Tu és o filho de Deus, tu és rei de Israel
Naquele tempo, 47Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: "Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade". 48Natanael perguntou: "De onde me conheces?" Jesus respondeu: "Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi". 49Natanael respondeu: "Rabi, tu és o filho de Deus, tu és o rei de Israel". 50Jesus disse: Tu crês porque te disse: Eu te vi debaixo da figueira? Coisas maiores que esta verás!" 51 E Jesus continuou: "Em verdade, em verdade, eu vos digo, vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem". Palavra da Salvação!
Leituras paralelas do contexto desta passagem: Mt 4, 18-22; Mc 1, 16-20; 3, 13-10; Lc 5, 1-11; 6, 12-16; At 1, 13
Comentando o Evangelho
O Messias encontrado
A experiência vocacional de Filipe é fonte de inspiração para o discipulado cristão. Tudo começa com um encontro pessoal com Jesus, seguido de uma ordem: "Segue-me!" O caminho do Mestre e do novo discípulo cruzam-se, fazendo a vida de Filipe passar por uma radical transformação. Seu caminho, doravante, será o mesmo de Jesus. Sua vida estará associada à do Mestre.
Filipe é atraído por Jesus por tratar-se daquele "de quem escreveram Moisés na Lei, e os profetas". O seguimento concretizou-se por um motivo verdadeiro. Ele não se deixou encantar apenas pela simpatia ou pela bondade de Jesus, nem pelo seu espírito de liderança e capacidade de expressar-se com autoridade, nem por vantagens que poderia tirar desta amizade. No Jesus de Nazaré Filipe reconheceu a manifestação da fidelidade de Deus à sua Palavra. Embora, no futuro, o novo discípulo devesse dar um novo enfoque a seu conceito acerca do messianismo, já era suficiente sua consciência inicial a respeito de Jesus.
O passo seguinte consistiu em comunicar a Natanael sua experiência, quando procurou convencê-lo da veracidade messiânica de Jesus de Nazaré, o filho de José. Seu esforço visou conduzir Natanael até o Mestre ("ir e ver") para que fizesse uma experiência pessoal, e, só depois, poder decidir-se a segui-lo.
A preocupação de levar outras pessoas a Jesus prova a autenticidade do "sim" de Filipe. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano B, ©Paulinas, 1996]
São Miguel, São Rafael e São Gabriel
A liturgia une hoje numa só comemoração três arcanjos, seguidamente nomeados nas Sagradas Escrituras. São eles: Miguel, Gabriel e Rafael.
Vejamos brevemente a posição deles na Bíblia e a veneração que lhes tributa a Igreja.
O primeiro arcanjo é São Miguel, que significa em hebraico "quem e igual a Deus". Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do céu e ministro de Deus.
O profeta Daniel é o primeiro hagiógrafo que nomeia este arcanjo e o chama de príncipe protetor dos judeus, enquanto depositário das grandes profecias e revelações do Antigo Testamento.
Sendo a Igreja o povo eleito por excelência, herdeira definitiva das revelações e mistérios divinos, ela se atribui a honra de considerá-lo também protetor especial dos Filhos de Deus, regenerados pelo sangue do Divino Cordeiro. Outra importante passagem relativa a este arcanjo é a do Apocalipse (12,7). O apóstolo São João assim descreve uma rebelião havida: "Houve uma batalha no céu. Miguel e seus anjos tiveram que combater o dragão. O dragão e seus anjos travaram combate, mas não prevaleceram. E já não houve lugar no céu para eles. Foi, então, precipitado o grande dragão, a primitiva serpente, chamado Demônio ou Satanás, o sedutor do mundo inteiro. Foi precipitado na terra e com ele os seus anjos".
Última passagem alusiva a este arcanjo se encontra na carta de Judas, em que mais uma vez Miguel é protetor dos justos.
O segundo arcanjo é Gabriel. E citado duas vezes nas profecias de Daniel, como portador de revelações por parte de Deus.
Mas a figura deste arcanjo refulge numa luz toda especial no Evangelho de São Lucas, onde Gabriel, que significa "homem de Deus", é o grande mensageiro do maior evento realizado na história: o nascimento de São João Batista, e sobretudo a Encarnação do Verbo no seio puríssimo da Virgem Maria.
A narração desta segunda aparição em São Lucas (1 ,26s) é de beleza insuperável. Ele cumprimenta Maria com suas palavras: "Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo". . . em seguida se desenrola o maravilhoso diálogo entre o anjo e Maria, concluindo com as palavras do arcanjo: "O Espírito Santo descerá sobre ti e a força do Altíssimo te envolverá com sua sombra. Por isso o Santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus". Ao que Maria respondeu: "Eis aqui a serva do Senhor, seja feito em mim conforme a tua palavra". Naquele momento, o Verbo de Deus se fez homem e habitou entre nós. Lendas judias contam que Gabriel foi um dos anjos que sepultaram Moisés. O próprio fundador do islamismo, Maomé, declara ter recebido do arcanjo Gabriel os suratas, isto é, os capítulos das revelações no Corão.
O terceiro arcanjo proposto hoje à nossa veneração é Rafael. A tradição bíblica reconhece em Rafael um dos sete espíritos que assistem ao trono de Deus. Dele, porém, se fala explicitamente uma só vez na Bíblia, isto é, no Livro de Tobias e figura como o arcanjo protetor e guia do jovem Tobias, enviado pelo pai para uma longa e perigosa viagem. O nome Rafael significa "Deus curou" e se adapta perfeitamente ao piedoso ofício desenvolvido por Rafael, restituindo a vista ao piedoso e velho Tobias. Também esta narração bíblica é de beleza incomparável, contendo preciosos ensinamentos morais e religiosos.
A Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, herdou do Antigo Testamento a devoção e veneração a estes três arcanjos e considera-os poderosos intercessores dos eleitos ao trono do Altíssimo.
O profeta Daniel é o primeiro hagiógrafo que nomeia este arcanjo e o chama de príncipe protetor dos judeus, enquanto depositário das grandes profecias e revelações do Antigo Testamento.
Sendo a Igreja o povo eleito por excelência, herdeira definitiva das revelações e mistérios divinos, ela se atribui a honra de considerá-lo também protetor especial dos Filhos de Deus, regenerados pelo sangue do Divino Cordeiro. Outra importante passagem relativa a este arcanjo é a do Apocalipse (12,7). O apóstolo São João assim descreve uma rebelião havida: "Houve uma batalha no céu. Miguel e seus anjos tiveram que combater o dragão. O dragão e seus anjos travaram combate, mas não prevaleceram. E já não houve lugar no céu para eles. Foi, então, precipitado o grande dragão, a primitiva serpente, chamado Demônio ou Satanás, o sedutor do mundo inteiro. Foi precipitado na terra e com ele os seus anjos".
Última passagem alusiva a este arcanjo se encontra na carta de Judas, em que mais uma vez Miguel é protetor dos justos.
O segundo arcanjo é Gabriel. E citado duas vezes nas profecias de Daniel, como portador de revelações por parte de Deus.
Mas a figura deste arcanjo refulge numa luz toda especial no Evangelho de São Lucas, onde Gabriel, que significa "homem de Deus", é o grande mensageiro do maior evento realizado na história: o nascimento de São João Batista, e sobretudo a Encarnação do Verbo no seio puríssimo da Virgem Maria.
A narração desta segunda aparição em São Lucas (1 ,26s) é de beleza insuperável. Ele cumprimenta Maria com suas palavras: "Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo". . . em seguida se desenrola o maravilhoso diálogo entre o anjo e Maria, concluindo com as palavras do arcanjo: "O Espírito Santo descerá sobre ti e a força do Altíssimo te envolverá com sua sombra. Por isso o Santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus". Ao que Maria respondeu: "Eis aqui a serva do Senhor, seja feito em mim conforme a tua palavra". Naquele momento, o Verbo de Deus se fez homem e habitou entre nós. Lendas judias contam que Gabriel foi um dos anjos que sepultaram Moisés. O próprio fundador do islamismo, Maomé, declara ter recebido do arcanjo Gabriel os suratas, isto é, os capítulos das revelações no Corão.
O terceiro arcanjo proposto hoje à nossa veneração é Rafael. A tradição bíblica reconhece em Rafael um dos sete espíritos que assistem ao trono de Deus. Dele, porém, se fala explicitamente uma só vez na Bíblia, isto é, no Livro de Tobias e figura como o arcanjo protetor e guia do jovem Tobias, enviado pelo pai para uma longa e perigosa viagem. O nome Rafael significa "Deus curou" e se adapta perfeitamente ao piedoso ofício desenvolvido por Rafael, restituindo a vista ao piedoso e velho Tobias. Também esta narração bíblica é de beleza incomparável, contendo preciosos ensinamentos morais e religiosos.
A Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, herdou do Antigo Testamento a devoção e veneração a estes três arcanjos e considera-os poderosos intercessores dos eleitos ao trono do Altíssimo.
[O SANTO DO DIA, Dom Servilio Conti, ©Vozes, 1997]
Para sua reflexão:
Natanael deveria pertencer ao grupo dos doze Apóstolos; por isso se costuma identificar com Bartolomeu, que é referido às listas dos Sinóticos, sempre a seguir a Felipe. “Tu és o Filho de Deus...”: desde a primeira hora, evidencia-se a intenção do Evangelista de apresentar confissões de fé em Jesus. A isso conduz todo o seu Evangelho. “Por meio dos Filhos do Homem”: é a forma de apresentar Jesus como Mediador entre o Céu e a terra, ficando o Céu aberto à humanidade, numa alusão à escada, pela qual os anjos subiam e desciam, na visão de Jacó. (Bíblia dos Capuchinhos)
O DESAFIO MISSIONÁRIO HOJE
Dom Orani João Tempesta, O. Cist., Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro - RJ
O mês de outubro, como mês temático, tem duas vertentes. De um lado as Missões, que marcam as reflexões em nossas comunidades. É também o mês do Rosário, de antiga tradição, convidando-nos a uma vida de oração contemplativa. Estes dois temas se completam, pois necessitamos de uma densa vida espiritual e de orações para vivermos testemunhando Jesus Ressuscitado e anunciando-O às pessoas do nosso tempo. Somos essencialmente missionários. Fixemo-nos hoje no tema das missões.
A caminhada da Santa Igreja perpassa por várias correntes referenciais para levar aos fiéis a plena compreensão do Reino de Deus. Dentre as correntes que se adota no percurso da caminhada evangelizadora está a dimensão missionária.
Na caminhada histórica do Filho de Deus, a Igreja Católica apresenta o mês de outubro como o mês das Missões. Neste ano apresenta-se com o tema “Missão na Ecologia”, que as Pontifícias Obras Missionárias (POM) realizam como a Campanha Missionária 2011. A temática, como nos anos precedentes, está diretamente ligada ao tema da Campanha da Fraternidade, iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que este ano é “Fraternidade e a Vida no Planeta”. Sempre foi consenso que os vários temas durante o ano poderiam ser ligados ou inspirados no tema da Campanha da Fraternidade. Nesse sentido, a Semana Nacional da Vida, começando no início de outubro e culminando com o Dia do Nascituro, nos recorda que toda a nossa reflexão ecológica não teria sentido sem a preservação e o respeito à vida humana.
Somos chamados também a refletir sobre o tema do dia Mundial das Missões, que a cada ano o Papa nos sugere. Neste ano, o Papa Bento XVI colocou como tema: “Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós” (Jo, 20,21). Notamos, de certa forma, como essa preocupação missionária está no coração e na mente do nosso Papa. Basta recordar o tema que ele escolheu para a Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”.
A missão fundamental da Igreja é sempre de Anúncio da Palavra de Deus ecoada nos corações dos fiéis, testemunhada e vivida, que deve transparecer em toda a vida do povo de Deus. Todos nós nos tornamos seguidores e missionários a partir da Graça que de Deus recebemos através do santo Batismo, que nos impregna a ação do Espírito Santo. A partir do conhecimento da Graça de Deus, adotada no coração daqueles e daquelas que buscam a solidez da revelação divina em suas vidas, percebe-se a necessidade da missão. Também é missão da Igreja denunciar tudo que é contrário à Palavra de Deus, como por exemplo, as injustiças provocadas à luz de interesses particulares que desnorteiam a caminhada cristã. Dentro do contexto proposto para o mês das Missões no Brasil deste ano, a Igreja ressalta a ingente preocupação com a preservação do meio ambiente e conscientização ecológica.
Ser missionário é antes de tudo um grande compromisso que o cristão adota em prol da realização do Reino de Deus, onde as criaturas por Ele criadas devem proclamar e dar testemunho da própria fé, levando ao conhecimento de todas as pessoas a Palavra de vida que cura, liberta e salva. Ser missionário é, em primeiro lugar, o ato de assumir a fé por inteiro, numa dinâmica viva de acolhimento à própria vocação.
Nestes tempos de tantas dificuldades para a missão da Igreja, que sofre perseguições diversas pelo mundo, não é fácil “fazer discípulos”, não é simples estar presente na sociedade em que uma minoria preferiria que “se esquecesse de Deus”. Ao discernirmos os “sinais dos tempos”, sentimos como é necessário uma “nova evangelização” e a coragem de proclamar em quem nós cremos, e como são importantes para a sociedade os valores proclamados pelos missionários.
Quando se ouve falar de missão ou em ser missionário, muitas vezes pensamos que para atuar como missionários precisamos ingressar em uma Ordem Religiosa e professarmos os votos para sermos enviados a uma terra distante e trabalharmos na evangelização dos irmãos. Há de se falar que de fato existe este tipo de trabalho missionário na vida da Igreja, principalmente de nossos irmãos que dão a sua vida no anúncio e no testemunho do Evangelho em lugares que Ele ainda não foi anunciado. Mas, em primeiro momento, a missão está de modo nato presente em todos nós batizados e devemos agir como verdadeiros missionários no ambiente em que vivemos, a começar pela nossa própria família e comunidade onde exercemos o nosso apostolado. Ser missionário faz parte do nosso ser cristão.
Como já falado acima, o mês de outubro é dedicado pela Igreja como sendo o mês das Missões. Nesta oportunidade se fala muito sobre o trabalho missionário e a sua devida importância como forma de fortalecimento na fé e na caminhada. Não é um mês exclusivo de se fazer missões, mas é um momento de reforçar o trabalho e rezar e ajudar em prol do bom êxito do trabalho dos missionários que estão em missão em terras realmente distantes do país ou cidades de origens, e é, também, oportunidade de fazer com que a nossa missão diária possa surtir os efeitos necessários no coração de todos os fiéis, para que caminhem buscando sempre a proximidade com Deus, que é o Criador de tudo e de todos.
O Catecismo da Igreja Católica nos exorta: “Tornados filhos de Deus pela regeneração batismal, os batizados são obrigados a professar diante dos homens a fé que pela Igreja receberam de Deus e a participar da atividade apostólica e missionária do povo de Deus” (cf. no. 1270).
A missão de todos nós consiste no fato de que temos que abraçar toda a proposta de Deus feita a nós desde o momento pelo qual, movido Ele por um amor incondicional, nos deu a vida. Podemos viver a nossa missionariedade em terras distantes ou em nosso próprio habitat, aqui no dia-a-dia de nossa Arquidiocese, aonde muitos ainda precisam conhecer Jesus ou redescobri-Lo, sendo que este último deve sempre ser o motivador maior do nosso ardor missionário – de sair de nossas casas e ir ao encontro do irmão para levar a Boa Nova da Salvação. Nestes últimos meses, e também neste outubro missionário, tantas iniciativas missionárias perpassam as atividades de regiões, foranias e vicariatos de nossa Arquidiocese. Isso tudo realizado pelas paróquias como também por grupos, comunidades e consagrados. Santa Terezinha do Menino Jesus nunca saiu do Carmelo, no entanto foi uma grande missionária, movida pelas suas contínuas orações, seu espírito missionário que trazia como inquietação em seu coração e profundo amor a Deus. Seja também você um missionário de Jesus Cristo, particularmente neste tempo da Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro (agora com site oficial no ar, o concurso para a logomarca lançado e já inaugurada a sede do comitê organizador) e enquanto estamos unidos aos jovens que anunciam Cristo Jesus pelo nosso país, levando consigo o ícone de Nossa Senhora e a Cruz do Redentor!
Caminhe com leveza na primavera. A Mãe Terra está grávida.
TJL@= WWW.VATICAN.VT =http://www.franciscanos.org.br/v3/vidacrista/liturgia
Para sua reflexão:
Natanael deveria pertencer ao grupo dos doze Apóstolos; por isso se costuma identificar com Bartolomeu, que é referido às listas dos Sinóticos, sempre a seguir a Felipe. “Tu és o Filho de Deus...”: desde a primeira hora, evidencia-se a intenção do Evangelista de apresentar confissões de fé em Jesus. A isso conduz todo o seu Evangelho. “Por meio dos Filhos do Homem”: é a forma de apresentar Jesus como Mediador entre o Céu e a terra, ficando o Céu aberto à humanidade, numa alusão à escada, pela qual os anjos subiam e desciam, na visão de Jacó. (Bíblia dos Capuchinhos)
O DESAFIO MISSIONÁRIO HOJE
Dom Orani João Tempesta, O. Cist., Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro - RJ
O mês de outubro, como mês temático, tem duas vertentes. De um lado as Missões, que marcam as reflexões em nossas comunidades. É também o mês do Rosário, de antiga tradição, convidando-nos a uma vida de oração contemplativa. Estes dois temas se completam, pois necessitamos de uma densa vida espiritual e de orações para vivermos testemunhando Jesus Ressuscitado e anunciando-O às pessoas do nosso tempo. Somos essencialmente missionários. Fixemo-nos hoje no tema das missões.
A caminhada da Santa Igreja perpassa por várias correntes referenciais para levar aos fiéis a plena compreensão do Reino de Deus. Dentre as correntes que se adota no percurso da caminhada evangelizadora está a dimensão missionária.
Na caminhada histórica do Filho de Deus, a Igreja Católica apresenta o mês de outubro como o mês das Missões. Neste ano apresenta-se com o tema “Missão na Ecologia”, que as Pontifícias Obras Missionárias (POM) realizam como a Campanha Missionária 2011. A temática, como nos anos precedentes, está diretamente ligada ao tema da Campanha da Fraternidade, iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que este ano é “Fraternidade e a Vida no Planeta”. Sempre foi consenso que os vários temas durante o ano poderiam ser ligados ou inspirados no tema da Campanha da Fraternidade. Nesse sentido, a Semana Nacional da Vida, começando no início de outubro e culminando com o Dia do Nascituro, nos recorda que toda a nossa reflexão ecológica não teria sentido sem a preservação e o respeito à vida humana.
Somos chamados também a refletir sobre o tema do dia Mundial das Missões, que a cada ano o Papa nos sugere. Neste ano, o Papa Bento XVI colocou como tema: “Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós” (Jo, 20,21). Notamos, de certa forma, como essa preocupação missionária está no coração e na mente do nosso Papa. Basta recordar o tema que ele escolheu para a Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”.
A missão fundamental da Igreja é sempre de Anúncio da Palavra de Deus ecoada nos corações dos fiéis, testemunhada e vivida, que deve transparecer em toda a vida do povo de Deus. Todos nós nos tornamos seguidores e missionários a partir da Graça que de Deus recebemos através do santo Batismo, que nos impregna a ação do Espírito Santo. A partir do conhecimento da Graça de Deus, adotada no coração daqueles e daquelas que buscam a solidez da revelação divina em suas vidas, percebe-se a necessidade da missão. Também é missão da Igreja denunciar tudo que é contrário à Palavra de Deus, como por exemplo, as injustiças provocadas à luz de interesses particulares que desnorteiam a caminhada cristã. Dentro do contexto proposto para o mês das Missões no Brasil deste ano, a Igreja ressalta a ingente preocupação com a preservação do meio ambiente e conscientização ecológica.
Ser missionário é antes de tudo um grande compromisso que o cristão adota em prol da realização do Reino de Deus, onde as criaturas por Ele criadas devem proclamar e dar testemunho da própria fé, levando ao conhecimento de todas as pessoas a Palavra de vida que cura, liberta e salva. Ser missionário é, em primeiro lugar, o ato de assumir a fé por inteiro, numa dinâmica viva de acolhimento à própria vocação.
Nestes tempos de tantas dificuldades para a missão da Igreja, que sofre perseguições diversas pelo mundo, não é fácil “fazer discípulos”, não é simples estar presente na sociedade em que uma minoria preferiria que “se esquecesse de Deus”. Ao discernirmos os “sinais dos tempos”, sentimos como é necessário uma “nova evangelização” e a coragem de proclamar em quem nós cremos, e como são importantes para a sociedade os valores proclamados pelos missionários.
Quando se ouve falar de missão ou em ser missionário, muitas vezes pensamos que para atuar como missionários precisamos ingressar em uma Ordem Religiosa e professarmos os votos para sermos enviados a uma terra distante e trabalharmos na evangelização dos irmãos. Há de se falar que de fato existe este tipo de trabalho missionário na vida da Igreja, principalmente de nossos irmãos que dão a sua vida no anúncio e no testemunho do Evangelho em lugares que Ele ainda não foi anunciado. Mas, em primeiro momento, a missão está de modo nato presente em todos nós batizados e devemos agir como verdadeiros missionários no ambiente em que vivemos, a começar pela nossa própria família e comunidade onde exercemos o nosso apostolado. Ser missionário faz parte do nosso ser cristão.
Como já falado acima, o mês de outubro é dedicado pela Igreja como sendo o mês das Missões. Nesta oportunidade se fala muito sobre o trabalho missionário e a sua devida importância como forma de fortalecimento na fé e na caminhada. Não é um mês exclusivo de se fazer missões, mas é um momento de reforçar o trabalho e rezar e ajudar em prol do bom êxito do trabalho dos missionários que estão em missão em terras realmente distantes do país ou cidades de origens, e é, também, oportunidade de fazer com que a nossa missão diária possa surtir os efeitos necessários no coração de todos os fiéis, para que caminhem buscando sempre a proximidade com Deus, que é o Criador de tudo e de todos.
O Catecismo da Igreja Católica nos exorta: “Tornados filhos de Deus pela regeneração batismal, os batizados são obrigados a professar diante dos homens a fé que pela Igreja receberam de Deus e a participar da atividade apostólica e missionária do povo de Deus” (cf. no. 1270).
A missão de todos nós consiste no fato de que temos que abraçar toda a proposta de Deus feita a nós desde o momento pelo qual, movido Ele por um amor incondicional, nos deu a vida. Podemos viver a nossa missionariedade em terras distantes ou em nosso próprio habitat, aqui no dia-a-dia de nossa Arquidiocese, aonde muitos ainda precisam conhecer Jesus ou redescobri-Lo, sendo que este último deve sempre ser o motivador maior do nosso ardor missionário – de sair de nossas casas e ir ao encontro do irmão para levar a Boa Nova da Salvação. Nestes últimos meses, e também neste outubro missionário, tantas iniciativas missionárias perpassam as atividades de regiões, foranias e vicariatos de nossa Arquidiocese. Isso tudo realizado pelas paróquias como também por grupos, comunidades e consagrados. Santa Terezinha do Menino Jesus nunca saiu do Carmelo, no entanto foi uma grande missionária, movida pelas suas contínuas orações, seu espírito missionário que trazia como inquietação em seu coração e profundo amor a Deus. Seja também você um missionário de Jesus Cristo, particularmente neste tempo da Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro (agora com site oficial no ar, o concurso para a logomarca lançado e já inaugurada a sede do comitê organizador) e enquanto estamos unidos aos jovens que anunciam Cristo Jesus pelo nosso país, levando consigo o ícone de Nossa Senhora e a Cruz do Redentor!
Caminhe com leveza na primavera. A Mãe Terra está grávida.
TJL@= WWW.VATICAN.VT =http://www.franciscanos.org.br/v3/vidacrista/liturgia
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